Autor do Livro: Genebaldo Freire Dias
Disponível em:
Acesso RAS em 01mar2016
Sobre o autor: Genebaldo Freire Dias
Bacharel, Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em
Ecologia pela UnB, autor de 19 livros sobre a temática ambiental; tem 40 anos
de prática acadêmica e ativismo ambientalista. É o autor brasileiro mais citado
nos processos de Educação Ambiental.
Em 2014 mais de onze mil pessoas assistiram
às suas palestras, conferências e oficinas em todo o Brasil e no exterior. Com
abordagens atuais, inovadoras e instigantes vem promovendo a sensibilização de
pessoas em eventos em universidades, empresas e comunidades, a respeito dos
cenários e desafios socioambientais postos à sociedade humana. Estimula a
ampliação da percepção, sugerindo novas práticas, decisões, atitudes e hábitos
que resgatem e criem novos valores.
Principais instituições onde desenvolveu trabalhos de consultoria, auditoria, conferências, palestras e/ou outras atividades na área sócio-ambiental:
Disponível em: http://genebaldo.com.br/sobre-o-autor/Major institutions where work has developed expertise, audit, conferences, lectures and / or other activities in the socio-environmental activities:
Acesita, Oikós, Timóteo, MG
Braskem S.A , Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Caesb, DF
Casa Civil – Presidência da República
Cetrel S.A., Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
COFIC – Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Companhia Siderúrgica Tubarão – CST, ES
Deten Química S.A., Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Embaixada dos Estados Unidos, Brasília, DF
Embraco, Joinville, SC
Embrapa, DF
Caesb, DF
Casa Civil – Presidência da República
Cetrel S.A., Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
COFIC – Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Companhia Siderúrgica Tubarão – CST, ES
Deten Química S.A., Pólo Petroquímico de Camaçarí, BA
Embaixada dos Estados Unidos, Brasília, DF
Embraco, Joinville, SC
Embrapa, DF
Epagri, Tubarão, SC
Fundação Roberto Marinho
Gerdau Açolongos (Barão de Cocais, MG; Salvador, BA)
Gerdau Açominas, Biocentro, Ouro Branco, MG
Fundação Roberto Marinho
Gerdau Açolongos (Barão de Cocais, MG; Salvador, BA)
Gerdau Açominas, Biocentro, Ouro Branco, MG
Itaipu Binacional
Maristas, DF, MS
Michelin, BA
Organização Mundial de Saúde – ONU, México
Petrobrás, RJ, RN, BA
Michelin, BA
Organização Mundial de Saúde – ONU, México
Petrobrás, RJ, RN, BA
Polícia Federal, DF
Sabesp, SP
Secretarias de Estado de Educação (todos os estados, menos Acre);
Secretarias de Meio Ambiente (todos os estados, menos Acre)
Senai; Senac; Senar; Sesc; Sesi
Secretarias de Estado de Educação (todos os estados, menos Acre);
Secretarias de Meio Ambiente (todos os estados, menos Acre)
Senai; Senac; Senar; Sesc; Sesi
STE; STF; STJ; TST
Suape
Suape
Universidade Católica de Salvador
Universidade Estadual de Santa Catarina
Unisinos, RS
Universidade Livre do Meio Ambiente, Curitiba, PR
Vale
White Martins, RJ-BA
White Martins, RJ-BA
23. Educação Ambiental –
princípios e práticas; 2010,
9ª.ed., 551 p., livro
TEXTO
DA ORELHA DA CONTRA-CAPA
Estamos
produzindo um mundo que nenhum de nós deseja. A par dos grandes avanços
científicos e tecnológicos, a espécie humana, experimenta, um grande desafio à
sua sustentabilidade: a perda do equilíbrio ambiental, acompanhada de
erosão cultural, injustiça social e econômica e violência, como corolário da
sua falta de percepção, do seu empobrecimento ético e espiritual, também, fruto
de um tipo de Educação que “treina” as pessoas, para serem consumidores úteis,
egocêntricos e, ignorar as consequências ecológicas dos seus atos.
A
Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), reconhece
essa situação. Em resposta, representantes de 170 países, formularam a
Agenda 21, um Plano de Ação para o Século XXI, com o objetivo de promover o
Desenvolvimento Sustentável, a estratégia mais viável para enfrentar esse desafio.
Reconhece também que o desafio fundamental para a construção de uma sociedade
sustentável é a Educação.
A
Educação Ambiental foi identificada, como o elemento crítico para a promoção
desse novo modelo de desenvolvimento.
Tendo
as suas bases conceituais conhecidas desde a Conferência
de Tbilisi (1977), a Educação
Ambiental, dada a sua natureza interdisciplinar, polifacetada e holística,
reúne os elementos necessários, para contribuir decisivamente, com a
promoção das mudanças de rota que a humanidade carece.
