[1] ÁLBUM MARANHÃO EM 1908.
Texto
Facebook: Álbum de fotos encomendado ao fotógrafo GAUDÊNCIO CUNHA pelo Governador do Maranhão na época, Dr. Benedito
Leite. O documento representou o Estado na Exposição Nacional realizada no Rio
de Janeiro em 1908. É graças a este documento que podemos ver como era o
Maranhão naquela época, essas fotografias são raridades. Existe apenas um
exemplar deste Álbum que encontra-se no Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
[2] Ronald Almeida Silva, 03dez2015. AVISO AOS
NAVEGANTES:
Esse registro de autoria é de fundamental importância,
pois muitos profissionais aproveitam as excelentes e raras fotos de GAUDÊNCIO
CUNHA para reproduzir em variados projetos contemporâneos (gráficos, livros,
decorativos, pôsteres, ambientação etc.) e nem sempre têm o cuidado de citar a
fonte original.
[3] Por que 1908?
Foi o ano do “Centenário da Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas”,
ato original de Dom João VI. Para tal comemoração, [foi organizada uma
Exposição Internacional, quando] construíram-se grandiosos pavilhões nas
proximidades da Praia Vermelha, na Urca.
Desses pavilhões, somente um foi preservado
integralmente: o Pavilhão dos Estados,
ocupado atualmente pelo Museu das Ciências da Terra. O térreo e o primeiro pavimento
do Pavilhão do Estado de Minas Gerais foram utilizados para a construção da
Escola Municipal Minas Gerais. Os demais pavilhões foram derrubados após a
exposição. Também para comemorar a data, foi construído um monumento na Praia
do Russel, no bairro da Glória. O monumento era constituído por uma amurada e
por duas estátuas femininas representando o comércio e a navegação.
[4] GAUDÊNCIO
RODRIGUES DA CUNHA
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaud%C3%AAncio_Rodrigues_da_Cunha
Foto: Estabelecimento da Photographia União em São Luís, MA; 1908
Gaudêncio Rodrigues da Cunha (Pará, ? -
São Luís, 1920[1]
) foi um fotógrafo paraense que viveu entre as décadas de 1890 e 1920 no Maranhão, estado do qual fez
importantíssimos registros fotográficos. Gaudêncio ficou conhecido pela
publicação do álbum Maranhão
1908, que possui mais de 150 fotografias de São Luís e do interior
maranhense, encomendado pelo então governador Benedito Leite para a divulgação do estado na Exposição
Nacional de 1908 no
Rio de Janeiro.
O
primeiro ateliê fotográfico de Gaudêncio Cunha em São Luís foi a Photographia União, inaugurada
em 29 de agosto de 1895 e localizada na Rua da Cruz, nº 47, no Centro
Histórico. A Photographia
União foi transferida para a
Rua do Sol, nº 30 em 1899.[2]
Referências
2. SILVA FILHO,
José de Oliveira da. Tramas do Olhar: a arte de inventar a cidade de São Luís
do Maranhão pela lente do fotógrafo Gaudêncio Cunha. Fortaleza. 2009. p. 27
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Autoria de Álbum do Maranhão
em 1908 é colocada em dúvida
Pesquisa do historiador Antonio Guimarães revela que a
produção de Gaudêncio Cunha, na verdade, foi feita pelo irmão dele Cândido
Cunha
Fonte: Jornal O Estado do MA; José Reinaldo Martins; Especial
para o Alternativo; terça-feira, 4 de dezembro de 2012
http://maranhaomaravilha.blogspot.com/2012/12/autoria-de-album-do-maranhao-em-1908-e.html
Acesso RAS 2018-08-31
O historiador ANTONIO GUIMARÃES OLIVEIRA, cuja obra São
Luís: memória e tempo foi sucesso de vendagem na Feira do Livro de São Luís
deste ano, apresentou um resultado surpreendente de minuciosa pesquisa
realizada nos últimos 10 anos.
Ele garante que o ÁLBUM DO MARANHÃO EM 1908, maior
acervo iconográfico de imagens antigas do Maranhão, não foi elaborado pelo
fotógrafo GAUDÊNCIO CUNHA, como todos pensam, mas, pelo irmão, CÂNDIDO CUNHA.
A afirmativa de Antonio Guimarães Oliveira tem como lastro
detalhado levantamento, na área de História da Fotografia, empreendido em
várias cidades e diversos acervos. Ele participou de leilões de fotografia,
exposições, pesquisou em arquivos públicos e particulares de várias cidades,
principalmente em São Luís, Rio de Janeiro e São Paulo. Consultou
colecionadores do Brasil e do exterior, entre os quais os consagrados Daltoso,
Belchior e Raimundo Antônio Pereira.
O resultado da pesquisa permitiu que ele elaborasse o álbum
São Luís: memória e tempo, a publicação mais vendida e comentada da feira. O
trabalho inclui cerca de 5 mil imagens de São Luís, entre fotografias e
tipografias e chama a atenção por reunir imagens de várias épocas da cidade,
sendo aproximadamente 60 por cento inéditas.
O álbum está quase esgotado. O plano é lançar uma segunda
edição com mais imagens. Professor da rede pública estadual, locado no Centro
de Ensino de Educação Especial João Mohana, Antonio Guimarães Oliveira tem
fotografias que não incluiu nessa primeira edição.
