FACEBOOK RAS nº 3.976 (17ago2018): CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS PATRIMÔNIO CULTURAL NACIONAL (IPHAN/MinC) E MUNDIAL (Unesco; 06dez1997).
FÁBRICA SANTA AMÉLIA (1892) ; ANTIGO COTONIFÍCIO
CÂNDIDO RIBEIRO (1902-1966).
PROJETOS, OBRAS E
INVESTIMENTOS: IPHAN/MINC
INTERVENÇÃO DO PAC
CIDADES HISTÓRICAS / CONVÊNIO UFMA.
Conjunto de
arquitetura industrial doado pelo Governo Federal (Pres. José Sarney) à UFMA em
1987.
Rua Cândido
Ribeiro, entre Ruas do Mocambo e da Inveja, Bairro do Mercado Central, Centro
Histórico de São Luís do Maranhão.
|
Vista
geral da FSA. O complexo de 06 imóveis vai abrigar os Cursos de Turismo e
Hotelaria da UFMA.
|
[1]
IPHAN: FÁBRICA
SANTA AMÉLIA (São Luís, MA)
IPHAN – Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional
http://www.infopatrimonio.org/?p=19682#!/map=38329&loc=-2.5329799999999976,-44.299507000000006,17
Nome
atribuído: Prédio da antiga Fábrica Santa Amélia localizado na R. Cândido
Ribeiro, nº 250
Outros
Nomes: Cotonifício Cândido Ribeiro; Prédio à Rua Cândido Ribeiro, 250
Cidade: São
Luís-MA
Localização: R.
Cândido Ribeiro, nº 250, quadra 150, Centro – São Luís – MA
Número do
Processo: 1144-T-1985
Livro do
Tombo Histórico: Inscr. nº 513, de 01/07/1987
DESCRIÇÃO [1]:
O prédio
onde funcionou a Fábrica Santa Amélia abrigou, primeiramente, a fábrica da
Companhia de Lanifícios Maranhense, instalada em 1892. Com a falência desta, a
fábrica e o maquinário foram arrematados em leilão, por Cândido José Ribeiro, em 1902 e, somado à Fábrica São Luís, passou
a constituir o “Cotonifício Candido Ribeiro”.
A fábrica
funcionou por 64 anos, sendo fechada em 1966, tendo grande importância no processo
de industrialização do Maranhão, iniciado em meados do século XIX, produzindo
inclusive para exportação.
A construção
inicial em pedra, cal e tijolo teve que ser reforçada no seu sistema
estrutural, com a introdução de elementos metálicos como vigas e pilares, na
época da instalação da Fábrica Santa Amélia.
Além disso,
seu espaço foi ampliado com a construção de dois acréscimos laterais térreos,
de estrutura metálica modulada, importada da Inglaterra.
A fachada,
resultado da construção em várias épocas, guarda, entretanto, uma distribuição
harmoniosa, simétrica, tendo no corpo central dois pavimentos e mirante
revestidos de azulejos portugueses.
Próxima à
porta principal, se encontra notável escada de metal helicoidal, de origem
inglesa.
O terreno situado
atrás é revestido de paralelepípedos, possuindo um grande poço do qual era
retirada a água que servia ao prédio e uma chaminé de tijolo refratário de
aproximadamente 28 m de altura.
O edifício
conserva sua estrutura espacial muito próxima das condições originais, não
apresentando problemas de ordem estrutural e descaracterizações importantes.
Estas resultam em geral da utilização atual do imóvel e limitam-se a
fechamentos de vãos, subdivisão de compartimentos etc.
USO ATUAL: Universidade Federal do Maranhão
(depósito até outubro de 2015. Depois disso, cursos de Turismo e Hotelaria da
UFMA e Hotel-Escola).
Fonte: Iphan.
DESCRIÇÃO [2]:
Construída
no século XIX, a Fábrica Santa Amélia deixou a sua marca histórica no
desenvolvimento econômico da cidade de São Luís. Foi tombada pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1º de julho de 1987. Na
sua restauração, foram mantidas as características históricas originais dos
prédios, como as telhas francesas, azulejos portugueses, estruturas metálicas
inglesas e escada helicoidal escocesa.
O conjunto é
formado por seis prédios, sendo um central para abrigar as unidades acadêmicas,
uma biblioteca, um hotel escola, um auditório com capacidade para 360 lugares,
equipado com cabine de tradução simultânea; uma Empresa Junior de Turismo e
vários laboratórios.
