sexta-feira, 8 de maio de 2015

[63] IDHM - ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL 2013 [08mai2015]

São Luís, Patrimônio Cultural Nacional e Mundial, Maranhão


ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL
Índices de Desenvolvimento Humano, IDH e IDHM
Ranking do IDH dos Municípios do Brasil 2013
“...as pessoas são a verdadeira “riqueza das nações”.
Revisão_07
SEN Quadra 802, Conjunto C, Lote 17| Tel: (61) 3038 9300 | http://www.pnud.org.br/

MARAJÁ DO SENA, no Maranhão,
tem o pior IDHM renda do Brasil – 0,400, considerado "muito baixo".


Atlas do IDHM 2013
revela evolução do Brasil em 20 anos
Publicado em: 29/07/2013 16:45; acesso em 07mai2015
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=19152
FONTE: IPEA.
Missão:
“Aprimorar as políticas públicas essenciais ao desenvolvimento brasileiro por meio da produção e disseminação de conhecimentos e da assessoria ao Estado nas suas decisões estratégicas”.
Publicado em: 29/07/2013 16:45; acesso em 07mai2015
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=19152

Além do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, a plataforma online disponibiliza mais de 180 indicadores de população, educação, habitação, renda, entre outros. Lançado nesta segunda-feira, 29jul2013, em Brasília, o novo Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Ipea e a Fundação João Pinheiro (FJP), trouxe novidades.

Elaborado com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010, o novo Atlas 2013 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de todos os 5.565 municípios brasileiros e mais de 180 indicadores de população, educação, habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade.

Segundo o levantamento, de acordo com as faixas de desenvolvimento humano municipal adotadas pelo Atlas 2013, o Brasil, atualmente com Alto Desenvolvimento Humano, melhorou sua classificação em relação às edições anteriores. Em 2000 registrava Médio Desenvolvimento Humano e em 1991, Muito Baixo Desenvolvimento Humano.

Cerca de 74% dos municípios brasileiros se encontram nas faixas de Médio e Alto Desenvolvimento. O restante, 25%, está entre aqueles que apresentaram Baixo ou Muito Baixo Desenvolvimento Humano, um total de 1.431. A região Nordeste ainda é a que concentra o maior número de municípios no grupo de Baixo Desenvolvimento Humano (61,3%). No Norte do país estes somam 40,1%.

Entre as que registram o maior número de municípios na faixa de Alto Desenvolvimento Humano estão as regiões Sul (64,7%) e Sudeste (52,2%). O Centro-Oeste e o Norte aparecem como as regiões com maior número de municípios classificados com Médio Desenvolvimento Humano. Registraram, respectivamente, 56,9% e 50,3% nesta categoria.

Desempenho
De acordo com os dados, apenas cinco capitais – Florianópolis, Vitória, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte - aparecem entre os 20 municípios de IDHM mais elevados no país. O município que se destacou foi São Caetano do Sul, em São Paulo (0,862). O que apresentou pior desempenho foi Melgaço, no Pará (0,418).

A dimensão com maior crescimento entre 1991 e 2010 foi a Educação. Em termos absolutos registrou 0,359 e em números percentuais, 129,1%, refletindo dois importantes avanços nos últimos 20 anos. Houve um acréscimo de 24,8% de pessoas acima de 18 anos com o ensino fundamental e o subindicador de fluxo escolar aumentou para 0,418.

Dos 1.263 municípios brasileiros que possuem IDHM superior ao observado para o país em 2010 nesta área, Águas de São Pedro , em São Paulo foi o que registrou melhor desempenho, com 0,825. O que apresentou indicador mais baixo foi Melgaço, no Pará, com indicador de 0,207.

No indicador Distribuição de Renda, apenas 620 municípios possuem o IDHM superior ao observado para o país, que é de 0,739. São Caetano do Sul se destacou com 0,891, o que equivale a uma renda per capta de RS$ 2.043,74. A renda mais baixa foi observada no município de Marajá do Sena, no estado do Maranhão (0,400).

Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.356, ou 42,3% deles, possuem o IDHM Longevidade superior ao observado para o país (0,816). Dentre eles, Blumenau (SC), Brusque (SC), Balneário Camboriú (SC) e Rio do Sul (SC) são os municípios brasileiros com a maior expectativa de vida (0,894) do país, que corresponde a 78,6 anos de esperança de vida ao nascer. O indicador mais baixo (0,672) foi registrado em Cacimbas (PB) e Roteiro (AL), o que corresponde a 65,3 anos de esperança de vida ao nascer.

Atlas 2013
Os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 foram apresentados pelos coordenadores do trabalho Marco Aurélio Costa (Ipea), Daniela Gomes Pinto (PNUD) e Maria Luiza Marques (FJP), em uma coletiva de imprensa que contou com as presenças do representante-residente do PNUD no país, Jorge Chediek; do presidente do Ipea, Marcelo Neri; e da presidente da FJP, Marilena Chaves.

Segundo Chediak, este ano o Atlas traz algumas características únicas em relação aos demais países: “Estabelecemos um mecanismo de comparatividade de 1991 até 2010, em que cada município possui 180 indicadores a serem analisados”. O representante-residente do PNUD no Brasil adiantou que o próximo passo é disponibilizar dados sobre as regiões metropolitanas.


Marcelo Neri ressaltou que o Atlas tem uma inspiração que parte do global, mas que permite os detalhes com relação aos municípios. Ele acrescentou que antes de qualquer posição que ocupe no momento é um pesquisador e como tal destaca esta série como referência para seu trabalho. "O mais fascinante é entender os detalhes locais. Quem acessar o site poderá fazer uma leitura do seu entorno. Faço um convite a vocês, para que se debrucem sobre esses dados de cada lugar do Brasil, descobrindo o que houve nos últimos 20 anos, de uma maneira comparável. Temos um desafio muito interessante", reforçou.

A presidente do FJP falou da possibilidade que o índice dá de complementar o que já se dispunha. “O trabalho que apresentamos não se restringe ao IDHM. Permite que governantes possam conhecer seus estados nos mais diversos aspectos e conforme uma nova metodologia”, observou Marilena.

Além da evolução metodológica do IDHM, o Atlas Brasil 2013 traz outra inovação com relação a edições anteriores. Desta vez os dados, gráficos e tabelas estão disponíveis na internet, por meio de uma plataforma online.



[Nota anterior ao lançamento oficial]
http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH-Globlal-2013.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Ranking2013

Ranking do IDH dos Municípios do Brasil 2013
O PNUD Brasil está produzindo o novo Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil. Com dados do Censo 2010, o novo Atlas terá seu lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2013 e apresentará o IDH de todos os municípios do país, bem como indicadores de suporte à análise do IDH. O novo Atlas terá uma plataforma amigável para consulta e visualização dos dados, acessível a todos os brasileiros. Ao longo de 2012 serão feitas parcerias estratégicas para a produção do Atlas, oficinas técnicas para a definição da metodologia a ser adotada para o IDH-M, bem como o tratamento dos dados oriundos do censo demográfico.

IMPORTANTE: até a publicação do Atlas 2013, as informações de IDH-M disponíveis para referência e uso são relativas ao Atlas de Desenvolvimento Humano 2003 com base nos dados do Censo de 2000.

Obs: O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 foi desenvolvido através da parceria entre:
Ø  o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
Ø  o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e
Ø  a Fundação João Pinheiro (FJP),
Ø  com dados dos Censos Demográficos do IBGE.



[Municípios] Cidades de Norte e Nordeste têm maior evolução na renda em 20 anos
Apesar do crescimento, municípios ainda registram 'baixo desenvolvimento'.
Renda é um dos indicadores do IDH Municipal 2013 divulgado pelo Pnud.

Fonte: Do G1, em Brasília; 29/07/2013 14h38 - Atualizado em 01/08/2013 15h16
Cíntia Acayaba e Mariana Oliveira
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/07/cidades-de-norte-e-nordeste-tem-maior-evolucao-na-renda-em-20-anos.html


Municípios das regiões Norte e Nordeste estão entre os que registraram maior crescimento na renda nos últimos 20 anos, mostram dados do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O atlas mostra o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de cada cidade do país. Para se calcular o IDHM, são considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). No caso da renda, é avaliado o rendimento per capita (por pessoa) do município.

