ECONOMIA VERDE
APRESENTAÇÃO
Ronald Almeida*
Maio 2015.
Nesta coletânea de documentos de Autores e entes diversos [fontes citadas] apresentamos alguns tópicos relacionados ao tema abordado: definições, características, ecodesenvolvimento, desenvolvimento sustentável, importância para a economia em geral e o meio ambiente, objetivos, programas das Nações Unidas, alternativas científicas, bibliografias.
Todos esses tópicos - em maior ou menor grau - dizem respeito ao presente e ao futuro do Homem, das Civilizações, das Cidades, das Florestas e Oceanos e suas faunas e floras, da Atmosfera (o maior e mais vital ecossistema para a sobrevivência dos seres) e das cerca de 200 Nações que existem no Planeta Terra neste início de Século XXI .
Essas questões ambientais e seus enlaces econômicos devem permanecer no topo das preocupações e prioridades de todos os cidadãos conscientes e de todos os governantes e líderes empresariais responsáveis.
As políticas públicas - sejam estas de caráter e dimensão nacional, regional ou local - não devem ficar sujeitas e/ou limitadas por fronteiras geopolíticas, pois estas não abrangem a plenitude de cada ecossistema nacional e os impactos ambientais decorrentes de ações antrópicas e desastres naturais podem atingir mais de um país ou dezenas de países ou todo o planeta, como os causadores do Efeito Estufa.
Uma nova ordem mundial econômica deve ser alcançada para que se possa reduzir e mitigar os efeitos danosos do desenvolvimento celerado e do crescimento urbano acelerado.
A adoção dos mecanismos já amplamente debatidos no escopo do que se entende hoje [2015] por Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável deve ser considerada com o máximo respeito e prioridade.
A Fome, as Secas, a Violência Física e Social, as Disparidades de Renda, o Desemprego, o Má Educação, ainda estão atacando centenas de milhões de Seres Humanos todos os dias em todos os continentes.
Por outro lado, a Hiperconcentração de Renda se acelera, formam-se gigantescos conglomerados empresariais (ex: AbInbev, Exxon, WMart, Microsoft, Google etc.), geram-se novos tsunamis econômicos de curto prazo que transformam países inteiros em escravos, em reféns humilhados da Economia Mundial bancarizada on line, ou seja: controlada firmemente pelos conglomerados de empresas globais, bancos internacionais e órgãos fiscalizadores como FMI, UE, BID, Banco Mundial etc.. Países como a Grécia, por exemplo, estão com o garrote vil no pescoço de sua economia e parece não haver escapatória para a falência virtual da nação berço da civilização e da cultura moderna.
Por outro lado, a Hiperconcentração de Renda se acelera, formam-se gigantescos conglomerados empresariais (ex: AbInbev, Exxon, WMart, Microsoft, Google etc.), geram-se novos tsunamis econômicos de curto prazo que transformam países inteiros em escravos, em reféns humilhados da Economia Mundial bancarizada on line, ou seja: controlada firmemente pelos conglomerados de empresas globais, bancos internacionais e órgãos fiscalizadores como FMI, UE, BID, Banco Mundial etc.. Países como a Grécia, por exemplo, estão com o garrote vil no pescoço de sua economia e parece não haver escapatória para a falência virtual da nação berço da civilização e da cultura moderna.
O Brasil, refém da corrupção endêmica autoinfligida e das obrigações e acordos espúrios de para gerar superávit primário visando ao pagamento de Dívidas Públicas astronômicas, desmata, queima e aniquila - há décadas, em média - cerca de 20 mil km² de florestas por ano (tamanho de Israel ou 2 Líbanos), sem que a sociedade brasileira se dê conta da gigantesca desgraça rotineira que assola a Terra Brasilis e a cidade de Brasília, foco das decisões nacionais.
As questões da regularização fundiária e imobiliária urbana; da habitação social; da gestão metropolitana; do ordenamento territorial; das águas interiores, do mar territorial brasileiro, do gerenciamento costeiro e dos recursos hídricos em geral; da segurança hídrica e alimentar; da segurança pública social e patrimonial; do saneamento básico; das logísticas dos diferentes modais de transportes de cargas e passageiros; da mobilidade urbana e rural; das energias convencionais e alternativas; e, sobretudo, da Educação no seu sentido holístico, em todos os níveis, podem ser melhor entendidas e solucionadas a partir da consolidação de modelos de gestão pública e privada interativos e vocacionados pela Economia Verde. É SÓ QUERER!!!
FOTO 1: Favela da Rocinha: 70 mil (ou 220 mil ?)* habitantes, invasão destruidora contínua da Mata Atlântica do Parque Nacional da Tijuca, poluidora da Praia de São Conrado e da Barra da Tijuca, polo regional do tráfico e venda de drogas e serviços públicos piratas, lixeiros onipresentes, mioma urbanístico que cresceu malignamente à vista de todas as autoridades públicas entre os anos 1950-2000 na cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, país com estatísticas de Macunaíma.
Foto: Ronald Almeida, 11ago2004.
Foto: Ronald Almeida, 11ago2004.
FOTO 2: Lixeiros da Favela da Rocinha. Foto: Globo G1, 21dez2011.
(*) Maior favela do país, Rocinha discorda de dados
de população do IBGE
Segundo
Censo 2010, há 69.161 habitantes no local.
Associação
de moradores afirma que há mais moradores na favela.
O Censo Demográfico 2010
do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
constatou que a comunidade da Rocinha é a mais populosa do país, com 69.161
habitantes, distribuídos em 25.352 domicílios (média de quase três moradores
por residência). Para a Associação de Moradores, no entanto, o número é muito
maior.
“A Rocinha tem entre 180 mil e 220 mil
habitantes”, afirma o presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da
Rocinha (UPMMR), Leonardo Rodrigues Lima, mais conhecido como Léo, 49. Ele
conta que está na favela há 32 anos, e preside a associação há dois.
21/12/2011 10h02 - Atualizado em 21/12/2011
12h39
Acesso em 14mai2015.
São Luís, Patrimônio Cultural Nacional e Mundial, Maranhão; maio 2015
Pesquisa, Edição, Diagramação de textos e fotos: Ronald de Almeida Silva.
Arquiteto Urbanista [FAU-UFRJ 1972; CREA-RJ 21.900-D; CAU-MA 3368-5]
e-mail: ronald.arquiteto@gmail.com
Desenvolvimento Sustentável
Relatório
de Economia Verde (REV)
Iniciativa
Economia Verde - Ecodesenvolvimento
Nota: Os textos originais não tem parágrafos numerados e nomes de pessoas em caixa alta.
[78.1] O QUE É: ECONOMIA VERDE?
O QUE É: Relatório de Economia Verde
(REV)?
O QUE
É: Iniciativa
Economia Verde?
O QUE
É: Desenvolvimento Sustentável?
O QUE
É: Ecodesenvolvimento?
Fonte: RADAR RIO+20
Site: : http://www.radarrio20.org.br/index.php?r=conteudo/view&id=12&idmenu=20
Acesso em 14mai2015
O QUE É ECONOMIA
VERDE?