Fonte: UFMA.
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[2]
A FÁBRICA SANTA AMÉLIA: SÍMBOLO DE UMA ERA
Junho 2011
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Fabrica Santa Amélia, c. 1908
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HISTÓRICO
Construída em 1892, quando passa a compor o conjunto fabril que se
formava em São Luís, decorrente da conjuntura econômica do final do século, a
Fábrica Santa Amélia, propriedade da Companhia de Lanifícios Maranhense - CLM
foi edificada com alvenaria de pedra e cal, comportando internamente uma
estrutura metálica (de suporte das maquinarias), toda importada da Inglaterra e
montada por técnicos maranhenses. Para o treinamento de operacionalização
vieram três técnicos da Inglaterra.
DOIS CICLOS: 1892-1901 / 1902-1966
A CLM funcionou por menos de dez anos, pois problemas de gestão
financeira, a concorrência de produtos já acabados e a necessidade de
importação de matéria-prima, acabaram por levá-la à falência, sendo posta em
leilão em 1902. Foi então arrematada pelo empresário Cândido José Ribeiro,
passando à propriedade da firma Cotonifício Cândido Ribeiro - CCR, composta por
duas fábricas, pois também operava a Fábrica São Luís.
A Fábrica Santa Amélia funcionou até 1966, sendo sua produção média
diária entre dez mil e vinte mil metros de tecido, propiciado por 298 teares. O
algodão provinha do interior do Estado que, depois de processado, era exportado
para vários estados brasileiros, inclusive Rio de Janeiro, Santa Catarina, São
Paulo e Bahia e para o exterior do país: Argentina, Portugal, África etc.
Seu fechamento se deveu a entrada no mercado de teares mais
modernos em outros mercados e do uso de fios sintéticos que baratearam o custo
dos tecidos.
Hoje [2011] o prédio é propriedade da Universidade Federal do
Maranhão
IMPORTÂNCIA URBANÍSTICA E CULTURAL
A Fábrica Santa Amélia (hoje
um complexo de 06 edificações da UFMA, a qual agregou a Fonte das Pedras no
escopo do projeto de requalificação) integra o notável conjunto
de edificações industriais construído na segunda metade do séc. XIX, na capital
do Maranhão (e no interior do Estado), em decorrência do extraordinário surto
da agricultura do algodão e da indústria têxtil que impulsionou a economia e o
urbanismo do Maranhão até meados do séc. XX, quando se deu o acelerado declínio
que culminou no fechamento de todas as indústrias do ramo e do Ciclo do Algodão
no Maranhão.
Remanescente dessa época de apogeu e junto com as Fábricas do Rio
Anil, Cânhamo e São Luís, a Fábrica Santa Amélia é um dos quatro mais
importantes exemplares da arquitetura industrial do período imperial
brasileiro, no Centro Histórico de São Luís.
A Fábrica Santa Amélia é uma edificação inscrita no Livro de
Tombamento do Patrimônio Nacional desde 1987 e ocupa metade de uma quadra
situada na zona tombada estadual e zona de preservação municipal, o que lhe
assegura a proteção legal nos três níveis de governo. A edificação é adjacente
à FONTE DAS PEDRAS (a qual ocupa a outra metade da quadra), o que configura uma
ocupação significativa no Centro Histórico como elemento de destaque na
paisagem urbana, tanto por sua volumetria, como pela qualidade de suas fachadas.
Essa implantação e o notável valor arquitetônico da edificação
reforçam a importância – estética, sócio-econômica e cultural - da sua
restauração e da sua readequação de uso a novas funções.
A reinserção econômica da Fábrica Santa Amélia – devidamente restaurada
e plena de atividades - na vida urbana do Centro Histórico de São Luís servirá
como forte elemento de interação cotidiana entre os corpos discente, docente e
administrativo da UFMA e as comunidades residentes e os pequenos comerciantes
instalados na sua área de influência. Num sentido mais amplo, a exemplo das
Fábricas Cânhamo e Rio Anil*, a nova Santa Amélia servirá como um dos
principais ponto focais na política da política de desenvolvimento turístico da
Região Metropolitana de São Luís e, por extensão, do Estado do Maranhão.