As informações de 2013 foram obtidas com base no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. É a terceira edição do atlas. O primeiro foi divulgado em 1998 com informações de 1991 e o segundo, em 2003 com dados de 2000.

As publicações de 1998 e 2003 foram desconsideradas em razão da mudança de critérios, mas o Pnud reatualizou os dados para possibilitar a comparação sobre a evolução dos municípios. O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Além do IDHM de cada município, há IDHMs específicos de longevidade, educação e renda. Os três indicadores isoladamente seguem o mesmo critério de pontuação de 0 a 1.

MELHOR E PIOR RENDA
A cidade [município] com melhor IDHM renda é SÃO CAETANO, no ABC paulista, que tem índice de 0,891 e também registra o melhor IDHM geral do país. O município fluminense de Niterói ficou em segundo lugar no indicador, com IDHM renda de 0,887.

[MARAJÁ DO SENA-MA]
Apesar de cidades do Norte e Nordeste registrarem as maiores evoluções na renda, as duas regiões também têm os municípios com os piores índices. MARAJÁ DO SENA, no Maranhão, tem o pior IDHM renda do Brasil – 0,400, considerado "muito baixo".

Marajá da Sena tem renda per capita de R$ 96,25, a pior entre os 5.565 municípios do Brasilconforme o censo do IBGE de 2010. Pelos critérios do governo brasileiro, são considerados na pobreza extrema as famílias com renda per capita inferior a R$ 70.

A renda per capita em São Caetano (SP), R$ 2.043,74, é 2000% maior do que a menor renda por pessoa do país, em Marajá da Sena.

A pesquisadora Maria Luíza Marques, da Fundação João Pinheiro, destacou a grande desigualdade de renda no país. "É notória nossa desigualdade na renda. Há municípios com menos de R$ 100 [de renda per capita] e outros com mais de R$ 2 mil."
Ela destacou que na cidade de Nova Lima, em Minas Gerais, onde o IDHM é alto, há muita desigualdade. "Se houvesse igualdade de renda entre os municípios não resolveria nosso problema de desigualdade, porque nosso problema está entre os moradores dos municípios. Nova Lima tem uma das melhores rendas, mas tem um dos piores índices de Gini [que medem desigualdade]. É uma cidade com grandes condomínios."

MAIOR EVOLUÇÃO NA RENDA
Considerando apenas os índices de renda, das 10 cidades que registram maior evolução entre 1991 e 2010,  quatro são do Norte e seis do Nordeste – veja na tabela acima.
Apesar de aumentos superiores a 80% no índice de renda, todos os municípios têm IDHM geral classificados como de "baixo desenvolvimento" (entre 0,500 e 0,599) e de "médio desenvolvimento" (entre 0,600 e 0,699).
O município que registrou o melhor resultado no crescimento da renda foi Nova Colinas, no Maranhão, cujo IDHM renda passou de 0,229 no atlas de 1998 (dados de 1991) para 0,502 no atlas de 2003 (dados de 2000) - aumento de quase 120% na renda. Embora apresente a maior evolução na renda, Nova Colinas tem renda per capita de R$ 181,59.
A cidade de Poço de José de Moura (PB) teve a segunda melhor evolução (117%) e Carrasco Bonito (TO) ficou em terceiro, com incremento de 102%.

ESTADOS
Entre as unidades da federação, o maior incremento no IDHM renda ocorreu no Piauí, 30% de aumento – de 0,488 no IDHM renda de 1998 para 0,635 no índice atual. O Maranhão ficou em segundo lugar e, em terceiro, a Paraíba.



RETRAÇÃO NA RENDA
Entre os 5.565 municípios, 11 tiveram redução no IDHM renda em 20 anos: Amajari (RR), Pedra Preta (RN), Prata (PB), Nova Fátima (BA), União do Sul (MT), Chuí (RS), Paulista (PB), Parnamirim (PE), Nova Ubiratã (MT), Juruena (MT) e Tailândia (PA). Desses, só o município gaúcho de Chuí tem índice geral (que engloba renda, educação e saúde) considerado "alto". Todos os demais estão classificados como de "muito baixo", "baixo" ou "médio desenvolvimento humano".