Esse
livro, um clássico de referência, na literatura ambientalista brasileira, reúne
um conjunto de informações fundamentais para a promoção do processo de Educação
Ambiental
Nessa
nova edição, revista e ampliada, traz, de forma comentada, os textos básicos
das grandes conferências internacionais sobre Educação Ambiental, promovidas
pela UNESCO e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, em
Belgrado (1975), Tbilisi (1977), Moscou (1987) e Tessalônica (1997).
Inclui
as conferências brasileiras e documentos nacionais decisivos para o
desenvolvimento do processo da EA, no país (histórico, cartas, declarações e
outros).
Oferece
mais de 100 sugestões de práticas de EA e apresenta diversos elementos para
subsidiar ações (suporte metodológico, legislação ambiental, vasta referência
bibliográfica, nacional e internacional). Traz estudos de caso, acoplados a
outros elementos para a compreensão das questões ambientais
(cronografia, análise socioecossistêmica e artigos sobre as alterações
ambientais globais, a pegada
ecológica, a co-gestão e a sustentabilidade).
Dada
a sua riqueza de informações, trata-se de uma obra, para consultas
freqüentes, por todas as pessoas que, de alguma forma, estão envolvidas com a
temática ambiental e mais proximamente, com o processo de Educação Ambiental.
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
1.
ELEMENTOS DA HISTÓRIA DA EA
1.1.
Cronografia
1.2.
Introdução
1.3.
Histórico da EA
1.4.
Política, EA e globalização
1.5.
Análise sistêmica do contexto socioambiental
1.6.
Evolução dos conceitos de EA
2.
OS GRANDES EVENTOS SOBRE EA
2.1. A Conferência de
Belgrado
2.2. A Primeira
Conferência Intergovernamental sobre EA (Tbilisi, 1977)
2.2.1. Declaração da
Conferência de Tbilisi
2.2.2. Recomendações da
Conferência de Tbilisi
2.2.3. Finalidades da EA
2.2.4. Categorias de
objetivos
2.2.5. Princípios básicos
2.2.6. Estratégias de
desenvolvimento da EA
2.3. Seminário sobre EA
(San Jose, 1979)
2.4. O Congresso
Internacional em EA e FA (Moscou, 1987)
2.4.1. Observações
importantes do Congresso de Moscou
2.4.2.
Estratégia internacional para ações no campo da EA e FA
2.4.3.
Princípios e características da EA e FA
2.4.4.
Orientações, objetivos e ações para a estratégia internacional em EA e FA
2.5.
Seminário Latino-Americano de EA (Argentina, 1988)
2.6.
Os Encontros Brasileiros de EA
2.6.1.
Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a EA
(MEC/SEMAM, 1991)
2.6.2.
Encontro Técnico de EA da Região Norte
2.6.3.
Encontro Técnico de EA da Região Nordeste
2.6.4.
Encontro Técnico de EA da Região Centro-Oeste
2.6.5.
Encontro Técnico de EA da Região Sudeste
2.6.6.
Encontro Técnico de EA da Região Sul
2.6.7. A
Rio-92 e a EA
2.6.8. I
Encontro Nacional dos Centros de EA
2.6.9. A
1a. Conferência Nacional de EA (CNEA, Brasília, 1997)
Declaração de Brasília para a Educação Ambiental
2.6.9.1.
EA e as vertentes do desenvolvimento sustentável
2.6.9.2.
EA formal: papel e desafios
2.6.9.3.
EA no processo de gestão ambiental
2.6.9.4.
A EA e as políticas públicas
2.6.9.5.
EA, ética e formação da cidadania: educação, comunicação e informação da
sociedade.
2.7.
Uma estratégia para o futuro da vida (UICN, WWF, PNUMA, 1991)
2.8.
O Tratado de EA para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (1992)
2.9.
A Conferência de Tessalônica (Grécia, 1998)
3.
A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (LEI 9765/99)
4.
SUBSÍDIOS PARA A PRÁTICA DA EA
4.1. Da Conferência de
Tbilisi
4.2. Operacionalização das
atividades de EA
4.3.
Dos conceitos a serem utilizados em EA urbana
4.3.1.
Sistemas de vida
4.3.2.
Ciclos
4.3.3.
Sistemas complexos
4.3.4.
Crescimento populacional e capacidade de suporte
4.3.5.
Desenvolvimento ambientalmente sustentável
4.3.6.
Desenvolvimento socialmente sustentável
4.3.7.
Conhecendo a incerteza
4.3.8.
Características dos socioecossistemas urbanos
4.3.9. A
análise da Pegada Ecológica
4.3.9.1.
Os socioecossistemas urbanos como exemplo
4.3.9.2.
A Pegada Ecológica de Taguatinga, DF – um estudo de caso
5.