- ECONOMIA
VERDE é uma expressão de significados e
implicações ainda controversos, relacionada ao conceito mais abrangente de
Desenvolvimento Sustentável, consagrado pelo RELATÓRIO BRUNDTLAND, de 1987, e assumido
oficialmente pela comunidade internacional na Rio-92, gradualmente tomando
o lugar do termo “ecodesenvolvimento” nos debates, discursos e formulação
de políticas envolvendo ambiente e desenvolvimento.
- A
ideia central da Economia Verde é que o conjunto de processos produtivos
da sociedade e as transações deles decorrentes contribua cada vez mais
para o Desenvolvimento Sustentável,
tanto em seus aspectos sociais quanto ambientais. Para isso, propõe como
essencial que, além das tecnologias produtivas e sociais, sejam criados
meios pelos quais fatores essenciais ligados à sustentabilidade
socioambiental, hoje ignorada nas análises e decisões econômicas, passem a
ser considerados.
- O
ECODESENVOLVIMENTO foi
mencionado inicialmente pelo canadense MAURICE STRONG, primeiro diretor
executivo do Pnuma (Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente) e secretário-geral da Conferência de Estocolmo (1972) e da Rio-92.
- Foi
STRONG quem pediu ao economista e sociólogo polonês [residente na França] IGNACY SACHS que desenvolvesse o
conceito para inspirar documentos e projetos do Pnuma, criado na
conferência.
- SACHS
escreveu vários livros e artigos sobre o ECODESENVOLVIMENTO, que compreende cinco dimensões da
sustentabilidade:
- social,
- econômica,
- ecológica,
- espacial e
- cultural.
- Em
sua autobiografia intitulada “A
Terceira Margem”, Sachs conta que o termo caiu em desgraça em
consequência da repercussão negativa que teve no governo dos Estados
Unidos a Declaração de Cocoyoc,
aprovada em outubro de 1974, na cidade mexicana de mesmo nome e que
tratava de Educação Ambiental.
- Embora
não haja consenso teórico sobre uma definição universal do Desenvolvimento
Sustentável, a expressão popularizou-se no mundo a partir da Rio-92.
Depois da conferência, a expressão foi sendo pouco a pouco absorvida por
governos, corporações e entidades da sociedade civil, geralmente
relacionada à formulação e execução tanto de políticas públicas quanto de
iniciativas privadas ligadas à responsabilidade
socioambiental.
- Uma
parcela dos movimentos sociais e ambientalistas e pesquisadores das áreas
de meio ambiente e desenvolvimento têm questionado o que consideram a
banalização, ou esvaziamento, do conceito de Desenvolvimento Sustentável, erroneamente apresentado como
objetivo de práticas superficiais e de pouca relevância. É o que se tornou
conhecido como greenwashing ou maquiagem verde, em português. Em outras
palavras, avaliam que, para muitos a expressão transformou-se em artifício
para melhorar a imagem pública de governos e empresas, sem que seu uso
traduza mudanças efetivas na sua gestão e práticas, sintonizadas com os
princípios e diretrizes emanados da Rio-92 por meio de seus principais
documentos. (Veja quadro Documentos da Rio-92, em As Conferências da ONU e Desenvolvimento Sustentável).
- Há,
também, movimentos sociais que veem no Desenvolvimento Sustentável uma nova roupagem para o sistema
econômico, que até implicaria melhorias em áreas como eficiência
energética e gerenciamento da água, mas que não modificaria o capitalismo
contemporâneo em seus fundamentos, sobretudo o da maximização do lucro, o
rebaixamento dos custos de produção e – especialmente – a mercantilização
da vida e da natureza. Ainda que essa nunca tenha sido a proposta original
de Desenvolvimento Sustentável.
- A
diminuição de restrições ambientais, característica do neoliberalismo dos
anos 1980 e 1990, e a falta de internalização das externalidades (ou seja,
a não valoração e não contabilização dos impactos socioambientais negativos
nos preços de bens e serviços) reforçam a equação básica da maximização do
lucro e rebaixamento dos custos de produção.
- [MERCADO DE EMISSÕES DE CARBONO] Do
mesmo modo, a transformação de bens comuns em mercadorias – por exemplo, a compra e venda de espaço na
atmosfera por meio do mercado de emissões de carbono – é vista por
alguns desses movimentos não como a forma de gestão de um patrimônio
natural, mas como meio de criação de novos mercados e mercadorias,
passíveis de especulação e de apropriação privada, e assim capazes de
servir à contínua acumulação capitalista.
- Segundo
estudiosos e ambientalistas, uma solução para os dilemas teóricos com a
formulação do Desenvolvimento Sustentável seria substituí-lo ou, ao menos,
subordiná-lo a outro ainda mais abrangente, o de sociedades sustentáveis.
De alguma maneira, a ideia da sociedade sustentável resgata a pioneira
formulação do ECODESENVOLVIMENTO
por ser composta de várias dimensões da sustentabilidade (característica
de uma situação que pode manter-se em equilíbrio ao longo do tempo),
incluindo a cultural.
- “Sociedade
sustentável” soa, ainda, compatível com a noção de sustentabilidade, que
geralmente é utilizada para ampliar o escopo do “Desenvolvimento
Sustentável”, questionado por alguns que o entendem como um termo que traz
implicitamente a noção de crescimento contínuo, e também mais associado à
dimensão econômica do que ao modelo de sociedade como um todo, com seus
múltiplos aspectos culturais e materiais.
- ECODESENVOLVIMENTO,
sustentabilidade, sociedade sustentável, economia de baixo carbono,
economia sustentável, economia inclusiva e economia solidária.
- Esses
jargões – e muitos outros no campo do Desenvolvimento Sustentável –
possuem definições várias, muitas vezes ambíguas e imprecisas. Assim, mais
importante que a definição precisa de cada termo é a noção de que todos
eles sintetizam ideias para chamar a atenção da opinião pública e dos
especialistas quanto à necessidade de tornar os processos de
desenvolvimento e os instrumentos econômicos ferramentas de promoção da
igualdade social e erradicação da pobreza, com respeito aos direitos
humanos e sociais e conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
- O
mesmo ocorre com a expressão Economia Verde, mas com uma importante
diferença: ao ser colocada no centro dos debates da Rio+20, passou a ser
vista como um grande guarda-chuva, sob o qual, espera-se, poderão se
abrigar e articular as várias propostas de alcance mais específico.
- Por
exemplo, a Economia Verde é mais abrangente do que a economia de baixo carbono,
visto que não se limita a processos econômicos com baixa ou nenhuma
emissão de gases de efeito estufa. Ela inclui processos relacionados ao
combate às mudanças climáticas de origem antrópica, mas também trata de
reverter outras tendências insustentáveis, quer sociais – como o
consumismo e a crescente desigualdade – quer ambientais – como a vasta
contaminação dos ecossistemas e do próprio corpo humano por substâncias
químicas.
- Pode-se
afirmar que a ECONOMIA DE BAIXO CARBONO está geralmente contemplada pela
Economia Verde, mas esta vai além, pois implica promover processos limpos
de produção e consumo que não agravem as tendências atuais de rompimento
dos limites dos sistemas naturais que garantem a manutenção de nossas
condições de vida no planeta.
