segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

[824] O RIO PARNAÍBA, SUA MARGEM ESQUERDA E O PARQUE NACIONAL DAS SUAS NASCENTES. Ronald Almeida. SLZ-MA. 06jan2020.




O RIO PARNAÍBA, SUA MARGEM ESQUERDA E O PARQUE NACIONAL DAS SUAS NASCENTES: um imenso desafio de gestão e de preservação para maranhenses e piauienses.

Ronald de Almeida Silva
Arquiteto Urbanista CAU-BR A.107.150-5
São Luís, MA, ALEMA, 27ago2015
Revisão_06: 2020-01-06

Rio POTY, afluente da margem direita e a cidade de Teresina.

PARTE 1:

O Rio Parnaíba, conhecido como "Velho Monge", é um dos rios mais importantes do país, na divisa dos estados do Maranhão e do Piauí. Etimologicamente, o termo vem da língua tupi e significa "mar ruim", através da junção dos termos paranã e aíb.


Ao longo da História de mais de 400 anos, os dirigentes políticos, pesquisadores, agricultores, fazendeiros e empresários do estado do Maranhão deram pouca ou nenhuma importância ao tesouro hídrico que limita geopoliticamente seu território nas divisas Nordeste, Leste, Sul: o Rio Parnaíba.

Esse Rio Parnaíba, que é considerado como o quinto maior em extensão do país, o extenso curso d’água de quase 1.500 km (navegável em boa parte), foi sempre um dadivoso fornecedor de água para tudo; uma força logística gerando energia e viabilizando hidrovia; um mentor cultural e ambiental de milhões de pessoas que vivem ou viveram ao longo dos tempos em suas margens e áreas de influência socioeconômica, num vale que totaliza quase 326.000 km², hoje com uma população de 5 milhões de habitantes residentes em 279 municípios em 3 estados: MA-PI-CE.


Em 2002 foi criado o PARQUE NACIONAL DAS NASCENTES DO RIO PARNÁIBA, conforme Decreto s/nº. 16 de julho de 2002. Outro importante passo para a preservação ambiental e a segurança hídrica da região que os habitantes da margem esquerda parecem ignorar, pois nenhuma ação consistente tem sido feita até o momento para divulgar e proteger esse parque nacional. Através da LEI federal nº. 13.090, de 12/01/2015, de origem do PODER LEGISLATIVO, foi redefinido o perímetro do PNNRP.


Em 2006 a CODEVASF anunciou a elaboração e publicou o PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO - PLANAP DA BHRP - BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA. Trata-se de um alentado e valioso trabalho de pesquisa e planejamento de alto nível que deveria ser de interesse especial para todos os maranhenses residentes em 35 municípios da MARGEM ESQUERDA; e para os piauienses em 220 municípios e alguns milhares de cearenses nos 20 municípios situados na MARGEM DIREITA do RIO PARNAÍBA.


O PLANAP foi apresentado pela CODEVASF e debatido na Assembleia Legislativa do Maranhão em 2006 sob a Presidência do Dep. JOÃO EVANGELISTA, idealizador do PROGRAMA ÁGUAS PERENES, como contribuição do Poder Legislativo do Maranhão às iniciativas da DÉCADA MUNDIAL DA ÁGUA 2005-2015, na forma estabelecida pela ONU.


Segundo a CODEVASF o RIO PARNAÍBA e sua bacia hidrográfica tem as seguintes características:
“São mais de 1.400 km que atravessam diferentes biomas – como o Cerrado, a Caatinga e o Costeiro: esse é o rio Parnaíba, principal artéria de uma das mais importantes regiões hidrográficas do Nordeste do Brasil, ocupada pelos estados do Piauí, Maranhão e Ceará.
O Rio Parnaíba tem suas origens na Serra da Tabatinga, que limita o Piauí com a Bahia, Maranhão e Tocantins. As nascentes se formam a partir de ressurgências na Chapada das Mangabeiras, as quais originam os cursos dos rios Lontras, Curriola e Água Quente - que, unidos, formam o rio Parnaíba. Seus principais afluentes são alimentados por águas superficiais e subterrâneas, destacando-se os rios Balsas, Gurgueia, Piauí, Canindé, Poti e Longá.
O VALE DO PARNAÍBA possui uma superfície de 325.834,80 km², abrangendo 279 municípios e uma população de 4.800.934 pessoas (IBGE, 2011).
Dos municípios, 240 possuem a totalidade de sua área territorial inserida no Vale, e os demais 39 encontram-se parcialmente inseridos.
Uma das características da bacia é o grande contingente populacional vivendo na área litorânea, em especial no centro sub-regional representado pela cidade de Parnaíba.
A região hidrográfica do Parnaíba foi dividida em três grandes sub-bacias – Alto Parnaíba, Médio Parnaíba e Baixo Parnaíba -, e em quatro macrorregiões: do Cerrado, do Semiárido, do Meio Norte e do Litoral.”


