FOTO1: Xangai, o centro financeiro da China. [WIKIPEDIA]
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ECONOMIA DA CHINA [MODERNA]
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Acesso RAS 2018-11-22
ECONOMIA
DA REPÚBLICA
POPULAR DA CHINA
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Moeda
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1 yuan =
10 Jiao = 100 Fen
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ano calendário
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Blocos comerciais
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Estatísticas
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$ 12,24 trilhão (2ª -
nominal)[1]
$ 23,2 trilhões (1ª - PPC)[2] |
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Variação do PIB
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PIB per capita
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US$ 16 624 (PPC) (2017)
US$ 8 643 (nominal) (2017) |
População abaixo da linha de pobreza
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13,4% (2011)
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40,0 (2018)
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Força de trabalho total
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803,6 milhões (2017)
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Força de trabalho
por ocupação |
agricultura (34,8%), indústria (29,5%),
serviços (35,7%) (2011)
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Principais indústrias
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aço, ferro, alumínio, entre outros metais; carvão, maquinaria, têxtil e vestuários em geral; petróleo, cimento, produtos químicos e fertilizantes; bens de consumodiversificados,
incluindo brinquedos, calçados e eletrônicos; processador de alimentos, naval, aeroespaciais em
geral e equipamentos para
telecomunicações;
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Exterior
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Exportações
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US$ 2,26 trilhões (2017)[5]
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Produtos exportados
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Equipamentos de escritório e de
processamento de dados, equipamentos de telecomunicações, equipamentos
elétricos, tecidos e vestuário, outras manufaturas
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Principais parceiros de exportação
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Estados Unidos (16,7%), Hong Kong(17,4%), Japão (6,8%), Coreia do Sul(4,1%), Alemanha (4%) (2013)
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Importações
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US$ 1,84 trilhões (2017)[5]
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Produtos importados
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Equipamentos elétricos (174,8), Petróleo
e derivados (84,1), Instrumentos profissionais e científicos (48,6), Minérios
metálicos (44,0), Equipamentos de escritório e de processamento de dados
(40,7)
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Principais parceiros de importação
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Japão (14%), Coreia do Sul (9,4%), Taiwan (8,3%), Estados Unidos(7,8%), Austrália (5%), Alemanha(4,8%) (2013)
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Dívida externa bruta
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$ 1,42 trilhões(31 de março de 2017)[6]
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Finanças
públicas
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Receitas
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$ 2,94 trilhões (est. 2018)
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Despesas
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$ 3,46 trilhões (est. 2018)
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Fonte
principal: The World Factbook[7]
Salvo indicação contrária, os valores estão em US$ |
A economia da República
Popular da China é a segunda maior do mundo (PIB Nominal),
superada somente pelos Estados Unidos.[8] Seu produto interno bruto é
estimado em US$ 14,941.148 (dados de 2018),[9]enquanto seu poder de compra PIB
(PPP) foi calculado em 2018 em pouco mais de US$22,641.047 trilhões,[9] mais do que qualquer outro país no mundo, superando
a União Europeia e
os Estados Unidos.
A China é a nação com o maior crescimento
econômico dos últimos 25 anos no mundo, com a média do
crescimento do PIB em torno de 10% por ano.[10]
A renda per capita da China tem
crescido cerca de 8% ao ano em média nos últimos 30 anos e mais 15 em média aos
25 anos de exportação, que reduziu drasticamente a pobreza no país, mas este
rápido crescimento trouxe grandes desigualdades na distribuição de renda.[11]
A renda per capita do
país está classificada como mediana a baixa, se comparada com os padrões
mundiais, e está em cerca de 3.180 dólares
por pessoa (nominal, 104º numa lista de 178 países/economias), e em 5.943 dólares por pessoa (PPP, 97º numa
lista com 178 países/economias) em 2008, de acordo com o Fundo
Monetário Internacional (FMI).
Apesar de ser o terceiro
país com maior extensão territorial do mundo, a China é altamente
pobre em recursos naturais,
e, apesar de ter cerca de 20% da população mundial vivendo dentro de suas
fronteiras, o seu papel dentro da economia mundial foi relativamente
pequeno por mais de um século.
Porém, desde o final de 1978, o governo chinês reformou a
economia do país, que passou de uma economia planificada
centralizada com base soviética, que era bastante fechada
ao comércio
internacional, para uma economia de mercado que
tem um setor privado em
rápido crescimento e um forte setor estatal, fazendo sua economia desempenhar
um papel fundamental na economia global.
Desde que foram introduzidas, estas
reformas ajudaram milhões de pessoas a saírem da pobreza, cujo índice encolheu de 53% em 1981,
para apenas 13,4% em 2011.[12] O governo chinês chama o seu
sistema econômico de "socialismo
com características chinesas", mas o que isso realmente
significa é disputado.
Alguns o consideram como uma economia mista, outros o consideram como capitalismo.[13] Embora apenas um terço da
economia seja controlado pelo estado, os setores que são estatalmente
controlados são as maiores e mais importantes indústrias do país.
As
estimativas variam sobre a porcentagem da composição do setor privado no PIB.
Segundo a OECD, o setor privado chinês domina 59,9% do
PIB.[14]
A revista The Economist cita que entre os anos de
1995 a 2001, o número de empresas pertencentes ou controladas pelo Estado
diminui de 1.2 milhões para 468 mil e o número de empregos no setor estatal
diminuiu de 36 milhões, de 59% para 32% do total de empregos urbanos.[15]
O setor
público é dominado por 159 empresas estatais sob o controle do
governo central, em setores importantes, tais como o setor de utilidade pública, indústrias pesadas e recursos energéticos.
Estas empresas estatais
possuem e controlam dezenas de milhares de empresas subordinadas. Governos de
cidades, de comunidades e de pequenas povoações também controlam empresas
estatais ou coletivas ao seu nível local.[16]
Desde o final dos anos 2000 e do começo da
década de 2010, as reformas econômicas começaram inicialmente com a mudança do
trabalho na agricultura para
um sistema de responsabilidade familiar, com o
objetivo de sair do sistema de agricultura
coletiva.
A reforma expandiu-se mais tarde para incluir a liberação
gradual dos preços, a descentralização fiscal, o
aumento da autonomia das empresas estatais, que aumentaram o controle das
autoridades governamentais locais, e a implantação de gestores na indústria
para que houvesse um meio de se permitir uma grande variedade de empresas privadas nos ramos de serviços e
de manufatura leve.