- Como
elemento do Desenvolvimento Sustentável, a Economia Verde também deve ser
necessariamente inclusiva, demandando:
Ø a erradicação da pobreza,
Ø a redução das iniquidades e
Ø a promoção dos direitos humanos e
sociais,
segundo
preconizam seus principais defensores junto a fóruns internacionais e agências
multilaterais, como o Pnuma, o Banco Mundial e a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
- DEFINIÇÃO DO PNUMA
- A Iniciativa Economia Verde (IEV, ou GEI - Green Economy
Initiative, em inglês) do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma), lançada em 2008, concebe a Economia Verde como aquela
que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao
mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a
escassez ecológica.
- Ela
tem três características preponderantes:
Ø é
pouco intensiva em carbono,
Ø é
eficiente no uso de recursos naturais e
Ø é
socialmente inclusiva.
- Nessa
proposta de Economia Verde, o crescimento na renda e no emprego é puxado
por investimentos públicos e privados que reduzem emissões de carbono e a
poluição. Essa rota de desenvolvimento deve manter, aprimorar e, onde
necessário, recuperar o capital natural degradado, enfocando-o como ativo
econômico crítico e fonte de benefícios públicos, especialmente para a
população pobre cuja sobrevivência e segurança são mais direta e
imediatamente afetadas por desequilíbrios nos sistemas naturais (como
demonstram os efeitos das secas e cheias em regiões pobres, por exemplo).
- Análises
detalhadas sobre as perspectivas da Economia Verde, com cenários de curto,
médio e longo prazos, podem ser conferidas em dois relatórios lançados
pela IEV.
- O
primeiro foi o Global Green New Deal, em 2009, que teve como finalidade
recomendar incentivos a tecnologias verdes nas estratégias de recuperação
econômica que os países lançaram para atenuar os efeitos nefastos da crise
financeira global iniciada nos Estados Unidos em setembro de 2008.
- O
segundo documento é o Relatório de
Economia Verde (REV), uma das principais contribuições do Pnuma para a
Rio+20. Publicado em fevereiro de 2011, ele possui uma versão compacta
para formuladores de política sob o título Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento
Sustentável e a Erradicação da Pobreza.
- Resultado
de um trabalho de diversos especialistas de diferentes partes do mundo, o
documento indica que a transição para a Economia Verde redundaria em taxas
superiores de crescimento global do Produto Interno Bruto (PIB) e do nível
de emprego nos cenários de médio e longo prazos, em comparação ao cenário
tendencial (ou business as usual; sigla bau )
- Para
isso, o estudo compara, por meio de modelos econométricos, o cenário
tendencial com um cenário alternativo, com investimentos totalizando 2% do PIB global ao
ano em áreas como:
Ø [educação ambiental holística,
universal, intensiva e permanente]
Ø eficiência
energética,
Ø energias
renováveis,
Ø tecnologias
ambientais e
Ø incentivos
públicos verdes.
- A
repercussão do REV entre distintos atores sociais oscila de um alinhamento
geral com questionamentos tópicos à oposição frontal ao relatório e à
própria ideia de Economia Verde. As posições são as mais diversas tanto
entre movimentos sociais e ONGs quanto entre governos e empresas.
- A
grosso modo, o empresariado mais ativo no campo da sustentabilidade foi o
setor mais favorável ao REV, ainda que levante problemas pontuais no
documento. É o caso da avaliação divulgada pela Câmara Internacional de
Comércio (ICC) denominada ICC initial comments on the UNEP draft
Green Economy Report 2011.
- Publicado
em maio de 2011, a avaliação recomendou ao Pnuma que defina mais
claramente ou estimule a elaboração
de indicadores e métricas para termos como “investimentos verdes” e
“Economia Verde”.
- Já
na sociedade civil as opiniões se dividem: uma parte acredita que o
conceito mesmo com limitações pode trazer resultados interessantes,
enquanto outra parte se coloca totalmente contra.
- CRÍTICA AO CRESCIMENTO VERDE:
- Para
o REV, a Economia Verde poderá gerar crescimento ainda maior do que aponta
o cenário atual, mas com utilização muito inferior de recursos naturais. A
noção de descasamento (ou descolamento,
do inglês decoupling) nutre-se de alguma maneira da “curva de Kuznets” (que associa o
crescimento contínuo da renda per capita ao aumento na iniquidade durante
uma fase inicial, mas depois compensada, com vantagens, na medida em que a
renda per capita continue a crescer) e foi objeto do estudo “ICC
initial comments on the UNEP draft Green Economy Report” publicado
pela ONU.
- Economistas
mais vinculados à economia ecológica criticam abordagens que, como a do
REV, concebem a Economia Verde predominantemente sob o prisma do
descolamento. Avaliam que a perspectiva de crescimento econômico constante
tende fatalmente a neutralizar em algum momento ganhos com eficiência
energética e uso de matérias-primas. Há, ainda, o efeito bumerangue ou
ricochete, que se refere à aplicação, em mais consumo, dos recursos
economizados no decoupling, criando ao final
pressões adicionais sobre os ecossistemas.
- O
professor RICARDO ABRAMOVAY, do Núcleo de Economia Socioambiental da
Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo,
lamenta a falta no estudo do Pnuma de questionamento mais incisivo aos
atuais padrões perdulários de consumo e estilos de vida nas economias de
mercado. “Com esses padrões, as indicações são de que a economia mundial
continuará dependente das energias fósseis até pelo menos 2050”.
- Por
outro lado, estudiosos como ALEXANDRE D´AVIGNON e LUIZ ANTÔNIO CRUZ
CARUSO, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
avaliam positivamente o relatório do Pnuma, que representaria uma
superação da visão antropocêntrica da natureza, como assinalam em artigo
na revista Política Ambiental, publicada em julho de 2011, pela Conservação Internacional (CI).
Eles não deixam de observar, porém, uma limitação básica do REV: “Pintar
a economia neoclássica de verde não será a solução. É necessária uma
mudança estrutural da ‘administração da casa’ (...), referindo-se
ao planeta como a casa de todos os seres vivos e, como tal, necessitando
ser conservado e respeitado”.
- Ao
questionarem a noção de crescimento verde do Pnuma, os economistas
ecológicos trazem a noção do desenvolvimento sem crescimento, tese que
desde 1970 é debatida e condenada por muitos, tachada de obscurantista,
pois não incorporaria a possibilidade de grandes saltos tecnológicos. Há
toda uma linhagem de pensadores que atuam nesse campo, como o americano
HERMAN DALY, um dos fundadores da economia ecológica, cujas ideias
voltaram a circular nos debates contemporâneos sobre desenvolvimento,
globalização e sustentabilidade após quase três décadas de ostracismo.
- Nessa
mesma direção, TIM JACKSON elaborou o célebre e controverso estudo Prosperity
without Growth? – The transition to a sustainable economy,
publicado em março de 2009 pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável do
governo do Reino Unido. No trabalho, Jackson, que o preparou na condição
de representante do segmento acadêmico na comissão, recomenda estratégias
para gerar mais bem-estar humano e sustentabilidade ambiental com menos
consumo. A comissão foi desativada em março de 2011 pelo governo
britânico, alegando-se contenção de gastos.