Em 2015, retomou-se se a discussão no Maranhão mediante articulação da Comissão Parlamentar Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALEMA – Assembleia Legislativa do Maranhão, com entes do governo do estado e órgãos técnicos federais.




Antes tarde do que nunca. Seguem informações sobre essas providências. Esperamos assim que os habitantes da MARGEM ESQUERDA do rio Parnaíba, ao longo de seus quase 1.500 km de extensão, se unam aos irmãos piauienses da MARGEM DIREITA e com apoio da CODEVASF implementem o Plano apresentado à sociedade brasileira em 2006.


Esperamos que esse esforço ajude a preservar não só as matas ciliares, como as fontes de energia, alimentos e transporte hidroviário, assim como as nascentes do Rio Parnaíba, esse tesouro hídrico, promovendo o desenvolvimento sustentável nos 326.000 km² dessa Bacia Hidrográfica de importância estratégica como um permanente e virtuoso elo de ligação entre os 3 Grandes Biomas Nacionais: Cerrado, Amazônia e Semiárido.





Ronald de Almeida Silva
Arquiteto Urbanista CAU-BR A.107.150-5
São Luís, MA, ALEMA, 27ago2015
Revisão_06: 2020-01-06

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PARTE 2:


CARTA COMPROMISSO EM PROL DA BHRP -BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA:
“DIALÓGO DAS ÁGUAS 2015-2030”

São Luís, MA. Agosto 2015. (1ª versão)
Revisão 03: Janeiro 2020.

PROPOSTA TÉCNICA DE CARTA COMPROMISSO À CMADS - COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ALEMA - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO MARANHÃO.

A)   APRESENTAÇÃO:
1)    HISTÓRICO: (CODEVASF) Nicolau Resende descobriu o rio Parnaíba por volta de 1640. A descoberta aconteceu por acaso, em decorrência de um naufrágio próximo à foz. Historicamente conhecido como o Delta do Parnaíba, hoje é muito visitado pelo seu riquíssimo ecossistema, constituído por dunas, florestas, manguezais e extensas praias, além de sua exuberante fauna composta por espécies de jacarés-do-papo-amarelo, garças, macaco-prego, caranguejo-uçá e outras diversas espécies aquáticas. O rio Parnaíba nasce na chapada das Mangabeiras, a quase mil metros de altura e percorre toda a divisa do estado do Piauí com o Maranhão, em uma extensão de 1.485 km. Desempenha um importante papel no desenvolvimento socioeconômico dos Estados do Piauí e Maranhão pelas oportunidades econômicas que vão desde o potencial turístico até a riqueza de sua peculiar biodiversidade. Suas águas também fornecem energia, que é transformada em eletricidade na Usina de Boa Esperança.
2)    O RIO PARNAÍBA é considerado o quinto maior em extensão do Brasil e o maior do Nordeste. O RIO PARNAÍBA e sua bacia hidrográfica têm as seguintes características (conforme dados da CODEVASF):
1.1.                     O curso d’água tem 1.485 km de extensão que atravessam diferentes biomas – como o Cerrado, a Caatinga e o Costeiro.
1.2.                     O RIO PARNAÍBA é a principal artéria de uma das mais importantes regiões hidrográficas do Nordeste do Brasil, ocupada pelos estados do Piauí, Maranhão e Ceará.
1.3.                     O RIO PARNAÍBA tem suas origens na Serra da Tabatinga, que limita o Piauí com a Bahia, Maranhão e Tocantins.
1.4.                     As nascentes se formam a partir de ressurgências na Chapada das Mangabeiras, nas quais originam os cursos dos rios Lontras, Curriola e Água Quente – dando origem ao RIO PARNAÍBA.
1.5.                    Seus principais afluentes são alimentados por águas superficiais e subterrâneas, destacando-se os rios Balsas, Gurgueia, Piauí, Canindé, Poti e Longá.
1.6.                     O VALE DO RIO PARNAÍBA possui uma superfície de 325.834,80 km², abrangendo 279 municípios e uma população de 4.800.934 pessoas (IBGE, 2011).
1.7.                     Dos 279 municípios, 240 possuem a totalidade de sua área territorial inserida no Vale, e os demais 39 encontram-se parcialmente inseridos - ou seja, seus territórios extrapolam os limites ou divisores da bacia hidrográfica estabelecidos.
1.8.                     Uma das características da BACIA DO RIO PARNAÍBA é o grande contingente populacional vivendo na área litorânea, em especial no centro sub-regional representado pela cidade de Parnaíba.
1.9.                    A região possui a única capital fora da área litorânea do Nordeste, a cidade de Teresina, situada às margens do rio Parnaíba.
1.10.               A REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PARNAÍBA foi dividida em três grandes sub-bacias:
i.        Alto Parnaíba,
ii.      Médio Parnaíba e
iii.    Baixo Parnaíba (junto a foz no Delta do Rio Parnaíba)
1.11.                Essa REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PARNAÍBA foi subdividida em quatro macrorregiões:
i.        Região do Cerrado
ii.      Região do Semiárido
iii.     Região do Meio Norte e
iv.    Região do Litoral.

