Ilustração internet: não consta do publicação original
Fonte: THE EAGLE VIEW.
Neste mundo orwelliano, pensa livremente quem alça voo, para ver
as coisas como realmente são.
Lava Jato
já! Na OAB, PGR e STF.
DOIS LADOS DA MOEDA DA
DEMOCRACIA; ADVOGADO ANTONIO FERNANDO PINHEIRO PEDRO LANÇA MANIFESTO EM DEFESA DE
MICHEL TEMER E ACUSA MP, PGR E STF DE CONSPIRAÇÃO CONTRA A REPÚBLICA.
20mai2017.
NOTA
do editor do Blog Ronald.Arquiteto e do Facebook Ronald Almeida Silva:
As palavras e números
entre [colchetes] e os destaques sublinhados, em negrito e amarelo bem como a numeração de parágrafos que
foram introduzidas na presente versão NÃO constam da edição original
deste artigo / reportagem.
Esses adendos
ortográficos foram acrescidos meramente com intuito pedagógico de facilitar a leitura, a compreensão e a
captação mnemônica do artigo por um espectro mais amplo de leitores de diferentes
formações, sem prejuízo do conteúdo cujo texto está transcrito na íntegra e na
forma da versão original.
O Blog R.A e o Face RAS são independentes e 100% sem fins lucrativos pecuniários
e não tem anunciantes ou apoiadores e nem patrocinadores.
Ronald Almeida.
CONSPIRAÇÃO CONTRA A REPÚBLICA.
“O fio condutor
do grande assalto ao Brasil passa pela cartelização da advocacia.”
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Fonte: THE EAGLE VIEW.
Neste mundo orwelliano, pensa livremente quem alça voo, para ver
as coisas como realmente são.
sábado, 20 de maio de 2017
Acesso RAS em 26mai2017
Lava Jato
já! Na OAB, PGR e STF.
Afinal, o
que pretendem esses senhores?
|
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Os idiotas da imprensa encomendada dizem que o Presidente da República
pecou pelo silêncio em uma gravação apresentada pelo verme endinheirado e
empoderado pelos Governos Lula e Dilma, e que agora se sabe ter sido editada e
manipulada. Estamos diante de uma conspiração contra a República.
[1] Conspiração?
1.
O episódio da
fita não se esgota no campo improvável das questões criminais. Revela uma
conspiração armada contra a República. O alvo aparente dos conspiradores é o
presidente.
2.
O alvo real,
primário, é retardar o avanço das instituições de controle financeiro e fiscal
em direção aos bilhões auferidos pela corrupção, depositados nos paraísos
fiscais, bancos, lavanderias e países ditatoriais - essenciais para a
sobrevivência do projeto criminoso de poder dos populistas apeados da
presidência da república junto com Dilma
Rousseff. Impedir que a estrutura do BNDES
revele o tamanho do rombo produzido nos cofres do Brasil.
3.
O alvo
secundário é a paralisação das reformas contrárias ao interesse das corporações
públicas e privadas.
4.
O terceiro objetivo é dissimular
e diluir, com a crise, a corrupção bilionária que envolve não apenas quase dois
mil políticos da República mas, também, os altos funcionários do executivo e judiciário no
Brasil.
5.
O objetivo
estratégico do golpe tentado com a delação e fuga dos vermes da JBS, sem dúvida, é gerar uma crise que
produza uma intervenção do STF em favor da convocação de eleições diretas,
antecipando o pleito eleitoral.
6.
Nesse caso,
Lula estaria em condições de se candidatar e, de quebra, sob a égide dos
contratos de manutenção das atuais urnas eletrônicas - sem impressão física do
voto, antes de 2018...
[2]Todo mundo é idiota?
7.
Agiram todos
os envolvidos no embrulho procedimental como se o povo brasileiro fosse
idiota... incluso os demais operadores do direito.
8.
É de uma
obviedade ululante que JOESLEY "procurou"
a PGR em Brasília orientado a se antecipar às medidas de restrição que
partiriam de Curitiba - na alçada do Juiz MORO.
9.
Como não
poderia chegar na instância superior de mãos abanando... tratou de
"armar" a gravação com Temer e a ligação telefônica com o Senador
Aécio - pois desta forma, ficaria "livre" das garras da Força-Tarefa
da primeira instância (que já estava fustigando as atividades predatórias da
JBS).
