sexta-feira, 8 de maio de 2015

[75] HOMENS DO SÉCULO: Nelson Rolihlahla MANDELA - O MADIBA

NELSON MANDELA
Nelson Rolihlahla Mandela


Nasceu em 18 de julho de 1918, em Transkei, África do Sul.
filho do conselheiro-chefe do líder supremo do povo Thembu,
Sofreu 10 mil dias de encarceramento.
Foi o primeiro Presidente negro da África do Sul.
Faleceu em 05 de dezembro de 2013.
Obituário:
Nelson Mandela, de combatente antiapartheid a presidente e unificador

Reuters

YAHOO + Reuters – 16 horas atrás; 05/12/2013;
(Reportagem de Andrew Quinn e Jon Herskovitz)

JOHANESBURGO, 5 Dez (Reuters) - Nelson Mandela guiou a África do Sul das algemas do regime de segregação racial, conhecido como apartheid, para uma democracia multirracial como um ícone da paz e da reconciliação que veio para personificar a luta pela justiça ao redor do mundo.
Preso por quase três décadas por sua luta contra o regime de minoria branca, Mandela surgiu determinado a usar seu prestígio e carisma para derrubar o apartheid ao mesmo tempo em que evitava uma guerra civil.

"O tempo de curar as feridas chegou. O momento de acabar com as divergências que nos dividem chegou" ... "Conseguimos, afinal, conquistar nossa emancipação política",
disse ele em seu discurso de aceitação ao se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994.

Em 1993, Mandela foi premiado com o Nobel da Paz, uma honra que dividiu com F.W. De Clerk, o líder branco africâner que o libertou da prisão três anos antes e negociou o fim do apartheid.
Mandela desempenhou um papel proeminente no cenário mundial como defensor da dignidade humana diante de desafios que variavam da repressão política à Aids.

Ele deixou a vida pública formalmente em junho de 2004 antes de seu 86º aniversário, dizendo a seus adorados compatriotas: "Não me liguem. Eu ligo para vocês". Mas continuou a ser uma das pessoas mais reverenciadas do mundo, combinando o brilho de uma celebridade com uma firme mensagem de liberdade, respeito e direitos humanos.

Defendendo a si mesmo no julgamento em que foi acusado de traição, em 1963, ou falando com líderes mundiais anos depois como um grisalho estadista, ele irradiava uma imagem de retidão moral expressa em tom medido, frequentemente impregnado de um humor brincalhão.
"Ele está no epicentro do nosso tempo, nosso na África do Sul, e seu, onde que quer que estejam", disse certa vez Nadine Gordimer, escritora sul-africana e vencedora do Nobel de Literatura.

Os anos em que Mandela passou atrás das grades fizeram dele o preso político mais celebrado do mundo e um líder de estatura mítica para milhões de sul-africanos negros e outras pessoas oprimidas muito além das fronteiras de seu país.

Acusado de crimes capitais no Julgamento de Rivonia, em 1963, sua declaração do banco dos réus tornou-se seu testamento político.
"Durante minha vida eu me dediquei à essa luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra", ..."Eu alimentava o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais", ..."É um ideal pelo qual eu espero viver e que eu quero conquistar. Mas se necessário for, é um ideal pelo qual eu estou preparado para morrer."
Disse ele ao tribunal.

DESTINADO A LIDERAR

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu em 18 de julho de 1918, destinado a liderar como filho do conselheiro-chefe do líder supremo do povo Thembu, em Transkei.
Ele escolheu devotar a sua vida à luta contra a dominação branca. Estudou na Universidade de Fort Hare, da elite negra, mas saiu de lá em 1940, pouco antes de completar seus estudos e se envolver com o partido Congresso Nacional Africano (CNA), fundando sua Liga Jovem em 1944 com Oliver Tambo e Walter Sisulu.

Mandela trabalhou como advogado-assistente e depois se tornou um advogado que comandava um dos poucos escritórios que atendiam negros.
Em 1952, ele, juntamente com outros, foi acusado de violar a Lei de Supressão do Comunismo, mas sua sentença de prisão por nove meses foi suspensa por dois anos.
Mandela foi um dos primeiros a defender a resistência armada contra o apartheid, tornando-se clandestino em 1961 para formar o braço armado do CNA, o Umkhonto weSizwe, ou "Lança da Nação", na língua zulu.