1.12.         Em 2002 foi criado o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, conforme Decreto s/nº. 16 de julho de 2002. Outro importante passo para a preservação ambiental e a segurança hídrica da região que os habitantes da margem esquerda [leia-se, estado do Maranhão] parecem ignorar, pois nenhuma ação consistente tinha sido feita até então para divulgar e proteger esse manancial cuja área de influencia foi transformada em parque nacional.

3)    CARACTERÍSTICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA
ESTADO
Área na bacia em km²
% em cada estado
Área total do Estado em km²
% do estado incluído na bacia
Nº de municípios inseridos na BHRP
PIAUÍ
249.561,4
75,23
251.529
99,2
220
MARANHÃO
65. 315,6
19,69
331.983
19,7
35
CEARÁ
16. 865,2
5,08
148.826
11,3
20+4
TOTAL
331. 742,20
100
732.338
100
279

4)    PROPOSTA DE AÇÃO DA CMADS:
1.13.               Tendo em vista os seguintes elementos, prioridades e considerando a imperiosa necessidade de se fortalecer amplas relações institucionais e intersetoriais, que estabeleçam parcerias consistentes com o poder público, empresas privadas, comunidades locais, universidades e sociedade civil organizada, no âmbito da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba;

1.14.               Considerando, a urgência em se definir um conjunto de políticas públicas em atenção às reiteradas demandas da sociedade para o aperfeiçoamento e consolidação prioritárias da Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433/97;

1.15.               Considerando que a CODEVASF já elaborou um amplo e detalhado Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Rio ParnaíbaPLANAP (Projeto CODEVASF / OEA / BRA / 02 / 001), tornado público em 2006, com objetivo do promover o desenvolvimento sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, visando ao crescimento da economia regional e à melhoria da qualidade de vida da população.

1.16.               Considerando a urgência de se integrar os estudos do Macro Zoneamento Ecológico-Econômico do Maranhão - ZEEMA (SEPLAN-MA & EMBRAPA) e do PLANAP 2006 (CODEVASF), visando a aprimorar a produção cartográfica, delimitação geopolítica municipal e dados estatísticos geoambientais, com a colaboração do IMESC (SEPLAN-MA) e do NuGeo / LabGeo (UEMA);

1.17.               Considerando as recorrentes evidências nacionais e mundiais referentes à falta de Segurança Hídrica, em especial aos graves problemas enfrentados recentemente no estado de São Paulo e centenariamente no Nordeste;

1.18.               Considerando a extraordinária importância dos recursos hídricos da BHRP para os 279 municípios de 3 estados (e seus mais de 4 milhões de habitantes), em especial para provimento de água potável para essa população, para a dessedentação de animais; para a agricultura familiar, o agronegócio e a agroindústria; para as atividades de revitalização das matas ciliares e o programa de desenvolvimento florestal; e para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, conforme Planos e Programas da CODEVASF, ANA, CPRM, EMBRAPA e outros órgãos públicos;