10.
Assim,
"de quebra", face aos objetivos acima já expostos, os conspiradores
atropelaram a força-tarefa da Lava-Jato na primeira instância e acertaram os
ponteiros para os irmãos BATISTA, serem
recebidos de braços abertos diretamente na PGR e no STF, em
Brasília.
11.
Uma vez ali,
"escolheram" o que deveriam ressaltar para a mídia e, retardaram o
que deveriam de há muito ter sido remetido a Curitiba - fatos que seriam da
alçada do Juiz MORO - seguindo o
raciocínio torto de fatiamento da investigação elaborado pelo próprio
STF.
12.
Dessa forma,
sem atentar para todos os elementos constantes do caso, agindo de maneira
totalmente diversa do procedimento adotado para a ODEBRECHT, os insignes
operadores envolvidos na conspiração, praticamente DERAM FUGA à dupla de vermes
da JBS e seus executivos.
13.
Permitiram
que saíssem do país, com direito a levar os bens, o dinheiro roubado do povo
brasileiro, os segredos das "parcerias e sociedades" com os próceres
do PT - suspeitadas de há muito, e as contas secretas relativas aos
bilhões em paraísos fiscais - que desta forma ainda servirão para financiar
a campanha lulopetista de reconquista da presidência da república.
14.
Fizeram tudo
de uma penada, em poucas semanas, em período dez vezes inferior ao que
demoraram para colher todo o processo de delação da Odebrecht, da UCT, da OAS, da Engevix... e, de quebra, deixaram
como uma "linguiça aos cães", a gravação manipulada de TEMER.
15.
Como se o
mundo fosse composto de otários, os conspiradores agora passam a divagar sobre
a tal gravação da conversa presidencial... deixando de lado a monstruosidade do
assalto aos cofres públicos e distribuição em larga escala de propinas ocorrida
nos governos de Lula e Dilma - igualmente referidos pelos vermes impunes.
16.
Como se diz
em Goiás - TEMER serviu de "boi
de piranha", para sangrar a jusante enquanto toda a boiada passava a
montante, pelo riacho do STF.
17.
Sejamos
claros. Há nesse caminho grotesco uma pilha de mortos, de empresas quebradas
propositadamente para dar vez á cartelização, gente chantageada, reputações
destruídas, muita corrupção e compra de silêncios... que simplesmente se foram
em um procedimento absolutamente escandaloso e irregular... Não se está
lidando, aqui, com amadores ou gente pacífica.
18.
Da mesma
forma, não há "abandono voluntário" de projetos de poder, envolvendo
bilhões de dólares e interesses internacionais inconfessáveis - sem luta
e sem sangue.
19.
Vermes, como
já dito em artigo anterior, devem negociar como devem morrer, jamais devem
continuar a sobreviver no mesmo organismo - pois nesse caso voltam a
proliferar. E foi justamente o que fizeram a PGR e o STF com os vermes da JBS.
20.
É esse o
foco para o qual precisam todos os cidadãos e instituições de bem, permanecerem
atentos.
[3] Janot e Fachin - meras peças
ou protagonistas?
21.
O lixo
lulopetista investigado na Lava-Jato é o maior interessado no caos. No entanto, esse lixo foi o mesmo que
nomeou o ministro-relator FACHIN, para o STF, e o Procurador Geral da
República, JANOT.
22.
Não dá para
não constatar que o imbróglio em torno de Temer auxilia o aparato financeiro da
corrupção montada pelo Lulo-Petismo, que envolve JBS e Odebrecht.
23.
Ao aceitar o
primeiro, e propor o segundo, investigar-se o Presidente de República em pleno
mandato, com base em prova manipulada em delação premiada, FACHIN E JANOT, espera-se que involuntariamente, praticamente urdiram
a crise política em o país agora mergulhou.
24.
Para piorar,
o símbolo maior das "maracutaias" do capitalismo dos amigos, a JBS, viu-se beneficiada no momento em
que protagonizou uma tramoia que põe em cheque a própria credibilidade da
Lava-Jato na esfera do STF.
25.
De fato, as
duas autoridades máximas do judiciário e do Ministério Público permitiram que a
dupla de empresários oportunistas, dona da JBS,
abandonasse o Brasil com seus bens e de posse de bilhões especulados com a
própria crise, mantivessem o controle de suas empresas e, de quebra, fossem
anistiados de eventos futuros.