(*) PS: A Fábrica Cânhamo (hoje
abrigando o CEPRAMA – Centro de Artesanato do Maranhão) e a Fábrica do Rio Anil
(hoje abrigando o CINTRA - Centro Integrado [pedagógico e comunitário] do Rio
Anil) eram propriedades privadas em franca deterioração física e sem utilização
alguma, que foram adquiridas e restauradas pelo Governo do Estado,
respectivamente, durante o Governo Epitácio Cafeteira (1987-1991) e o Governo
Edison Lobão (1991-94), no âmbito do Subprograma de Restauro do Patrimônio
Arquitetônico Industrial, um dos módulos do Programa de Preservação e
Revitalização do Centro Histórico de São Luís - PPRCH. A Fábrica São Luís, (até
nov. 1999) constitui-se como propriedade privada, semi-arruinada e sem
utilização, configurando um grave ponto de disfunção econômica, insegurança social e desgaste da paisagem
urbana.
Revisão e
texto complementar: Ronald de Almeida Silva, arquiteto.
São Luís, MA, junho 2011.
PRESIDENTE
DO IPHAN E DIRETOR DO PAC CIDADES HISTÓRICAS VISITAM FÁBRICA SANTA AMÉLIA
[SLZ-MA, 26mar2015]
A área total compreende mais 13
mil metros quadrados e abrigará os cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA, além
do hotel-escola da Universidade
Fonte: UFMA;
Publicado em: 26/03/2015
Acesso RAS
2018-09-12
SÃO LUÍS –
No final da tarde desta terça-feira (26/03/2015), o reitor da Universidade
Federal do Maranhão, NATALINO SALGADO,
recebeu a presidente do Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), Jurema Machado, para uma visita técnica às obras de restauração e
requalificação do complexo da Fábrica Santa Amélia, localizada na Rua Cândido
Ribeiro, Centro.
A área total
compreende mais 13 mil metros quadrados e abrigará os cursos de Turismo e
Hotelaria da UFMA, além do hotel-escola da Universidade. Também estiveram
presentes, o diretor do PAC Cidades Históricas, Robson de Almeida; a secretária
de estado do Turismo, Delma Andrade; e a superintendente do Iphan-MA, Kátia
Bogea.
A comitiva
visitou o prédio central de 2.470,61
metros quadrados, onde passeou pelo hall, pátio com mezanino, o primeiro
pavimento, o mirante – onde funcionava a administração da antiga fábrica têxtil
-, quatro miniauditórios, uma passarela onde funcionava a antiga base dos
motores, e os espaços onde serão feitos a lanchonete, o jardim interno e a área
de vivência.
Antiga
estrutura da Cooperativa Educacional dos Servidores da UFMA (Coesufma) foi outro
local visitado.
Este sítio abrigará um auditório de 5.585 metros quadrados que terá capacidade para 450 lugares e
cabine de tradução simultânea, além de salas de aula, uma biblioteca com 466,81
metros quadrados, laboratórios e elevador de acessibilidade.
Também
integram o complexo, uma empresa júnior e o hotel-escola de 1.415 metros
quadrados, que terá nove apartamentos suítes, um restaurante e duas cozinhas
industriais.
Esta
estrutura ficará a serviço dos alunos de turismo e hotelaria da UFMA para o
aprendizado, na prática, da administração de um hotel. Outro ponto importante
da requalificação dos oito prédios da área foi o processo de nivelamento que
garante total acessibilidade a alunos e visitantes com deficiência.
O caráter
histórico é um grande marco das obras, que estão 80% concluídas. Desde o início
da restauração e requalificação, a UFMA e o Iphan trabalharam juntos para
conservar ao máximo as características originais dos prédios.
Já foram
encontradas aproximadamente 30 mil peças da arqueologia industrial que serão
incorporadas a um acervo museográfico, tais como motores, equipamentos
utilizados na indústria têxtil, porcelanas e machadinhas.
As
particularidades da antiga fábrica têxtil foram mantidas, ao serem recuperadas
peças originais e anexadas outras de mesmas características: telhas francesas,
azulejos portugueses, estruturas metálicas inglesas e escada helicoidal
escocesa são alguns dos materiais adquiridos e considerados de ponta no século
XIX.
“Sempre
soube do potencial e da magnitude desse patrimônio, porém estou sinceramente
impressionada. O que estamos vendo aqui, hoje, é um complexo educacional de
grande porte com toda qualidade, acessibilidade, tecnologia, um espaço que,
além da qualidade, vai significar mais energia e vida para este centro
histórico”, disse a presidente do Iphan, Jurema Machado.
Natalino
Salgado ressaltou as parcerias envolvidas na recuperação da estrutura e sua
importância para a educação do Estado. “Hoje, bem avaliado, se percebe que os
prédios estão na fase final de recuperação.
