FACEBOOK RAS 18jan2018 (nº 3.025): ESTÁDIOS DE FUTEBOL: LAUDOS DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL. ANEXO V DAS PORTARIAS ME 238/10 E 290/15. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DO GT-CBF-CREA, na condição de Assessoria ad hoc do Ministério do Esporte visando a consolidação das normativas de elaboração de Laudos Técnicos exigidos pelo DECRETO FEDERAL, de nº 6.795, de 16/03/2009.
Foto: Estádio do Maracanã, 04ago2004; by Ronald Almeida.
Homenagem ao amigo falecido Eng. Antônio Álvares de Miranda Filho. CREA-BA.
Foto: Estádio do Maracanã, 04ago2004; by Ronald Almeida.
Homenagem ao amigo falecido Eng. Antônio Álvares de Miranda Filho. CREA-BA.
LAUDOS TÉCNICOS
DE VISTORIA DE ESTÁDIOS DE
FUTEBOL
EXIGIDOS
PELO DECRETO Nº 6.795; DE 16.03.2009
E
CONSOLIDADOS E DETALHADOS PELA
PORTARIA
DO MINISTÉRIO DO ESPORTE Nº 290, DE 27.10.2015.
·
ANEXO I - LAUDO TÉCNICO DE
SEGURANÇA Pública [PM]
·
ANEXO II - LAUDOS TÉCNICOS DE VISTORIA DE ENGENHARIA[s],
ACESSIBILIDADE E CONFORTO.
·
ANEXO III - LAUDO TÉCNICO DE PREVENÇÃO E COMBATE DE INCÊNDIO
[Corpo de Bombeiros]
·
ANEXO IV - LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE HIGIENE
[Vigilância Sanitária]
ANEXO V - LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA
DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL: Texto básico elaborado no âmbito do GT-CBF-CREAs, aprovado em abril 2011.
Compilação e edição:
RONALD DE ALMEIDA SILVA
Arquiteto Urbanista / Registros Profissionais:
CREA-RJ nº 21.900-D [de 1972 a 2012] / CAU-BR
A.107.150-5 [de 2012 em diante]
ADENDO 1:
MARCO
REGULATÓRIO NACIONAL DE
LTVE –
LAUDOS TÉCNICOS DE VISTORIA DE ESTÁDIOS e de
PLANOS
DE AÇÃO PREVISTOS NO EDT:
I)
REFERÊNCIAS LEGAIS,
REGULAMENTARES E NORMATIVAS:
[1] LEI
nº 10.671, de 15mai2003: Institui o EDT - ESTATUTO DE DEFESA DO TORCEDOR: Estabelece a exigência de LTVE - Laudos Técnicos de Vistoria de Estádios e PLAS - Planos [locais] de Ação de Segurança, Transportes e Contingências para cada
Estádio, ficando o Clube detentor do Mando de Campo com a responsabilidade de submeter os LTVE e o PLAS
à entidade organizadora da competição e ao Ministério Público; dentro dos
prazos legais e/ou administrativos;
[2] A Lei nº 12.299, de 27jul2010; que “Dispõe sobre
medidas de prevenção e repressão aos fenômenos de violência por ocasião de
competições esportivas; altera a Lei no 10.671, de 15 de maio
de 2003; e dá outras providências”.
[3] DECRETO do Presidente Lula, de nº 6.795, de 16/03/2009: Regulamenta o art. 23 da Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003, [EDTc –
Estatuto de Defesa do Torcedor - consolidado] que dispõe sobre o controle das
condições de segurança dos estádios desportivos [e estabelece exigência de 05 Laudos Técnicos de Vistoria de Estádios e Praças Esportivas
utilizados em competições de esportivas profissionais (com cobrança de
ingressos)].
[4]
PORTARIA* do Ministério do Esporte
nº 290/15, de 27/10/2015, assinada pelo
Ministro George Hilton: Estabelece os requisitos mínimos** [dos temas de (i) segurança pública; (ii) engenharia,
acessibilidade e conforto; (iii) prevenção e combate a incêndio e pânico; (iv)
condições sanitárias e de higiene; visando à padronização básica dos elementos
mínimos** de análise em todo o território nacional] a serem contemplados nos LTVE - LAUDOS TÉCNICOS DE VISTORIA
DE ESTÁDIOS onde se realizem partidas de futebol profissional, previstos no
art. 2º, § 1º, incisos I, II, III e IV no Decreto nº 6.795/2009.