O delator
Joesley e seu advogado... delação premiada virou um grande negócio
|
[4] Prova ilegal?
26.
Não há como
não reconhecer haver um conluio. A dita e redita gravação jamais poderia
constar em qualquer processo público digno deste nome.
27.
A gravação
do diálogo truncado entre o delator e o presidente da república é de uma
torpeza intrínseca - expressa atitude especulativa de um verme acuado pelo
Ministério Público em busca de algo incriminador (qualquer coisa), contra o
chefe de Estado da República.
28.
A gravação
revela algo de extrema gravidade. Não poderia ser autorizada por não cumprir
qualquer finalidade lícita a não ser provocar
um flagrante - que de
toda forma não ocorreu. Flagrante
preparado é ilegal. Não é meio de prova.
29.
A gravação
no entanto, é uma peça adulterada sem finalidade clara, meramente especulativa.
Uma fraude que subsidia outra fraude.
30.
Não sendo
previamente autorizado, o material tornou-se meio
ilícito de prova, pois tem caráter injurioso, difamatório - e se enquadra
no tipo penal do art. 26 da Lei de Segurança Nacional. Não poderia de forma
alguma ser admitida.
31.
Fosse o
verme delator surpreendido, no palácio do Jaburu, com o gravador no bolso,
seria imediatamente preso. No entanto, sua atitude terminou
"incensada" pela PGR e pelo STF... Uma inacreditável inversão de
valores - sintomática de condutas que podem, em tese, levar á responsabilização
do Procurador Geral JANOT e do
Ministro Relator do STF, FACHIN.
Tal como
antes, a constituição é rasgada cotidianamente, agora por quem deveria zelar
por ela
|
[5] Abuso de autoridade?
32.
A coonestação
do MPF e STF com o mal feito é extremamente grave e atenta contra o Estado
Democrático de Direito.
33.
A figura em questão não poderia ser tratada com tamanha
leviandade por quem exerce autoridade judiciária. Há necessidade de controle
expresso, objetivo e específico na tutela penal de ato atribuído ao Presidente
da República, para se autorizar uma investigação. Em nenhuma hipótese se
admite controle difuso de tutela penal a sujeito enquadrável em regime de
controle específico.
34.
No caso em
tela, com base no que foi até agora divulgado - está-se autorizando um processo
de investigação "em aberto" - que poderá permitir toda sorte de abuso
em prejuízo da autoridade máxima no exercício do mandato presidencial. Um descalabro Kafkiano, doentio.
35.
Esse abuso, com
todo o respeito, implica em absoluta extrapolação de atribuições, envolvendo
agentes públicos que parecem agir conluiados, decididos a conspirar contra o
chefe da República. Interessados em desestabilizar.
36.
Parece que o
objetivo é destruir o Estado de Direito e iniciar o Estado de Exceção
Judiciária, sob a égide da República dos Delatores.
37.
Enquanto essa desavergonhada
excrescência repercute como factoide a serviço do golpismo, o Brasil sofre com
o enorme prejuízo da especulação com o câmbio do dolar em clima de "inside
information", praticado pelos próprios delatores, cujo lucro resultou
maior que a irrisória e danosa quantia por eles paga no acordo com o MPF,
homologado pelo STF... No final, ao
que parece, o "esquema" saiu baratinho...
38.
Nunca é demais lembrar que esse
episódio integra uma série de outro episódios absolutamente estranhos,
envolvendo a condução da Lava-Jato na instância do STF.
39.
Da divulgação de uma lista que
embaralha alhos e bugalhos à soltura em série de elementos-chave para o deslinde
dos fatos, passando pelo imbróglio das divulgações seletivas de material
probatório, o STF invade sistematicamente
esferas de atribuição constitucional do legislativo, fragiliza a condução do
processo investigativo levado a cabo na primeira instância e, em vez de
resolver conflitos, os cria.
Todas as
normas vetam a porta giratória entre Ministério Público e Advocacia...
|
[6] Porta
Giratória entre defesa e acusação?
40.
O escândalo não para por aí, já é
merecedor de outra força tarefa similar á Lava-Jato. Verdadeiros palácios de mármore,
granito e madeiras nobres, foram construídos nas décadas de corrupção
abrangidas pelos processos de delação e obtenção de provas em curso na operação
lava-jato.
