MNSL 2016
Bicicletas
brasileiras poderão ficar mais baratas [12fev2016]
Ciclomobilidade dos espaços urbanos, com ciclovias, faixas
para pedestres, passarelas, sinalização e incentivo fiscal.
Fonte: Portal do Movimento
Nossa São Luís.
Publicado: 12/02/2016 -
13h
http://www.nossasaoluis.org.br/site/2016/02/12/959/
Acesso RAS em 15fev2016.
1.
A Proposta de Emenda à
Constituição 27/2015 de autoria
do senador sergipano Eduardo Amorim
(PSC-SE) propõe a redução dos impostos embutidos em peças de bicicletas
fabricadas no Brasil. A proposição altera o Artigo 150 da Constituição
Federal, que trata sobre as garantias do contribuinte, e por isso
deve ser encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça do Senado nos
próximos meses.
2.
Na argumentação o senador
justifica que “os benefício econômicos, ambientais e sociais advindos da disseminação
do uso da bicicleta são amplamente conhecidos”, destacando que
incentivar o uso de bicicletas colabora com redução de doenças decorrentes do
sedentarismo, oferecendo melhor qualidade de vida, além de contribuir para a
mobilidade urbana das cidades, um vez que ocupa menos espaço que carros e
motos.
3.
Para elaboração da PEC foram
consideradas os modelos adotados em Amsterdã,
Copenhague, Paris e Bogotá, cidades onde os cidadãos são estimulados a
pedalar.
4.
No Brasil, o Programa Cidades
Sustentáveis disponibiliza uma plataforma digital que reúne variados exemplos
mundiais de boas práticas de desenvolvimento sustentável. O programa foi
criado pela Rede Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, criada em 2008
com a missão de “comprometer a sociedade e sucessivos governos com comportamentos
éticos e com o desenvolvimento justo e sustentável de suas cidades, tendo como
valor essencial a democracia participativa”. O representante local da Rede de
Cidades é o Movimento Nossa São Luís.
5.
Entre os exemplos de boas
práticas, há disponível o de “Melhor mobilidade e Menos tráfego“, com 12 modelos de
iniciativas sustentáveis pelo mundo.
6.
Quando o assunto é bicicleta, no
Brasil, por exemplo, um estudo encomendado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (ABRACICLO) revelou que de 2006 a 2013 a
venda caiu de 5 para 4,1 milhões de unidades. O estudo mostrou ainda que o
Brasil só perde para União Europeia em tributação de bicicleta: 35 e 65%
respectivamente.
VAMOS DE BIKE: 10
principais benefícios à saúde de quem pedala:
Inúmeros estudos já revelaram que
pedalar traz benefícios à qualidade de vida. O Vya
Estelar Qualidade de Vida na Web destacou
os 10 principais benefícios à saúde
de quem pedala:
[I] Combate
estresse e depressão: As contrações cardíacas tornam-se mais
eficazes e, com isso, o sangue chega mais rapidamente ao cérebro, diminuindo,
assim, a incidência de ansiedade, angústia e depressão.
[II]
Melhora relações sexuais: Como ocorre uma
tonificação dos vasos das coxas e das pernas, a irrigação sanguínea nos órgãos
genitais e vasos pélvicos é intensificada, o que colabora com uma melhor ereção
peniana e aumenta a lubrificação vaginal, levando a uma relação sexual
prazerosa.
[III]
Emagrece: Combinadas a uma dieta saudável e com
baixas calorias, as pedaladas auxiliam na perda de peso, no controle de peso,
além de favorecer o emagrecimento, reduzindo a gordura corporal.
[IV]
Faz ser mais feliz e ter bom sono: O ato de
pedalar estimula a liberação das endorfinas (morfinas endógenas – que fazem com
que o indivíduo seja mais feliz), aumenta também os níveis de serotonina (o
chamado hormônio da felicidade), gerando o relaxamento, fatores essenciais para
um sono saudável.
-
[V] Reduz colesterol e triglicérides: Com a prática constante do ciclismo, ocorre consumo
das gorduras e diminuição do colesterol total e LDL (colesterol ruim), além dos
triglicerídeos.
