São Luís, Patrimônio Cultural Nacional e Mundial, Maranhão
ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO
BRASIL
Índices de Desenvolvimento Humano, IDH e IDHM
Ranking do IDH dos Municípios
do Brasil 2013
“...as pessoas são a verdadeira “riqueza das nações”.
Revisão_07
SEN Quadra 802, Conjunto C, Lote 17|
Tel: (61) 3038 9300 | http://www.pnud.org.br/
MARAJÁ
DO SENA, no Maranhão,
tem
o pior IDHM renda do Brasil – 0,400, considerado "muito baixo".
Atlas do IDHM 2013
revela evolução do Brasil em 20 anos
Publicado em: 29/07/2013 16:45;
acesso em 07mai2015
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=19152
FONTE: IPEA.
Missão:
“Aprimorar as
políticas públicas essenciais ao desenvolvimento brasileiro por meio da
produção e disseminação de conhecimentos e da assessoria ao Estado nas suas
decisões estratégicas”.
Publicado em: 29/07/2013 16:45;
acesso em 07mai2015
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=19152
Além do Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal, a plataforma online disponibiliza mais de 180 indicadores de
população, educação, habitação, renda, entre outros. Lançado nesta
segunda-feira, 29jul2013, em
Brasília, o novo Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, feito pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Ipea e a Fundação João Pinheiro (FJP), trouxe novidades.
Elaborado
com base nos Censos de 1991, 2000 e
2010, o novo Atlas 2013 apresenta
o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de todos os 5.565
municípios brasileiros e mais de 180 indicadores de população, educação,
habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade.
Segundo o
levantamento, de acordo com as faixas de desenvolvimento humano municipal adotadas
pelo Atlas 2013, o Brasil, atualmente com Alto Desenvolvimento Humano, melhorou
sua classificação em relação às edições anteriores. Em 2000 registrava Médio
Desenvolvimento Humano e em 1991, Muito Baixo Desenvolvimento Humano.
Cerca de 74% dos municípios
brasileiros se encontram nas faixas de Médio e Alto Desenvolvimento. O
restante, 25%, está entre aqueles que apresentaram Baixo ou Muito Baixo
Desenvolvimento Humano, um total de 1.431. A região Nordeste ainda é a que
concentra o maior número de municípios no grupo de Baixo Desenvolvimento Humano
(61,3%). No Norte do país estes somam 40,1%.
Entre as que registram o maior
número de municípios na faixa de Alto Desenvolvimento Humano estão as regiões
Sul (64,7%) e Sudeste (52,2%). O Centro-Oeste e o Norte aparecem como as
regiões com maior número de municípios classificados com Médio Desenvolvimento
Humano. Registraram, respectivamente, 56,9% e 50,3% nesta categoria.
Desempenho
De acordo com os dados, apenas
cinco capitais – Florianópolis, Vitória, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte -
aparecem entre os 20 municípios de IDHM mais elevados no país. O município que
se destacou foi São Caetano do Sul, em São Paulo (0,862). O que apresentou pior
desempenho foi Melgaço, no Pará (0,418).
A dimensão com maior crescimento
entre 1991 e 2010 foi a Educação. Em termos absolutos registrou 0,359 e em
números percentuais, 129,1%, refletindo dois importantes avanços nos últimos 20
anos. Houve um acréscimo de 24,8% de pessoas acima de 18 anos com o ensino
fundamental e o subindicador de fluxo escolar aumentou para 0,418.
Dos 1.263 municípios brasileiros
que possuem IDHM superior ao observado para o país em 2010 nesta área, Águas de
São Pedro , em São Paulo foi o que registrou melhor desempenho, com 0,825. O
que apresentou indicador mais baixo foi Melgaço, no Pará, com indicador de
0,207.
No indicador Distribuição de
Renda, apenas 620 municípios possuem o IDHM superior ao observado para o país,
que é de 0,739. São Caetano do Sul se destacou com 0,891, o que equivale a uma
renda per capta de RS$ 2.043,74. A renda mais baixa foi observada no
município de Marajá do Sena, no estado do Maranhão (0,400).