Além disso, a reforma
econômica incluiu a fundação de um sistema
bancário diversificado, mas com o domínio avassalador dos
bancos estatais, o desenvolvimento de uma bolsa de
valores, o rápido desenvolvimento do setor privado e a abertura da
economia para o comércio exterior e
para o investimento
estrangeiro.
A China implantou as reformas a um ritmo gradual,
embora haja grande evidência de que o controle do estado aumentou durante a
década de 1990.[17] A reforma econômica também
implantou as condições de igualdade nos
maiores bancos
estatais da China para investidores estrangeiros no mercado
internacional de divisas e no mercados
de bônus durante a década de 2000.
O comércio exterior da China
vem aumentando mais rapidamente do que o seu PIB nos últimos 25 anos.[18]
O crescimento da China vem de
um imenso investimento estatal na infraestrutura e na indústria pesada, e da
expansão do setor privado em
indústrias leves ao invés de simples exportações, cujo papel na economia parece
ter sido grandemente sobre-estimado.[19]
O setor público menor, porém altamente
concentrado, dominado pelas grandes 159 empresas estatais, tem provido
investimentos importantes em utilidades,
na indústria pesada e
nos recursos energéticos,
que facilitaram o crescimento do setor privado e dirigiu os investimentos, a
fundação do crescimento econômico nacional.
A decisão do governo de permitir que a
China seja usada por empresas
multinacionais e empresas não registradas pelo alvará como uma
plataforma de exportação faz do
país um grande competidor entre outras economias de exportação asiáticas, como
a Coreia do Sul,
a Singapura e a Malásia.[20]
A China tem enfatizado o aumento da renda
pessoal total e do consumo, e está introduzindo novos sistemas
de gerenciamento para ajudar no aumento da produtividade. O governo também tem focado o
comércio exterior como um grande veículo para o crescimento da
economia.
A reestruturação da economia e os ganhos efetivos
contribuíram no aumento de mais de dez vezes do PIB desde 1978. Alguns
economistas acreditam que o crescimento da economia chinesa foi subestimado
durante boa parte da década de 1990 e o começo da década de 2000, falhando em
prover suporte para o crescimento dirigido pelo setor privado, além do exagero
na dependência da economia chinesa nas exportações.[21]
Todavia, importantes gargalos continuam
a restringir o crescimento. A energia disponível é insuficiente para
toda a capacidade industrial instalada, desde que os comércios não sejam filial
dos Estados Unidos.[22]
O sistema de transporte está inadequado
para deslocar quantidades suficientes de itens críticos, tais como carvão,[23] e o sistema de comunicação[24] não se enquadra de modo ideal
dentro das necessidades de uma economia do tamanho e da complexidade da China.
Os dois mais importantes setores da
economia têm sido tradicionalmente a agricultura e a indústria, que juntos detêm quase 2/3 da força de trabalho e
produzem mais de 60% do PIB chinês. Os dois setores se diferem em muitos
aspetos. A tecnologia, a produtividade
laboral e a renda avançaram muito
mais rapidamente na indústria do que na agricultura.
A produção agrícola é
vulnerável aos efeitos do tempo, enquanto que a indústria é mais
diretamente influenciada pelo governo. As disparidades entre os dois setores se
combinaram para formar um vão cultural sócio-econômico entre as áreas rurais e
urbanas, que é uma das maiores divisões da sociedade chinesa.
A China é a maior produtora
de arroz e está entre os principais
produtores de trigo, milho, tabaco, soja, amendoim e algodão.
O país é um dos maiores produtores de
vários produtos industriais e minerais, incluindo lã, tungstênio e antimônio, e é um importante produtor de carvão mineral[25] e de petróleo, e vários outros produtos. Seus recursos minerais estão provavelmente
entre os mais abundantes do mundo, mas são apenas parcialmente desenvolvidos.
Apesar da China ter adquirido algumas fábricas de produção dentre
as mais sofisticadas do comércio internacional e de ter construído fábricas
de engenharia avançada, capazes de fabricar
equipamentos cada vez mais sofisticados, incluindo armas nucleares e satélites, a
maior parte de sua produção industrial ainda vem de fábricas ultrapassadas e
pouco equipadas.
O nível de tecnologia e os padrões de qualidade de sua
indústria como um todo ainda são razoavelmente baixos.[26]
Outros grandes problemas concentram-se
na força de trabalho e
no sistema de preços.
O subemprego está presente nas áreas rurais
e urbanas, e o receio de um grande e explícito aumento do desemprego é forte. Os preços de
certas mercadorias importantes, especialmente
as matérias-primas para
as indústrias, e importantes produtos
industriais, são determinados pelo estado.
Na maior parte dos
casos, taxas básicas e fixas de
preços foram implementadas durante a década de 1950 e são
frequentemente incoerentes se comparadas com as demandas e capacidades atuais
de produção.
O aumento da integração da China com a economia internacional e
seus esforços pelo aumento do crescimento, usando forças de mercado para gerir
as alocações domésticas das mercadorias, têm agravado este problema.
Durante os
últimos anos, grandes subsídios foram
implementados dentro da estrutura da formação dos preços, e estes subsídios
cresceram substancialmente durante o final da década de 1970 e durante toda a
década de 1980.[27]
No começo da década de 1990,
estes subsídios começaram a ser eliminados, principalmente devido à admissão da
China na Organização
Mundial do Comércio (OMC) em 2001, que levou o país a se
adequar aos requerimentos de maior liberação econômica e de menor regulação do
mercado.
A transformação econômica chinesa em andamento tem tido um impacto
profundo não somente na China, mas no mundo inteiro, e as reformas de mercado
da China, que foram implementadas durante as últimas três décadas, têm
desencadeado iniciativas individuais e o empreendedorismo, apesar do domínio contínuo
do estado chinês na sua economia.
O país é o 26º no ranking de
competitividade do Fórum Econômico
Mundial.[28]
Papel do governo
Desde 1949, o governo chinês, sob o sistema econômico e político
socialista, tem sido responsável por planejar e por gerenciar a economia
nacional.
No começo da década de 1950, o sistema de comércio exterior chinês
foi monopolizado pelo
estado. Quase todas as empresas chinesas pertenciam ao governo, e o governo controlou
todos os preços de mercadorias importantes, controlou o
nível e a distribuição geral dos fundos de
investimentos, determinou alvos para a produção de grandes empresas,
alocou recursos energéticos,
ajustou os níveis salariais e de emprego, operou o comércio atacadista e varejista e as redes de trabalho, e
comandou a política
financeira e o sistema
bancário.
