VICE-PRESIDENTE MICHEL TEMER CONFRATERNIZA VONTADOSAMENTE COM A PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF (foto Internet; c. 2014).
VICE-PRESIDENTE
MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA
POLÍTICO ATIVO E
FUNDAMENTAL EM TODAS AS PARCERIAS POLÍTICAS E FINANCEIRAS COM O PT NO PERÍODO
DE 13 ANOS DA ERA LULLA-DILMA, PARTÍCIPE E COADJUVANTE PRIVILEGIADO DE TODOS OS
ATOS DA PRESIDENTA DILMA, VENDO COMO ALVISSAREIRA PARA SI O IMPEACHMENT DA
CHEFA DO PODER EXECUTIVO, MICHEL TEMER ESCREVE
A 1ª CARTA DE VÍTIMA PARA SE DESCOLAR
DE DILMA E DO PT E FINGIR QUE NUNCA TEVE NADA A VER E QUE NEM SEQUER SABIA DOS
"MAL FEITOS" CRIMINOSOS PRATICADOS PELOS PETISTAS MANCOMUNADOS COM OS
DEMAIS COMPARSAS PMDEBISTAS.
UM PRIMOR DE
HIPOCRISIA E DESFAÇATEZ ESSA CARTA DE MICHEL TEMER, UM ADVOGADO DECANO,
PROFESSOR E AUTOR DE LIVROS DE DIREITO CONSTITUCIONAL que jamais poderia
desconhecer os limites da Lei.
São Luís, MA. 17out2017.
Ronald Almeida
LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA ENVIADA PELO VICE MICHEL TEMER A PRESIDENTE DILMA
[07dez2015]
Ø Ele lista episódios que demonstrariam 'desconfiança' da presidente.
Ø Assessoria do vice disse que ele se surpreendeu com divulgação da
carta.
Fonte: Portal Rede Globo G1; Andréia Sadi; Da GloboNews, em Brasília; 07/12/2015
23h16 - Atualizado em 08/12/2015
10h10
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/12/leia-integra-da-carta-enviada-pelo-vice-michel-temer-dilma.html
Presidente nacional do PMDB, o
vice-presidente da República, Michel Temer, enviou uma carta à presidente Dilma
Rousseff nesta segunda-feira (07dez2015) na qual apontou episódios
que demonstrariam a "desconfiança" que o governo tem em relação a ele
e ao PMDB.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo
[...]. Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do
governo"
Trecho da carta
de Michel Temer
A mensagem, segundo a assessoria
da Vice-Presidência, foi enviada em "caráter pessoal" à chefe do
Executivo e, nela, Temer não "não propôs rompimento" com o governo ou
entre partidos, mas defendeu a "reunificação do país".
Temer havia passado os últimos
dias sem se pronunciar sobre o acolhimento pelo presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), de pedido de abertura de processo de impeachment. Nesta
segunda-feira, ele participou de evento público em São Paulo, mas não se manifestou sobre
o caso. O PMDB, principal partido da base, está dividido em
relação ao apoio ao processo de impeachment.
Num dos trechos da carta, Temer
escreve que passou o primeiro mandato de Dilma como um "vice
decorativo", que perdeu "todo protagonismo político" que teve no
passado e que só era chamado "para resolver as votações do PMDB e as
crises políticas". Depois, lista fatos envolvendo derrotas que sofreu com
atos da presidente.
Na carta, ele cita inclusive o caso de Eliseu Padilha, ex-ministro da Aviação
Civil que pediu demissão nesta
segunda-feira após dias de especulação.
Na coletiva de imprensa na
qual explicou os motivos da saída do governo, Padilha mencionou, entre outros
fatores, a indicação de um técnico para o comando da Agência Nacional de
Aviação Civil, feita por ele e barrada pelo governo. Temer citou o caso.
LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DA CARTA OBTIDA PELA GLOBONEWS:
São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.
Senhora Presidente,
"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos
permanecem)
Por
isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e
de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta
é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde
logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha
lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade
institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as
funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele
dispositivo constitucional.
Entretanto,
sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em
relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para
manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta
ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o
fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho
mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que
tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo
não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico
alguns deles.
1.
Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe
disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter
sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as
crises políticas.
2.
Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou
políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3.
A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da
Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a
Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto,
desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4.
No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de
muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele,
Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele,
Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a
mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5.
Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no
momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o
Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos
trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando
se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os
acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60
reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa
credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6.
De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me
chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma
comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a
senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em
eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim
ligado.
7.
Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o
fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida
provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do
PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado
por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em
duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio
resolveu difundir e criticar.
8.
Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o
Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o
que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com
o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes,
no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram
a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o
Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de
confiança;
9.
Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi
divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10.
Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade,
cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a
confiança foi tido como manobra desleal.
11.
PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou
no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo
manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a
unidade partidária.
Passados estes momentos críticos,
tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as
conquistas sociais.
Finalmente,
sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã.
Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente,
\
L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do
Brasil
Palácio do Planalto
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