Ele deixou a África do Sul e viajou pelo seu continente e pela Europa para estudar táticas de guerrilha e obter apoio para o CNA. Após seu retorno em 1962, Mandela foi preso e condenado a cinco anos de prisão por incitação e por deixar o país ilegalmente. Enquanto cumpria essa sentença, ele foi acusado de sabotagem e de conspiração para derrubar o governo ao lado de outros líderes antiapartheid no julgamento de Rivonia.

Classificado de terrorista por seus inimigos, Mandela foi condenado à prisão perpétua em 1964, isolado de milhões de seus compatriotas enquanto sofriam com a repressão, violência e reassentamentos forçados sob o regime de segregação racial.

Ele foi preso em Robben Island, uma colônia penal na costa da Cidade do Cabo, onde passaria os 18 anos seguintes antes de ser transferido para prisões no continente. Mandela estava preso quando uma revolta eclodiu em Soweto em 1976 e quando outros confrontos tornaram-se violentos na década de 1980. Mas, quando o regime decidiu que era hora de negociar, se voltou a Mandela. Em seus últimos anos na prisão, ele se reuniu com o presidente P.W. Botha e com seu sucessor, De Klerk.


Quando foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, saindo da prisão Victor Verster de mãos dadas com sua mulher Winnie, o evento foi assistido por telespectadores de todo o mundo.
"Enquanto eu finalmente caminhava por aqueles portões... senti, mesmo aos 71 anos, que minha vida recomeçava. Meus 10 mil dias de encarceramento tinham finalmente acabado", escreveu Mandela naquele dia.


ELEIÇÕES E RECONCILIAÇÃO

Nos quatro anos seguintes, milhares de pessoas morreram em violência política. A maioria era de negros, mortos em confrontos entre apoiadores do CNA e zulus leais ao Partido da Liberdade Inkatha, de Mangosuthu Buthelezi, embora os brancos de direita também tenham protagonizado ações violentas para perturbar os movimentos rumo à democracia.

Mandela impediu uma explosão racial após o assassinato do popular líder do Partido Comunista Chris Hani por um assassino branco em 1993, fazendo um apelo por calma em um discurso à nação pela televisão. Naquele mesmo ano, ele e De Klerk foram premiados conjuntamente com o Prêmio Nobel da Paz.

As negociações entre o CNA e o governo começaram em 1991, levando à primeira eleição multirracial na África do Sul, em 27 de abril de 1994. A disputa eleitoral foi marcada por confrontos, mas Mandela fez campanha em todo o país, atraindo multidões apaixonadas de negros e brancos, com a garantia de que havia um lugar para eles na nova África do Sul.

O resultado das eleições nunca esteve em dúvida e sua posse em Pretória, em 10 de maio de 1994, foi uma celebração da liberdade de um povo. Mandela fez da reconciliação o tema de sua Presidência. Ele tomou chá com seus antigos carcereiros e conquistou muitos brancos ao vestir a camisa da equipe nacional de rúgbi da África do Sul - antes um símbolo da supremacia branca - na final da Copa do Mundo de rúgbi, em 1995, no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.

A marca registrada da missão de Mandela foi a Comissão Verdade e Reconciliação que investigou crimes do apartheid em ambos os lados e tentou curar as feridas. Em 1999, Mandela, muitas vezes criticado na condução da economia do país, entregou o cargo a líderes mais jovens, um afastamento voluntário do poder citado como exemplo para líderes africanos que dominavam a política.

Uma aposentadoria tranquila não estava nos planos, e ele concentrou suas energias no combate à crise da Aids na África do Sul. A luta tornou-se pessoal no início de 2005, quando Mandela perdeu seu único filho vivo por causa da doença. Mas o estresse da sua longa luta contribuiu para a dissolução de seu casamento com a ativista antiapartheid Winnie. O país compartilhou a dor de seu divórcio, em 1996, antes de ver seu namoro com Graça Machel, viúva do presidente moçambicano Samora Machel, com quem se casou em seu 80º aniversário, em 1998.