1.19.               Propomos que a CMADS consigne em uma CARTA DE COMPROMISSO EM PROL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA, os seguintes objetivos:
a)     Identificar, estabelecer e consolidar parcerias que reflitam, em todos os níveis, ações sustentáveis dos entes públicos, civis, comunitários, empresariais e acadêmicos, referentes à gestão compartilhada da BACIA HIDROGRÁFICA DO PARNAÍBA;
b)    Integrar, desenvolver e fomentar linhas de ações articuladas e direcionadas, como intuito de intensificar parcerias entre os entes envolvidos maximizando esforços e otimizando resultados- evitando superposições desnecessária criando ações conjuntas interestaduais, em estrita parceria com a CODEVASF, em prol do desenvolvimento equitativo da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba;
c)     Desenvolver calendários de atividades sustentáveis, planejamento estratégico com programas e projetos, que visem a Gestão Compartilhada da BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA, priorizando os seguintes pontos:
1.     Revisar os marcos reguladores legais e institucionais da Política Nacional de Recursos Hídricos de modo a garantir a efetivação, nos próximos doze meses, do Comitê da BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA;
2.     Desenvolver capacitação com vistas à elaboração e aperfeiçoamento de estudos, bases cartográficas, zoneamento, banco de dados compartilhados, entre outros instrumentos de forma a estabelecer a viabilidade técnica para a gestão compartilhada da BH-RP;
3.     Difundir e promover em todos os municípios da BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA os preceitos de Responsabilidade Social e de Educação Ambiental através de campanhas individuais e coletivas, promovidas por prefeituras, empresas, entidades não governamentais, organizações da sociedade civil e outros;
4.     Criar um GT – Grupo de Trabalho especial (com escopo específico) visando a editar site e publicar em múltiplas mídias, as cartografias, resultados de estudos, normas e manuais, de forma didática e pedagógica como forma de democratizar o acesso à informação sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, na forma da Lei Federal de Acesso à Informação nº 12.257/11.

5)    CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO MARANHÃO.

No Maranhão a Gestão de Recursos Hídricos está vinculada à SEMA - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais que tem entre outras atividades a implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, que tem por objetivo:
i.       Coordenar a gestão integrada e descentralizada das águas;
ii.     Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
iii.   Implementar a Política Estadual de Recursos Hídricos;
iv.   Planejar, regular, coordenar e controlar o uso, a preservação e a recuperação de recursos hídricos do Estado;
v.     Promover a outorga e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos.

Ainda fazem parte da gestão o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e os Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios Mearim e Munim.

Ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão deliberativo e normativo central do SEGRH-MA compete:
Ø Estabelecer os princípios e as diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos a ser observados pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos e pelos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas;
Ø Aprovar proposta do Plano Estadual de Recursos Hídricos; decidir os conflitos entre comitês de bacias hidrográficas;
Ø Atuar como instância de recursos nas decisões dos comitês de bacias hidrográficas.

6)    CONCLUSÕES:
Senhores Deputados,
Recomendamos à CMDS-ALEMA a realização dos estudos pertinentes e o envio de proposição de projeto de lei visando a criação de um órgão autárquico voltado para à gestão de recurso hídricos no estado do Maranhão a exemplo que ocorre em outros como Ceará e Minas Gerais.

Essa sugestão decorre de uma incipiente gestão de recursos hídricos pelo órgão gestor do Estado, principalmente por falta de massa crítica profissional, de pesquisas permanentes e de acervo técnico adequado na SEMA.

Assim, esse órgão, ficará responsável por toda a política e gestão de recursos hídricos no estado e integrará ao Sistema de gestão de recursos hídricos do Estado.  

Por outro lado, Senhores Deputados, essas contribuições não se esgotam uma vez que, é complexa a gestão dos recursos hídricos em nosso Estado e em todo país.

Finalmente, colocamo-nos à disposição da CMDS, com vistas a um melhor entendimento e compreensão.

Atenciosamente

Oiama Cardoso Filho
Economista, Professor e Consultor Ambiental
email: cardosooiama@yahoo.com

Ronald de Almeida Silva
Arquiteto urbanista FAU-UFRJ 1972; CAU-BR-A.107.150-5





FOZ DO RIO PARNAÍBA NO DELTA JUNTO AO OCEANO ATLÂNTICO. MERECE SER UM PARQUE NACIONAL.



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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, Brasil desde 1976.
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972 / Registro profissional CAU-BR A.107.150-5
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