[BRASIL] MUNICÍPIOS COM MAIOR CRESCIMENTO DE RENDA
Cidade
IDHM
Renda de 1998 (dados de 1991)
IDHM
Renda de 2013
(dados de 2010)
Evolução
1.    Nova Colinas (MA)
0,229
0,502
120%
2.    Poço de José de Moura (PB)
0,265
0,578
117%
3.    Carrasco Bonito (TO)
0,268
0,543
102%
4.    Pajeú do Piauí (PI)
0,282
0,560
99%
5.    Lagoa Real (BA)
0,273
0,535
95%
6.    Lastro (PB)
0,273
0,532
95%
7.    Santa Filomena (PE)
0,256
0,496
93%
8.    Bernardino Batista (PB)
0,274
0,526
92%
9.    Bela VIsta do Piauí (PI)
0,271
0,520
91%
10. Isaías Coelho (PI)
0,328
0,628
91%
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/07/cidades-de-norte-e-nordeste-tem-maior-evolucao-na-renda-em-20-anos.html

Dilma comemora IDH dos municípios e diz que mobilidade urbana é desafio
Índice divulgado segunda apontou avanço no desenvolvimento das cidades. Para Dilma, melhora na mobilidade urbana reduz desigualdade social.
Fonte: Do Portal G1 SP; 31/07/2013 13h17 - Atualizado em 31/07/2013 14h35
Roney Domingos
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/07/dilma-comemora-idh-dos-municipios-e-diz-que-mobilidade-urbana-e-desafio.html
Para a presidente, incorporar a mobilidade urbana na melhoria da qualidade de vida dos municípios, além de ser um desafio, vai ajudar na "devolução de tempo" para as pessoas que passam horas se deslocando nas grandes cidades.
"Acho que nós temos de incorporar um desafio ao nosso IDHM, que é a mobilidade urbana. Esse momento é um momento especial. Assim como somos capazes de melhorar tudo isso ao longo desse processo, tenho certeza de que com trabalho árduo, determinação de investir nas pessoas, nós também somos capazes de garantir a devolução do tempo para as pessoas", afirmou Dilma. A presidente disse também que investimentos em mobilidade urbana ajudam a diminuir a desigualdade social. "Uns são obrigados a acordar às 4h para chegar no trabalho às 7h, outros não precisam disso. E todos são afetados pelo trânsito [...] Garantia de transporte público rápido e de qualidade é um dos eixos de combate à desigulade nas cidades médias e grandes", concluiu.
Educação
A presidente ressaltou o peso da educação na melhoria do IDH dos municípios. A avaliação do item educação cresceu 128% de 1991 a 2010. "Nós progredimos na melhoria do conhecimento, no aumento do tempo de vida, no padrão de vida. Mas o avanço mais intenso foi na educação. O que mais contrbuiu para o avanço do IDH, em termos de 65% da contribuição, foi a educação. Essa é uma realidade que é associada à construção do futuro do noso país." Dilma comentou também que o crescimento do IDH nos municípios do Norte e Nordeste ajuda a diminuir as desigualdades regionais. "Os avanços nos municípios das regiões Norte e Nordeste foram mais intensos que nas outras regiões. Isso é muito importante para o país. Você diminui a desigualdade regional", afirmou.




O que é Desenvolvimento Humano?

Desenvolvimento Humano
O conceito de desenvolvimento humano considera que apenas o crescimento econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma nação.
O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser.
Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou da renda, para o ser humano.
O conceito de Desenvolvimento Humano também parte do pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente econômico e considerar outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Esse conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicados anualmente pelo PNUD.

O que é o IDH?

http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH
 
Índice de Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: Renda, Saúde e Educação.

O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano.

Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.

Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma:
·         Uma vida longa e saudável (SAÚDE) é medida pela EXPECTATIVA DE VIDA;
·         O acesso ao conhecimento (EDUCAÇÃO) é medido por: (i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e (ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança;
·         E o padrão de vida (RENDA) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em Poder de Paridade de Compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.

Publicado pela primeira vez em 1990, o índice é calculado anualmente. Desde 2010, sua série histórica é recalculada devido ao movimento de entrada e saída de países e às adaptações metodológicas, o que possibilita uma análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações regionais através do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).