- DEMANDAS DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
- Como
ocorre em outras negociações multilaterais, como nas de clima e
biodiversidade, dilemas históricos entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento também fazem parte dos debates preparatórios da Rio+20.
Algumas ONGs proeminentes e governos do hemisfério Sul alinham-se na
agenda de desconfianças quanto às intenções dos países ricos com a
proposta da Economia Verde.
- Um
porta-voz bastante influente das nações em desenvolvimento é o South
Centre – organização intergovernamental dos países em desenvolvimento com
sede em Genebra, Suíça –, que publicou um documento de pesquisa sobre o
tema em julho de 2011.
- De
acordo com o texto, o acordo político central na Rio-92 foi o
reconhecimento de que a crise ecológica precisava ser resolvida por meio
de um caminho equitativo, com parcerias. Isso foi capturado no princípio
das responsabilidades comuns, porém diferenciadas da Declaração do Rio. O
documento afirma que é nesse contexto que a Economia Verde deve ser
inserida. Apesar de reconhecer aspectos positivos na formulação de
Economia Verde do Pnuma, o documento do South Centre aponta os seguintes
riscos:
Ø Que
- apesar de sua formulação ampla - a EV seja adotada de maneira unidimensional,
puramente ambiental, sem considerar as dimensões do desenvolvimento e da
igualdade social;
Ø Uso
da EV como nova condicionalidade sobre os países em desenvolvimento em casos de
assistência financeira, empréstimos e reescalonamento ou cancelamento da dívida
externa de alguns países;
Ø Dúvidas
sobre em que medida a utilização de mecanismos de mercado para empresas de
países ricos compensarem emissões de poluentes em outras empresas ou países não
implicaria a manutenção de uma injusta divisão internacional do trabalho e da
riqueza, mantendo o Sul pobre e fornecedor de “serviços ambientais” (além das
tradicionais matérias-primas e mão-de-obra barata), enquanto o Norte permanece
afluente e consumista.
- OLHARES DA SOCIEDADE CIVIL
- A
proposição da Economia Verde também é objeto de debates na sociedade civil
global, com posições as mais diversas, além dos questionamentos acima, que
oscilam desde uma oposição mais frontal à ideia da Economia Verde a um
alinhamento mais próximo da tese do Pnuma. Entre elas, destacamos:
- a)
Resistência ao “ambientalismo de
mercado”
- Há
organizações e movimentos sociais que se posicionam contra as propostas de
promoção da Economia Verde, defendendo que esta não questiona ou modifica
a estrutura básica da economia capitalista global. Pelo contrário, a
Economia Verde seria a ponta de lança de um novo ciclo do capitalismo, na
medida em que transformaria bens comuns (como a água, a atmosfera, as
florestas, oceanos e mesmo os seres vivos) em mercadorias propícias à
apropriação privada, acumulação e especulação.
- Numa
perspectiva menos radical, mas ainda estrutural, questiona-se que a
Economia Verde, conduzida pela lógica de mercado, tenderia a abrigar
predominantemente medidas superficiais, de pouca relevância, porém mais
atrativas no curto prazo, gerando apenas uma ilusão de avanço rumo à
sustentabilidade. Por essas mesmas razões, tenderia a favorecer os mais ricos
e a impedir que soluções realmente transformadoras emergissem, mantendo as
causas estruturais das desigualdades sociais e econômicas.
- b) Ceticismo
com relação ao termo e à sua relevância
- Outro
questionamento frequente é quanto à necessidade e efetividade de se criar
mais um termo relacionado ao Desenvolvimento Sustentável. Pondera-se que
como existe uma enorme quantidade de nomes e conceitos para abarcar as
questões da sustentabilidade, forçar a emergência de um conceito de
Economia Verde – que ainda não tem uma definição muito clara e precisa –
irá gerar mais dúvidas e conflitos do que soluções. E que muita energia
será gasta com debates improdutivos, em vez de se manter o foco nas
questões já conhecidas, que podem de fato engendrar mudanças. Nessa perspectiva,
a colocação da Economia Verde no debate seria uma cortina de fumaça para,
simultaneamente, fugir do enfrentamento dos problemas reais e criar novos
campos para atuação de pesquisadores e consultores, abrindo oportunidades
de negócio em vez de promover avanços reais.
- c) Economia
Verde como ferramenta de mudança
- Uma
perspectiva mais pragmática, também presente na sociedade civil, entende
as críticas acima como alertas importantes, mas que não eliminam a
importância da Economia Verde como proposta que visa articular diferentes
instrumentos e práticas econômicas capazes de dar centralidade à conexão
entre questões sociais e ambientais. A chave para isso seria traduzir em
linguagem econômica tais questões, viabilizando sua rápida incorporação
aos processos de análise e decisão cotidianamente adotados por
consumidores, empresas, governos e demais atores sociais.
- Nessa
perspectiva, o desafio central da Economia Verde seria utilizar o poder da
economia para dar centralidade e força às propostas de sustentabilidade
com justiça social e ambiental, enquanto, ao mesmo tempo, se evitam os
riscos e “efeitos colaterais” da apropriação distorcida dessas propostas
pelo sistema hegemônico. Para isso, o caminho seria construir um sistema
de instituições e políticas, com eficaz controle social, voltado a
direcionar a atividade econômica no rumo desejado. Nesse sentido, a
consistência nas práticas e propostas e a firmeza na sua adoção são vistas
como mais importantes que a expressão Economia Verde ou sua conceituação.
Fonte: http://www.radarrio20.org.br/index.php?r=conteudo/view&id=12&idmenu=20
Acesso em 14mai2015
PARA
SABER MAIS [Referências]
SACHS, I - A TERCEIRA MARGEM: EM BUSCA DO
ECODESENVOLVIMENTO, São Paulo, Companhia das Letras, 2009;
RUMO A UMA ECONOMIA VERDE: CAMINHOS PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A ERRADICAÇÃO DA POBREZA.
Disponível para download em inglês:
Em espanhol
ICC INITIAL COMMENTS ON THE UNEP DRAFT
GREEN ECONOMY REPORT, publicado em maio de 2011 e disponível em:
ECONOMIA VERDE: DESAFIOS E OPORTUNIDADES.
POLÍTICA AMBIENTAL. Belo Horizonte: Conservação Internacional, n. 8, jun. 2011.
DECOUPLING NATURAL RESOURCE USE AND
ENVIRONMENTAL IMPACTS FROM ECONOMIC GROWTH, com sumário em inglês disponível
em: http://www.unep.org/resourcepanel/Portals/24102/PDFs/DecouplingENGSummary.pdf
D’AVIGNON, A e Caruso, L.A.C – O CARÁTER
NECESSARIAMENTE SISTÊMICO DA TRANSIÇÃO RUMO À ECONOMIA VERDE EM POLÍTICA
AMBIENTAL, Conservação Internacional, ed.8, junho de 2011, Belo Horizonte
PROSPERITY
WITHOUT GROWTH? – THE TRANSITION TO A SUSTAINABLE ECONOMY
Disponível em:
http://www.sd-commission.org.uk/data/files/publications/prosperity_without_growth_report.pdf
KHOR,
Martin. RISKS AND USES OF THE GREEN ECONOMY CONCEPT IN THE CONTEXT OF
SUSTAINABLE DEVELOPMENT, POVERTY AND EQUITY. Genebra,
South Centre, paper de Pesquisa 40, Julho 2011. Disponível em:
Sobre o tema ECONOMIA VERDE consulte
também:
- See more
at:
http://www.radarrio20.org.br/index.php?r=conteudo/view&id=12&idmenu=20#sthash.PVmwAWD5.dpuf
O que é ECONOMIA VERDE e qual o papel do governo para
sua implementação?