Dos 5.565 municípios brasileiros,
2.356, ou 42,3% deles, possuem o IDHM Longevidade superior ao observado para o
país (0,816). Dentre eles, Blumenau (SC), Brusque (SC), Balneário Camboriú (SC)
e Rio do Sul (SC) são os municípios brasileiros com a maior expectativa de vida
(0,894) do país, que corresponde a 78,6 anos de esperança de vida ao nascer. O
indicador mais baixo (0,672) foi registrado em Cacimbas (PB) e Roteiro (AL), o
que corresponde a 65,3 anos de esperança de vida ao nascer.
Atlas 2013
Os dados do Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 foram apresentados pelos coordenadores do
trabalho Marco Aurélio Costa (Ipea), Daniela Gomes Pinto (PNUD) e Maria Luiza
Marques (FJP), em uma coletiva de imprensa que contou com as presenças do
representante-residente do PNUD no país, Jorge Chediek; do presidente do Ipea,
Marcelo Neri; e da presidente da FJP, Marilena Chaves.
Segundo Chediak, este ano o Atlas
traz algumas características únicas em relação aos demais países:
“Estabelecemos um mecanismo de comparatividade de 1991 até 2010, em que cada
município possui 180 indicadores a serem analisados”. O representante-residente
do PNUD no Brasil adiantou que o próximo passo é disponibilizar dados sobre as
regiões metropolitanas.
Marcelo Neri ressaltou que o
Atlas tem uma inspiração que parte do global, mas que permite os detalhes com
relação aos municípios. Ele acrescentou que antes de qualquer posição que ocupe
no momento é um pesquisador e como tal destaca esta série como referência para
seu trabalho. "O mais fascinante é entender os detalhes locais. Quem
acessar o site poderá fazer uma leitura do seu entorno. Faço um convite a
vocês, para que se debrucem sobre esses dados de cada lugar do Brasil,
descobrindo o que houve nos últimos 20 anos, de uma maneira comparável. Temos
um desafio muito interessante", reforçou.
A presidente do FJP falou da
possibilidade que o índice dá de complementar o que já se dispunha. “O trabalho
que apresentamos não se restringe ao IDHM. Permite que governantes possam
conhecer seus estados nos mais diversos aspectos e conforme uma nova
metodologia”, observou Marilena.
Além da evolução metodológica do
IDHM, o Atlas Brasil 2013 traz outra inovação com relação a edições anteriores.
Desta vez os dados, gráficos e tabelas estão disponíveis na internet, por meio
de uma plataforma online.
[Nota anterior ao lançamento oficial]
http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH-Globlal-2013.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Ranking2013
Ranking do IDH dos Municípios do Brasil 2013
O PNUD Brasil está
produzindo o novo Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil. Com dados do Censo
2010, o novo Atlas terá seu lançamento previsto para o primeiro trimestre de
2013 e apresentará o IDH de todos os municípios do país, bem como indicadores
de suporte à análise do IDH. O novo Atlas terá uma plataforma amigável para
consulta e visualização dos dados, acessível a todos os brasileiros. Ao longo
de 2012 serão feitas parcerias estratégicas para a produção do Atlas, oficinas
técnicas para a definição da metodologia a ser adotada para o IDH-M, bem como o
tratamento dos dados oriundos do censo demográfico.
IMPORTANTE: até a
publicação do Atlas 2013, as informações de IDH-M disponíveis para referência e
uso são relativas ao Atlas de Desenvolvimento Humano 2003 com base nos dados do
Censo de 2000.
Obs:
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 foi desenvolvido através da
parceria entre:
Ø o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
Ø o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e
Ø a Fundação João Pinheiro (FJP),
Ø com dados dos Censos Demográficos do IBGE.
[Municípios] Cidades de Norte e
Nordeste têm maior evolução na renda em 20 anos
Apesar do crescimento, municípios ainda registram 'baixo
desenvolvimento'.