Amigos idolatraram "Madiba", o nome do clã pelo qual ele é conhecido. As pessoas elogiaram sua humanidade, bondade, atenção e dignidade. Incapaz de se livrar dos hábitos da prisão, Mandela acordava diariamente entre 4h e 5h para fazer exercícios e ler. Ele bebia pouco e era um fervoroso antitabagista.
Pugilista amador na juventude, Mandela sempre dizia que a disciplina e as táticas extraídas do treinamento o ajudaram a suportar a prisão e as batalhas políticas após sua libertação.

NAÇÃO ARCO-ÍRIS

Mas a prisão e a velhice pesaram sobre sua saúde. Mandela recebeu tratamento na década de 1980 para tuberculose e, posteriormente, precisou de uma operação para reparar danos nos olhos, além de combater um câncer de próstata em 2001. Seu espírito, no entanto, manteve-se forte.

"Se o câncer vencer, eu ainda serei o melhor vencedor", disse ele a repórteres em setembro do mesmo ano. "Quando eu for para o outro mundo, a primeira coisa que vou fazer é procurar um escritório do CNA para renovar minha assinatura."

A maioria dos sul-africanos se orgulha de sua multirracial "Nação Arco-Íris" pós-apartheid.
Mas o legado de tolerância e reconciliação de Mandela tem sido ameaçado nos últimos anos por disputas entre facções no CNA e as tensões sociais em um país que, embora tenha conquistado sua libertação política, ainda sofre grandes desigualdades.

A última grande aparição de Mandela no cenário mundial aconteceu em 2010, quando ele vestiu um gorro no inverno sul-africano e acenou para uma multidão de 90.000 pessoas na final da Copa do Mundo, um dos maiores eventos da história do país pós-apartheid.

"Deixo para o público decidir como eles devem se lembrar de mim", afirmou ele na televisão sul-africana antes de sua aposentadoria. "Mas eu gostaria de ser lembrado como um sul-africano comum, que, em conjunto com os outros, deu sua humilde contribuição."


(Reportagem de Andrew Quinn e Jon Herskovitz)

ARQUIVOS DO NMCM
NELSON MANDELA CENTRE OF MEMORY

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Mapa do Centro Nelson Mandela de Memória





Sobre a Fundação Nelson Mandela




Nelson Mandela foi o primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul. Em 9 de maio de 1994, logo após os resultados eleitorais marco estavam, ele foi eleito por unanimidade Presidente de novos membros do Parlamento da África do Sul.
No dia seguinte, Nelson Rolihlahla Mandela foi empossado em uma cerimônia de inauguração de Union Buildings, em Pretória.
Ele prometeu servir apenas um mandato como presidente e, em 1999, ele deixou o cargo para abrir caminho para o presidente Thabo Mbeki.
Logo após o novo presidente foi inaugurada em 16 de junho de 1999, Mandela estava ao telefone para reunir sua equipe para novas tarefas que se avizinham. Eles tinham de lembrar-lhe que já não trabalhava para ele e assim a Fundação Nelson Mandela nasceu.
Como escritório pós-presidencial de Mandela que forneceu a base para o seu trabalho de caridade, abrangendo um vasto leque de atuação, desde a construção de escolas para trabalho com o HIV-SIDA, a investigação em educação nas áreas rurais para as intervenções de paz e reconciliação.
Cinco anos depois, a Fundação iniciou a sua transição para uma organização focada em memória, no diálogo e no trabalho legado. A remodelação completa do prédio da Fundação, desde que com uma casa adequada, o Centro de Memória. O Centro foi inaugurado em 18 de novembro de 2013, três anos após o dia em Mandela última utilização do edifício como seu escritório.
O Centro se concentra em três áreas de trabalho:
·         A vida e o tempo de Nelson Mandela,
·         A Diálogo Social de Justiça e o
·         Dia Internacional Nelson Mandela.
O Centro trabalha em estreita colaboração com as suas organizações irmãs,
·         O Fundo Nelson Mandela Children e
·         A Fundação Mandela Rhodes.
Ele coordena suas atividades com as de outras instituições que têm uma participação na herança de seu Fundador, incluindo:
·         O 466/64 da campanha,
·         o Instituto Nelson Mandela para a Educação e Desenvolvimento Rural,
·         o Hospital de Nelson Mandela Children,
·         o Museu Nelson Mandela e
·         o Museu Robben Island.
A Fundação Nelson Mandela oferece ao mundo um recurso integrado, dinâmico e confiável sobre o legado de Nelson Mandela e, com isso, nosso mandato para promover a visão eo trabalho do nosso Fundador convocando diálogos e criação de plataformas para o engajamento em torno de questões críticas para a promoção do desenvolvimento social justiça e mudança positiva de unidade.
África do Sul ocupa um espaço único em África e no mundo como um exemplo de um país que emergiu das interseções de profundamente enraizadas divisões raciais, culturais e políticas concorrentes para as partes interessadas.
O mandato da Fundação é relevante e tangível usar a memória e diálogo para informar, desenvolver e definir. É o papel de um educador abraçando - se você é um adulto ou uma criança - de utilizar a história, experiência, valores, visão e liderança do nosso Fundador e as principais partes interessadas para fornecer uma plataforma impactante e trampolim para impulsionar a mudança positiva.