41.
O fio condutor do grande assalto
ao Brasil passa pela cartelização da advocacia.
Nesse processo de cartelização, o fenômeno criminológico da corrupção
foi suportado por firmas jurídicas poliglotas, polivalentes, poli
especializadas, plenas de pose, ostentação e arrogância.
42.
Firmas que
elaboraram os contratos fraudulentos, organizaram as operações de evasão de
divisas, estruturaram project finance
de parcerias corrompidas, hospedaram transações corruptas, elaboraram e
traçaram os planos de "proteção tributária" das falcatruas, redigiram
os contratos de offshores, acompanharam as transações bancárias com lavanderias
nos paraísos fiscais latino-americanos, suíços, russos e chineses, organizaram
as minutas de editais e licitações viciadas, traçaram os regulamentos
escapistas e auxiliaram ativamente o pool de bancos, corretoras e casas de
câmbio responsáveis diretos pela lavagem do dinheiro sujo roubado dos milhões
de cidadãos brasileiros.
43.
Não raro,
parte desse setor cartelizado que conspurcou a advocacia nacional, tratou de
patrocinar e financiar jornalões e jornaizinhos, revistões e revistinhas,
anuários e premiações, visando canalizar mais clientes e cartelizar ainda mais
o mercado.
44.
O fenômeno da cartelização no setor da
advocacia é real, e deveria estar sendo tratado com muito critério pela Ordem dos Advogados do Brasil, Institutos
de Advogados, associações advocatícias e sindicatos. No entanto, o silêncio
é diretamente proporcional á proletarização ocorrente na profissão.
45.
A conexão é
óbvia. Várias dessas firmas tomaram de assalto as associações de classe,
financiaram marionetes em suas direções, aparelharam os conselhos e reduziram
os organismos ao silêncio vergonhoso que hoje se observa na classe dos
advogados em todo o Brasil.
46.
O acima dito
constou em outro artigo clamando por uma "Lava
Jato na Advocacia"*. Porém, tirante considerações de valor acima
postas a casos mais graves, vale como referência e reflexão face ao ocorrido no
episódio do conluio contra a República protagonizado pelos irmãos WESLEY E JOESLEY BATISTA. PGR e
STF.
47.
Segundo apurou a colunista do
Estadão, VERA MAGALHÃES, em matéria
publicada dois dias após iniciada a crise de divulgação das gravações, "a grande explicação para o
vantajoso acordo de JOESLEY BATISTA com a Lava-Jato foi a contratação do
ex-procurador da República MARCELO MILLER, hoje advogado. Foi ele quem
assessorou o empresário nas negociações com os antigos colegas."
48.
É
estarrecedor! MILLER era
braço-direito de RODRIGO JANOT no
Grupo de Trabalho da Lava Jato até
março deste ano.
49.
Não se sabe
se MILLER cumpriu a necessária
quarentena, se entende que a ética o proibiria de atuar no mesmo caso,
alternando os polos de participação ou se, ainda que não diretamente envolvido,
o escritório que o contratou poderia manter-se em um dos polos da mesma
investigação.
50.
O fato é
que, ao largo de qualquer controle da OAB, o referido profissional saiu da carreira pública para atuar,
de imediato, no escritório de advocacia que negocia os termos da leniência
do grupo JBS junto à Procuradoria
Geral da República.
51.
O escritório
que contratou o procurador que investigava a JBS, foi o mesmo que fechou o acordo de delação premiada na
operação. Um escândalo de proporções gravíssimas, que atinge a dignidade de
toda a advocacia brasileira e envergonha o ministério público nacional - e que
só pode ser admitido em um ambiente institucional desprovido de valores morais
e éticos.
52.
"A
decisão de MILLER de deixar o MPF para migrar para a área privada pegou a todos
no MPF de surpresa, veio a público em 6 de março, véspera da conversa entre JOESLEY
BATISTA E MICHEL TEMER, gravada pelo empresário, no Palácio do Jaburu, que deu
origem à delação. MILLER passou a atuar no escritório TRENCH, ROSSI &
WATANABE Advogados, do Rio, contratado pela JBS para negociar a leniência,
acordo na área cível complementar à delação", informa o
Estadão.
53.