A partir da metade da década de 1950, o governo
estabeleceu, no interior do país, modelos de agricultura, controlou o nível dos
preços e fixou metas de produção para todos os grandes produtos
agrícolas.
Desde 1978, quando as reformas econômicas foram instituídas, a
participação do governo na economia tem diminuído grandemente.
A produção
industrial de empresas estatais caiu lentamente, embora algumas empresas estratégicas,
tais como a indústria aeroespacial, tenham permanecido sob o controle total do
estado.
Enquanto que a participação do governo no gerenciamento da economia
reduziu e a participação de empresas privadas e forças de mercado
aumentaram, o governo ainda tem uma grande participação na economia urbana.
Com
suas políticas sobre questões, tais como a produção agrícola, o governo ainda
detém uma grande influência no desempenho do setor rural.
[CHINA: MACRODIRETRIZES POLÍTICAS E BUROCRACIA DO PLANEJAMENTO]
A Constituição Chinesa de 1982 especifica
que o estado tem o dever de guiar o desenvolvimento
econômico do país por meio de grandes decisões sobre política e
prioridades econômicas, e que o Conselho de Estado, que exerce o controle
executivo, teria que direcionar as suas atividades para preparar e implementar
o plano econômico nacional
e o orçamento estatal.
Uma grande porção do sistema governamental (burocracia) esta dedicada a
gerenciar a economia num sistema
de hierarquia de comando, com todos os seus 100 ministérios,
comissões, administrações, agências, academias e corporações sob o Conselho do
Estado, que estão concentrados em assuntos econômicos.
Cada setor significativo está supervisionado e controlado por um
ou mais destas organizações, que inclui o Banco Popular da
China, a Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional,
o Ministro das Finanças, e os ministros da agricultura, indústria carbonífera, comércio, comunicações, educação, indústria
leve, indústria metalúrgica, indústria petrolífera, ferrovias, indústria têxtil, recursos hídricos e
da energia elétrica.
Vários aspetos da economia são administrados por departamentos especializados
sob o controle do Conselho do Estado, incluindo a Agência Nacional de Estatísticas da China,
a Administração de Aviação Civil Nacional da China e
a agência de turismo. Cada uma das organizações controladas pelo Conselho de
Estado direciona suas unidades sob a sua jurisdição através de escritórios
subordinados a níveis provinciais e locais.
Todo o processo político envolve extensivo controle e
negociação.[29] As políticas e decisões
econômicas adotadas pela Assembleia
Popular Nacional e pelo Conselho de Estado tem que ser passadas
por organizações econômicas controladas pelo próprio Conselho do Estado, que as
incorpora em planos para vários setores da economia.
As políticas e planos
econômicos são implementados por vários mecanismos de controle direto ou
indireto. O controle direto é exercido por cotas físicas específicas em
designação e por alocações de fornecimento de algumas mercadorias e serviços.
Os instrumentos indiretos - também chamados de "niveladores
econômicos" - operam por meio de intervenção dos incentivos de
mercado. Estas operações incluem a coleta de impostos, o ajuste de preços de produtos e
suprimentos, a alocação de fundo de
investimentos, a monitoração e controle das transações financeiras
do sistema
bancário da China, e alocação de recursos importantes, tais como a
mão-de-obra treinada, energia elétrica, transporte, produção de aço e de produtos
químicos (incluindo fertilizantes).
A principal vantagem de incluir um projeto
num plano econômico anual é que a matéria-prima, o trabalho, os recursos
financeiros e o mercado são garantidos por diretrizes que têm o peso da lei como
plano de fundo.
Porém, na realidade, uma grande parcela da atividade econômica
acaba se desviando do objetivo do plano detalhado, e a tendência geral é que o
resultado do plano econômico fique menos do que o projetado.
Um grande objetivo
da reforma econômica foi reduzir o controle direto do governo e aumentar a
participação do governo em niveladores econômicos indiretos.
Grandes empresas estatais chinesas ainda recebem
dos ministérios planos detalhados que especificam a quantidade de material
recebido e de produtos finais. No entanto, estas corporações têm sido afetadas
de forma crescente pelos preços e por alocações que foram determinados pela
interação de mercado. Além disso, as empresas estatais chinesas foram apenas
indiretamente influenciadas pelo plano central.
Todas as empresas de comércio chinesas estão divididas ao longo
de linhas de planejamento direto (obrigatório), de planejamento
indicativo (implementação indireta de diretrizes centrais),
além de linhas controladas pela força de mercado.
No começo da década de 1980,
durante as primeiras reformas econômicas, as empresas começaram a ter crescente
discrição sobre a quantidade de matérias-primas, sobre as fontes de tais
matérias-primas, e a variedade de produtos manufaturados, além dos processos de
produção.
A supervisão operacional em projetos econômicos desenvolveu-se
primariamente em governos provinciais, municipais e
de condados.
A maioria das empresas industriais estatais, que eram dirigidas ao nível de
província, ou mesmo abaixo, foram regulados parcialmente por uma combinação de
alocações específicas e de controles indiretos, mas essas empresas também
produziram mercadorias que não estavam previstos nos planos, e que foram
vendidas para o mercado.
Recursos importantes e escassos - por exemplo, engenheiros ou aço acabado - podem ter sido designados para este tipo
de unidade em números exatos.
Designações de mão-de-obra e de materiais menos
críticas poderiam ter sido autorizadas de forma comum por meio do plano, mas
arranjos de aprovisionamentos deixaram
tais autorizações sob responsabilidade do gerenciamento empresarial.
Além disso, as próprias empresas têm ganhado independência
crescente em vários setores de atividade. Enquanto que indústrias e serviços
estrategicamente importantes, além da maior parte da construção de grande
escala, continuaram sob o controle direto dos planos, a economia de mercado tem
crescido rapidamente a cada ano assim que engloba mais e mais setores.[30]
No geral, o sistema industrial
chinês contém uma completa mistura de formas de relações. O Conselho de Estado
administra geralmente o controle estrito de recursos que se supõe ser de vital
importância para o desempenho e saúde de toda a economia.
Ademais, a
necessidade de coordenar entidades que estão em diferentes hierarquias
organizacionais causa geralmente uma grande quantidade de regateios e de
construções de consenso.[30]
O consumo tem sido
subjetivado a um limitado grau de influências governamentais diretas, mas é
determinado primariamente pelas forças básicas de mercado, tais como os índices
de renda e pelo preço de mercadorias.