O mandato da Fundação

O legado de Nelson Mandela criou a oportunidade para a nossa nação para alcançar um futuro comum. A viagem continua através de mandato da Fundação para entregar em pilares-chave do engajamento ativo e conteúdo para ambos os públicos locais e internacionais. O legado de Nelson Mandela vive na obra do NMF em três áreas principais:

 

A Campanha de Nelson Mandela Day

A mensagem por trás desta campanha é simples - que cada indivíduo tem a capacidade ea responsabilidade de influenciar mudanças positivas todos os dias. É a ativação do ethos do nosso grande fundador e demonstra que a visão de um homem, de fato, inspirou um movimento global para o bem. O apelo à ação é: Agir, inspirar a mudança e fazer todos os dias Mandela Day.
Isso vai se tornar ainda mais vital e meio de honrar e ativando o legado de Madiba e liga-se governo, sociedade civil, da indústria e do público em geral em um propósito comum.

Memória através do arquivo e recursos sobre a vida e os tempos de Nelson Mandela

A memória está fisicamente hospedado pelo Centro Nelson Mandela de Memória. Através deste programa, os públicos podem acessar informações e recursos sobre a vida e os tempos de Nelson Mandela que são feitas tangível e relevante.
O Arquivo Mandela é infinito, fragmentado e disperso geograficamente e institucionalmente. Não é nem a intenção do NMF, nem o seu mandato, para trazer todos esses materiais em uma única coleção física.
O imperativo é documentar este grande recurso, facilitar o acesso a ele, e promover a sua conservação e utilização.
Coleções substanciais e de valor inestimável foram construídas e continuará a ser o cerne de todo o trabalho de memória da NMF.

A Fundação através do seu trabalho de investigação e arquivo:
·         Localiza documentos e promove a preservação destes recursos dispersos
·         Coleta e curador do arquivo pessoal de Mandela
·         Promove o acesso público a esses recursos
·         Facilita a pesquisa feita por indivíduos e instituições
·         Utiliza uma variedade de plataformas de entrega de informação para disponibilizar informações para audiências globais e locais.

 

Diálogo para a Justiça

O diálogo é fundamental para o legado de Nelson Mandela e de transição da África do Sul do apartheid para a democracia. O diálogo é ao mesmo tempo um instrumento vital para abordar questões sociais críticos e o veículo mais eficaz para a partilha de memória, para o seu cultivo, e para envolvê-lo na promoção da justiça e da coesão social.
Os empreendimentos do Programa Diálogo para criar plataformas relevantes e encontrar soluções sustentáveis para as questões sociais críticas.