O IDH-M é um ajuste metodológico ao IDH Global, e foi publicado em 1998 (a partir dos dados do Censo de 1970, 1980, 1991) e em 2003 (a partir dos dados do Censo de 2000). O indicador pode ser consultado nas respectivas edições do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, que compreende um banco de dados eletrônico com informações socioeconômicas sobre todos os municípios e estados do país e Distrito Federal. Uma nova versão do Atlas, com dados do Censo 2010, está sendo produzida pelo PNUD -e deve ser lançada no início de 2013.

FAQ: Como são classificados os MUNICÍPIOS nas faixas de Desenvolvimento Humano?

FAIXA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL

CLASSIFICAÇÃO

IDHM entre 0,000 – 0,499

MUITO BAIXO Desenvolvimento Humano

IDHM entre 0,500-0,599

BAIXO Desenvolvimento Humano

IDHM entre 0,600 - 0,699

MÉDIO Desenvolvimento Humano

IDHM entre 0,700 - 0,799:

ALTO Desenvolvimento Humano

IDHM entre 0,800 e 1,000:

MUITO ALTO Desenvolvimento Humano
Fonte: http://www.pnud.org.br/arquivos/faq-atlas2013.pdf

 

INDICADORES COMPLEMENTARES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH – IDHAD, IPM e IDG)


Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)

O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.

Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.

Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)

O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões: (i) Saúde reprodutiva, (ii) Autonomia e (iii) Atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero.

O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG.

Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)

O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.

Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.

O IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda relata apenas uma parte da história.

 

O que é o RDH

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Idealizadores do RDH 1990
Amartya Sen (à esquerda) e Mahbul ul Haq (à direita), idealizadores do Relatório de Desenvolvimento Humano de 1990, baseado no conceito de que as pessoas são a verdadeira riqueza das nações.

O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) é reconhecido pelas Nações Unidas como um exercício intelectual independente e uma importante ferramenta para aumentar a conscientização sobre o desenvolvimento humano em todo o mundo. A publicação tem autonomia editorial garantida por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas.A premissa do primeiro RDH, em 1990, era de que as pessoas são a verdadeira riqueza das nações, conceito que guiou todos os relatórios subsequentes.

Comissionado pelo PNUD, o relatório foi idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq (1934-1998) e contou com a colaboração do prêmio Nobel de Economia Amartya Sen. Com sua riqueza de dados e abordagem inovadora para medir o desenvolvimento, o RDH tem um grande impacto nas reflexões sobre o tema no mundo todo.

Os RDHs incluem o Índice de Desenvolvimento Humano e apresentam dados e análises relevantes à agenda global e abordam questões e políticas públicas que colocam as pessoas no centro das estratégias de enfrentamento aos desafios do desenvolvimento.

O PNUD publica anualmente um RDH Global, com temas transversais e de interesse internacional, bem como o cálculo do IDH de grande parte dos países do mundo. Atualmente, é publicado em dezenas de idiomas e em mais de cem países. Além dele, são publicados periodicamente centenas de RDHs nacionais, incluindo os do Brasil. Até hoje, o Brasil fez quatro RDHs.
Ø  O primeiro foi feito em 1996, e apresentava um panorama geral sobre as questões sociais no Brasil.
Ø  O segundo foi um Atlas – o Atlas de Desenvolvimento Humano, em 2003, que calculou de forma pioneira o IDH para todos os municípios brasileiros.
Ø  O terceiro, feito em 2005, tratou das questões relacionadas a racismo, pobreza e violência.
Ø  E o último, em 2009/2010, discutiu a importância dos valores humanos no alcance do desenvolvimento.

Para que serve


Um relatório serve, em primeiro lugar, para informar. Ele pode ser uma ferramenta importante não somente para governos mas para todos nós, porque com mais informação podemos estar mais conscientes e atuar mais, ajudando na solução dos problemas tratados pelo relatório. Isso depende de querermos usá-lo ou não. Um relatório pode ser apenas um monte de páginas rodeado por duas capas ou pode ser parte das nossas ideias. Para isso, é importante por um lado que o relatório seja escrito de maneira clara, objetiva, e, por outro, que nós possamos acreditar que o uso dele possa fazer alguma diferença nas nossas vidas. O fundamental é tirar o relatório da estante, dando a ele pernas, para que possa chegar a novas pessoas e novos lugares.

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