Entre as imagens, mapas antigos do Maranhão e,
principalmente, representações de São Luís, desde a sua fundação. Há muitas
fotografias panorâmicas, aéreas e de detalhes. As iconografias reproduzem
momentos da cidade que remontam a sua fundação. A maioria, contudo, é resultado
de trabalho realizado por fotógrafos, a partir da segunda metade do século XIX
e no século XX.
Das ruas e praças da São Luís Imperial e das primeiras
décadas da República, passando pelos desfiles de 7 de Setembro na Rua do Egito,
na década de 1970, o Clube Social Jaguarema, que havia na área do Anil, ao
casarão que ficava onde é hoje o Edifício Colonial (próximo ao Teatro Arthur
Azevedo), o álbum passeia pela paisagem histórica da capital maranhense.
Entre os créditos e autorias, destaque para as livrarias:
[1] A. P. Ramos de Almeida (ficava na Rua da Palma,
{2] Livraria Moderna, a Coleção da Revista do Norte, Armazém
Teixeira, entre outros.
Os suportes das imagens e os autores são diversos, incluíndo
pintores, como Leone Righini, os fotógrafos Dreyfus Azoubel e os irmãos Cândido
e Gaudêncio Cunha.
QUEM FEZ O ÁLBUM MA 1908?
Com relação ao Album do Maranhão em 1908, Antonio Guimarães
reassalta que foi elaborado por Cândido da Cunha, pois, Gaudêncio Cunha estava
fora de São Luís, desde 1904, em tratamento de uma moléstia identificada como
bexiga e só retornou a São Luís em 1908, quando o álbum já estava concluído
pelo irmão.
Cândido, irmão de Gaudêncio, era um dos vários artífices que
integravam a equipe da Photographia União, de Gaudêncio Cunha, onde também,
vários profissionais da cidade eram convocados para prestar serviço, inclusive
na elaboração do álbum.
A base principal das interpretações de Antonio Guimarães são
informações captadas em atas (balaustres) ao qual teve acesso na Loja Maçônica
Renascença Maranhense, de São Luís, da qual Cândido e Gaudêncio Cunha faziam
parte.
Quando Gaudêncio Cunha saiu de São Luís, em 1904, em busca
de tratamento, deixou seu irmão, Cândido Cunha, à frente das atividades da
Photographia União. Ao retornar para a cidade, o álbum já estava concluído. Mas
a autoria permaneceu com Gaudêncio, que era o mentor do atelier. A interpretação
de Antonio Guimarães promete provocar muitas polêmicas.
Gaudêncio Cunha foi um fotógrafo do Pará que trabalhou em
São Luís na última década do século XIX até por volta de 1919/1920, período em
que manteve a Photographia União. O álbum foi uma encomenda do Governo do
Maranhão, na gestão de Benedito Leite, para ser uma das peças representantes do
estado na Exposição Nacional de 1908, promovida pelo Governo Federal em
comemoração aos 100 anos da Abertura dos Portos às Nações Amigas.
Há somente um exemplar que faz parte do acervo do Museu
Histórico e Artístico do Maranhão. Na década de 1980, pensando em preservar
este importante acervo e difundi-lo, o escritor Jomar Moraes conseguiu
viabilizar a sua reprodução. Outra reprodução foi realizada, já neste século,
pelo estúdio do fotógrafo Edgar Rocha.
Vários pesquisadores estão interpretando o álbum. Em algumas
imagens, com as das praças João Lisboa e Deodoro, a cidade parece ser outra.
Na área central da Deodoro, por exemplo, em frente e na área
da Biblioteca Benedito Leite, havia um quartel e nas proximidades de onde está,
hoje, o relógio abandonado da Praça João Lisboa havia um chafariz.
Historiadores, antropólogos, artistas, fotógrafos e
sociólogos apresentam versões sobre a obra, que tem muito a dizer sobre o
passado de São Luís, do Brasil e do mundo. Um exemplo é o fotógrafo Albani
Ramos, que fez o álbum São Luís, 1908 a 2008 a cidade no tempo, no qual coloca,
lado a lado, imagens de São Luís que estão no álbum de 1908 e fotografias dos
mesmos locais colhidas por ele em 2008.
O álbum reflete o momento da Belle Époque, na qual Paris era
a cidade referência com suas largas avenidas. Era o tempo de grandes invenções
e das revoluções no campo da pintura.
São Luís, contudo, tinha aspectos dos tempos coloniais e do
Império, com ruas estreitas. No início do século XX, os então modernos bondes
elétricos já rodavam em grandes centros urbanos do mundo. Os trilhos eram um
símbolo de progresso, mas, em São Luís, circulavam, em trilhos, os lentos
bondinhos puxados a burro. Cidades como o Rio de Janeiro estavam passando por
grandes transformações urbanísticas, com o surgimento de largas avenidas e este
era o espírito presente na Exposição de 1908.
No álbum, as ruas estreitas e coloniais de São Luís foram
redimensionadas, na medida do possível, e a cidade parece mais larga. O álbum
realçou São Luís espaçosa como a época pedia para apresentá-la na exposição de
1908, um tempo em que os largos bulevares parisienses eram o modelo ideal.
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dissertação; tese ou reportagem). Os mencionados adendos ortográficos foram
acrescidos meramente com intuito pedagógico de facilitar a leitura, a
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA,
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e-mail: ronald.arquiteto@gmail.com
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Excelente artigo.
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