A Fundação por meio de suas Comunicações e Outreach trabalho:
·         Fornece plataformas dialógicas e trampolins para todo o seu trabalho de memória
·         Compromete-se a pesquisa e inicia defesa em questões sociais críticas que impactam no seu mandato
·         Hosts ou processos de diálogo convoca e compromissos relevantes para o seu mandato
·         Promove a coordenação, o compartilhamento de recursos ea colaboração entre instituições de memória
·         Divulga os resultados e as lições aprendidas a partir de processos de diálogo.

 

A Campanha de Nelson Mandela Day

Agir. Inspirar a mudança. Faça de cada dia um Dia Mandela
Madiba tem seguido três regras durante toda sua vida o que ele fez com grande sacrifício pessoal: 1. Liberte-se, 2. Outros gratuitos, e 3. Sirva todos os dias - não era apenas o seu mantra, que era o seu modo de vida.

Se o legado da vida de Nelson Mandela e do trabalho é ser dinâmico, deve ser "propriedade" de gerações atuais e futuras. Ele deve ser acessível a todos, e aplicadas em constante mudança contextos de tempo e lugar.

A campanha do Dia Mandela foi empossada como tal veículo para conseguir isso. A mensagem por trás desta campanha é simples - que cada indivíduo tem a capacidade e a responsabilidade de influenciar mudanças positivas todos os dias.
Seu objetivo é inspirar as pessoas a tomar medidas para ajudar a mudar o mundo para melhor, e ao fazê-lo, para construir um movimento global para o bem. Em última análise, visa a capacitar as comunidades em todos os lugares.
Indivíduos e organizações são livres para participar do Dia Mandela como quiserem. Temos, no entanto, exortá-los a encontrar inspiração para sua contribuição no legado de Nelson Mandela e de aderir ao quadro ético de "serviço para com o próximo" todos os dias.

AFRICA

Obituary: NELSON MANDELA


5 December 2013 Last updated at 21:56 GMT


A look back at the life of Nelson Mandela

To those who observed him closely, Nelson Mandela always carried himself as one who was born to lead.
As his former cellmate and long time friend, Ahmed Kathrada, said recently: "He was born into a royal house and there was always that sense about him of someone who knew the meaning of leadership."
The Mandela who led the African National Congress into government displayed a conspicuous sense of his own dignity and a self-belief that nothing in 27 years of imprisonment had been capable of destroying.
Although Mr Mandela frequently described himself as simply part of the ANC's leadership, there was never any doubt that he was the most potent political figure of his generation in South Africa.
No bitterness... Mandela and De Klerk

To the wider world he represented many things, not least an icon of freedom but also the most vivid example in modern times of the power of forgiveness and reconciliation. Back in the early 1990s, I remember then President, FW De Klerk, telling me he how he found Mandela's lack of bitterness "astonishing".

His fundamental creed was best expressed in his address to the sabotage trial in 1964. "I have fought against white domination, and I have fought against black domination," he said.
"I have cherished the ideal of a democratic and free society in which all persons live together in harmony and with equal opportunities. It is an ideal which I hope to live for and to achieve. But if needs be, it is an ideal for which I am prepared to die."
Born in 1918, Rolihlahla Dalibhunga Mandela was raised in the village of Mvezo in the Transkei in the Eastern Cape. He was one of 13 children from a family with close links to the royal house of the Thembu people.

Mr Mandela often recalled his boyhood in the green hills of the Transkei with fondness. This was a remote landscape of beehive-shaped huts and livestock grazing on poor land.
He was only nine when his father died of tuberculosis. Always closer emotionally to his mother, Mr Mandela described his father as a stern disciplinarian. But he credited his father with instilling the instincts that would help carry him to greatness.
Mandela met future ANC leader Oliver Tambo at university

Years later Mr Mandela would write that "my father possessed a proud rebelliousness, a stubborn sense of fairness…" His death changed the course of the boy's life.
The young Mandela was sent from his home village to live as a ward of the Thembu royal house, where he would be groomed for a leadership role.

This meant he must have a proper education. He was sent to a Methodist school, where he was given the name Nelson. He was a diligent student and in 1939 went to Fort Hare University, then a burgeoning centre of African nationalism.