UM GRANDE DESAFIO: DIMENSÕES HUMANAS DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS GLOBAIS.
5.1. Introdução
5.2. Mudanças na cobertura
do solo
5.2.1. Terras cultivadas
5.2.2.
Cobertura vegetal
5.2.3.
Campos e pastagens
5.2.4.
Áreas úmidas
5.2.5.
Ecossistemas urbanos (assentamentos)
5.3. Conseqüências
ambientais das mudanças na superfície da Terra
5.3.1.
Emissão de gases
5.3.2.
Mudanças hidrológicas
5.3.3.
Mudanças climáticas
5.4.
Forças humanas indutoras de mudanças ambientais
5.4.1.
População
5.5. Considerações finais
6.
AS ATIVIDADES DE EA URBANA
6.1. Descobrindo a
natureza na cidade
6.1.1. A fauna urbana
6.1.2. A flora urbana
6.1.3.
Fatores abióticos – fenômenos naturais na cidade
6.2. Conhecendo o metabolismo da cidade
6.2.1. Prédios versus casas – um dilema
6.2.2.
Ambiente urbano versus ambiente rural
6.2.3.
Serviços essenciais da cidade
6.2.4.
A palavra do profissional
6.2.5.
O supermercado e os materiais recicláveis
6.2.6.
A frota de veículos e os custos
6.2.7.
O preço da caloria
6.2.8.
A maquete da escola ou do bairro
6.2.9.
A população urbana
6.2.10. O lixo
gerado na escola
6.2.11. O consumo de
energia elétrica
6.2.12. Os palitos
de fósforo
6.2.13. A energia
solar
6.3.
Pesquisando a qualidade ambiental na cidade
6.3.1.
Visitando as farmácias
6.3.2. A
poeira em suspensão na cidade
6.3.3. O
cigarro como fator de degradação socioambiental
6.3.4.
Os carros e a poluição do ar
6.3.5.
Os tipos e os impactos dos transportes
6.3.6. A
construção de uma estrada
6.3.7.
Os ruídos na cidade
6.3.8. A
água que bebemos
6.3.9.
Examinando águas poluídas
6.3.10. Investigando
a poluição industrial
6.3.11. Usos
inadequados do ambiente urbano
6.3.12. Indicadores
naturais de qualidade ambiental
6.3.13. Como você
gasta o seu tempo
6.4.
Buscando a melhoria da qualidade ambiental das cidades
6.4.1.
Conhecendo um EIA/RIMA
6.4.2. A
contribuição individual
6.5.
Sugestões adicionais de atividades de EA
7. ESTUDOS DE
CASO – ELEMENTOS PARA A COMPREENSÃO DAS DINÂMICAS DA EA
7.1. EA, Co-Gestão e Sustentabilidade no Parque Nacional de Brasília – PNB
7.1.1. Metodologia
7.1.1.1.
O marco conceitual
7.1.1.2.
O plano operacional
7.1.2.
Resultados
7.1.2.1.
Capacitação de professoras(es) e monitoras(es)
7.1.2.2.
Criação do Corpo de Voluntários do PNB
7.1.2.3.
Os eventos especiais
7.1.2.4.
Avaliações inobtrusivas
7.1.2.5.
EA para o entorno: interações
7.1.3.
O PEA em 2000
7.1.4.
Considerações finais
7.2.
O Programa de Educação Ambiental da Universidade Católica de Brasília – PEA-UCB
7.2.1.
O que é o PEA–UCB
7.2.2.
Justificativa para a execução
7.2.3.
Como está sendo executado
7.2.4.
Organograma
ANEXOS
Subsídios ás Ações em
Educação Ambiental
1.
Declaração
Univerasal dos Direitos Humanos (ONU, 1948)
2.
Declaração
da ONU sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972)
3.
Carta
do Rio sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio-92)
4.
Alerta
dos Cientistas do Mundo à Sociedade (Rio-92)
5.
Legislação
Ambiental: Instrumento de Participação Comunitária
5.1.
A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938/81)
5.2.
Resoluções do CONAMA (seleção de artigos)
5.3.
A Constituição Brasileira de 1988
5.4.
Outros itens importantes da legislação brasileira
5.5.
Outros instrumentos legais específicos de ação popular
5.6.
Coletânea de Leis. Decretos, Portarias e Resoluções
5.7.
Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9605/98 e Decreto 3179/99)
5.8.
Como criar uma Associação
1.
Documentos
brasileiros importantes sobre EA
6.1.
O Parecer 226/87 do Conselho Federal de Educação (MEC) sobre EA
6.2.
A Carta de Curitiba (1978)
6.3.
Carta Brasileira para EA (MEC, Rio-92)
6.4.
O Compromisso de Curitiba para o Desenvolvimento Sustentável
1.