[VI] Evita o infarto: Ocorre também diminuição da
glicemia, controlando o diabetes, que é fator de risco para a formação da placa
aterosclerótica, que leva a angina e ao infarto agudo do miocárdio.
[VII]
Diminui a pressão arterial: Pedalar com frequência
tonifica os vasos sanguíneos (artérias e veias) e faz com que eles relaxem mais
facilmente, contribuindo com a diminuição da pressão arterial, que é um
importante fator de risco para doenças coronarianas.
[VIII]
Aumenta a imunidade: com a melhora na contração
cardíaca, o sistema imune fica estimulado e eleva a produção de glóbulos
brancos, ajudando o organismo a defender-se de vírus e bactérias.
[IX]
Melhora a Respiração: O esforço das pedaladas
aumenta a frequência cardíaca, melhorando oxigenação dos pulmões e dos tecidos.
[X] Garante boa forma e fôlego de atleta: A prática recorrente do ciclismo tonifica os músculos
das pernas, além de aumentar o desempenho aeróbico e cardiovascular.
POR NOVAS VELOCIDADES URBANAS
A vida na pós-modernidade é muito
rápida: internet liga pessoas a quilômetros de distância, carros queimam sua
gasolina aditivada botando seus cavalos potentes para correr desenfreadamente,
os motoboys cada vez mais apressados para entregar as pizzas. O altruísmo
pregado pelo filósofo francês Augusto Comte em 1880 já foi esquecido em meio ao
corre-corre cotidiano.
A lógica de mobilidade tem sido
dessa maneira, cada vez mais individualizada e sem respeito aos direitos de
quem faz parte do trânsito: carros, motos, ônibus e demais veículos motorizados,
bicicletas, pedestres, pessoas com mobilidade reduzida etc. Mas, se de repente,
você descobrisse que em meio aos motores do transporte existe uma cidade
cheia de riquezas e maravilhas?
É isso que o projeto “Cidade
para Pessoas” tenta despertar nas pessoas: uma nova forma de
se relacionar com a cidade. Com isso se espera tornar as cidades mais
humanas e altruísta.
Mas o que isso tem a ver com
mobilidade urbana?
Tudo! Qualidade de vida e
mobilidade estão intrinsecamente ligados. Ter acesso aos produto
culturais, aos serviços públicos, o acesso à cidade, o direito de ir e vir,
tudo passa pela maneira como as pessoas circulam nos espaços urbanos.
Dentro desse sistema as
oportunidade que cada cidadão tem de transitar pelos espaços são reduzidas a
medida que são impostos os meios disponíveis para isso, seja carro, moto,
bicicleta ou a pé. Possibilitar ao cidadão, portanto, a escolha de que percurso
fazer ou de que maneira se relacionar com a cidade justifica a necessidade de
implementação de políticas públicas de mobilidade urbana.
A articuladora do Nossa São Luís, Socorro Costa, destaca a relação entre
mobilidade e cidade: “você vive a cidade! Uma coisa que quem está no ônibus ou
em um carro não vive: ela ouve música, lê um livro, se estressa por causa do
trânsito; acaba que as pessoas não conseguem
enxergar a cidade. Uma cidade onde as pessoas não enxergam-a é muito
mais difícil pensar políticas públicas. Além disso, a segurança melhora a
partir da circulação das pessoas na cidade”.
A Mobilidade Urbana ainda é um
desafio para a maioria das cidades Brasileiras. A grande maioria delas foi
construída sem planejamento e sem projeção de crescimento, o que hoje tornou os
ambientes urbanos uma “panela de pressão” prestes a explodir de tão cheia.
Se
pensarmos que uma bicicleta ocupa bem menos espaços que um carro, uma moto
ou um ônibus, e gera impacto quase zero ao ambiente, já passaremos a
compreender que mobilidade urbana não se resume a oferecer transporte público
ou condições econômicas para aquisição de automotores, sim de se pensar a ciclomobilidade dos espaços urbanos,
com ´ciclovias, faixas para pedestres, passarelas, sinalização e incentivo
fiscal.
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