Mas, para
piorar a vergonhosa sucessão de fatos, a delação que saiu baratinho para os
delatores ganhou, ao que tudo indica por conta da "aquisição" de know
how, tecnologia inédita até então - pela primeira vez foi utilizado o
instituto da "ação controlada" na Lava Jato, quando os delatores agem
como verdadeiros "infiltrados na organização criminosa", apoiados
pelo aparato policial, o que lhes proporcionou os termos vantajosos negociados,
como não serem presos, não usarem tornozeleira eletrônica, continuarem atuando
nas empresas e - a cereja do bolo, serem anistiados nas demais
investigações às quais respondem.
54.
Com efeito,
segundo o jornalão, "MARCELO MILLER era um dos mais duros procuradores do Grupo de
Trabalho do JANOT, um núcleo de procuradores especialistas em direito penal
recrutado pelo procurador-geral em 2013 para atuar na Lava Jato. Ex-diplomata
do Itamaraty e considerado um dos mais especializados membros do MPF em direito
internacional e penal, MILLER esteve à frente de delações como a do ex-diretor
da Transpetro SERGIO MACHADO e do ex-senador DELCIDIO DO AMARAL".
55.
A influência
do profissional no modus operandi observado no caso das gravações de JOESLEY BATISTA é notória. No
episódio de DELCÍDIO, foi usada
gravação feita sem o conhecimento de quem estava sendo gravado. No caso, quem
gravou foi BERNARDO CERVERÓ, o filho
do ex-diretor da Petrobras NESTOR
CERVERÓ.
56.
No caso de SERGIO MACHADO, o delator gravou de
forma imoral* vários expoentes do PMDB e ofereceu as fitas à PGR, sendo
descartadas várias delas por justamente transparecer estar aquele
"pescando em águas turvas", "provocando o interlocutor para
fazê-lo cair em alguma conduta criminosa".
57.
No caso do
verme JOESLEY, a orientação foi a
mesma, igualmente imoral, baixa, rasa e sem respeito... A diferença é que o
operador mudou de lado - passou a integrar o time responsável pela defesa
do delator.
58.
A
Procuradoria Geral da República, procurada, afirma que Miller não participou da negociação da delação, e que existe
inclusive uma cláusula de que ele não pode atuar pelo escritório nos
acordos. Pouco importa.
59.
Para quem,
como os irmãos BATISTA, "contou
vantagem" - que comprava todo mundo e que tinha juiz, procurador e delegado
comprados no esquema... um fato como o acima noticiado... é de fazer descartar
na latrina mais próxima qualquer discurso moralizador das instituições
essenciais á Administração da Justiça.
[7] Ação coordenada?
60.
O timing do
conluio contra a República é outra questão a ser levada em conta.
61.
FACHIN E JANOT liberaram a gravação irregular
do "diálogo" entre Joesley e Temer no final da tarde do dia posterior
ao vazamento "de véspera" de sua existência, noticiada por um
colunista do Jornal O Globo. Com isso, ocasionaram uma tempestade que se abateu
sobre o Palácio do Planalto, visando claramente derrubar o
Presidente.
62.
A coordenação dos atores interessados -
militontos petistas nas ruas, parlamentares esquerdizóides despejando pedidos
de impeachment, jornalistas aparvalhados especulando sobre a renúncia do
presidente e radicais de todos os matizes clamando por um golpe de estado - foi
evidente.
63.
O efeito foi a paralisação das reformas que
não interessavam aos funcionários públicos privilegiados (leia-se: Ministério
Público e Judiciário), e que não interessavam aos sindicatos e partidos
populistas.
64.
Pelo visto,
conseguiram o intento, e conseguiram, também, conduzir em segurança, para fora
do país, o núcleo de operadores do dinheiro mais próximo do lulopetismo - os
que sabiam demais, que "desconhecem" o próprio sócio oculto na
Offshore que divide a riqueza que auferiram á custa da sangria do Brasil.
65.
Os vermes
saíram... e preservaram o dinheiro, com as bênçãos do Ministro Relator do
inquérito no Supremo Tribunal Federal.
66.
Os
interessados na crise protagonizaram a "paradinha de Pelé" de forma
bem articulada - pretendiam nas 24 horas entre a notícia e a liberação da
gravação, que agora mostrou-se manipulada, destruir a administração
pública nacional.