It was at Fort Hare that Mr Mandela met the future ANC leader, Oliver Tambo, with whom he would establish the first black law practice in South Africa. Both were expelled from the university in 1940 for political activism.
First as a lawyer, then an activist and ultimately as a guerrilla leader, Mr Mandela moved towards the collision with state power that would change his own and his country's fate.
The late 1950s and early 1960s were a period of growing tumult in South Africa, as African nationalists allied with the South African Communist Party challenged the apartheid state.
When protest was met with brute force, the ANC launched an armed struggle with Mr Mandela at its head.

He was arrested and charged with treason in 1956. After a trial lasting five years, Mr Mandela was acquitted. But by now the ANC had been banned and his comrade Oliver Tambo had gone into exile.

Nelson Mandela went underground and embarked on a secret trip to seek help from other African nations emerging from colonial rule. He also visited London to meet Tambo.
But soon after his return he was arrested and sentenced to five years in jail. Further charges, of sabotage, led to a life sentence that would see him spend 27 years behind bars.

He worked in the lime quarry on Robben Island, the prison in Cape Town harbour where the glaring sun on the white stone caused permanent damage to his eyes; he contracted tuberculosis in Pollsmoor Prison outside Cape Town, and he held the first talks with government ministers while he was incarcerated at the Victor Verster prison farm.
In conversation, he would often say prison had given him time to think. It had also formed his habits in sometimes poignant ways.

I recall a breakfast with several other journalists, where Mr Mandela was briefing us on the latest political talks. The waiter approached with a bowl of porridge. Tasting it briefly, the ANC leader shook his head. "It is too hot," he said. The waiter went away and returned with another bowl. This too was sent back. The waiter was looking embarrassed as he approached for the third time.
Fortunately the temperature was now cool enough. The famous broad smile appeared. The waiter was heartily thanked and breakfast - and our questions - were able to continue.
"That was a bit fussy wasn't it," I remarked to a colleague afterwards.
My colleague pulled me up short with his reply. "Think about it. If you spent 27 years in jail, most of the time eating food that was either cold or at best lukewarm, you are going to end up struggling with hot food."

There it was, expressed in the most prosaic of realities, a reminder of the long vanished years of Nelson Mandela.
Prison had taken away the prime of his life. It had taken away his family life. Relations with some of his children were strained. His marriage to Winnie Mandela would end in divorce.


But as I followed him over the next three years, through embattled townships, tense negotiations, moments of despair and elation, I would understand that prison had never robbed his humanity.
I remember listening to him in a dusty township after a surge of violence which threatened to derail negotiations. Fighting between ANC supporters and the predominantly Zulu Inkatha movement had claimed thousands of lives, mainly in the townships around Johannesburg and in the hills of Natal.
BBC: Huge crowds greeted Nelson Mandela's release

In those circumstances another leader might have been tempted to blame the enemy alone. But when Mr Mandela spoke he surprised all of us who were listening: "There are members of the ANC who are killing our people… We must face the truth. Our people are just as involved as other organisations that are committing violence… We cannot climb to freedom on the corpses of innocent people."

He knew the crowd would not like his message but he also knew they would listen.
As an interviewee, he deflected personal questions with references to the suffering of all South Africans. One learned to read the expressions on his face for a truer guide to what Mr Mandela felt.

On the day that he separated from Winnie Mandela, I interviewed him at ANC headquarters. I have no recollection of what he said but the expression of pure loneliness on his face is one I will always remember.

But my final memory of Nelson Mandela is one of joy. On the night of 2 May 1994 I was crammed into a function room full of officials, activists, diplomats and journalists, struggling to hear each other as the music pulsed and the cheers rang out.

The ANC had won a comprehensive victory. On the stage, surrounded by his closest advisors, Nelson Mandela danced and waved to the crowd. He smiled the open, generous smile of a man who had lived to see his dream.


