Versão em português do artigo “Brazil’s Democracy Pushed Into the Abyss”, publicado no jornal The New
York Times em 23jan2018.
Segue texto
original em inglês.
DEU NO THE NEW YORK TIMES!!! Brasil no abismo!
Comentários de
Ronald de Almeida Silva,
SLZ-MA, 23jan2018.
Direito de
opinar na democracia da grande imprensa americana abrange desde conceituados detentores
de prêmios Nobel de Economia e Direito até economistas adeptos de SEITAS
BOLIVARIANAS - tipo HUGO Jim Jones CHAVEZ e a Seita do ESTADO LULLÂMICO – dirigido por LULLA
Jim Jones e sua sacerdotisa DILMA.
Em 23jan2018
o economista americano MARK WEISBROT – consultor de Hugo Chavez e ídolo do Foro
de São Paulo e de LULLA - conseguiu espaço no mais prestigioso jornal dos EUA
para insultar o Juiz Sérgio Moro e atacar a JUSTIÇA DO BRASIL.
E o pior: MARK
WEISBROT tenta alarmar os brasileiros incautos com a tese estapafurdia do “Grande
Abismo”, “estado de calamidade em que o Brasil, a Região e o Mundo cairão”,
caso o cidadão líder da maior Organização Criminosa – O.C. da História do
Brasil - LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – réu em vários inquéritos e processos e réu
já condenado em primeira instância por LAVAGEM DE DINHEIRO E CORRUPÇÃO (agindo
como Presidente da República) tenha sua sentença judicial confirmada por instância
superior, o TRF-4, no dia 24jan2018, em Porto Alegre, RS.
O jornalista
REINALDO AZEVEDO tem publicado desde 2010 uma síntese do que é de fato o
articulista da tese do “Grande Abismo Brasileiro”: “O QUE WEISBROT É, DE VERDADE, É UM
REMATADO IDIOTA”.
Independente da opinião do consultor de Hugo Chavez, a
JUSTIÇA DO BRASIL vai confirmar em Porto Alegre a sentença de prisão em regime
fechado para o réu LULA e nenhum abismo se abrirá porque a população brasileira não
aceitará sequer a hipótese de um líder de O.C. e da Seita do Estado Lullâmico disputar
eleições presidenciais em 2018.
LULLA NUNCA
MAIS!
Ronald
de Almeida Silva, SLZ-MA, 23jan2018.
João Batista Ribeiro Filho: MARK WEISBROT, opinando no NEW YORK TIMES: “PARTIDÁRIO, MORO JOGOU A DEMOCRACIA
BRASILEIRA NO ABISMO”
Artigo
publicado nesta terça-feira [23jan2018] no New York Times, assinado por MARK WEISBROT, aponta que, ao agir de
forma partidária, o juiz SERGIO MORO
colocou a democracia brasileira à beira do abismo; ele afirma ainda que Lula
foi condenado a nove anos e meio de prisão por evidências que jamais seriam
levadas a sério num sistema judicial independente, como o dos Estados Unidos;
por fim, ele afirma que se um Poder Judiciário politizado for capaz de barrar o
líder político mais importante da história brasileira, o Brasil viverá uma calamidade.
DEMOCRACIA
DO BRASIL EMPURRADA PARA O ABISMO
Por MARK
WEISBROT; Jan. 23, 2018
WASHINGTON
- A regra da lei e a independência do
judiciário são realizações frágeis em muitos países - e susceptíveis a
reversões bruscas.
- O
Brasil, o último país do mundo ocidental a abolir a escravidão, é uma
democracia bastante jovem, tendo surgido da ditadura há apenas três
décadas. Nos últimos dois anos, o que poderia ter sido um avanço histórico
- o governo do Partido dos Trabalhadores concedeu autonomia ao judiciário
para investigar e processar a corrupção oficial - tornou-se contrário.
Como resultado, a democracia brasileira agora é mais fraca do que
aconteceu desde que o governo militar acabou.
- Esta
semana, que a democracia pode ser mais corroída quando um tribunal de
apelação de três juízes decidir se a figura política mais popular do país,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores,
será impedido de competir nas eleições presidenciais de 2018 , ou mesmo
preso.