(*) Substitui a Portaria ME nº
238/10.
ANEXO
|
OBJETO DO LAUDO TÉCNICO
|
SIGLA [*]
|
ENTE RESPONSÁVEL
|
PRAZO DE
VALIDADE
|
LTVE-I*
|
Segurança Pública
|
LTVE-SEG
|
Polícia Militar
|
1 ANO
|
LTVE-II*
|
Engenharias [e Arquitetura], Acessibilidade e
Conforto.
|
LTVE-ENG
|
Profissionais registrados no CREA e no CAU – Conselho
de Arquitetura e Urbanismo
|
2 ANOS
|
LTVE-III*
|
Prevenção e Combate de Incêndio
|
LTVE-PCI
|
Corpo de Bombeiros
|
1 ANO
|
LTVE-IV*
|
Condições Sanitárias e de Higiene
|
LTVE-CSH
|
Vigilância Sanitária
|
1 ANO
|
LTVE-V**
|
Estabilidade Estrutural
|
LTVE-EST
|
Profissionais registrados no CREA e CAU
|
5 ANOS
|
(*)
ANEXOS DA PORTARIA nº 290/15
(**)
ANEXO DA PORTARIA ME nº 238/10.
Nota RAS: Permanecem válidas as condições e exigências para elaboração
do 5º LTVE – LAUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL,
estabelecidas no parágrafo 2º do Artigo 2º do Decreto Federal nº 6.795/2009.
II)
PLANOS DE AÇÃO [Exigência EDT]:
2.1. Com base nas orientações genéricas previstas
no PGAS - Plano GERAL de Ação de Segurança, Transportes [incluindo Trânsito] e Contingências, de
caráter nacional [disponível no site da CBF: www.cbf.com.br] ,
outros 02 planos de ação específicos
(com previsão de ações preventivas internas e externas num raio de até 5 km em
torno do estádio) devem ser elaborados pelo Clube Mandante em conjunto com o Gestor do estádio e as autoridades
públicas competentes, sendo estes planos os seguintes:
§PLAS – Plano LOCAL de Ação de
Segurança, Transportes [incluindo Trânsito] e Contingências,
plano específico de rotina
para cada estádio;
§
§PEAS – Plano Especial LOCAL de
Ação de Segurança, Transportes
[incluindo Trânsito] e Contingências; para cada estádio, nos casos das
partidas de clássicos de futebol e eventos desportivos profissionais com
excepcional expectativa de público e elevado potencial de riscos e conflitos
entre torcidas e o público em geral;
ADENDO 2:
DECRETO
Nº 6.795/2009, de 16mar2009: REGULAMENTAÇÃO GERAL DOS LAUDOS
TÉCNICOS DE ESTÁDIOS DE FUTEBOL.
Fonte:
Ministério do Esporte
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6795.htm
Presidência
da República
Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos |
REGULAMENTA o art. 23 da Lei no 10.671,
de 15 de maio de 2003, que dispõe sobre o controle das condições de segurança
dos estádios desportivos.
|
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.671,
de 15 de maio de 2003 [que criou o EDT],
D E C R E T A :
Art. 1o Este Decreto REGULAMENTA o art. 23 da Lei no 10.671, de 15 de
maio de 2003, no que concerne ao controle das condições sanitárias e de segurança dos
estádios a serem utilizados em competições desportivas.
Art. 2o A entidade responsável pela organização
da competição apresentará ao Ministério
Público dos Estados e do Distrito Federal, previamente à sua realização, os
LAUDOS TÉCNICOS expedidos pelos
órgãos e autoridades competentes pela VISTORIA
das condições de segurança dos estádios a serem utilizados.