Renda é um dos indicadores do IDH Municipal 2013 divulgado pelo Pnud.
Renda é um dos indicadores do IDH Municipal 2013 divulgado pelo Pnud.
Fonte: Do G1, em Brasília; 29/07/2013 14h38 - Atualizado em 01/08/2013
15h16
Cíntia Acayaba e Mariana Oliveira
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/07/cidades-de-norte-e-nordeste-tem-maior-evolucao-na-renda-em-20-anos.html
Municípios das regiões Norte e Nordeste estão
entre os que registraram maior crescimento na renda nos últimos 20 anos,
mostram dados do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013",
divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud).
O atlas mostra o Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) de cada cidade do país. Para se calcular o IDHM, são
considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao
conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). No caso da renda, é avaliado
o rendimento per capita (por pessoa) do município.
As informações de 2013 foram
obtidas com base no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) de 2010. É a terceira edição do atlas. O primeiro foi
divulgado em 1998 com informações de 1991 e o segundo, em 2003 com dados de
2000.
As publicações de 1998 e 2003 foram
desconsideradas em razão da mudança de critérios, mas o Pnud reatualizou os
dados para possibilitar a comparação sobre a evolução dos municípios. O IDH dos
municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento
humano, quanto mais próximo de um, melhor. Além do IDHM de cada município, há
IDHMs específicos de longevidade, educação e renda. Os três indicadores
isoladamente seguem o mesmo critério de pontuação de 0 a 1.
MELHOR E PIOR RENDA
A cidade
[município] com melhor IDHM renda é SÃO
CAETANO, no ABC paulista, que tem índice de 0,891 e também registra o
melhor IDHM geral do país. O município fluminense de Niterói ficou em segundo
lugar no indicador, com IDHM renda de 0,887.
[MARAJÁ
DO SENA-MA]
Apesar de cidades do Norte e
Nordeste registrarem as maiores evoluções na renda, as duas regiões também têm
os municípios com os piores índices. MARAJÁ
DO SENA, no Maranhão, tem o pior
IDHM renda do Brasil – 0,400, considerado "muito baixo".
Marajá da Sena tem renda per
capita de R$ 96,25, a pior entre os 5.565 municípios do Brasilconforme
o censo do IBGE de 2010. Pelos critérios do governo brasileiro,
são considerados na pobreza extrema as famílias com renda per capita inferior a
R$ 70.
A renda per capita em São Caetano (SP), R$ 2.043,74, é
2000% maior do que a menor renda por pessoa do país, em Marajá da Sena.
A pesquisadora Maria Luíza Marques, da Fundação João
Pinheiro, destacou a grande desigualdade de renda no país. "É notória
nossa desigualdade na renda. Há municípios com menos de R$ 100 [de renda per
capita] e outros com mais de R$ 2 mil."
Ela destacou que na cidade de Nova Lima, em Minas
Gerais, onde o IDHM é alto, há muita desigualdade. "Se houvesse igualdade
de renda entre os municípios não resolveria nosso problema de desigualdade,
porque nosso problema está entre os moradores dos municípios. Nova Lima tem uma
das melhores rendas, mas tem um dos piores índices de Gini [que medem
desigualdade]. É uma cidade com grandes condomínios."
MAIOR EVOLUÇÃO NA RENDA
Considerando apenas os índices de renda, das 10 cidades
que registram maior evolução entre 1991 e 2010, quatro são do Norte e
seis do Nordeste – veja na tabela acima.
Apesar de aumentos superiores a 80% no índice de renda,
todos os municípios têm IDHM geral classificados como de "baixo
desenvolvimento" (entre 0,500 e 0,599) e de "médio
desenvolvimento" (entre 0,600 e 0,699).
O município que registrou o melhor resultado no
crescimento da renda foi Nova Colinas, no Maranhão, cujo IDHM renda passou de
0,229 no atlas de 1998 (dados de 1991) para 0,502 no atlas de 2003 (dados de
2000) - aumento de quase 120% na renda. Embora apresente a maior evolução na
renda, Nova Colinas tem renda per capita de R$ 181,59.