Publicações
técnicas sobre EA
7.1.
Referências brasileiras
7.2.
Referências do exterior
1.
Sites com informações
sobre EA
2.
A
Carta do Chefe Indígena Seattle (1854)
3.
A
Declaração de Caracas sobre a Gestão Ambiental para a América Latina (1988)
4.
Elementos
para discussões
11.1.
O que foi a Rio – 92?
11.2.
O que é Agenda-21?
11.3.
O que é EA e como se pratica ?
11.4.
Sintomas do desequilíbrio ambiental
11.5.
Escalada humana e crise ambiental
11.6.
Conseqüências da redução da camada de ozônio
11.7.
Conseqüências do desflorestamento
11.8.
Quanto temos de água no mundo?
11.9.
Proteja a a pureza da água e use-a racionalmente
11.10.
Efeito estufa e inversão de valores
11.11.
Por que precisamos economizar energia elétrica?
11.12.
Crescimento populacional e padrões de consumo
11.13.
Por que reciclar?
11.14. A
cidade precisa ser reinventada
11.15. O
que eu posso fazer?
12. Referências
bibliográficas
APRESENTAÇÃO
(original)
1. “O
Brasil não tem uma política educacional definida, muito menos uma política para
a chamada Educação Ambiental”…
2. Essa
era a frase que iniciava a apresentação desse livro, em suas edições
iniciais. Uma década depois, muito mudou. Temos a Política Nacional de Educação Ambiental
(Lei 9765), inúmeros projetos e programas de EA em desenvolvimento e, uma
rica listagem de literatura especializada.
3. O Brasil melhorou os seus
índices, de uma forma geral. Maior expectativa de vida, menor taxa de
mortalidade infantil, mais alfabetização e mais espaço conquistado pela mulher.
A internet ampliou a porosidade das relações humanas, em níveis impensáveis, as
ONGs efetivaram os seus papéis na sociedade, como nova clivagem de poder e as
empresas incorporaram a dimensão ambiental nos seus processos (certificações,
gestão ambiental, ecoeficiência).
4. Mas,
a par dessas manifestações de conquistas, a sociedade humana, empurrada por
padrões de consumo insustentáveis, impostos por modelos de desenvolvimento
insanos, completado por um mórbido e renitente crescimento populacional,
tornou-se mais injusta, desigual e insensível.
5. Agora, experimenta um
profundo colapso de ética e de valores humanísticos, verificáveis em suas
atitudes diárias, permitindo o crescimento da corrupção, a corrosão da democracia
e o alargamento do fôsso entre ricos e pobres.
6.
Afugentou-se a gente do campo e as CIDADES
se tornaram superpovoadas, imersas em problemas crônicos de saneamento e
serviços, abrigando hordas de desempregados, subnutridos, doentes e
analfabetos, em favelas, regadas a drogas, prostituição e violência.
7. Acrescentando-se
a isso, as alterações ambientais globais, induzidas por dimensões humanas,
agravaram a crise ambiental, produzindo mudanças indesejáveis (alterações
climáticas, destruição de habitats, desflorestamento, perda de solo, extinção
de espécies e de diversidade de ecossistemas, poluições, escassez de água
potável, erosão cultural e outras).
8. O
quadro se completa, com a disseminação e retorno de doenças (AIDS. cólera,
malária urbana, tuberculose, dengue) e manifestação de novas doenças
(hantavírus e outros). Produzimos um mundo que nenhum de nós
deseja. Aumentamos nossa produtividade agrícola, há alimentos sobrando no
mundo, apodrecendo em armazéns, enquanto 40 milhões de pessoas morrem de fome, por
ano.
9. Em
nenhum período conhecido da história humana, ela precisou tanto, de mudança de
paradigma, de uma Educação renovadora, libertadora. Mais do que produzir
painéis solares mais baratos, reciclar e dotar os carros de células de
combustível, em vez de petróleo, precisamos de um processo mais completo, que
promova o desenvolvimento de uma compreensão mais realista do mundo. No
século XX, o ser humano involuiu, eticamente e espiritualmente.
10. O
papel da Educação Ambiental, nesse contexto, torna-se mais urgente.
Precisamos oferecer mais formação. A educação ainda “treina” a(o)
estudante para ignorar as consequências ecológicas dos seus atos.
11. Ao
falecer, em 1933, o botânico escocês Patrick Geddes – considerado o Pai da EA
-, não imaginava quanto tempo ainda iria demorar para que a educação
incorporasse uma análise da realidade socioambiental. Já pelo final do
século IXX, ele não concordava com os caminhos que a escola trilhava, tolhendo
o educando do seu mundo natural e colocando-o num mundo de conhecimentos
fragmentados e desconectados da sua realidade.
12. Desde
então, a educação continuou sua caminhada evolucionária, demasiadamente
lenta, sem a agilidade necessária de se adaptar aos novos desafios.