§ 1o Os
LAUDOS TÉCNICOS, que atestarão a real CAPACIDADE DE PÚBLICO dos
estádios, bem como suas condições de
segurança, serão os seguintes:
I - LAUDO [TÉCNICO DE VISTORIA] DE SEGURANÇA;
II - LAUDO [TÉCNICO DE VISTORIA] DE ENGENHARIA;
III – LAUDO [TÉCNICO DE VISTORIA] DE PREVENÇÃO E
COMBATE DE INCÊNDIO; e
IV - LAUDO [TÉCNICO DE VISTORIA] DE CONDIÇÕES
SANITÁRIAS E DE HIGIENE.
§ 2o Na
hipótese de o estádio ser considerado excepcional por seu vulto, complexidade
ou antecedentes* ou sempre que indicado
no laudo de vistoria de engenharia, será exigida a apresentação de LAUDO DE [ENGENHARIA DE] ESTABILIDADE ESTRUTURAL, na forma estabelecida
pelo Ministério do Esporte.
§ 3o O
MINISTÉRIO DO ESPORTE estabelecerá,
em até cento e vinte dias a partir da vigência deste Decreto, os requisitos
mínimos que deverão ser contemplados nos LAUDOS
TÉCNICOS previstos nos §§ 1o e 2o e
indicará as autoridades competentes para emiti-los.
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
Brasília,
13 de março de 2009; 188o da Independência e 121o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA
DA SILVA
Orlando Silva de
Jesus Junior
Este texto não substitui o publicado no DOU de
16.3.2009
(*) ANTECEDENTES: situações referentes às reformas de estádio,
ampliações ou condições de estabilidade devido ao tempo de construção [idade
das estruturas]
ADENDO 3:
PORTARIA*
do Ministério do Esporte nº
290/10, de 29/10/2010, assinada pelo
Ministro George Hilton:
http://www.esporte.gov.br/arquivos/acessoInformacao/portaria290/portariaN290.pdf
|
|
ANEXO V
Laudo Técnico de Vistoria de
ESTABILIDADE ESTRUTURAL.
Responsáveis: Engenheiros
e/ou Arquitetos especializados, com registro hábil nos CREAs e CAUs.
LAUDO
TÉCNICO PREVISTO NO
DECRETO
Nº 6.795 DE 16 DE MARÇO DE 2009
FICHA TÉCNICA
1.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁDIO
1.1.
Nome do estádio:
1.2.
Apelido do estádio:
1.3.
Endereço completo do estádio:
1.4.
Cidade
1.5.
Estado
1.6.
CEP:
1.7.
Telefone
1.8.
Fax:
1.9.
E-mail:
1.10.
Proprietário:
1.11.
Responsável pela manutenção do estádio:
1.12.
Nome:
1.13.
Qualificação profissional:
1.14.
Telefone
1.15.
Fax:
1.16.
E-mail:
1.17.
Clubes responsáveis pelo uso (se houverem):
1.18.
Telefone
1.19.
Fax:
1.20.
E-mail:
2.
IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE
2.1.
Nome:
2.2.
Telefone:
2.3.
Fax:
2.4.
E-mail:
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. ATRIBUIÇÕES
PROFISSIONAIS
4. METODOLOGIA
5. DOCUMENTAÇÃO
DO ESTÁDIO
6. CLASSIFICAÇÃO
DO GRAU DE RISCO
7. PRIORIDADES
8. TÓPICOS
DO RELATÓRIO
·
Texto complementar
1. INTRODUÇÃO
1.1.
A melhoria
das condições de segurança dos estádios de futebol profissional
existentes no Brasil, que são utilizados em competições regionais e nacionais,
em suas diversas divisões, tornou-se o
principal objetivo deste anexo, que estabelece diretrizes técnicas para
confecção do Laudo De Estabilidade Estrutural.
1.2.
O documento
vem preencher uma lacuna, com a análise completa das condições das estruturas
dos estádios de futebol brasileiros, oferecendo um diagnóstico das reais
condições das edificações, além de propor intervenções que priorizem a
segurança dos torcedores e profissionais que lá trabalhem.
2. OBJETIVO
2.1. Será
parte integrante do Laudo de Estabilidade Estrutural a composição de um Dossiê
da Estrutura do Estádio, com a análise completa dos limites de utilização e do
comportamento estático e dinâmico do conjunto estrutural, incluídos todos os
projetos de fundações e estrutura, porventura existentes e ou a serem
cadastrados, com identificação e registro do estado presente dos diversos
elementos estruturais.