O QUE É: SISTEMA CAP AND TRADE, SISTEMA DE COMÉRCIO DE
LICENÇAS DE EMISSÃO?
Doutor
em Economia. Consultor-Geral Adjunto; Coordenador do Núcleo de Estudos e
Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado Federal.
Publicado
em 08/08/2011
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/08/08/o-que-e-economia-verde-e-qual-o-papel-do-governo-para-sua-implementacao/
- De
acordo com a ONU, a Economia Verde pode ser definida como aquela que
resulta em melhoria do bem-estar das pessoas devido a uma maior
preocupação com a equidade social, com os riscos ambientais e com a escassez
dos recursos naturais.
- Muito
se discute sobre essa nova economia, e muitos pesquisadores acreditam que
a economia verde requer um novo marco teórico. Como iremos mostrar neste
texto, não é necessário um novo paradigma para se implementar políticas
sociais que tornem a economia mais verde.
- Os
instrumentos da economia neoclássica tradicional podem – e devem – ser
utilizados para orientar os formuladores de políticas públicas com vistas
ao desenvolvimento da economia verde.
- Nesta
reconciliação entre a economia e o meio ambiente, a proposta é usar as
ferramentas analíticas da ciência econômica para buscar soluções que
promovam qualidade ambiental. Ao se introduzir uma abordagem
microeconômica à questão ambiental, o debate passa a focar quais são os
corretos incentivos que levarão os agentes naturalmente a procurar
práticas de conservação ou estratégias para reduzir a poluição.
- A
preservação do meio ambiente é um típico problema em que ocorre falha de mercado e que requer intervenção do Estado. Poluição e desmatamento são atividades em que tipicamente o custo SOCIAL supera o custo PRIVADO.
- Por
isso, se as atividades poluidoras ou desmatadoras não sofrerem nenhum tipo
de interferência governamental, o resultado final será um nível de
poluição acima (ou um grau de preservação do meio ambiente abaixo) daquilo
que seria considerado socialmente ótimo.
- A
utilização de instrumentos econômicos que induzem os agentes ao
comportamento social desejado deve contar com a participação efetiva do
Estado, pois as medidas de política fiscal (como impostos mais pesados
para firmas poluidoras ou subsídios para implantação de tecnologias
ambientalmente corretas) juntamente com a regulação (como limites
quantitativos para emissão de gases ou consumo máximo de energia permitido
para determinados aparelhos) constituem, talvez, os meios mais efetivos de
garantir uma transição da economia marrom para a economia verde.
- Do
lado da receita pública, é fato que a estrutura de tributação do Estado
tem um efeito fundamental sobre os incentivos que enfrentam empresas e
famílias, tanto no consumo quanto nas decisões de investimento. Quanto às
despesas públicas, a distribuição dos gastos, tanto na manutenção da
máquina administrativa (despesas correntes), quanto os que aumentam a
capacidade produtiva do país (despesas de capital, principalmente
investimentos em infraestrutura), dão o tom de como será o caminho
trilhado para o desenvolvimento econômico.
- Por
exemplo, um passo para a implantação da economia verde seria uma
tributação mais pesada sobre combustíveis fósseis, de forma que outras
formas de energia renovável ficassem relativamente mais atraentes do ponto
de vista do preço de consumo. Outra possibilidade é a diminuição de
subsídios concedidos a atividades prejudiciais ao meio ambiente.
- Pelo
lado da despesa pública, a promoção do crescimento econômico mais
sustentável passa pela provisão de infraestrutura energética mais limpa,
suporte para pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias não poluentes
e mais produtivas, além da concessão de subsídios que alavanquem
investimentos verdes pelas famílias e empresas.
- Uma
melhor distribuição de riqueza ao redor do mundo também é afetada pela
política fiscal. Conforme relatório da ONU, estima-se que se as nações
desenvolvidas retirassem o subsídio dado à produção de algodão em seus
países, a renda real das nações integrantes da região da África
subsaariana aumentaria em US$150 milhões por ano.
- Sabe-se,
contudo, que não é simples administrar as distorções causadas pelo sistema
tributário. Um “imposto verde” será mais eficiente quando incidir sobre o
bem mais diretamente ligado ao dano ambiental. Isto é, os “impostos
ambientais” devem ser aplicados diretamente sobre os poluentes, que muitas
vezes não são facilmente observáveis.
- Ao
tributar combustíveis fósseis para diminuir as emissões de carbono, por exemplo, provavelmente se está
utilizando uma base eficiente, porque as emissões estão diretamente
relacionadas ao volume de combustível consumido.
- Por
outro lado, a tributação de fertilizantes para controlar a poluição da
água talvez não seja tão eficiente, pois essa poluição depende dos métodos
empregados na agricultura, que podem impedir o escoamento dos agentes
poluentes.
- Nesse
caso, seria mais eficiente multar o agricultor que poluir as águas. Dessa
forma ele teria incentivo para continuar utilizando o fertilizante, mas
adotando as prevenções necessárias para não poluir o meio ambiente.
- Do
ponto de vista da regulação, uma medida que vários governos ao redor do
mundo vêm criando é o sistema cap and trade, sistema de
comércio de licenças de emissão, onde as emissões totais são fixadas ou
limitadas.
- O
Protocolo de Quioto estabelece um sistema
cap and trade no sentido de que as emissões dos países
desenvolvidos são fixadas e quem poluir acima do limite pode adquirir
direitos de emissão de países que poluem abaixo da meta acordada.
- Nos
Estados Unidos (EUA), há um debate no Congresso Norte-Americano sobre a
instituição de sistemas cap and trade para determinados
processos produtivos, produtos ou serviços, de forma que as empresas que
não atingirem sua quota de emissão de poluentes possam vender o excedente
a outras.
- A
lógica desse mecanismo é que a aferição de um valor econômico às licenças
para as emissões irá estimular as empresas a poluírem menos, pois
lucrariam com a venda dos excedentes. Isso também terá impacto nos países
que exportam tais bens para os EUA.
- Claro
que também existem aspectos negativos relacionados com a mitigação da
poluição. A Austrália apresentou recentemente um projeto (“Securing
a clean energy future”), cujo objetivo é diminuir as emissões de
carbono pelo país. A principal medida sugerida é a taxação das empresas
por tonelada de dióxido de carbono jogada na atmosfera.
- No
entanto, há várias críticas no sentido de que tal taxação apenará toda a
sociedade, aumentando o nível de preços, prejudicando a produção e
reduzindo os empregos.
- Esse
impacto adverso sobre a economia é consequência, principalmente, do alto
custo que o projeto implicará para a geração de energia elétrica, que na
Austrália é extremamente poluente por se basear na queima de carvão.