13. Um
sinal de que isto poderia modificar-se foi dado em 1977, quando a Conferência de Tbilisi sinalizou para o mundo os caminhos
para a incorporação da dimensão ambiental, em todas as formas de
educação. Definiram-se conceitos, objetivos, características, princípios
e uma seqüência de recomendações de estratégias para o seu
desenvolvimento. Devidamente embevecidos pela comoção mundial, causada
pela crescente crise ambiental, os representantes das 170 Nações presentes
assumiram o compromisso de torná-la efetiva.
14. Após
dez anos de Tbilisi, a Conferência
de Moscou revelava a
insipiência dos esforços em nível internacional. Com o agravamento
das alterações ambientais, no início da década de 90, esperava-se que as
recomendações expressas na Agenda-21, geradas na Rio-92, finalmente significassem uma
mudança de atitude em relação à Educação Ambiental. Cinco anos depois,
durante a Rio + 5,
representantes de 83 países relataram que apenas 10% dos recursos prometidos
haviam, efetivamente, sido liberados. Em 1998, a Conferência de Thessaloniki admitiu a insuficiência dos resultados
obtidos.
15. Agora,
no início de uma nova década, encontramos o processo de Educação Ambiental, em
nível internacional, ainda tímido. Poucos países conseguiram estabelecer
o processo preconizado e acordado nos encontros internacionais.
16. É
óbvio que houve conquistas, mas estas estão sendo insuficientes para provocar
as mudanças de rumo que a velocidade de degradação ambiental requer. A
velocidade com a qual se devasta e se desequilibra os sistemas que asseguram a
sustentabilidade humana, na Terra, continua infinitamente superior à nossa
capacidade de gerar respostas adaptativas culturais, principalmente em nível
educacional. A Educação Ambiental ainda não representa uma força suficiente
para interferir na inércia daquele movimento e modificar a sua trajetória
de desestabilização.
17. Ainda
impera uma instigante indefinição política, provocada por ignorância ambiental
(aquele “Analfabetismo Ambiental” referido na Conferência
sobre Educação para Todos, Tailândia, 1992). Afinal, não se
compreende de outra forma a indiferença de muitos setores à causa ambiental, à
necessidade de mudanças na relação humanos-ambiente.
18. O
caso do Brasil é sintomático. Os documentos contendo as orientações estruturais
para o seu desenvolvimento foram gerados há mais de uma década. Durante
trinta anos ouvimos dizer que a Educação seria prioridade. O que
encontramos pelo Brasil afora configura uma realidade bem diferente e termina
definindo o quanto somos atrapalhados, nessa área.
19. Louvem-se
os esforços do MEC, com recursos limitados, promovendo conquistas
significativas como os Parâmetros Curriculares Nacionais, a promoção de
encontros técnicos, qualificação e outras iniciativas; louvem-se os esforços do
Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA, promovendo conferências e configurando políticas;
louvem-se os esforços conjuntos MEC-MMA-IBAMA. Com os recursos
disponíveis, fazem o que podem e muitas vezes, o que não poderiam (e conseguem,
com esforços de pessoas dedicadas, obstinadas e idealizadoras). Mas, não
se pode louvar a omissão da mídia nacional, demasiadamente preocupada em
noticiar catástrofes ambientais, reduzindo a uns tantos que, no seu cotidiano,
exercem o papel formador da comunicação social; não se pode louvar a
maior parte da classe política, lamentavelmente despreparada para exercer o
cargo.
20. Outrossim,
as Secretarias Estaduais de Educação, nas suas infinitas metamorfoses, sempre à
deriva das oscilações políticas, não têm orientações duradouras. Mudam os
políticos, mudam os Secretários, mudam os Diretores, mudam as idéias, mudam os
planos, os quatro anos acabam e tudo estava para começar. Daí, um novo mandato e tudo se
repete. A situação é fractal.
21. Nas
Secretarias Municipais de Educação, o empobrecimento ainda é maior. Uma
mescla de desqualificação profissional, desmotivação, salários cronicamente
baixos e frequentemente atrasados, instalações escolares precárias e prefeitos
e vereadores corruptos formam uma mistura explosiva e colocam a Educação
Ambiental fora de plano.
22. Por
outro lado, o esforço de qualificação é mínimo. Quando ocorre, frequentemente
qualifica alguns professores de cada escola. Estes, quando retornam às
suas unidades escolares, passam a ser encarados como “rebeldes”, indesejáveis,
pela Coordenação e pela Direção. Até mesmo o diálogo com os colegas se torna
difícil. A estratégia de qualificação de professores, desacompanhados dos
seus demais colegas, inclusive da administração, tem-se mostrado ineficiente.