Antes da reforma econômica,
produtos importantes eram racionalizados quando o estoque de tais produtos
ficava muito pequeno, mas durante a década de 1980, a disponibilidade destes
produtos aumentou a um ponto que já não era mais necessário a racionalização,
com a exceção dos grãos, que poderiam também ser regulamentados pelo mercado livre.
Unidades de propriedade
coletiva e o setor agrícola foram regulamentados primariamente por instrumentos
indiretos. Cada unidade coletiva era "responsável pelos seus próprios lucros
e perdas", e os preços dos recursos de entrada, e dos produtos finais,
eram os principais incentivadores da produção.
Grandes mudanças foram feitas para relaxar o controle do estado
no setor agrícola a partir da década de 1970. Os mecanismos estruturais de
implementar os objetivos do estado - as comunas populares e suas equipes e brigadas subordinadas - foram eliminadas
completamente ou grandemente diminuídas.[31]
Os incentivos agrícolas
foram apoiados pelo aumento dos preços dos produtos que eram repassados ao
governo, e pela permissão de vender o excesso de produção para o mercado livre.
Havia, portanto, mais livre escolha para a produção de um determinado produto
agrícola, e foi permitido aos camponeses o aluguel de terras para o seu próprio
trabalho, ao invés de se trabalhar na maior parte da terra cultivável de modo
coletivo.
O sistema de obtenção de cotas (fixadas na forma de contratos) está
sendo desativado, embora o estado ainda possa comprar produtos agrícolas e
controlar os estoques com o objetivo de afetar as condições de mercado.[32]
O comércio exterior é
supervisionado pelo Ministério do Comércio, pela alfândega, e pelo Banco da
China, o dispositivo de intercâmbio estrangeiro do sistema
bancário chinês, que controla o acesso de moeda estrangeira
necessária para as importações.
Desde que as restrições ao comércio exterior
foram reduzidas, houve grandes oportunidades para empresas individuais a
engajar em negociar com empresas estrangeiras sem muita intervenção de agências
oficiais.
Embora o governo continue a controlar a economia de certo modo,
a extensão deste controle foi reduzida pelo volume transparente da atividade
econômica.
Ademais, o conceito da supervisão governamental na economia tem
mudado de um controle direto para um controle mais indireto através da maior
dinâmica econômica.
Economias
regionais
O sistema de transporte subdesenvolvido da
China - combinado com diferenças importantes na disponibilidade de recursos naturais e humanos, além da diferença da infraestrutura industrial - produziu variações
significativas nas economias regionais da China.
O desenvolvimento
econômico foi, de modo geral, superior nas províncias costeiras do que no interior,
e há grandes disparidades na renda per capita entre estas regiões.
As três regiões mais ricas da China estão situadas ao longo da costa sudeste, centrado no delta do Rio das Pérolas, na costa leste, centrado ao redor da foz do rio Yangtzé, e perto do mar de Bohai, na região de Pequim, Tianjin e Liaoning.
Espera-se que o rápido desenvolvimento destas regiões tenha os efeitos mais significativos na economia asiática como um todo, e o governo da China está determinado em remover os obstáculos para acelerar ainda mais o desenvolvimento econômico nestas áreas mais ricas.
As três regiões mais ricas da China estão situadas ao longo da costa sudeste, centrado no delta do Rio das Pérolas, na costa leste, centrado ao redor da foz do rio Yangtzé, e perto do mar de Bohai, na região de Pequim, Tianjin e Liaoning.
Espera-se que o rápido desenvolvimento destas regiões tenha os efeitos mais significativos na economia asiática como um todo, e o governo da China está determinado em remover os obstáculos para acelerar ainda mais o desenvolvimento econômico nestas áreas mais ricas.
Desenvolvimento
A China, cuja economia estava extremamente atrasada antes de 1949, tornou-se novamente um das maiores potências econômicas do mundo, e é o país que tem o maior potencial econômico do mundo.
Entre 1979 e 2001, período
em que as grandes reformas econômicas foram implantadas, a economia chinesa
cresceu num ritmo nunca antes visto.
Após 2001, o ímpeto da economia chinesa
manteve-se. Em 2004, a China fortaleceu-se ainda mais e melhorou o seu
macrocontrole, e a economia cresceu ainda mais depois de 2005. Em 2007, o PIB
chinês cresceu 13%, e as riquezas chinesas somaram quase 23,5 trilhões de yuans,
ou cerca de 3,42 trilhões de dólares.
O governo da China implementa, desde a fundação da República
Popular da China em 1949, planos econômicos de 5 anos. O décimo
primeiro plano econômico de cinco anos está sendo atualmente implementado.
Estratégia
de desenvolvimento em três passos
O objetivo geral de construção econômica da China foi claramente
declarado na Estratégia de Desenvolvimento em Três Passos, que foi anunciado e
implementado em 1987.
O primeiro dos três passos seria dobrar o PIB chinês
relativo a 1980 e garantir a alimentação e o vestuário para todos os cidadãos.
O passo foi completado ainda no final da década de 1980.
O segundo passo seria
quadruplicar o PIB relativo a 1980 em 1999. O passo foi completado antes do
previsto, em 1995.
O terceiro passo foi aumentar o PIB per capita para níveis
de países em desenvolvimento em 2050, ano no qual o governo chinês espera que
toda a população esteja razoavelmente satisfeita com as condições de vida, e
que a modernização do país seja realizada basicamente.
Desenvolvimento
regional
Estas estratégias foram prometidas para as regiões mais pobres
da China, com o objetivo de tentar evitar a ampliação das desigualdades
econômicas e sociais.
·
Desenvolvimento da China Ocidental - tem
como objetivo melhorar a situação econômica das províncias ocidentais através
de investimentos de capital e de desenvolvimento de recursos naturais.
·
Revitalização do Nordeste da China - tem
como objetivo rejuvenescer a base industrial do Nordeste da China. O plano de
estratégia cobre três províncias: Heilongjiang, Jilin e Liaoning.
·
Avalancamento da China Central - tem como
objetivo acelerar o desenvolvimento econômico das províncias centrais da China.
Cobre seis províncias: Shanxi, Henan, Anhui, Hubei, Hunan e Jiangxi.
·
Terceira
Frente - tem como objetivo manter o desenvolvimento econômico
das províncias costeiras do leste e do sudeste da China.
Além destes planos, o projeto Go Global tem
como objetivo incentivar as empresas chinesas a investir no exterior.