BBC NEWS

05.Dec.1918 Born in the Eastern Cape
1943 Joined African National Congress
1956 Charged with high treason, but charges dropped after a four-year trial
1962 Arrested, convicted of incitement and leaving country without a passport, sentenced to five years in prison
1964 Charged with sabotage, sentenced to life
1990 Freed from prison
1993 Wins Nobel Peace Prize
1994 Elected first black president
1999 Steps down as leader
2001 Diagnosed with prostate cancer
2004 Retires from public life
2005 Announces his son has died of an HIV/Aids-related illness

Best of the BBC's archive



Mandela 'inspirou a luta no Brasil e na América do Sul', diz Dilma em tributo

 

 

Presidente da República foi 2ª chefe de Estado a discursar na solenidade.

Durante cerimônia, Dilma chamou os sul-africanos de 'sul-americanos'.


Fonte: Site Rede Globo, G1, em Brasília; 10/12/2013 10h04 - Atualizado em 10/12/2013 12h30
Site: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/12/mandela-inspirou-luta-no-brasil-e-na-america-do-sul-diz-dilma-em-tributo.html
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Dilma Rousseff discursou na África do Sul no tributo em homenagem a Nelson Mandela
(Foto: Pedro Ugarte/AFP)

Sob os olhares de cerca de 80 mil pessoas, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (10), durante discurso em tributo ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela no estádio Soccer City, em Johanesburgo, que o exemplo do líder negro inspirou o Brasil e a América do Sul. Segundo Dilma, Mandela foi "a personalidade maior do século 20".
"Trago aqui o sentimento de profundo pesar do governo e do povo brasileiro e, tenho certeza, [também] de toda a América do Sul pela morte desse grande líder Nelson Mandela. O apartheid que Mandela e o povo derrotaram foi a forma mais elaborada e cruel de desigualdade social e política que se tem notícia nos tempos modernos. [Mandela] Inspirou a luta no Brasil e na América do Sul. 'Madiba', como carinhosamente vocês o chamam, constituiu exemplo de referência para todos nós, pela histórica paciência com que suportou o cárcere e o sofrimento", disse Dilma.
Falando em nome do continente sul-americano, a presidente brasileira foi a segunda chefe de Estado – depois de Obama – a discursar na cerimônia, que lotou o Soccer City, palco da final da Copa do Mundo de 2010, onde Mandela fez sua última aparição pública. O ato na arena de futebol marca o início dos cinco dias de homenagens ao líder sul-africano, que morreu na quinta-feira (5), em Pretória, aos 95 anos.
Os tributos devem durar até seu funeral, previsto para este domingo (15). Símbolo da luta contra a discriminação racial e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, Mandela será enterrado, de acordo com seu desejo, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde ele cresceu.
A homenagem a Mandela no Soccer City foi transmitida em telões instalados em outros três estádios de Johanesburgo e em mais 150 locais em toda a África do Sul. O ato também foi veiculado pela televisão para dezenas de países.

Ato falho
A presidente brasileira discursou durante 8 minutos, com o auxílio de um tradutor. Em meio à manifestação de pesar pela morte de Mandela, Dilma cometeu um ato falho, referindo-se aos sul-africanos como "sul-americanos".
"O governo e o povo brasileiro se inclinam diante da memória de Nelson Mandela. Transmito à senhora Graça Machel [viúva de Mandela], aos seus familiares, ao presidente [Jacob] Zuma e a todo o povo 'sul-americano', sul-africano, nosso profundo sentimento de dor e de pesar. Viva Mandela para sempre!", confundiu-se Dilma.
A presidente do Brasil começou a discursar pouco antes das 14h (10h pelo horário de Brasília). Ao se posicionar no púlpito coberto, Dilma foi intensamente aplaudida pelo público. Ela destacou no pronunciamento que a nação brasileira, que traz com "orgulho" o sangue africano nas veias, "chora e celebra" o exemplo do líder que "faz parte do panteão da humanidade.
"Sua luta [de Mandela] transcendeu suas fronteiras nacionais e inspirou homens e mulheres, jovens e adultos, a lutarem por sua independência e pela justiça social. Deixou lições não só para seu querido continente africano, mas para todos aqueles que buscam a liberdade e a justiça e a paz no mundo", destacou.