Quando os alunos saem para atividades extraclasse (caminhadas interpretativas
socioambientais, por exemplo), os pais reclamam (“lugar de estudante é na
escola”), o porteiro reclama, a merendeira reclama, os Coordenadores e a
Direção logo acham que a(o) professora(or) “está enrolando, não
quer dar aula”.
23. Poucos
estados possuem estrutura definida para oferecer qualificação aos seus
professores (destacamos o Instituto Anísio Teixeira, Salvador, Bahia, que
possui uma notável estrutura física para receber profissionais da rede estadual
e vem desenvolvendo uma política coerente de qualificação).
24. Dada
a situação precária que se oferece aos professores, surge mais um problema para
o desenvolvimento de propostas de Educação Ambiental: a evasão de
carreira. A rotatividade é muito grande. Perde-se em torno de 40%
dos professores qualificados, a cada ano. Isto constitui uma cruel
magnificência do problema de quem precisa qualificar mais e mais, diante de
recursos cada vez mais escassos.
25. A
falta de recursos instrucionais, notadamente livros didáticos especializados,
disponíveis, constitui-se em outro empecilho, aparentemente intransponível.
Muitas publicações que chegam aos professores continuam impregnadas de
uma visão preservacionista exclusiva,
ingênua e desatualizada cientificamente.
26. Ainda se confunde Ecologia com
Educação Ambiental. Com isto, os professores são estimulados a desenvolver
atividades reducionistas com seus alunos ou, então, bater na tecla da poluição,
do “desmatamento”, do efeito estufa, da camada de ozônio ou então catar
latinhas de alumínio e reciclar papel artesanalmente. A ingenuidade ainda é
muito grande.
27. Esta
situação é especialmente nutrida pelas universidades brasileiras: apáticas,
vaidosas, obsoletas e dessintonizadas com a realidade, continuam imersas em sua
prática acadêmica utópica. Os cursos de Administração, Jornalismo,
Direito, Economia e Engenharia, entre outros, em sua maioria ainda não
incorporaram devidamente as dimensões ambientais em seus currículos.
Continuam produzindo profissionais que refletem o seu despreparo e vão
engrossar o rol dos devastadores.
28. Reconhece-se
que, para a reversão dessa situação, são necessários esforços em muitas áreas,
além da educacional. Esta situação é fractal. Transcende o Brasil e
espalha-se pelas terras emersas da Terra. Poucas sociedades estão se
dando conta do que está acontecendo. Um mundo repleto de sociedades que
consomem mais do que são capazes de produzir e mais do que o planeta pode
sustentar é uma
impossibilidade ecológica.
29. O
desenvolvimento sustentável, baseado nos atuais padrões de uso dos recursos
naturais e no crescimento populacional global vigente, não é nem mesmo
concebível, teoricamente. Isto exigiria uma suspensão voluntária da nossa
incredulidade.
30. A
sociedade humana, como está é insustentável. Apesar dos inegáveis avanços
tecnológicos pós-industriais, a humanidade inicia o século XXI lutando, não
apenas por solo, mas também por água e ar, num ambiente hostil que remonta à
era pré-industrialista. Prevê-se a barbárie da violência urbana e
rural imersa num contexto de conflitos e atos de terrorismo, gerados pela intolerância,
principalmente etno-religiosa (acrescente-se que o Brasil reúne uma
mistura explosiva: a violência no campo contra o movimento sindical rural e a
crescente migração para as cidades, resultados da estratégia suicida de
manutenção, a qualquer custo, das oligarquias latifundiárias e da má
distribuição de renda).
31. Há
a premência de uma profunda transformação valorativa, o que exige uma
reestruturação político-econômica global, baseada na democracia (ou talvez
meritocracia), na equidade, dignidade e promoção humana e na sustentabilidade
ecológica e socioeconômica da Terra, fundamentados no Estado de Direito
32. Essas
mudanças não ocorrerão sem conflitos, porquanto representam uma forte ameaça à
ordem mundial estabelecida, onde os modelos vigentes de “desenvolvimento”
tendem a perpetuar as relações opressor-oprimido, sob a égide da visão
fragmentada, imediatista e utilitarista.
33. A equidade
socioeconômica é um elemento crítico para a sustentabilidade, assim como o
materialismo e a crescente ignorância das pessoas, a abordagem tecnocêntrica, a
retração econômica e o débito internacional. Essa visão é em parte
corroborada por diversos autores. Na Declaração
da Reunião dos Líderes Espirituais da Terra, produzida e divulgada na Conferência das Nações Unidas para
o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio
92), promovida pela ONU, cita-se que a crise ecológica é um sintoma da crise
espiritual do ser humano, que vem da ignorância.