Projetos
nacionais importantes
projeto "Transmissão de Eletricidade de Oeste para
Leste", o "Transmissão de Gás de Oeste para Leste, e o "Projeto de Condução de Água de Sul para Norte"
são três projetos governamentais chave que tem como promessa a realinhação
geral do desenvolvimento econômico e de alcançar a distribuição racional de
recursos naturais na China.
O projeto "Transmissão de Eletricidade de
Oeste para Leste" está em pleno andamento e envolvendo recursos
hidroelétricos e carvoeiros no Oeste da China, além da construção de novas
linhas de transmissão de eletricidade para abastecer o leste do país.
A linha
de transmissão de eletricidade do sul, que transmite três milhões de quilowatts hora
de Guizhou para Guangdong, foi completado em setembro de 2004.
O projeto "Transmissão de Gás de Oeste para Leste" inclui 4.000
quilômetros de dutos que cortam 10 províncias, regiões autônomas e municípios,
transportando gás natural para
cidades do norte e do leste da China.
O projeto foi terminado em outubro de
2004 e tem capacidade de transportar 12 bilhões de metros cúbicos por ano.
A
construção do "Sistema de Condução de Água de Sul para Norte" foi
lançado oficialmente em 27 de dezembro de 2002 e a conclusão da primeira fase
está prevista para 2010.
O sistema irá aliviar a séria falta de água no norte
da China e irá realizar uma distribuição racional dos recursos hídricos dos
vales dos rios Yangtzé, Amarelo, Huai e Hai.
Hong Kong
e Macau
De acordo com a política "Um país, dois
sistemas", a economia das ex-colônias europeias, Hong Kong e Macau,
é separada do restante da RPC, e cada um do outro.
Hong Kong e Macau são livres
para conduzir e engajar negociações econômicas com países estrangeiros, tais
como a Organização
Mundial das Alfândegas, a Organização
Mundial do Comércio e o fórum da Cooperação
Econômica da Ásia e do Pacífico, frequentemente sob os nomes Hong
Kong, China, e Macau.
Tendências
Macroeconómicas
A
tabela abaixo mostra a tendência do PIB chinês em preços de mercado, estimados
pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), com valores mostrados em milhões
de yuans.[1][2]
Para comparações de paridade de
poder de compra, a taxa de câmbio do dólar está a apenas 2,05 yuans.
Ano
|
Produto
Interno
Bruto (PIB) |
Taxa
de câmbio
do dólar |
Taxa
de inflação
(2000=100) |
1955
|
91.000
|
2,46
|
-
|
1960
|
145.700
|
2,46
|
-
|
1965
|
171.600
|
2,46
|
-
|
1970
|
225.300
|
2,46
|
21,3
|
1975
|
299.700
|
1,86
|
22,4
|
1980
|
460.906
|
1,49
|
25
|
1985
|
896.440
|
2,93
|
30
|
1990
|
1.854.790
|
4,78
|
49
|
1995
|
6.079.400
|
8,35
|
91
|
2000
|
9.921.500
|
8,27
|
100
|
2005
|
18.308.500
|
8,19
|
106
|
2006
|
21.087.100
|
7,98
|
107,6
|
2007
|
25.730.600
|
7,62
|
112,6
|
Problemas sistemáticos]
O
governo tentou nos últimos anos conter as tensões sociais e os danos ambientes
relacionados com o rápido desenvolvimento econômico, tais como a coleta de
recibos de dívidas públicas de províncias, de negociantes e de pessoas
individuais, a redução da corrupção e de outros crimes
econômicos, sustentar o crescimento de vagas de trabalho adequadas
para dezenas de milhão de pessoas que saem gradualmente das empresas estatais
chinesas, além de migrantes e de novos trabalhadores, e manter flutuante as
grandes empresas estatais,
que não têm participado na expansão vigorosa da economia e que não podem pagar
mais salários e pensões plenos.
Cerca de 50 a 100 milhões
de trabalhadores rurais que estavam sobrando no mercado de trabalho ficaram
desgovernados, entre as pequenas vilas e as cidades, sendo que a maioria estava
tendo apenas uma simples vida sustentada por serviços de remuneração baixa.
A
resistência popular, as mudanças na política central e a perda de autoridade de
líderes rurais têm enfraquecido o programa de
controle populacional.
Outra grande ameaça em longo prazo para o
rápido crescimento econômico chinês tem sido a deterioração do meio-ambiente,
principalmente a poluição do ar e
da poluição da água,
a erosão, a desertificação crescente
e a contínua queda da água potável disponível, especialmente no norte do país.
China tem também perdido continuamente grandes áreas de terra arável devido à erosão e ao
processo de desenvolvimento da infraestrutura.
Outros
grandes problemas concentram-se na força de trabalho e
no sistema de preços.
Há grande subemprego tanto nas áreas urbanas quanto
nas rurais, e o receio dos efeitos disruptivos de um grande e explícito desemprego é forte.
Os preços de mercadorias importantes, especialmente
das matérias-primas industriais
e de grandes produtos industriais,
são determinados pelo estado.
Na maior parte dos casos, as taxas de preço básicas
foram ajustadas na década de 1950 e são frequentemente desarrazoáveis nos
termos das atuais demandas e capacidades de produção.
Ao longo dos anos,
grandes subsídios foram
criados dentro da estrutura de preços, e estes subsídios cresceram
substancialmente durante as décadas de 1970 e 1980.
No começo da década de
1990, estes subsídios começaram a ser eliminados, em grande parte devido à
admissão da China na Organização
Mundial do Comércio (OMC) em 2001, que necessitava de uma maior
liberação e de desregulação econômica.
A transformação em andamento da economia
da China teve profundo impacto, não somente na China, mas em todo o mundo. As
reformas de mercado da China aumentaram a iniciativa individual e o empreendedorismo.[3]
Ambiente regulatório
Apesar
da economia da China ter se expandido rapidamente, o seu ambiente regulatório não a seguiu paralelamente.
Desde as reformas de mercado aberto de Deng Xiaoping, o crescimento dos negócios tem
fugido do controle do governo quanto a sua regulação.
Isto criou uma situação onde os empresários, que enfrentam forte concorrência e poucos erros, quererão tomar medidas drásticas para aumentar as margens de lucro, frequentemente a custo da segurança do consumidor.
Esta questão adquiriu mais proeminência em 2007, com as várias restrições sobre as problemáticas exportações chinesas para os Estados Unidos.[3]
O governo chinês reconhece a gravidade do problema, e concluiu recentemente que 20% dos produtos são subpadronizados ou defeituosos.