2.2. A
identificação do Sistema Estrutural
Global do Estádio abrange todos os elementos estruturais, desde as fundações
até a cobertura.
2.3. Caso
o desempenho dos elementos estruturais não seja adequado, o Laudo Estrutural deverá apontar a
necessidade de tratamentos específicos, onde necessários; para as:
2.3.1.
Fundações, concreto, armaduras, estruturas metálicas e outros;
2.3.2. Ensaios
em laboratórios especializados; instrumentação e monitoramento (onde
necessário) de recalques, deformações, movimentações e vibrações, acelerômetros
– ensaios estáticos (onde necessários);
2.3.3. Provas
de cargas estáticas para estacas e estruturas;
2.3.4. Ensaios
dinâmicos;
2.3.5. Provas
de cargas dinâmicas para estacas e estruturas, para simulação de torcidas.
2.3.6. Projeto
de reforço especifico (de fundações, estrutura de concreto, estrutura metálica
e outros).
3. ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
3.1.Para a
elaboração do Laudo de Estabilidade
Estrutural, a equipe de
profissionais deverá ser composta por engenheiros habilitados e qualificados
como especialistas, com notória especialização na elaboração de laudos técnicos
nas áreas de consultoria, análise estrutural, cálculo e reforço em fundações,
cálculo e reforço de estruturas de concreto, e cálculo e reforço de estruturas
metálicas.
4. METODOLOGIA
4.1. Determinação
do tipo de inspeção;
4.2. Verificação
da documentação;
4.3. Obtenção
de informações dos usuários, responsáveis, proprietários e gestores das
edificações;
4.4. Inspeção
dos tópicos da listagem de verificação;
4.5. Classificação
das anomalias e falhas;
4.6. Classificação
e análise das anomalias e falhas, quanto ao grau de risco;
4.7. Ordem
de prioridades;
4.8. Indicação
das orientações técnicas;
4.9. Classificação
do estado de conservação;
4.10. Recomendações
gerais.
5. DOCUMENTAÇÃO DO ESTÁDIO
5.1.
Projetos
dos Sistemas Construtivos:
- Projeto aprovado;
- Projeto modificativo;
- Projeto executivo;
- Projeto de sondagem;
- Projeto de fundações, contenções, cortinas e
arrimos;
- Projeto de estruturas;
- Projeto de formas;
- Projeto de armação.
5.2.
Projeto
de Instalações Prediais:
- Instalações Hidráulico-sanitárias e de água
pluviais;
- Instalações de gás;
- Instalações elétricas, de telefonia e
Pára-raios (SPDA);
- Instalações de ar condicionado;
5.3.
Projeto
de Impermeabilização;
5.4.
Projeto
de Revestimentos;
5.5.
Projeto
de Pintura;
5.6.
Relatórios
de Inspeção Predial Anteriores;
5.7.
Relatórios
de Ensaios Preditivos.
6. CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO
6.1. A
classificação quanto ao grau de risco, de uma anomalia ou falha, deve sempre
ser fundamentada considerando-se os limites e níveis da Inspeção Predial
realizada.
6.1.1.
GRAU DE
RISCO CRÍTICO: Impacto irrecuperável, relativo ao risco contra a
saúde, segurança do usuário e meio ambiente, bem como perda excessiva de
desempenho, recomendando intervenção imediata.
6.1.2.
GRAU DE
RISCO REGULAR: Impacto parcialmente recuperável, relativo ao risco
de perda parcial de funcionalidade e desempenho, recomendando programação e
intervenção a curto prazo.
6.1.3.
GRAU DE
RISCO MÍNIMO: Impacto recuperável relativo a pequenos prejuízos, sem
incidência ou a probabilidade de ocorrência dos riscos acima expostos,
recomendando programação e intervenção a médio prazo.
7. PRIORIDADES
7.1. Quanto
à ordem de prioridades, recomenda-se que sejam dispostas de forma decrescente,
quanto ao grau de risco e intensidade das anomalias e falhas, apuradas por
metodologias técnicas apropriadas.