34. Na
apresentação da obra Olhando
pela Terra, de James George,
o Dalai Lama afirma que a crise ambiental global é, de fato, a expressão de uma
confusão interior. A busca mesquinha de interesses egoístas causou os
problemas globais que ameaçam a todos. Adianta que a cura do mundo tem de
começar num nível individual: “se não podemos modificar o nosso comportamento,
como esperar que os outros o façam?” Na verdade, se se
multiplicam as escolhas e ações individuais sobre o ambiente por seis bilhões, pode-se começar a
entender que, cada vez que se faz o que os outros estão fazendo,
contribui-se para o estado traumático e estressado do planeta, de forma
cumulativamente perigosa.
35. Há,
na verdade, uma necessidade premente de iluminação
coletiva, aquela preconizada por Gurdjieff , que dizia estar o ser humano
em um estádio letárgico, adormecido, vivendo, assim, a maior parte de suas
vidas trancado no círculo da sua falta de totalidade.
36. Foi
nesse contexto que recebí o convite para preparar uma nova edição desse
livro. Fiquei imaginando, por que uma nova edição? Afinal, já
existem tantos livros de EA, no Brasil. O que atualizar? O que suprimir?
O que acrescentar? Porém, imediatamente me vem à mente, a imagem dos
rostos angustiados, mas ainda sorridentes e idealistas, de milhares de colegas
professoras(es), ongueiros(as), ambientalistas, que encontrei nas centenas de
palestras e cursos espalhados pelos recônditos do Brasil; do Amapá ao Rio
Grande do Sul, recordo as suas carências, limitações e sonhos; recordo o seu
esforço, dedicação e teimosia; a sua criatividade, resistência, determinação e
crença em um mundo melhor. Vi esse livro, em mãos de pessoas muito
humildes e sobre mesas de poderosos; recebi centenas de cartas relatando a
contribuição que ele prestou e, recordo que ao reunir os subsídios para
prepará-lo, não imaginava, nem de longe, se conseguiria publicá-lo. Logo,
demovi a idéia de não fazê-lo.
37. Diante
disso, e reconhecendo que um grande número de pessoas ainda não teve acesso às
informações básicas sobre EA, preocupei-me em manter, nessa nova edição, os
documentos básicos de orientação conceitual gerados nas conferências promovidas
pela UNESCO (Belgrado, Tbilisi, Moscou e outras), acrescentando uma apreciação
crítica e, incorporar as mais recentes orientações
(Tessalônica). A série de documentos brasileiros foi
enriquecida, com a Carta de Brasília sobre Educação Ambiental e a Política
Nacional de Educação Ambiental.
38. A
cronografia e o histórico da EA foram atualizados e ampliados, bem como a parte
de legislação ambiental, inclusive com a Lei dos Crimes Ambientais. Foram
acrescentados alguns instrumentos analíticos (a pegada ecológica), documentos
importantes (como o Alerta dos
Cientistas à Comunidade) e estudos de caso. Finalmente, processaram-se
correções, quanto a questão do gênero.
39. A
despeito de todo o contexto assustador, acredito nas possibilidades da espécie
humana. Temos os genes da sobrevivência. Temos que continuar nossa
escalada evolucionária. Transformar os problemas em desafios e
encará-los. E a educação é um dos caminhos mais iluminados, com qualquer um dos
tantos rótulos que receba.
40. Ninguém
é autor. Somos apenas contribuidores, pois escrevemos iluminados por um legado
de idéias escritas por tantos outros contribuidores.
41. Muito
obrigado e que Deus ilumine o trabalho de todos.
Genebaldo Freire Dias
COMENTÁRIO (ORIGINAL)
42. Quando
redigíamos os originais desse livro, em 1989, jamais poderíamos imaginar a
trajetória de edições sucessivas que iria acontecer. Originariamente elaboramos
o livro para ser publicado pelo MEC e IBAMA (então recentemente criado).
Oferecemos os direitos autorais gratuitamente. O objetivo era fazer chegar
essas informações, até então engavetadas, a um número maior de pessoas
possível. Jamais tivemos uma resposta.
43. Em
uma dessas tardes quentes de Brasília, entra em nossa sala a senhora Walda
Antunes e pergunta quem tem algo sobre Educação Ambiental para publicar! Daí já
são 9 edições. Temos uma profunda gratidão por aquela senhora de cabelos
prateados.
44. Esse
livro já passou por três modificações – revisão, ampliação e atualização. A
maior parte do seu conteúdo foi fruto de garimpagem desde 1980. Naquela época a
EA era amordaçada no Brasil.
45. Segundo
os editores, essa obra é a mais solicitada dentre as de nossa autoria, seguida
do livro “Pegada Ecológica e Sustentabilidade Humana”.
46. Cada
uma das suas 550 páginas tem uma história de dificuldades (a primeira versão
foi escrita à lápis e estávamos presos à uma cama), porém, também uma história
agregada de satisfação de missão cumprida.