Isto criou uma situação onde os empresários, que enfrentam forte concorrência e poucos erros, quererão tomar medidas drásticas para aumentar as margens de lucro, frequentemente a custo da segurança do consumidor.
Esta questão adquiriu mais proeminência em 2007, com as várias restrições sobre as problemáticas exportações chinesas para os Estados Unidos.[3]
O governo chinês reconhece a gravidade do problema, e concluiu recentemente que 20% dos produtos são subpadronizados ou defeituosos.
Inflação
Durante o inverno de 2007-2008, a inflação anual chegou a 7%, subindo para 8,7% em estatísticas para o mês de fevereiro de 2008.
As áreas de alimentos e de
combustíveis foram os setores mais problemáticos, sendo que a carne e gasolina
foram os produtos que impuseram mais dificuldades.
A
falta de gasolina e óleo diesel começou no fim de 2007, devido à relutância
das refinarias petrolíferas de produzirem
combustíveis a preço baixo, determinado pelo estado.
Os preços foram aumentados ligeiramente em novembro de 2007, mas os preços continuaram mais baixos do que a média mundial.
O controle dos preços ficou em efeito em vários produtos e serviços básicos, mas foi ineficiente quando ao preços dos alimentos, que aumentaram 18,2% de novembro de 2006 para novembro de 2007.[
O problema da inflação tem causado preocupações nos mais altos níveis do governo chinês. Em janeiro de 2008, o governo chinês declarou que iria tomar medidas mais severas para o controle da inflação, e que iria punir severamente os responsáveis pelo aumento dos preços.
A produção de carne suína é uma importante peça da economia da China. O consumo per capita é de cerca de um quinto de libra por dia.
O aumento mundial da demanda do sêmen animal, associado com o aumento da produção de etanol do milho, resultou na disparada do preço do porco na China em 2007.
O aumento do custo de produção interagiu de forma negativa com o aumento da demanda do animal, principalmente devido ao aumento da renda per capita.
O governo então subsidiou os preços da carne suína para estudantes e moradores de cidades de baixa renda, e pediu o aumento da produção. A liberação de carne suína dos estoques estatais chegou a ser cogitada.
Os preços foram aumentados ligeiramente em novembro de 2007, mas os preços continuaram mais baixos do que a média mundial.
O controle dos preços ficou em efeito em vários produtos e serviços básicos, mas foi ineficiente quando ao preços dos alimentos, que aumentaram 18,2% de novembro de 2006 para novembro de 2007.[
O problema da inflação tem causado preocupações nos mais altos níveis do governo chinês. Em janeiro de 2008, o governo chinês declarou que iria tomar medidas mais severas para o controle da inflação, e que iria punir severamente os responsáveis pelo aumento dos preços.
A produção de carne suína é uma importante peça da economia da China. O consumo per capita é de cerca de um quinto de libra por dia.
O aumento mundial da demanda do sêmen animal, associado com o aumento da produção de etanol do milho, resultou na disparada do preço do porco na China em 2007.
O aumento do custo de produção interagiu de forma negativa com o aumento da demanda do animal, principalmente devido ao aumento da renda per capita.
O governo então subsidiou os preços da carne suína para estudantes e moradores de cidades de baixa renda, e pediu o aumento da produção. A liberação de carne suína dos estoques estatais chegou a ser cogitada.
Superaquecimento econômico
Outro ponto fraco da economia chinesa é o seu superaquecimento, devido ao seu rápido crescimento nos últimos anos.
As autoridades chinesas negam que a economia chinesa, como um todo, está superaquecendo, embora admitam que certas áreas estão um "pouco fora de controle".
O crescimento recente é o resultado de investimentos de grande escala, que estiveram longe da eficiência em comparação com outros países, como por exemplo a Índia.
De acordo com pesquisas do governo chinês, o nível de retorno de investimento na Índia e mais alto do que o da China, com um maior lapso em comparação com países desenvolvidos.
O sistema tributário também provou-se ser
um problema na estabilização da economia chinesa, com planos de cortes de
impostos sendo atualmente implementados para certos setores da economia, como
por exemplo, para a indústria.
O resultado primário dos cortes de impostos foi o auxílio à redução das disparidades econômicas entre as zonas rurais e urbanas, e o encorajamento das corporações estatais a melhor competir com corporações estrangeiras.
O resultado primário dos cortes de impostos foi o auxílio à redução das disparidades econômicas entre as zonas rurais e urbanas, e o encorajamento das corporações estatais a melhor competir com corporações estrangeiras.
Falta de
mão-de-obra e o aumento dos custos de exportação
Em 2005, houve sinais de maior demanda de mão-de-obra, e os trabalhadores começaram a ser capazes de escolher o emprego que oferecia melhor remuneração e as melhores condições de trabalho.
Isto permitiu que trabalhadores poderiam sair de suas vidas restritivas e dos seus empregos nas fábricas de exportação, que caracterizaram certas regiões industriais, principalmente em províncias como Guangdong e Fujian.
O salário mínimo começou a subir para o equivalente a 100 dólares por mês assim que as empresas estavam necessitando de mais trabalhadores; algumas estavam oferecendo 150 dólares ou mais pela mão-de-obra.
A falta de mão-de-obra foi resultado, em parte, das tendências demográficas, já que a proporção da população em idade produtiva diminuiu como resultado dos restritos controles do planejamento familiar.
O The New York Times reportou
em abril de 2006 que os custos da mão-de-obra chinesa continuam a aumentar e se
estabeleceu a falta de mão-de-obra especializada. As vagas de trabalho na China
para trabalhadores especializados aumentaram para mais de um milhão.
Mesmo os serviços que não necessitam de mão-de-obra especializada estão sofrendo com a falta de força de trabalho; os empregadores tiveram que recorrer a cidades mais interioranas ou mesmo a outros países como o Vietnã e o Bangladesh para completar o quadro funcional.
Muitos jovens estão preferindo continuar seus estudos a entrar no mercado de trabalho por apenas um salário-mínimo.
A mudança demográfica resultada da política do filho único continua a reduzir drasticamente a quantidade de jovens que estão para entrar no mercado de trabalho.
Além disso, as iniciativas governamentais para avançar o desenvolvimento econômico do interior do país estão começando a se tornar eficientes, criando oportunidades de trabalho dignas naquelas regiões.
Outro artigo da The New York Times em agosto de 2007 reporta a aceleração desta tendência. Um trabalhador inexperiente e sem especialização poderá ganhar até 200 dólares por mês, e os trabalhadores mais experientes podem ganhar ainda mais e exercer cargos de chefia.