67.
A crise e a
provável queda do Presidente TEMER,
por sua vez, permitiria dissimular e reduzir o nível de atenção para os
escândalos de proporções bilionárias envolvendo os petistas e tucanos que eram
financiados pelo propinoduto da JBS.
68.
Essa segunda
parte das delações era o que realmente importava - não a especulação em torno
do presidente. Nesse propinoduto, que veio à tona com a divulgação parcial das
delações, no segundo momento, puderam ser identificados membros do próprio
Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal, CADE... etc... etc...
69.
Os
conspiradores contra a República contaram com a firme cumplicidade da Rede
Globo de Televisão, que iniciou uma campanha de enormes proporções, mantendo
verdadeiro plantão pró-impeachment ou renúncia do presidente.
70.
Há um PLANO B no conluio. Caso não se
obtivesse a renúncia, o imbróglio visaria claramente mudar a forma de decidir
do Tribunal Superior Eleitoral, cuja votação sobre o pedido de cassação da
chapa DILMA-TEMER deve ter início
nos próximos dias.
Temer
precisa contra-atacar se quiser salvar a República
|
[8] Hora do contra-ataque?
71.
Foram todos surpreendidos pela
dura, firme e decisiva reação do Presidente da República, MICHEL TEMER, que de
imediato estancou a sangria.
72.
Em seguida,
a notícia desmoralizadora. A gravação, que já era inútil para efeito de prova
do que quer que seja, foi periciada de forma independente por especialista
renomado e constatou-se que se trata de reprodução editada, manipulada com mais
de 50 reedições parciais e 40 interrupções dissimuladas –
73.
Uma
imperdoável falta de zelo que revela uma suspeitosíssima conduta da
Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, que admitiram
gravação adulterada sem qualquer ressalva, como se fosse íntegra.
74.
Agora, os idiotas da mídia, pegos no contrapé, se
agarram como náufragos no trecho da gravação relativo à ajuda contada na
conversa mole de JOESLEY A EDUARDO CUNHA.
Um desespero que se torna patético a cada minuto - desmoralização coletiva de
todo um grupo de jornalistas consagrados... Não se tenha dúvida. Vai ter
volta!
75.
Além do
quase certo o trancamento do inquérito aberto contra o presidente da República,
deverá o Supremo Tribunal analisar a conduta do Procurador Geral da República e
do Ministro Relator da Operação Lava-Jato. É preciso que ambos sejam
responsabilizados pela crise desmoralizadora que encetaram com o imbróglio da
delação e facilitação da vida dos vermes da JBS.
76.
É o caso, também, de investigar a fundo a porta-giratória aberta
entre Ministério Público e o cartel de das padarias jurídicas (os escritórios
de advocacia). A mudança de lado no bojo do mesmo processo de investigação, de
profissionais envolvidos no caso da JBS
- é algo inaceitável para a Justiça e a Advocacia. É preciso que MP e OAB apurem o fato com rigor.
77.
É preciso ir
a fundo no esclarecimento da manipulação das gravações e, na investigação dos
responsáveis, inclusive o papel protagonizado por agentes da Justiça, Polícia
Federal e Ministério Público. Não se poderia "apoiar" a manipulação
escapista encetada pelos canalhas que despejaram bilhões no esquema de
corrupção apurado na Operação Lava-Jato e, pelo visto, ainda saíram do episódio
ganhando...
78.
É preciso,
por fim, aproveitar a crise para depurar a base de apoio ao governo, mudar
comportamentos e restaurar a República.
79.
O fato de
mais lixo ter aparecido á tona, pode servir para que a presidência da república
se livre das últimas amarras que a impedem de realizar as reformas necessárias
à higidez política e econômica do Brasil.
80.
Se TEMER tiver o que responder, que assim
seja. O que não pode é permirtir-se protagonizar uma crise política sem
precedentes apenas para... manter os dedos longos do populismo corrupto
lulopetista sobre o processo político-eleitoral antes de 2018, deixando livres
seus financiadores principais.
81.
Para entender o contexto leia:
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP),
jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados.
Integrante do
Green Economy Task Force da Câmara
de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB
e das Comissões de Política Criminal e Infraestrutura da Ordem dos Advogados do
Brasil – OAB/SP.
É Vice-Presidente da Associação Paulista de imprensa - API,
Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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