RESENHA
Dias, Genebaldo Freire. Environmental
Education: principles and practices. 6 th. Revised and expanded edition.
Sao Paulo: Gaia, 2000 (9 th, 2007)
Genebaldo Freire Dias is PhD in ecology from the University of Brasilia.
It has worked and produced, so very useful in environmental issues, especially
in the field of education, signing up as a national reference, backed by his
extensive resume. Currently, he is a professor and researcher at the Catholic
University of Brasilia where he is developing a major project, which is
reported in this book as a relevant institutional experience. Held various positions
in institutions of direction related to this issue, both in the local and
national. He is also advisor of the World Health Organization (WHO) United
Nations (UN) and the National Environmental Fund (FNMA), and contribute to the
evolution of the debate on environmental issues under various national and
international bodies.
Initially, the author presents a critical review of the history of
Environmental Education (EE) in the world and in the country, from registration
and evaluation of the results of significant events, adding comments and
relevant analyses. In this historical narrative emphasizes the conference in
Tbilisi in 1977, which stood out as a crucial milestone in establishing the
conceptual basis of the EE, identified as activity essential for building new
models and proposals for development. Under the ideology of EA would be
developed a new educational process in scale and global perspective.
In their discussions on environmental issues and draft EE, the author
believes that the pressures of the international financial system have led
other nations to situations of unsustainability in their development processes.
Even acknowledging progress in the National Policy on Environmental
Education (Law 9795/99) and improvement in the indices of quality of life,
presents critical to the development models that have been adopted by Brazil
and the industrialised countries, highlighting the negative implications for
future generations. In that context, discusses the implications of the
globalization process that has expanded the number of individuals and
populations that are to adopt the same patterns of consumption, putting
enormous strain on finite resources, some scarce, without evaluating the
capacity of natural regeneration. The result is a general state of frustration
and violence, typical of “species under ecosystemic stress: all are against
all” Design is a culture of “to have” instead of “to be”, leading to depletion
of natural resources – “the largest part of human society lives as if it were the
last generation “, not any possibility of sustainable development.
Humanity is facing a big challenge: “the loss of environmental balance,
accompanied by erosion of cultural, social and economic injustice and violence,
as a corollary of its lack of perception of ethical and spiritual
impoverishment, also the fruit of a type of education that
” trained ” people to be consuming useful, egocentric and ignore the
ecological consequences of their acts”
Few countries comply with international agreements and EE has not yet
managed to the internalization of social values capable of halting
environmental degradation that the world is experiencing with great speed.
Despite the amazing scientific and technological development achieved in
the last century in all fields of knowledge, the ability to forecast about the
risks and environmental consequences still appears to be very limited.
The author also shows that the EA presents many contradictions and
conflicts of interest, besides being a new field of knowledge, which requires a
systemic approach still poorly understood or practised in the academic
environment, nor by governments, politicians, authorities.
From ample and clear reasons, indicates the need for developing new
methodological tools to contribute to overcoming the limitations of the
reductionist approaches and methods dominant in academia. However, there is
still much to advance the construction of a new paradigm that can generate
reliable results able to base decisions and produce changes.
While acknowledging that many steps have already been taken, proposes
efforts, focusing on environmental education and training of groups of
interdisciplinary research, aimed at understanding and internalization of a new
ethic of development, capable of meeting the challenge of sustainability of
human life on the planet.
The author contributes to the understanding of environmental issues
based on the theory of complexity, the principle of uncertainty
(indeterminismo) and the systemic thinking, discussing the relationship of interdependence
of the process of sustainable development, considering the population growth,
size and economic limitations of natural resources in addressing the social
issues of urban ecosystems. Moreover, deals with human actions relating them to
global environmental change and discusses the basics of urban EA.
A report on the experience of EE and co-management held in Brasilia
National Park is presented and discussed, containing not only complaints but
also, importantly, pointing possibilities for solution of environmental issues,
showing the importance of the internalization of values the community, through
education. Another case study presented is the Environmental Education Program
at the Catholic University of Brasilia since 1999, with goals from incorporated
the environmental dimension in all activities of the University; spread
practices of sustainable development, construction an institutional agenda-21;
deployment of an internal environmental management system. These samples are
copies of what can be done.
It is a work of reference, a classic, for the present time, depth and
systematization of information presented. Developed on the basis of relevant
facts and historical landmarks, is aimed at students and teachers of all
grades, and to all citizens affected by environmental problems, bringing lucid
proposals for development of a process of sustainable development and improving
the quality of life for all.
IVAN ROCHA NETO
Doctor of the University of Electronics Canterburg – England
Pro-Rector of Post-Graduate Studies and Research at the Catholic
University of Brasilia
Magazine Universa,
Brasilia, V.9, n.2, p.351 – 353, June 2001
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