- Não há
muita pretensão de que o tribunal seja imparcial. O presidente do painel de
apelação já elogiou a decisão do juiz de julgamento de condenar o Sr. da
Silva por corrupção como "tecnicamente irrepreensível", e o
chefe de gabinete do juiz postou em sua página no Facebook uma petição
pedindo a prisão do Sr. Silva.
- O juiz
de julgamento, Sérgio Moro, demonstrou seu próprio partidarismo em
numerosas ocasiões. Ele teve que pedir desculpas ao Supremo Tribunal em
2016 por divulgar conversas telefônicas entre o Sr. da Silva e a
presidente Dilma Rousseff, seu advogado e sua esposa e filhos.
- O juiz
Moro organizou um espetáculo para a imprensa em que a polícia apareceu na
casa do Sr. da Silva e levou-o para interrogatório - apesar de o Sr. da
Silva ter dito que iria denunciar voluntariamente para interrogatório.
- A
evidência contra o Sr. da Silva está muito abaixo dos padrões que seriam
levados a sério, por exemplo, no sistema judicial dos Estados Unidos.
- Ele é
acusado de ter aceitado um suborno de uma grande empresa de construção,
chamada OAS, que foi processada no esquema de corrupção "Carwash"
no Brasil. Esse escândalo de vários bilhões de dólares envolveu empresas
que pagam grandes subornos a funcionários da Petrobras, empresa estatal de
petróleo, para obter contratos a preços grosseiramente inflacionados.
- O
suborno alegadamente recebido pelo Sr. da Silva é um apartamento de
propriedade da OAS. Mas não há provas documentais de que o Sr. da Silva ou
sua esposa já tenham recebido títulos, alugados ou mesmo ficaram no
apartamento, nem que tentaram aceitar esse presente.
- A
evidência contra o Sr. da Silva baseia-se no testemunho de um executivo da
OAS condenado, José Aldemário Pinheiro Filho, que sofreu uma pena de
prisão reduzida em troca da evidência do estado de viragem. Segundo o
relato do importante jornal brasileiro Folha de São Paulo, o Sr. Pinheiro
foi impedido de negociar a súplica quando ele originalmente contou a mesma
história que o Sr. da Silva sobre o apartamento. Ele também passou cerca
de seis meses na prisão preventiva. (Esta evidência é discutida no
documento de sentença de 238 páginas).
- Mas
essa escassa evidência foi suficiente para o juiz Moro. Em algo que os
americanos poderiam considerar como um processo de canguru, condenou o Sr.
da Silva a nove anos e meio de prisão.
- O
estado de direito no Brasil já havia sido atingido por um golpe devastador
em 2016, quando a deputada do Sr. Silva, Sra. Rousseff, eleita em 2010 e
reeleita em 2014, foi acusada e demitida do cargo. A maior parte do mundo
(e talvez a maioria do Brasil) pode acreditar que ela foi acusada de
corrupção. Na verdade, ela foi acusada de uma manobra contábil que
temporariamente fez com que o déficit orçamentário federal fosse menor do
que seria de outra forma. Era algo que outros presidentes e governadores
faziam sem consequências. E o próprio promotor federal do governo concluiu
que não era um crime.
- Embora
houvesse funcionários envolvidos na corrupção de partidos em todo o
espectro político, incluindo o Partido dos Trabalhadores, não houve
acusações de corrupção contra a Sra. Rousseff no processo de impeachment.
- O Sr.
da Silva continua a ser o corredor da frente nas eleições de outubro por
causa do sucesso dele e do partido em reverter um longo declínio
econômico. De 1980 a 2003, a economia brasileira mal cresceu, cerca de 0,2
por cento anualmente per capita. O Sr. da Silva assumiu o cargo em 2003 e
a Sra. Rousseff em 2011. Em 2014, a pobreza foi reduzida em 55% e a
pobreza extrema em 65%. O salário mínimo real aumentou 76%, o salário real
geral aumentou 35%, o desemprego atingiu níveis recordes e a infame desigualdade
do Brasil finalmente caiu.
- Mas em
2014, uma profunda recessão começou, e a direita brasileira conseguiu
aproveitar a desaceleração para classificar o que muitos brasileiros
consideram um golpe parlamentar.