8. TÓPICOS DO RELATÓRIO
- Identificação do
solicitante;
- Classificação do
objeto da inspeção;
- Localização;
- Data da vistoria;
- Descrição Técnica do
Objeto;
- Tipologia e Padrão
Construtivo;
- Utilização e
Ocupação;
- Idade da edificação;
- Registro de
Intervenções Anteriores;
- Nível utilizado;
- Documentação
analisada;
- Critério e
Metodologia adotados;
- Lista de verificação
dos elementos construtivos e equipamentos vistoriados, com a descrição e
localização das respectivas anomalias e falhas;
- Classificação e
análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco;
- Indicação da ordem de
prioridade;
- Classificação do
estado de conservação geral do imóvel;
- Lista de
recomendações técnicas;
- Lista de
recomendações gerais e sustentabilidade;
- Relatório
Fotográfico;
- Recomendação do prazo
para nova Inspeção Predial;
- Data do laudo;
- Assinatura do(s)
profissional(ais) responsável(eis), acompanhada do número de registro no
CREA;
- Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART);
- Prazo
de Validade do Laudo.
ANEXO V: TEXTO COMPLEMENTAR
O LAUDO DE ESTABILIDADE
ESTRUTURAL será obrigatório para os estádios que possuam capacidade de público igual ou superior a
40.000 espectadores, que tenham sofrido obras de ampliação ou adaptações
que necessitem de mudanças estruturais, sendo
prioritários para os que apresentem antecedentes de problemas estruturais ou
constatação de anomalias com comprometimento estrutural, detectadas por
profissional qualificado, por ocasião da confecção do LAUDO DE VISTORIA DE
ENGENHARIA, com validade máxima de 5 anos (ver
estádios novos).
Deverá ser
identificado o Sistema Estrutural do Estádio de futebol e seu atual desempenho.
1)
Tipo de fundação;
2) Tipo de estrutura em
concreto;
3) Tipo estrutura metálica;
4) Análise dinâmica - O colapso
de qualquer elemento do sistema estrutural de pode gerar acidente. Em Estádios
de Futebol, a solicitação dos elementos estruturais geralmente é máxima durante
os eventos, quando o Estádio está lotado, sob a ação dinâmica dos torcedores.
5)
Outros sistemas
estruturais.
1- Inspeção
e Análise das Fundações – Para que os coeficientes de segurança estrutural
relativos às fundações dos estádios atendam aos quesitos preconizados pelas
normas brasileiras pertinentes, deverão ser atendidas as condições
estabelecidas no Anexo.
2- Inspeção
e Análise estática das estruturas de concreto – Para
que os coeficientes de segurança estrutural dos estádios atendam aos quesitos
preconizados pelas normas brasileiras pertinentes, os requisitos de desempenho
estrutural das arquibancadas de futebol deverão atender às condições
estabelecidas no Anexo.
3- Inspeção
e Análise das estruturas de aço – Para que os coeficientes de segurança estrutural
do estádio atendam aos quesitos preconizados pelas normas brasileiras
pertinentes, os requisitos de desempenho estrutural das arquibancadas de
futebol deverão atender às condições estabelecidas no Anexo.
4- Inspeção
e Análise dinâmica das estruturas – Inicialmente deverá ser feito um Cálculo
Computacional da vibração da estrutura do estádio, que poderá ser completada
por ensaios. Para que os
parâmetros de vibração relativos ao conforto do torcedor e à segurança
estrutural do estádio estejam dentro dos limites admissíveis, as vibrações
devem ser monitoradas por meio de acelerômetros, sendo que os requisitos de
desempenho estrutural das arquibancadas de futebol deverão atender às condições
estabelecidas no Anexo.
ITEM 01 – FUNDAÇÕES
1.1.
As fundações dos estádios de futebol necessitam
de constantes cuidados, preventivos e corretivos, de forma a garantir a
segurança estrutural, vida útil e conferir à estrutura a indispensável
estabilidade ao longo do tempo, assim sendo, deverão ser elaborados planos de
inspeção e manutenção preventivos e periódicos.
1.2.
PREMISSAS BÁSICAS PARA
INSPEÇÃO E AVALIAÇÃO DAS FUNDAÇÕES DE ESTÁDIOS DE FUTEBOL
1.2.1.
São premissas para avaliação do desempenho das fundações e de
estabilidade da edificação os seguintes pontos:
I.