- O
governo australiano defende-se argumentando que os recursos arrecadados
com a tributação do carbono serão devolvidos às famílias por meio de algum
tipo de abatimento em outros impostos ou por aumento nas transferências de
renda, como pensões.
- De
qualquer forma, dadas as ações indutoras por menos poluição em vários
países, percebe-se uma mudança de comportamento no meio empresarial,
inclusive no brasileiro.
- Em recente
publicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI)[1],
os empresários são advertidos sobre como é importante entender os
múltiplos impactos e riscos que podem influenciar o ambiente de negócios
em uma transição para a economia de baixo carbono.
- Segundo
a CNI, há riscos regulatórios, como os custos devidos ao pagamento de
taxas e impostos sobre produtos e serviços carbono intensivos e pagamento
de multas, caso as metas mandatórias de redução de emissões não sejam
alcançadas.
- Há
ainda custos reputacionais e competitivos, como gastos relacionados à
perda de fatia de mercado, menor acesso a fontes de capital, bem como
perda do valor da marca, caso haja discriminação das empresas não
aderentes à economia verde.
- Em
suma, a política fiscal e a administração das finanças públicas são
fatores-chave na transição de um país para uma economia mais verde. O
Congresso Nacional, ao votar o orçamento, ao discutir a legislação
tributária, tem papel fundamental na definição do caminho que o país
adotará.
RECOMENDAÇÕES
DE ARTIGOS CORRELATOS
DOWNLOADS:
veja este artigo também em versão pdf (clique aqui).
Para ler mais sobre o tema:
United
Nations Environment Programme. DRIVING A
GREEN ECONOMY: THROUGH PUBLIC FINANCE AND FISCAL POLICY REFORM. 2011
(Disponível em: http://www.unep.org/greeneconomy).
[1] CNI.
Estratégias Corporativas de Baixo Carbono: Gestão de Riscos e Oportunidades,
2011.
[78.3] O
QUE É ECONOMIA VERDE?
Categories:
Sustentabilidade
Acesso em
14mai2015
Para poucos ou os mais antigos ainda é conhecida como
‘’ecodesenvolvimento’’; somente após a Rio-92 acabou ganhando o nome de
Economia Verde.
- A
Economia Verde foi primeiramente mencionada no Relatório Brundtland em 1987. Neste, era divulgado pela
primeira vez a definição, como ‘’aquele
que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de
as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades.’’
- Não
apenas isso, também foi neste relatório que os três pilares do desenvolvimento sustentável foram apresentados
‘’desenvolvimento econômico, equidade social e proteção ambiental. ’’
- Após
a divulgação deste estudo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) foi realizada em 1992 no Rio de
Janeiro.
- Esses três
pilares ainda são abrangidos nos dias de hoje:
I.
Desenvolvimento
Econômico- A economia ao passar do tempo adquiriu
como seu significado algo somente na área de poupanças e negócios. Porém quando
esse pilar foi feito, esse seguiu o significado mais antigo da palavra que
consiste em algo mais amplo como, produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Então não só pensa na parte rentável de algum negócio, mas no processo
completo.
II.
Equidade
Social- Este pilar prega algo mais humano da
parte do desenvolvimento. Foi cunhado mais focado no funcionário e seu
bem-estar; salários mais justos, ambiente de trabalho agradável, saúde e até
família. Abrange idéias maiores como educação, lazer e violência.
III.
Proteção
Ambiental - Nesse aspecto, as empresas precisam
visar com muito cuidado os efeitos a longo prazo da produção. Sendo o controle
do uso da matéria prima que causa danos a natureza ou a reposição da mesma.
Nessa área, hoje em dia como forma de controle, foi criado o Protocolo de Kyoto que tenta fiscalizar
a emissão de CO2 de cada país.
5)
Por mais que a primeira vista o foco da economia verde seja somente o meio
ambiente, a idéia é um pouco mais ampla. Não somente cuidar da natureza, porém
cuidar da humanidade em si. Pensando em um mundo mais igualitário, sem
descriminação ou injustiça, pensando em algo amplo com o processo inteiro da
industrialização e muito importante para tudo acontecer, a proteção ambiental
que move o mundo; providenciando matérias primas e até nosso próprio ar.
6)
Afinal “Todos sabem que é impossível colocar uma cerca em volta da floresta e
esperar que, por conta disso, não haja desmatamento. Se a decisão de proteger a
floresta não for acompanhada de perspectivas de desenvolvimento econômico, de
inclusão social e de geração de empregos não há como se garantir a proteção
ambiental”, exemplificou Machado, que é subsecretário-geral de Meio Ambiente,
Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fontes:
[78.4] ECONOMIA VERDE
Definição, características,
desenvolvimento sustentável, importância para o meio ambiente, objetivo,
bibliografia.
http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/economia_verde.htm
Acesso em 14mai2015
Economia
Verde: desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação do meio
ambiente.
I)
Definição
Economia verde é um conjunto de processos
produtivos (industriais, comerciais, agrícolas e de serviços) que ao ser
aplicado em um determinado local (país, cidade, empresa, comunidade, etc.),
possa gerar nele um desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental e
social.
II)
Objetivo
O principal objetivo da Economia Verde é
possibilitar o desenvolvimento econômico compatibilizando-o com igualdade
social, erradicação da pobreza e melhoria do bem-estar dos seres humanos,
reduzindo os impactos ambientais negativos e a escassez ecológica.
III)
Importância
e benefícios
De acordo com especialistas que atuam nas
áreas de Economia e Meio Ambiente, a aplicação da Economia Verde em países
desenvolvidos e em desenvolvimento aumentaria a geração de empregos e o progresso
econômico. Ao mesmo tempo, combateria as causas do aquecimento global (emissões
de CO2), do consumo irracional de água potável e dos fatores que geram a
deterioração dos ecossistemas.
IV)
Principais
características da Economia Verde:
- Pouco
uso de combustíveis fósseis (gasolina, carvão, diesel, etc.) e [no sentido
inverso, aprimoramento e] aumento do uso de fontes limpas e renováveis de
energia;
- Eficiência
na utilização de recursos naturais;
- Práticas
e processos que visam à inclusão social e erradicação da pobreza;
- Investimento
e valorização da agricultura verde;
- Tratamento
adequado do lixo com sistemas eficientes de reciclagem;
- Qualidade
e eficiência nos sistemas de mobilidade urbana.
- [Educação
Ambiental holística, universal, intensiva e permanente.] item acrescido pelo editor RAS.
RIO+20: A Economia Verde foi um dos
principais temas da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável), realizada na cidade do Rio de Janeiro em junho de
2012.
[78.5] Desenvolvimento
Sustentável
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Acesso Nov.
2011.
Esquema representativo das várias componentes do desenvolvimento
sustentável
Desenvolvimento
sustentável é um conceito sistêmico que se traduz num modelo de
desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental.[1][2] Foi
usado pela primeira vez em 1987, no Relatório
Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
criado em 1983 pela Assembleia
das Nações Unidas.[3]
A definição mais usada para o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL é:
“O
desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias
necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam
um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização
humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da
terra e preservando as espécies e os habitats naturais.”