- Se o
Sr. da Silva for impedido das eleições presidenciais, o resultado poderia
ter pouca legitimidade, como nas eleições hondurenhas de novembro, que
eram amplamente vistas como roubadas. Uma pesquisa do ano passado
descobriu que 42,7% dos brasileiros acreditavam que o Sr. da Silva estava
sendo perseguido pelos meios de comunicação e pelo judiciário. Uma eleição
não-crivel pode ser politicamente desestabilizadora.
- Talvez
o mais importante, o Brasil se reconstituirá como uma forma de democracia
eleitoral muito mais limitada, em que um judiciário politizado pode
excluir um líder político popular de se candidatar a cargos. Isso seria uma calamidade para os
brasileiros, a região e o mundo.
Brazil’s Democracy Pushed Into the Abyss
[NYT; 23jan2017]
By MARK WEISBROT; Jan. 23, 2018
https://www.nytimes.com/2018/01/23/opinion/brazil-lula-democracy-corruption.html
Access RAS 2018-01-23
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Former
President Luiz Inacio Lula da Silva of Brazil at an event this month in Rio
de Janeiro.CreditMauro Pimentel/Agence France-Presse — Getty Images
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WASHINGTON — The rule of law and the independence of the judiciary are
fragile achievements in many countries — and susceptible to sharp reversals.
Brazil, the last country in the
Western world to abolish slavery, is a fairly young democracy, having emerged
from dictatorship just three decades ago. In the past two years, what could
have been a historic advancement ― the Workers’ Party government granted autonomy
to the judiciary to investigate and prosecute official corruption ― has turned
into its opposite. As a result, Brazil’s democracy is now weaker than it has
been since military rule ended.
This week, that democracy may be
further eroded as a three-judge appellate court decides whether the most
popular political figure in the country, former President Luiz Inácio Lula da
Silva of the Workers’ Party, will be barred from competing in the 2018
presidential election, or even jailed.
There is not much pretense that
the court will be impartial. The presiding judge of the appellate panel has already praised the trial
judge’s decision to convict Mr. da Silva for corruption as “technically irreproachable,” and the judge’s
chief of staff posted on her Facebook page a petition calling for Mr. da
Silva’s imprisonment.
The trial judge, Sérgio Moro, has
demonstrated his own partisanship on numerous occasions. He had to apologize to
the Supreme Court in 2016 for releasing wiretapped
conversations between Mr. da Silva and President Dilma Rousseff, his lawyer,
and his wife and children.
Judge Moro arranged a spectacle for the press
in which the police showed up at Mr. da
Silva’s home and took him away for questioning — even though Mr. da Silva had
said he would report voluntarily for
questioning.
The evidence against Mr. da Silva
is far below the standards that would be taken seriously in, for example, the
United States’ judicial system.
He is accused of having accepted
a bribe from a big construction company, called OAS, which was prosecuted in
Brazil’s “Carwash” corruption scheme. That multibillion-dollar scandal involved
companies paying large bribes to officials of the state-owned oil company,
Petrobras, to obtain contracts at grossly inflated prices.
The bribe alleged to have been
received by Mr. da Silva is an apartment owned by OAS. But there is no
documentary evidence that either Mr. da Silva or his wife ever received title
to, rented or even stayed in the apartment, nor that they tried to accept this
gift.
The evidence against Mr. da Silva
is based on the testimony of one convicted OAS executive, José Aldemário
Pinheiro Filho, who had his prison sentence reduced in exchange for turning
state’s evidence.
According to reporting by the prominent Brazilian newspaper
Folha de São Paulo, Mr. Pinheiro was blocked from plea bargaining when he
originally told the same story as Mr. da Silva about the apartment. He also
spent about six months in pretrial detention.
(This evidence is discussed in the 238-page sentencing document.)
But this scanty evidence was
enough for Judge Moro. In something that Americans might consider to be a
kangaroo court proceeding, he sentenced Mr. da Silva to nine and a half years
in prison.
The rule of law in Brazil had
already been dealt a devastating blow in 2016 when Mr. da Silva’s successor,
Ms. Rousseff, who was elected in 2010 and re-elected in 2014, was impeached and
removed from office.