Identificação dos diversos tipos de fundações;
II.
Composição de Dossiê das Fundações do estádio, com análise completa dos limites
de utilização;
III.
Catalogar todos os projetos de fundações
existentes;
IV.
Identificação e registro do estado presente dos
diversos elementos das fundações e infra-estrutura;
V.
Identificação qualitativa dos diversos materiais
dos elementos das fundações e infra-estrutura;
VI.
Análise da segurança estrutural para os
carregamentos permanentes, acidentais e dinâmicos;
VII.
Minimização dos custos de reparos e manutenção.
1.3.Considerações complementares:
1.3.1.
Principais conseqüências:
I.
Risco de recalques das fundações;
II.
Risco de colapso estrutural;
III.
Redução da vida útil da estrutura;
IV.
Elevados custos de manutenção.
1.4.Procedimentos
1.4.1.
Inspecionar todas as fundações, verificando 100%
dos seus componentes estruturais, tais como:
I.
Pisos, estrutura e alvenarias com indícios de
recalques;
II.
Caixas de águas pluviais e esgotos próximos às
fundações;
III.
Tubulações próximas às fundações;
IV.
Blocos de fundações;
V.
Fundações diversas e sapatas, etc.;
VI.
Arrimos e contenções;
VII.
Instrumentação;
VIII.
Monitoramento de recalques;
IX.
Realização de ensaios e provas de carga;
X.
Execução de sondagens;
XI.
Análise dos resultados;
XII.
Reforço de fundações;
XIII.
Repetição das etapas anteriores.
ITEM 02 – ESTRUTURAS DE CONCRETO
2.1. As estruturas de concreto constituintes dos estádios de futebol
necessitam de constantes cuidados preventivos e corretivos, de forma a garantir
segurança estrutural, vida útil e conferir à estrutura a indispensável
estabilidade ao longo do tempo, assim sendo, deverão ser elaborados planos de
inspeção e de manutenção preventivos e periódicos.
2.2. PREMISSAS BÁSICAS PARA INSPEÇÃO ESTRUTURAL DE ESTÁDIOS
DE FUTEBOL
2.2.1. São premissas para avaliação estrutural e de estabilidade da
edificação os seguintes pontos:
I. Identificação do Sistema Estrutural;
II. Composição de Dossiê da estrutura do estádio,
com análise completa dos limites de utilização e estabilidade do conjunto;
III.
Catalogar todos os projetos estruturais
existentes;
IV.
Identificação e registro do estado presente dos
diversos elementos estruturais;
V.
Identificação do esquema estrutural global;
VI.
Identificação qualitativa dos diversos materiais
dos elementos estruturais;
VII.
Análise da segurança estrutural para os
carregamentos permanentes, acidentais e dinâmicos: torcedores, peso próprio,
revestimentos, equipamentos, utilização, ação dos ventos, temperatura, etc.;
VIII.
Verificação da estanqueidade da construção,
evitando penetração e acúmulo de água (na e através da) estrutura;
IX.
Análise do conforto oferecido aos usuários frente
às intempéries, comportamento dinâmico, etc.;
X.
Garantia de vida útil do conjunto;
XI.
Minimização dos custos de manutenção.
2.2.
Considerações
complementares.
Procedimentos:
2.2.1.
Inspecionar toda a estrutura, verificando 100%
dos componentes estruturais, tais como:
I.
Pilares e consoles;
II.
Vigas, lajes, arquibancadas, etc.;
III.
Aparelhos de apoio e rótulas;
IV.
Pórticos;
V.
Arrimos e contenções.
VI.
Formas de degradação possíveis, que devem ser
registradas:
2.2.2.
Constatação
de diversas patologias no concreto e alvenarias:
I.
Inspeção visual;
II.
Medições das trincas e fissuras;
III.
Monitoramento das trincas.
2.2.3.
Constatação
de elementos estruturais deformados:
I.
Inspeção visual;
II.
Instrumentação e monitoramento.
2.2.4.
Infiltrações
ou perda de impermeabilização:
I.
Inspeção visual;
II.
Testes de estanqueidade.