A cidade de Poço de José de Moura (PB) teve a segunda
melhor evolução (117%) e Carrasco Bonito (TO) ficou em terceiro, com incremento
de 102%.
ESTADOS
Entre as unidades da federação, o maior incremento no
IDHM renda ocorreu no Piauí, 30% de aumento – de 0,488 no IDHM renda de 1998
para 0,635 no índice atual. O Maranhão ficou em segundo lugar e, em terceiro, a
Paraíba.
RETRAÇÃO NA RENDA
Entre os 5.565 municípios, 11 tiveram redução no IDHM
renda em 20 anos: Amajari (RR), Pedra Preta (RN), Prata (PB), Nova Fátima (BA),
União do Sul (MT), Chuí (RS), Paulista (PB), Parnamirim (PE), Nova Ubiratã
(MT), Juruena (MT) e Tailândia (PA). Desses, só o município gaúcho de Chuí tem
índice geral (que engloba renda, educação e saúde) considerado
"alto". Todos os demais estão classificados como de "muito
baixo", "baixo" ou "médio desenvolvimento humano".
[BRASIL]
MUNICÍPIOS COM MAIOR CRESCIMENTO DE RENDA
|
|||
Cidade
|
IDHM
Renda de 1998 (dados de
1991)
|
IDHM
Renda de 2013
(dados de 2010)
|
Evolução
|
1. Nova Colinas
(MA)
|
0,229
|
0,502
|
120%
|
2.
Poço de José de Moura (PB)
|
0,265
|
0,578
|
117%
|
3.
Carrasco Bonito (TO)
|
0,268
|
0,543
|
102%
|
4.
Pajeú do Piauí (PI)
|
0,282
|
0,560
|
99%
|
5.
Lagoa Real (BA)
|
0,273
|
0,535
|
95%
|
6.
Lastro (PB)
|
0,273
|
0,532
|
95%
|
7.
Santa Filomena (PE)
|
0,256
|
0,496
|
93%
|
8.
Bernardino Batista (PB)
|
0,274
|
0,526
|
92%
|
9.
Bela VIsta do Piauí (PI)
|
0,271
|
0,520
|
91%
|
10.
Isaías Coelho (PI)
|
0,328
|
0,628
|
91%
|
Fonte: Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
|
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/07/cidades-de-norte-e-nordeste-tem-maior-evolucao-na-renda-em-20-anos.html
Dilma comemora IDH dos municípios
e diz que mobilidade urbana é desafio
Índice divulgado segunda apontou avanço no desenvolvimento das cidades. Para
Dilma, melhora na mobilidade urbana reduz desigualdade social.
Fonte: Do Portal G1 SP; 31/07/2013 13h17 -
Atualizado em 31/07/2013 14h35
Roney Domingos
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/07/dilma-comemora-idh-dos-municipios-e-diz-que-mobilidade-urbana-e-desafio.html
Para a presidente, incorporar a mobilidade urbana
na melhoria da qualidade de vida dos municípios, além de ser um desafio, vai
ajudar na "devolução de tempo" para as pessoas que passam horas se
deslocando nas grandes cidades.
"Acho que nós temos de incorporar um desafio
ao nosso IDHM, que é a mobilidade urbana. Esse momento é um momento especial.
Assim como somos capazes de melhorar tudo isso ao longo desse processo, tenho
certeza de que com trabalho árduo, determinação de investir nas pessoas, nós
também somos capazes de garantir a devolução do tempo para as pessoas",
afirmou Dilma. A presidente disse também que investimentos em mobilidade urbana
ajudam a diminuir a desigualdade social. "Uns são obrigados a acordar às
4h para chegar no trabalho às 7h, outros não precisam disso. E todos são
afetados pelo trânsito [...] Garantia de transporte público rápido e de
qualidade é um dos eixos de combate à desigulade nas cidades médias e
grandes", concluiu.