Houve grandes demandas de jovens trabalhadores que queriam trabalhar por uma longa jornada de trabalho, enquanto que os trabalhadores que tinham acima de 40 anos eram desprezados.
Porém, a situação se inverteu com a falta de mão-de-obra. O aumento dos salários foram, de certo modo, encobertos pelo aumento da produtividade, mas em 2007, foi registrado um ligeiro aumento nos custos de importação da China.
Após a medição dos custos de importação da China, que começou em dezembro de 2003, registraram-se apenas quedas. Porém, em julho de 2007, os custos de importação aumentaram 0,4% num único mês, sendo o maior aumento dos custos de importação da história.
Além disso, foi o terceiro aumento mensal consecutivo dos custos de importação. Ao todo, o ano de 2007 registrou um aumento de 0,9%.
Em fevereiro de 2008, começaram a surgir preocupações sobre o aumento dos salários e da inflação na China, que teria também impactos inflacionários no restante do mundo, especialmente nos países desenvolvidos, que são dependentes dos produtos chineses de baixo preço.
Em janeiro de 2008, a China introduziu uma nova lei trabalhista, aumentando os direitos da força trabalhista. Porém, a nova lei trabalhista teve repercussão negativa para as multinacionais que operam na China. Muitas delas se baseavam na exploração da mão-de-obra barata, e tiveram que sair da China para procurar outros países onde a mão-de-obra também é barata, como o Vietnã, o Bangladesh e a Tailândia.
Empresas privadas chinesas também tiveram que recorrer a mão-de-obra de outros países asiáticos. Em 2008, os pedidos de exportação começaram a cair drasticamente com o início da crise econômica de 2008-2009.
As indústrias têxtil e a de brinquedos foram as mais afetadas, especialmente na província de Guangdong. Segundo o governo chinês, o fechamento de mais de 67.000 fábricas causou a perda de mais de 20 milhões de vagas de trabalho.
Inicialmente, o governo chinês viu com bons olhos o fechamento dessas fábricas, sendo que a maioria tinha trabalhadores pouco remunerados e com uma extensa jornada de trabalho, e cogitou-se que a nova lei trabalhista poderia erradicá-los definitivamente. Porém, o processo de fechamentos das "subfábricas" foi mais rápido do que o previsto, e levou a um colapso do setor privado, principalmente em Guangdong, que fez aumentar o receio do aumento e da dispersão do descontentamento social.
Mesmo os serviços que não necessitam de mão-de-obra especializada estão sofrendo com a falta de força de trabalho; os empregadores tiveram que recorrer a cidades mais interioranas ou mesmo a outros países como o Vietnã e o Bangladesh para completar o quadro funcional.
Muitos jovens estão preferindo continuar seus estudos a entrar no mercado de trabalho por apenas um salário-mínimo.
A mudança demográfica resultada da política do filho único continua a reduzir drasticamente a quantidade de jovens que estão para entrar no mercado de trabalho.
Além disso, as iniciativas governamentais para avançar o desenvolvimento econômico do interior do país estão começando a se tornar eficientes, criando oportunidades de trabalho dignas naquelas regiões.
Outro artigo da The New York Times em agosto de 2007 reporta a aceleração desta tendência. Um trabalhador inexperiente e sem especialização poderá ganhar até 200 dólares por mês, e os trabalhadores mais experientes podem ganhar ainda mais e exercer cargos de chefia.
Houve grandes demandas de jovens trabalhadores que queriam trabalhar por uma longa jornada de trabalho, enquanto que os trabalhadores que tinham acima de 40 anos eram desprezados.
Porém, a situação se inverteu com a falta de mão-de-obra. O aumento dos salários foram, de certo modo, encobertos pelo aumento da produtividade, mas em 2007, foi registrado um ligeiro aumento nos custos de importação da China.
Após a medição dos custos de importação da China, que começou em dezembro de 2003, registraram-se apenas quedas. Porém, em julho de 2007, os custos de importação aumentaram 0,4% num único mês, sendo o maior aumento dos custos de importação da história.
Além disso, foi o terceiro aumento mensal consecutivo dos custos de importação. Ao todo, o ano de 2007 registrou um aumento de 0,9%.
Em fevereiro de 2008, começaram a surgir preocupações sobre o aumento dos salários e da inflação na China, que teria também impactos inflacionários no restante do mundo, especialmente nos países desenvolvidos, que são dependentes dos produtos chineses de baixo preço.
Em janeiro de 2008, a China introduziu uma nova lei trabalhista, aumentando os direitos da força trabalhista. Porém, a nova lei trabalhista teve repercussão negativa para as multinacionais que operam na China. Muitas delas se baseavam na exploração da mão-de-obra barata, e tiveram que sair da China para procurar outros países onde a mão-de-obra também é barata, como o Vietnã, o Bangladesh e a Tailândia.
Empresas privadas chinesas também tiveram que recorrer a mão-de-obra de outros países asiáticos. Em 2008, os pedidos de exportação começaram a cair drasticamente com o início da crise econômica de 2008-2009.
As indústrias têxtil e a de brinquedos foram as mais afetadas, especialmente na província de Guangdong. Segundo o governo chinês, o fechamento de mais de 67.000 fábricas causou a perda de mais de 20 milhões de vagas de trabalho.
Inicialmente, o governo chinês viu com bons olhos o fechamento dessas fábricas, sendo que a maioria tinha trabalhadores pouco remunerados e com uma extensa jornada de trabalho, e cogitou-se que a nova lei trabalhista poderia erradicá-los definitivamente. Porém, o processo de fechamentos das "subfábricas" foi mais rápido do que o previsto, e levou a um colapso do setor privado, principalmente em Guangdong, que fez aumentar o receio do aumento e da dispersão do descontentamento social.
Sistema financeiro e bancário
A maior parte das instituições financeiras da China é estatal, e 98% das ações bancárias também são estatais.
Os instrumentos que comandam as políticas fiscais e financeira são controlados pelo Banco Popular da China e pelo Ministério das Finanças, ambos controlados pelo Conselho de Estado.
O Banco Popular da China substituiu o Banco Central da China e gradualmente tomou o controle de bancos privados. O banco cumpre muitas funções de outros bancos centrais e comerciais.
O banco também emite a moeda, controla sua circulação e desempenha a função importante de cobrir os disparidades orçamentais.
Ademais, o banco administra as contas, os pagamentos e os recebimentos de organizações governamentais e de outras instituições, que permite ao banco de exercer uma total supervisão sobre os seus desempenhos financeiros e gerais que estão sob consideração aos planos econômicos do governo.