2.3. Procedimento Fora da Peridiocidade normal
2.3.1. Formas de degradação possível e que devem ser registrados, além
dos mencionados na inspeção programada:
I. Aparecimento
de novas patologias ou evolução das pré-existentes;
II. Aparecimento
de novas deformações ou evolução das pré-existentes;
III. Aparecimento
de novas infiltrações ou evolução das pré-existentes;
IV. Caso
seja verificada por usuários alguma anomalia ou patologia, antes do período da
inspeção programada, deverá ser providenciada análise e correção do problema.
ITEM 03 – ESTRUTURA METÁLICA
3.1. As Estruturas de aço constituintes dos estádios de futebol,
necessitam de constantes cuidados preventivos e corretivos, de forma a garantir
a vida útil e conferir à estrutura a indispensável estabilidade ao longo do
tempo, assim sendo deverão ser elaborados plano de inspeção e de manutenção
preventivos e periódicos conforme o descrito.
3.2.PREMISSAS BÁSICAS PARA INSPEÇÃO ESTRUTURAL DE ESTÁDIOS DE FUTEBOL
3.2.1.
São premissas para avaliação estrutural e de
estabilidade da edificação os seguintes pontos:
I.
Composição de dossiê da estrutura do estádio, com
análise completa dos limites de utilização e de estabilidade do conjunto;
II.
Segurança estrutural para os carregamentos de
equipamentos, utilização, ação dos ventos, temperatura, etc.;
III.
Estanqueidade da construção, evitando penetração
e acúmulo de água (na e através) na estrutura.
IV.
Conforto aos usuários do edifício frente às
intempéries, comportamento dinâmico, etc.;
V.
Garantia de vida útil do conjunto.
VI.
Minimização dos custos de manutenção.
3.2.2. Procedimentos: Repassar eixo por eixo da
estrutura, verificando todos os componentes estruturais, tais como:
I.
Tirantes;
II.
Joists ou terças;
III.
Travamentos;
IV.
Treliças;
V.
Aparelhos de apoio e rótulas;
VI.
Pórticos;
VII.
Pilares;
VIII.
Vigas, etc.
3.2.3.
Formas de degradação possíveis, que devem ser
registrados:
I.
Aparecimento de pontos de ferrugem na superfície
das peças e aparelhos de apoio:
(i) Inspeção
visual.
II.
Parafusos soltos ou frouxos:
(i)
Inspeção visual;
(ii)
Teste de aperto com torquímetro.
III.
Peças torcidas ou desalinhadas:
(i)
Medição topográfica dos marcos instalados;
(ii)
Inspeção visual.
IV.
Vazamentos ou perda de estanqueidade:
(i)
Inspeção visual;
V.
Medição da espessura das chapas, soldas
(Ultrasom).
VI.
Trincas e ou fissuras.
(i)
Caso seja verificada por usuários alguma anomalia
ou patologia, antes do período da inspeção programada, deverá ser providenciada
imediata análise e correção do problema.
Obs.: A cada 5 anos, efetuar 5 leituras em locais distintos, e 5 leituras em
locais já medidos anteriormente, realizando cadastramento em cada medição.
ITEM 04 – DINÂMICA DAS ESTRUTURAS
4.1. PREMISSAS BÁSICAS PARA INSPEÇÃO E AVALIAÇÃO DINÂMICA DAS
ESTRUTURAS DE ESTÁDIOS DE FUTEBOL
4.1.1. São
premissas para avaliação estrutural e de estabilidade da edificação os
seguintes pontos:
I.
A identificação do Sistema Estrutural;
II. Composição
de Dossiê da estrutura do estádio, com análise completa dos limites de
utilização e comportamento dinâmico do conjunto estrutural;
III. Catalogar
todos os projetos estruturais existentes;
IV. Identificação
e registro do estado presente dos diversos elementos estruturais;
V. A
identificação do esquema estrutural global;
VI. Identificação
qualitativa dos diversos materiais dos elementos estruturais;
VII. Análise
da segurança estrutural para os carregamentos permanentes, acidentais e
dinâmicos: torcedores, peso próprio, revestimentos, equipamentos, utilização,
ação dos ventos, temperatura, etc.;
VIII.
Minimização dos custos de reparos e manutenção.