Educação
A presidente ressaltou o peso da educação na
melhoria do IDH dos municípios. A avaliação do item educação cresceu 128% de
1991 a 2010. "Nós progredimos na melhoria do conhecimento, no aumento do
tempo de vida, no padrão de vida. Mas o avanço mais intenso foi na educação. O
que mais contrbuiu para o avanço do IDH, em termos de 65% da contribuição, foi
a educação. Essa é uma realidade que é associada à construção do futuro do noso
país." Dilma comentou também que o crescimento do IDH nos municípios do
Norte e Nordeste ajuda a diminuir as desigualdades regionais. "Os avanços
nos municípios das regiões Norte e Nordeste foram mais intensos que nas outras
regiões. Isso é muito importante para o país. Você diminui a desigualdade
regional", afirmou.
O que é Desenvolvimento Humano?
Desenvolvimento Humano
O conceito de desenvolvimento humano considera que apenas o crescimento
econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma nação.
O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de
ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e
oportunidades para serem aquilo que desejam ser.
Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o
bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode
gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as
pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas como um
dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de perspectiva:
com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou
da renda, para o ser humano.
O conceito de Desenvolvimento Humano também parte do pressuposto de que
para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do
viés puramente econômico e considerar outras características sociais, culturais
e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Esse conceito é a base
do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento
Humano (RDH), publicados anualmente pelo PNUD.
O que é o IDH?
http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH
Índice de Desenvolvimento Humano
O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) mede o progresso de uma nação a partir de três
dimensões: Renda, Saúde e Educação.
O objetivo da criação
do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro
indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que
considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul
Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio
Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do
desenvolvimento humano.
Apesar de ampliar a
perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos
de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das
pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver".
Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos
aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH tem o
grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.
Desde 2010, quando o
Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram
incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são
mensurados da seguinte forma:
·
Uma vida longa e
saudável (SAÚDE) é medida pela EXPECTATIVA DE VIDA;
·
O acesso ao
conhecimento (EDUCAÇÃO) é medido
por: (i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de
educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e (ii) a
expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida
escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade
de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de
taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida
da criança;
·
E o padrão de vida
(RENDA) é medido pela Renda Nacional
Bruta (RNB) per capita expressa em Poder
de Paridade de Compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de
referência.
Publicado pela
primeira vez em 1990, o índice é calculado anualmente. Desde 2010, sua série
histórica é recalculada devido ao movimento de entrada e saída de países e às
adaptações metodológicas, o que possibilita uma análise de tendências. Aos
poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado
pelo governo federal e por administrações regionais através do Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).
O IDH-M é um ajuste
metodológico ao IDH Global, e foi publicado em 1998 (a partir dos dados do
Censo de 1970, 1980, 1991) e em 2003 (a partir dos dados do Censo de 2000). O
indicador pode ser consultado nas respectivas edições do Atlas do Desenvolvimento
Humano do Brasil, que compreende um banco de dados eletrônico com informações
socioeconômicas sobre todos os municípios e estados do país e Distrito Federal.
Uma nova versão do Atlas, com dados do Censo 2010, está sendo produzida pelo
PNUD -e deve ser lançada no início de 2013.
FAQ: Como
são classificados os MUNICÍPIOS nas faixas de Desenvolvimento Humano?
FAIXA DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL
|
CLASSIFICAÇÃO
|
IDHM entre 0,000 – 0,499
|
MUITO BAIXO Desenvolvimento Humano
|
IDHM entre 0,500-0,599
|
BAIXO Desenvolvimento Humano
|
IDHM entre 0,600 - 0,699
|
MÉDIO Desenvolvimento Humano
|
IDHM entre 0,700 - 0,799:
|
ALTO
Desenvolvimento Humano
|
IDHM entre 0,800 e 1,000:
|
MUITO
ALTO Desenvolvimento Humano
|
Fonte:
http://www.pnud.org.br/arquivos/faq-atlas2013.pdf
INDICADORES COMPLEMENTARES DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH – IDHAD, IPM e IDG)
Índice de Desenvolvimento Humano
Ajustado à Desigualdade (IDHAD)
O IDH é uma medida
média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as
médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano
entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à
Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três
dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu
nível de desigualdade.