O banco também é responsável pelo comércio exterior e outras transações estrangeiras.
As remessas de capital para chineses no exterior são gerenciadas pelo Banco da China, que tem várias ramificações em muitos países.
Outras instituições financeiras importantes incluem:
(i) o Banco de Desenvolvimento da China, que sustenta o desenvolvimento econômico da China e direciona os investimentos estrangeiros,
(ii) o Banco Agrícola da China, que provê suporte para o setor agrícola,
(iii) o Banco Chinês de Construção, que é responsável por capitalizar uma parte dos investimentos gerais, além de prover fundos de capital para certas empresas industriais e de construção, e
(iv) o Banco Industrial e Comercial da China que conduz transações comerciais ordinárias e age como uma poupança para a população.
Mesmo quase todo o capital de investimento era provido anteriormente por meio da base de concessão, de acordo com os planos econômicos estatais.
Porém, a política econômica tem mudado desde o início das reformas o investimento de capital para uma base de empréstimo, por meio das várias instituições financeiras estatais.
Crescentes quantidades de fundos estão ficando disponíveis nos bancos para propósitos econômicos e comerciais. As fontes de capital estrangeiro também aumentaram.
A China recebeu empréstimos do Banco Mundial e de vários programas das Nações Unidas, assim como de outros países, particularmente do Japão, e de bancos comerciais, num grau menor. Hong Kong tem sido um grande condutor deste investimento, bem como fonte de capital.
Com duas bolsas de valores (a Bolsa de Valores
de Xangai e a Bolsa de Valores de Shenzhen), o mercado de
valores da China contém cerca de 1 trilhão de dólares (dados de janeiro de
2007).
O mercado de valores chinês é o terceiro maior da Ásia, apenas atrás do Japão e de Hong Kong.[35] É estimado que a China se torne o terceiro maior mercado de valores em 2016.
O mercado de valores chinês é o terceiro maior da Ásia, apenas atrás do Japão e de Hong Kong.[35] É estimado que a China se torne o terceiro maior mercado de valores em 2016.
Sistema de
moeda
O renminbi (moeda
popular) é a moeda da China, que é denominada yuan.
O yuan é dividida em 10 jiaos ou em 100 fens.
O renminbi é emitido pelo Banco Popular da
China, a autoridade monetária da República Popular da China. A
abreviação do ISO 4217 é CNY,
embora seja frequentemente abreviado como "RMB". O símbolo latinizado
é ¥.
Porém, a partir de 1 de janeiro de 2004, a taxa de câmbio do
yuan é flutuante, e a taxa de câmbio média do yuan em comparação ao dólar está
baseada na taxa de câmbio do dia anterior no mercado interbancário de câmbio
estrangeiro.[37]
O renminbi está ajustado a uma taxa de câmbio flutuante, e tem como moeda de referência principalmente o dólar americano, mas o euro também é grandemente utilizado.
Em 21 de julho de 2005, a China valorizou sua moeda em 2,1%, e desde então, mudou o seu sistema de taxa de câmbio, que tem como base uma série de moedas estrangeiras.
Além disso, o governo chinês permite o renminbi de flutuar diariamente dentro de uma margem de 0,5% para mais ou para menos.
Cada dólar americano valia 6,846 yuans em
julho de 2008. Este valor estava em 7,45 em meados de 2007 e 8,07 no começo de
2006.
Há um complexo sistema de relações entre a balança comercial da
China, a inflação, medido por meio
do índice de
preços ao consumidor, e do valor de sua moeda.
Apesar de permitir o yuan flutuar, o Banco Popular da China tem a habilidade decisiva de controlar o seu valor com base da relação do yuan com outras moedas estrangeiras.
A inflação em 2007, que refletiu as grandes altas da carne e dos combustíveis, está relacionada provavelmente pelo aumento mundial de produtos usados como alimentação animal ou como combustível.
Desta forma, a rápida valorização do yuan permitida em dezembro de 2007 está possivelmente relacionada com as iniciativas de aliviar a inflação.
Apesar de permitir o yuan flutuar, o Banco Popular da China tem a habilidade decisiva de controlar o seu valor com base da relação do yuan com outras moedas estrangeiras.
A inflação em 2007, que refletiu as grandes altas da carne e dos combustíveis, está relacionada provavelmente pelo aumento mundial de produtos usados como alimentação animal ou como combustível.
Desta forma, a rápida valorização do yuan permitida em dezembro de 2007 está possivelmente relacionada com as iniciativas de aliviar a inflação.
Sistema
tributário
Entre a década de 1950 e a de 1980, as receitas monetárias do governo central chinês derivaram sobretudo dos lucros das empresas estatais, que eram repassadas ao estado. Algumas receitas monetárias nacionais vieram também de impostos, entre os quais os mais importantes são os impostos da indústria em geral e de transações comerciais.
Porém, a tendência geral foi substituir os lucros das empresas estatais pelos impostos cobrados nos próprios lucros. Inicialmente, o sistema tributário foi ajustado para que se permitisse diferenças na capitalização e em situações de preços de várias empresas, mas um sistema de coleta de impostos mais uniforme foi introduzido no começo da década de 1990.
Ademais, a renda pessoal e o imposto sobre o valor acrescentado foram implantados naquela época.
*********************************
AVISO AOS
NAVEGANTES! Internet
civilizada:
NOTAS DO
EDITOR do Blog Ronald.Arquiteto e do Facebook Ronald Almeida Silva:
[1] As palavras e números entre
[colchetes]; os destaques sublinhados, em negrito e amarelo bem como nomes
próprios em CAIXA ALTA e a numeração de parágrafos – se presentes nos textos ora
publicados - NÃO CONSTAM da edição original deste documento (mensagem, artigo;
pesquisa; monografia; dissertação; tese ou reportagem). Os mencionados adendos
ortográficos foram acrescidos meramente com intuito pedagógico de facilitar a
leitura, a compreensão e a captação mnemônica dos fatos mais relevantes da
mensagem por um espectro mais amplo de leitores de diferentes formações, sem
prejuízo do conteúdo cujo texto está transcrito na íntegra, conforme a versão
original.
[2] O Blog Ronald Arquiteto e o
Facebook RAS são mídias independentes e 100% sem fins lucrativos pecuniários.
Não tem anunciantes, apoiadores, patrocinadores e nem intermediários. Todas as
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947;
reside em São Luís, MA, Brasil desde 1976.
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972
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