Most of the world (and possibly most of Brazil) may
believe that she was impeached for corruption. In fact, she was accused of an
accounting maneuver that temporarily made the federal budget deficit look
smaller than it otherwise would appear.
It was something that other presidents
and governors had done without consequences. And the government’s own federal
prosecutor concluded that
it was not a crime.
While there were officials
involved in corruption from parties across the political spectrum, including
the Workers’ Party, there were no charges of corruption against Ms. Rousseff in
the impeachment proceedings.
Mr. da Silva remains the
front-runner in the October election because of his and the party’s success in
reversing a long economic decline. From 1980 to 2003, the Brazilian economy
barely grew at all, about 0.2 percent annually per
capita. Mr. da Silva took office in 2003,
and Ms. Rousseff in 2011. By 2014, poverty had been reduced by
55 percent and extreme poverty by 65 percent. The real minimum wage increased
by 76 percent, real wages overall had risen 35 percent, unemployment hit record
lows, and Brazil’s infamous inequality had finally fallen.
But in 2014, a deep recession
began, and the Brazilian right was able to take advantage of the downturn to
stage what many Brazilians consider a parliamentary coup.
If Mr. da Silva is barred from
the presidential election, the result could have very little legitimacy, as in
the Honduran election in November that was widely seen as stolen. A poll last year
found that 42.7 percent of Brazilians believed that Mr. da Silva was being
persecuted by the news media and the judiciary. A noncredible election could be politically destabilizing.
Perhaps most important, Brazil
will have reconstituted itself as a much more limited form of electoral
democracy, in which a politicized judiciary can exclude a popular political
leader from running for office. That would be a calamity for Brazilians, the
region and the world.
MARK WEISBROT
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
MARK WEISBROT é um economista
americano, colunista e co-diretor, com Dean Baker, do Centro para Pesquisas
Econômicas e de Políticas Públicas (Center for Economic and Policy Research -
CEPR) em Washington.
Como comentarista, ele contribui em publicações como o New
York Times, o Guardian e a Folha
de S. Paulo.
Como economista, Weisbrot
criticou a privatização do sistema norte-americano de seguridade social e foi
um grande crítico da globalização e
do FMI. Os
trabalhos de Weisbrot a respeito dos países latino-americanos (incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Equador e Venezuela)
atraíram interesse nacional e internacional, e em 2008 ele foi mencionado pelo
Ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso
Amorim.
NOTA DO
EDITOR do Blog Ronald.Arquiteto e do Facebook Ronald Almeida Silva:
As palavras
e números entre [colchetes]; os destaques sublinhados, em negrito e
amarelo
bem como nomes próprios em CAIXA ALTA
e a numeração de parágrafos que
foram introduzidas na presente versão NÃO CONSTAM da edição original deste documento (artigo; pesquisa; monografia;
dissertação; tese ou reportagem).
Esses
adendos ortográficos foram acrescidos meramente com intuito pedagógico de
facilitar a leitura, a compreensão e a captação mnemônica dos fatos mais
relevantes do artigo por um espectro mais amplo de leitores de diferentes
formações, sem prejuízo do conteúdo cujo texto está transcrito na íntegra e na
forma da versão original.
O Blog Ronald Arquiteto e o Facebook
RAS são mídias independentes e 100%
sem fins lucrativos pecuniários. Não tem anunciantes ou apoiadores e nem
patrocinadores. Todas as publicações de texto e imagem são feitas de boa-fé,
respeitando-se as respectivas autorias e direitos autorais, sempre com base no
espírito e nexo inerentes à legislação brasileira, em especial à LEI-LAI – Lei de Acesso à Informação nº
12.257, de 18nov2011.
O gestor do Blog e da
página RAS no Facebook nunca teve e não tem filiação partidária e nem exerce
qualquer tipo de militância político-partidária ou político-ideológica.
RONALD DE ALMEIDA SILVA
[Rio de
Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, desde 1976]
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972
Registro profissional CAU-BR A.107.150-5
e-mail: ronald.arquiteto@gmail.com
Blog Ronald.Arquiteto (ronalddealmeidasilva.blogspot.com)
Facebook ronaldealmeida.silva.1
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