4.2. ANALISE DINÂMICA DAS ESTRUTURAS
4.2.1. Nas arquibancadas dos
estádios, a ação dos carregamentos dinâmicos (torcedores durante as
comemorações) associados aos efeitos das cargas permanentes, com freqüência,
são os responsáveis pelas máximas solicitações nas estruturas.
4.2.2. Principais
conseqüências:
I. Fadiga estrutural precoce;
II. Desconforto ao usuário;
III. Risco de pânico generalizado;
IV. Risco de colapso estrutural;
V. Redução da vida útil da estrutura;
VI. Elevados custos de manutenção.
4.2.3. Procedimentos
(A) Estar atento as reclamações dos usuários,
torcedores, usuários e funcionários. Inicialmente deverá ser feito um Cálculo Computacional da vibração da
estrutura do estádio, que poderá ser completada por ensaios.
I.
Instrumentação;
II.
Monitoramento durante as comemorações das maiores
torcidas;
III.
Analise dos resultados;
IV.
Instalação de equipamentos de excitação dinâmica;
V.
Realização de ensaios;
VI.
Analise dos resultados;
VII.
Intervenções estruturais para melhoria do
comporta-mento dinâmico;
VIII.
Repetição das etapas anteriores.
(B) Nas coberturas e marquises dos
estádios, a ação dos carregamentos dinâmicos (ventos e tempestades)
associada aos efeitos das cargas permanentes, com freqüência, são os
responsáveis pelas máximas solicitações nestas estruturas.
4.2.4. Principais
conseqüências:
I.
Fadiga estrutural precoce;
II.
Risco de pânico generalizado;
III.
Risco de colapso estrutural;
IV.
Redução da vida útil da estrutura;
V.
Elevados custos de manutenção.
4.2.5. Procedimentos
Estar atento as reclamações dos usuários, torcedores, usuários e
funcionários.
I.
Instrumentação;
II.
Monitoramento com registrador, durante as
tempestades e fortes ventos;
III.
Análise dos resultados;
IV.
Instalação de equipamentos de excitação dinâmica;
V.
Realização de ensaios;
VI.
Análise dos resultados;
VII.
Intervenções estruturais para melhoria do
comporta-mento dinâmico;
VIII.
Repetição das etapas anteriores.
[FIM DO ANEXO V – LTEE]
***************************************************************
Autoria do ANEXO V: LAUDO TÉCNICO DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL
Grupo de Trabalho de Assessoria
ad hoc do Ministério do Esporte: GT-CBF-CREAs
São Paulo, abril 2011.
Participantes:
1. Eng. Civ. José
Gilberto Pereira Campos – Superintendente Operacional do CREA SP
2. Eng. Químico Virgilio Elísio da Costa Neto –
Diretor de Competições e Supervisor da CNIE - Comissão Nacional de Inspeção de Estádios da CBF
3. Eng. Civ.
Tarciso Bassan – Presidente do CREA - MT
4. Eng. Antonio Álvares Miranda Filho, Ouvidor
Séries B e C e membro da CNIE - Comissão Nacional de Inspeção de Estádios da CBF
5. Arq. Urb.
Ronald de Almeida Silva – Ouvidor das Séries A e D e membro da CNIE - Comissão Nacional de Inspeção de Estádios da CBF.
6. Eng. Civ.
Flávia Zoéga – GT Acompanhamento de Implantação da Portaria do Ministério dos
Esportes
7. Eng. Francisco
José Teixeira Coelho Ladaga - CREA-PR
8. Eng. Civ. e
Arq. Giesi Nascimento – Chefe de Gabinete do CREA-BA
9. Eng. Paulo
Cesar da Rocha Romano, Diretor do Dep. de Futebol Profissional da Federação
Paranaense de Futebol
10. Adm. Reynaldo
Buzzoni – Gerente de Estádios e Projetos Especiais da CBF
11. Eng. Osmar
Delboni Jr, CREA-CE
12. Eng. Reginaldo
Luiz S. Cordeiro – Vice-Presidente da Federação Paranaense de Futebol
13. Eng. Teodomiro
Bicalho – CREA MG
14. Eng. Agrônomo Arciley
Pinheiro – Chefe de Gabinete do CREA-RJ
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