São mais de 13 mil metros quadrados
e é o maior conjunto arquitetônico em recuperação no Brasil, com investimento
de mais de 17 milhões adquiridos em parcerias com o Ministério do Turismo,
Ministério da Cultura e Ministério da Educação. Logo faremos a inauguração para
que comece a funcionar nestes prédios os cursos de Turismo e Hotelaria”, disse
o reitor da UFMA.
Veja a
reportagem da TV ASCOM UFMA:
VIDEO COM
KÁTIA BOGEA, Presidente do IPHAN.
[4]
COMPLEXO DA
FÁBRICA SANTA AMÉLIA É INAUGURADO
[SLZ-MA; em 07out2018]
A
restauração do conjunto de prédios históricos foi uma parceria entre a UFMA e o
IPHAN
Fonte: UFMA;
Publicado em: 08/10/2015
http://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=45733
Acesso RAS
2018-09-12
SÃO LUÍS – Foi inaugurado, nesta quarta-feira (07out2015), o
complexo da antiga Fábrica Santa Amélia, localizado na Rua Cândido Ribeiro,
Centro.
O conjunto de prédios foi restaurado por meio de parceria entre a
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e o Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN), para abrigar os cursos de Turismo e Hotelaria da
UFMA, constituindo um importante centro de pesquisa nessas duas áreas.
Construída no século XIX, a Fábrica Santa Amélia deixou a sua
marca histórica no desenvolvimento econômico da cidade de São Luís. Foi tombada
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1º de
julho de 1987.
Na sua restauração, foram mantidas as características históricas
originais dos prédios, como as telhas francesas, azulejos portugueses,
estruturas metálicas inglesas e escada helicoidal escocesa.
O conjunto é formado por seis [6] prédios, sendo
um central para abrigar as unidades acadêmicas, uma biblioteca, um hotel
escola, um auditório (com capacidade para 360 lugares, equipado com cabine de
tradução simultânea); uma Empresa Junior de Turismo e vários laboratórios.
A inauguração contou com a presença do reitor Natalino Salgado; do
governador Flavio Dino; do vice Carlos Brandão; do presidente da Assembleia
Legislativa, Humberto Coutinho; do diretor do PAC Cidades Históricas, Robson de
Almeida; da Superintendente do IPHAN, Kátia Bogéa; e do secretário municipal de
governo, Lula Filho.
O governador Flavio Dino afirmou que a celebração de uma obra
física de grande valor histórico como esta é um ganho para a sociedade.
“Testemunhar esse grande salto qualitativo é de grande importância para mim. É
mais um passo que damos para a qualificação do centro histórico de São Luís,
pois é sobre a educação, a cultura e a memória e coisas do espírito que se
consolida as grandes civilizações”.
Para o reitor da UFMA, Natalino Salgado, este é um feito que vai
contribuir para a educação e o turismo, além da preservação da história e da
cultura do Estado. “Este espaço de formação para dois dos cursos da nossa
Universidade também é um patrimônio que não só cumpri o objetivo de formação,
como de revitalização e resgate da nossa cultura e história e, consequentemente,
serve para impulsionar o turismo da nossa cidade”, destacou.
A superintendente do IPHAN Maranhão, Kátia Bogéa, disse que,
durante toda a sua careira, pautou o seu trabalho nos ensinamentos que recebeu
do presidente do IPHAN, Aloísio Magalhães. “Não tem sentido a memória apenas
para guardar o passado. A tarefa da preservação do patrimônio cultural
brasileiro, ao invés de ser uma tarefa de cuidar do passado, é essencialmente
uma tarefa de refletir o futuro”.
O anexo onde
funcionará o Hotel Escola será entregue até março de 2016.
AVISO AOS NAVEGANTES! Internet civilizada:
NOTAS DO EDITOR do Blog
Ronald.Arquiteto e do Facebook Ronald Almeida Silva:
[1] As palavras e números entre [colchetes];
os destaques sublinhados, em negrito e amarelo bem como nomes próprios em CAIXA
ALTA e a numeração de parágrafos – se presentes nos textos ora publicados - NÃO
CONSTAM da edição original deste documento (mensagem, artigo; pesquisa;
monografia; dissertação; tese ou reportagem). Os mencionados adendos ortográficos
foram acrescidos meramente com intuito pedagógico de facilitar a leitura, a
compreensão e a captação mnemônica dos fatos mais relevantes da mensagem por um
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