— Relatório Brundtland[4]
O campo do desenvolvimento
sustentável pode ser conceptualmente dividido em três componentes: a sustentabilidade
ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sócio-política.[5]
HISTÓRIA
Ao longo das ultimas décadas, vários têm sido os
acontecimentos que marcam a evolução do conceito de desenvolvimento
sustentável, de acordo com os progressos tecnológicos, assim como do aumento da
consciencialização das populações para o mesmo.
A
criação do Clube de Roma,
em 1968, reuniu pessoas em cargos de relativa importância em seus respectivos
países e visa promover um crescimento económico estável e sustentável da
humanidade. O Clube de Roma tem, entre seus membros principais cientistas,
inclusive alguns prémios Nobel, economistas, políticos, chefes de estado e até
mesmo associações internacionais.[6]
O
Clube de Roma publicou o relatório Os limites do crescimento, preparada a seu
pedido por uma equipa de pesquisadores do Massachusetts
Institute of Technology. Este relatório apresenta os resultados da
simulação em computador, da evolução da população humana com base na exploração
dos recursos naturais, com projecções para 2100. Mostra que, devido à
prossecução do crescimento económico durante o século XXI é de prever uma
redução drástica da população devido à poluição, a perda de terras aráveis e da
escassez de recursos energéticos.[7]
Em
16 de Junho de 1972
inicia-se a Conferência sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas (Estocolmo).
É a primeira Cimeira da Terra. Ocorre pela primeira vez a nível mundial
preocupação com as questões ambientais globais.[8]
Em
1979
o filósofo Hans Jonas exprime a sua preocupação no
livro Princípio responsabilidade.
Em
1980,
A União Internacional para a Conservação da Natureza publicou um relatório
intitulado "A Estratégia Global para a conservação", onde surge pela
primeira vez o conceito de" desenvolvimento sustentável ".[9]
O
Relatório
Brundtland, Our Common Future, preparado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
em 1987, onde foi pela primeira vez
formalizado o conceito de desenvolvimento sustentável.[9][10]
De
3 a 14 de Junho de 1992, realizou-se a Conferência das Nações
Unidas sobre o Ambiente eo Desenvolvimento (segunda "Cimeira da Terra"), onde nasce a Agenda 21, e são aprovadas a Convenção
sobre Alterações Climáticas, Convenção sobre Diversidade Biológica (Declaração
do Rio), bem como a Declaração de Princípios sobre Florestas.[8][11]
Em
1993
acontece o V Programa Acção Ambiente da União Europeia:
Rumo a um desenvolvimento sustentável. Apresentação da nova estratégia da UE
em matéria de ambiente e as acções a serem tomadas para alcançar um
desenvolvimento sustentável para o período 1992-2000.[12]
27 de maio de 1994
- Primeira Conferência sobre Cidades Europeias Sustentáveis.
Aalborg (Dinamarca), de onde surgiu a Carta
de Aalborg.[13][14]
8 de Outubro de 1996
- Segunda Conferência sobre Cidades Europeias Sustentáveis. Plano de Acção de
Lisboa: da Carta à acção.[13][15]
1997
- 3 ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Quioto,
onde se estabelece o Protocolo de Quioto.[16]
8 de Setembro de 2000
- Após os três dia da Cimeira
do Milénio de líderes mundiais na sede das Nações Unidas, a
Assembleia Geral aprovou a Declaração
do Milénio.[17]
De
26 a 4 de Setembro de 2002 - Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento
Sustentável (Rio +10), em Joanesburgo, onde reafirmou o
desenvolvimento sustentável como o elemento central da agenda internacional e
se deu um novo impulso à acção mundial para combater a pobreza assim como a
protecção do ambiente.[19]
Fevereiro
de 2004 - A sétima reunião ministerial da Conferência sobre Diversidade Biológica foi
celebrado com a Declaração
Kuala Lumpur, que gerou descontentamento entre os países pobres e
não satisfez plenamente as nações ricas.
2004
- Conferência
Aalborg +10 - Inspiração para o futuro. Apelo a todos os governos
locais e regionais da Europa para participar
na assinatura do compromisso
de Aalborg e fazerem parte da Campanha Europeia das Cidades Sustentáveis e Cidades.[20]
11 de Janeiro de 2006
- Comunicação da Comissão Europeia
ao Parlamento Europeu
sobre a Estratégia temática sobre o ambiente urbano. É uma das sete estratégias
do Sexto Programa de Acção Ambiental para o Ambiente da
União Europeia, desenvolvido com o objectivo de contribuir para uma
melhor qualidade de vida através de uma abordagem integrada e centrada nas
zonas urbanas e para tornar possível um elevado nível de qualidade de vida e
bem-estar social para os cidadãos, proporcionando um ambiente em que níveis da poluição
não têm efeitos adversos sobre a saúde humana e o ambiente assim como promover
o desenvolvimento urbano sustentável.[21]
2007
- Carta de Leipzig
sobre as cidades europeias sustentáveis.[4][22]
2007
- Cimeira de Bali, com o intuito de criar um
sucessor do Protocolo de Quioto,
com metas mais ambiciosas e mais exigente no que diz respeito às alterações
climáticas.[23]
Julho
de 2009 - Declaração
de Gaia, que implanta o Condomínio
da Terra no I Fórum Internacional do Condomínio da Terra.[24][25]
Âmbito e definições de aplicação
O conceito de desenvolvimento sustentável é um conceito
que abrange várias áreas, assentando essencialmente num ponto de equilíbrio
entre o crescimento económico, equidade
social e a protecção do ambiente.[26][27]
A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural
adiciona um novo enfoque na questão social, ao afirmar que "… a diversidade
cultural é tão necessária para a humanidade como a biodiversidade é para a
natureza" torna-se "as raízes do desenvolvimento entendido não só em
termos de crescimento económico mas também como um meio para alcançar um mais
satisfatório intelectual, emocional, moral e espiritual ". Nessa visão, a diversidade
cultural é a quarta área política do desenvolvimento sustentável.[28]
A Divisão das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Sustentável enumera as seguintes áreas como incluídas no
âmbito do desenvolvimento sustentável:[29]
O conceito inclui noções de sustentabilidade fraca, de
sustentabilidade e ecologia profunda.
Diferentes concepções revelam também uma forte tensão entre ecocentrismo e o antropocentrismo. O conceito permanece mal
definido e contém uma grande quantidade de debates a respeito de sua definição.
Durante os últimos dez anos, diversas organizações têm
tentado medir e monitorizar a proximidade com o que consideram a
sustentabilidade através da aplicação do que tem sido chamado de métricas e indicadores de sustentabilidade.[30]
O desenvolvimento sustentável é dito para definir limites
para o mundo em desenvolvimento. Enquanto os actuais países de primeiro mundo,
poluído significativamente durante o seu desenvolvimento, os mesmos países
incentivam os países do terceiro mundo
a reduzir a poluição, o que, por
vezes, impede o crescimento. Alguns consideram que a implementação do
desenvolvimento sustentável implica um retorno à estilos de vida pré-modernos.[31]
Indicadores de desenvolvimento sustentável
Em 1995, a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável aprovou um conjunto de indicadores de desenvolvimento
sustentável, com o intuito de servirem como referência para os países em
desenvolvimento ou revisão de indicadores nacionais de
desenvolvimento sustentável, tendo sido aprovados em 1996,
e revistos em 2001 e 2007.[32][33]
O quadro actual contém 14 temas, que são ligeiramente modificado a partir
da edição anterior:[34]
Conjunto de indicadores de DS 1995
|
Conjunto de indicadores de DS 2007
|
1. Pobreza
|
I. Terra
|
2. Perigos naturais
|
II. Padrões de
consumo e produção
|
III. Educação
|
|
4. Governança
|
|
5. Ambiente
|
V.