[Mandela] Inspirou a luta no Brasil e na América do Sul. 'Madiba', como carinhosamente vocês o chamam, constituiu exemplo de referência para todos nós, pela histórica paciência com que suportou o cárcere e o sofrimento"
Dilma Rousseff,
presidente da República
Autoridades de todos os continentes viajaram à África do Sul para prestar uma última reverência ao líder sul-africano. Entre as 91 autoridades mundiais que prestigiaram a cerimônia, estão os presidentes Barack Obama (EUA), François Hollande (França), Raúl Castro (Cuba), o premiê britânico David Cameron e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
O tributo ao ícone mundial da luta pela igualdade racial teve início por volta do meio-dia (8h pelo horário de Brasília). Ao longo de toda a solenidade, mesmo sob chuva intensa, milhares de pessoas que lotaram as arquibancadas cantaram e dançaram para reverenciar o ex-presidente da África do Sul.
A viúva de Mandela, Graça Machel, demonstrou muita emoção ao chegar ao Soccer City. Winnie Mandela, ex-mulher do líder negro, foi muito aplaudida ao ter seu nome anunciado pelo sistema de alto-falantes do estádio.

Logo após apertar a mão de Raúl Castro, o presidente Barack Obama cumprimenta com um beijo a presidente Dilma Rousseff (Foto: AP/SABC)

Autoridades
Homem mais poderoso do mundo, Barack Obama foi o primeiro presidente a discursar na cerimônia. Filho de um africano do Quênia, o chefe do Executivo americano fez um breve resgate da trajetória de Mandela no início de seu pronunciamento. Na visão de Obama, Mandela foi um "gigante da história", que moveu bilhões de pessoas pelo mundo.
Emocionado, o presidente americano lembrou da luta do ex-presidente contra o apartheid, os 27 anos em que o sul-africano passou na prisão e a gestão dele à frente do país, na década de 1990.
"Aos povos de todas as raças, o mundo agradece a vocês por compartilharem Nelson Mandela conosco. A luta dele era a luta de vocês, o triunfo dele foi o triunfo de vocês", enfatizou Obama.

Aos povos de todas as raças, o mundo agradece a vocês por compartilharem Nelson Mandela conosco. A luta dele era a luta de vocês, o triunfo dele foi o triunfo de vocês"



Barack Obama, presidente dos Estados Unidos

"É tentador lembrar de Mandela como um ícone sorrindo, sereno, descompromissado com os problemas normais dos seres humanos, mas ele transcendeu isso. Em vez disso, 'Madiba' insistiu em compartilhar conosco suas dúvidas, sua fé, seus erros de cálculo, junto com suas vitórias”, completou o presidente dos EUA, ovacionado pelas arquibancadas do estádio.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a África do Sul perdeu um "herói". Já o mundo, ressaltou o dirigente da ONU, "perdeu um mentor". "Nelson Mandela foi um dos maiores líderes de nosso tempo, um de nossos maiores professores", completou.


Dilma e quatro ex-presidentes da República desembarcaram na África do Sul na madrugada de terça-feira (10) 
(Foto: Roberto Stuckert Filho / PR)

Comitiva brasileira
Acompanhada de quatro ex-presidentes da República, Dilma desembarcou na madrugada desta terça-feira em Johanesburgo. Viajaram ao lado da atual chefe do Executivo os ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney.

A comitiva presidencial partiu para o continente africano da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, no início da tarde de segunda-feira. Antes de embarcar, Dilma escreveu em sua conta no microblog Twitter que o Estado brasileiro havia se unido para "honrar Mandela".

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'Madiba'
O ex-presidente da África do Sul ficou internado de junho a setembro em decorrência de uma infecção pulmonar. Ele havia deixado o hospital e estava em casa.
Desde julho, após uma ordem judicial, os restos mortais de três de seus filhos também estão sepultados na aldeia de Qunu.
Conhecido como "Madiba" na África do Sul, nome pelo qual sua tribo é conhecida, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país. Ele foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, uma política de governo que se estendeu por 45 anos e regulamentava a segregação entre brancos e negros.




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