Com a introdução do
IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento
humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A
“perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela
diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)
O Índice de
Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três
dimensões: (i) Saúde reprodutiva, (ii) Autonomia e (iii) Atividade econômica. A
saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade
entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos
parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou
superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de
participação no mercado de trabalho para cada gênero.
O IDG substitui os
anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de
Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à
desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do
IDG.
Índice de Pobreza Multidimensional
(IPM)
O IDH 2010 introduziu
o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas
em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de
educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do
padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários
para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa
domiciliar.
Os indicadores são
ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na
pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores
ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível
de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é
multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que
ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se
tornarem multidimensionalmente pobres.
O IPM é um indicador
complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo
acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual
da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza
de renda relata apenas uma parte da história.
O que é o RDH
Idealizadores do RDH 1990
Amartya Sen (à esquerda) e Mahbul
ul Haq (à direita), idealizadores do Relatório de Desenvolvimento Humano de
1990, baseado no conceito de que as pessoas são a verdadeira riqueza das
nações.
O Relatório de
Desenvolvimento Humano (RDH) é reconhecido pelas Nações Unidas como um
exercício intelectual independente e uma importante ferramenta para aumentar a
conscientização sobre o desenvolvimento humano em todo o mundo. A publicação
tem autonomia editorial garantida por uma resolução da Assembleia Geral das
Nações Unidas.A premissa do primeiro RDH, em 1990, era de que as pessoas são a verdadeira riqueza das nações,
conceito que guiou todos os relatórios subsequentes.
Comissionado pelo
PNUD, o relatório foi idealizado pelo economista
paquistanês Mahbub ul Haq (1934-1998) e contou com a colaboração do prêmio Nobel de Economia Amartya Sen.
Com sua riqueza de dados e abordagem inovadora para medir o desenvolvimento, o
RDH tem um grande impacto nas reflexões sobre o tema no mundo todo.
Os RDHs incluem o
Índice de Desenvolvimento Humano e apresentam dados e análises relevantes à
agenda global e abordam questões e políticas públicas que colocam as pessoas no
centro das estratégias de enfrentamento aos desafios do desenvolvimento.
O PNUD publica
anualmente um RDH Global, com temas transversais e de interesse internacional,
bem como o cálculo do IDH de grande parte dos países do mundo. Atualmente, é
publicado em dezenas de idiomas e em mais de cem países. Além dele, são
publicados periodicamente centenas de RDHs nacionais, incluindo os do Brasil.
Até hoje, o Brasil fez quatro RDHs.
Ø O primeiro foi feito em 1996, e apresentava um panorama
geral sobre as questões sociais no Brasil.
Ø O segundo foi um Atlas – o Atlas de Desenvolvimento
Humano, em 2003, que calculou de forma pioneira o IDH para todos os municípios
brasileiros.
Ø O terceiro, feito em 2005, tratou das questões
relacionadas a racismo, pobreza e violência.
Ø E o último, em 2009/2010, discutiu a importância dos
valores humanos no alcance do desenvolvimento.
Para que serve
Um relatório serve, em
primeiro lugar, para informar. Ele pode ser uma ferramenta importante não
somente para governos mas para todos nós, porque com mais informação podemos
estar mais conscientes e atuar mais, ajudando na solução dos problemas tratados
pelo relatório. Isso depende de querermos usá-lo ou não. Um relatório pode ser
apenas um monte de páginas rodeado por duas capas ou pode ser parte das nossas
ideias. Para isso, é importante por um lado que o relatório seja escrito de
maneira clara, objetiva, e, por outro, que nós possamos acreditar que o uso
dele possa fazer alguma diferença nas nossas vidas. O fundamental é tirar o
relatório da estante, dando a ele pernas, para que possa chegar a novas pessoas
e novos lugares.
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