Demografia
|
6. Parceria global
econômica
|
|
Cada um destes temas encontra-se dividido em diversos
sub-temas, indicadores padrão e outros indicadores.
Além das Nações Unidas,
outras entidades elaboram ainda outros modelos de indicadores, como no caso da:
OS TRÊS COMPONENTES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Sustentabilidade ambiental
O pequeno planeta Terra visto da Lua; Foto by NASA
Com o evoluir do tempo e dos conhecimentos técnicos, o
desenvolvimento sustentável foi crescendo como resposta às assimetrias globais,
e aos problemas locais e intertransfronteiriços.
A sustentabilidade ambiental consiste na
manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável,[36][37] podendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições
de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a
habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.[38][39]
As Nações Unidas,
através do sétimo ponto das Metas
de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar a
sustentabilidade ambiental,[40] através de quatro objectivos
principais:[41]
- Integrar os princípios do desenvolvimento
sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
- Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.
- Reduzir para metade a proporção de população sem
acesso a água potável
e saneamento básico.
- Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em
pelo menos cem milhões de pessoas a viver abaixo do limiar
da pobreza.
Sustentabilidade económica
A sustentabilidade económica, enquadrada no âmbito do
desenvolvimento sustentável é um conjunto de medidas e politicas que visam a
incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. Aos conceitos
tradicionais de mais valias económicas são adicionados como fatores a ter em
conta, os parâmetros ambientais e sócio-económicos, criando assim uma
interligação entre os vários setores.[42][43] Assim, o lucro não é somente medido na sua vertente financeira, mas
igualmente na vertente ambiental e social,[44][45] o que potencia um uso mais correto quer das matérias primas, como dos recursos humanos. Há ainda a incorporação
da gestão mais eficiente dos recursos naturais, sejam eles minerais,
matéria prima como madeira ou ainda energéticos, de forma a garantir uma exploração
sustentável dos mesmos, ou seja, a sua exploração sem colocar em
causa o seu esgotamento, sendo introduzidos elementos como nível óptimo de
poluição ou as externalidades
ambientais, acrescentando aos elementos naturais um valor económico.[46]
Sustentabilidade sócio-politica
A sustentabilidade sócio-politica centra-se no equilíbrio
social, tanto na sua vertente de desenvolvimento social como sócio-económica. É
um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende desenvolver
o tecido social nos seus componentes humanos e culturais.[47][48]
Neste sentido, foram desenvolvidos dois grandes planos: a
agenda 21 e as metas
de desenvolvimento do milénio.
A Agenda 21 é um
plano global de acção a ser tomada a nível global, nacional e local, por
organizações das Nações Unidas, governos, e grupos locais, nas diversas áreas
onde se verificam impactes significativos no ambiente. Em termos práticos, é a
mais ambiciosa e abrangente tentativa de criação de um novo padrão para o
desenvolvimento do século XXI, tendo por base os conceitos de desenvolvimento
sustentável.[49][50]
As Metas de Desenvolvimento do Milénio (MDM)
surgem da Declaração do Milénio das Nações Unidas,
adoptada pelos 191 estados membros no dia 8 de Setembro de 2000. Criada em um esforço para sintetizar acordos internacionais alcançados em
várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 1990 relativos ao meio-ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvimento social, racismo, entre outras, a Declaração traz uma série de compromissos concretos que,
se cumpridos nos prazos fixados, segundo os indicadores quantitativos que os
acompanham, deverão melhorar o destino da humanidade neste século. Esta declaração menciona que os
governos "não economizariam esforços para libertar nossos homens, mulheres
e crianças das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema", tentando
reduzir os níveis de pobreza, iliteracia
e promovendo o bem estar social.[51][52] Estes projectos são monitorizados com recurso ao Índice
de Desenvolvimento Humano, que é uma medida comparativa que engloba
três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida.[53]
Estratégias nacionais de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Lista dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas na sua sede em Nova
Iorque.
O capítulo 8 da
Agenda 21 incentiva os países a adotarem
estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável (ENDS), estimulando-os a
desenvolver e harmonizar as diferentes políticas sectoriais, econômicas,crimes,
sociais e ambientais e de planos que operam no país.[54] O apelo à elaboração destes
documentos estratégicos, que devem reforçar e harmonizar as políticas nacionais
para a economia, as questões sociais e o ambiente, foi reforçado na Sessão Especial da Assembleia das Nações Unidas de
1997 (Rio+5), na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de
2002 em Joanesburgo (Rio+10).[55]
A primeira
revisão para estabelecer os elementos básicos de boas práticas foi um "Manual
para NSDS" preparado por Carew-Reid et al. (1994) partindo das
experiências compartilhadas por vários países, através de relatórios nacionais
e regionais, durante um projeto liderado pela IUCN
e IIED.
Este trabalho preparou o terreno para a obra mais posteriores. Foi construído
em cima pelo CAD da OCDE no seu trabalho para produzir
orientações para ENDS (CAD 2001), que estabeleceu os princípios acordados para
a ENDS, mais tarde ecoou na UNDESA
orientação desenvolvido na sequência de um workshop internacional (UNDESA
2002).[56]
Na prática, é
uma estratégia eficaz para o desenvolvimento sustentável reúne as aspirações e
capacidades de governo, sociedade civil e do sector privado para criar uma
visão para o futuro, e para trabalhar taticamente e progressivamente para
esses objetivos, identificando e construindo sobre "o que funciona",
melhorando a integração entre as abordagens, fornecendo um quadro para fazer as
escolhas que a integração não é possível. Estas estratégias incidem sobre o que
é realmente praticável, pois com uma estratégia eficaz e abrangente poderá
solucionar-se vários problemas ao mesmo tempo.[57][58]
Assim, as ENDS
apresentam 7 pontos chave, sendo tratados de forma integrada as questões
econômicas, ambientais e sociais, a saber:[59]
- Alterações climáticas e energia limpa
- Transporte Sustentável
- Consumo e produção sustentáveis
- Conservação e gestão dos recursos naturais
- Saúde pública
- Inclusão social, demografia e migração
- A pobreza no mundo
Agenda 21 local
A agenda 21 local é um processo pelo qual as entidades nacionais se
envolvem com a comunidade civil na elaboração de uma estratégia conjunta, e com
um plano de acção que vise melhorar a qualidade de vida a nível local.[60] Têm como objectivo aplicar as
recomendações da Agenda 21, ao nível
local, envolvendo as entidades governamentais locais, sector empresarial e
industrial e sociedade civil.[61]
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