GOVERNO FEDERAL PUBLICA ATLAS IPEA-FBSP DA VIOLÊNCIA
NO BRASIL 2017 ONDE SE DESTACA:
(1) MARANHÃO É O 3º ESTADO DO PAÍS COM MAIOR CRESCIMENTO DAS TAXAS DE
HOMICÍDIO NO PERÍODO 2005-2015.
(2) MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR ENTRE OS CINCO MAIS VIOLENTOS DO
BRASIL (com mais de 100.000 hab) Ver infográfico.
ATLAS
IPEA/FBSP DA VIOLÊNCIA 2017 mapeia 59.080 homicídios no Brasil [05jun2017]
Ø
Estudo realizado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública
mostra que jovens e negros são as principais vítimas de violência no país;
Ø
A cada
100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras.
Fonte: IPEA - Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada; 05/06/2017 11:41
RAS 2017-10-31
[1] O BRASIL
REGISTROU, EM 2015, 59.080 HOMICÍDIOS.
1.
Isso significa 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes.
Os números representam uma mudança de patamar nesse indicador em relação a
2005, quando ocorreram 48.136 homicídios.
2. As informações estão no Atlas da Violência 2017,
produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com
o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
3.
O estudo analisa os números e as taxas de homicídio no
país entre 2005 e 2015 e detalha os dados por regiões, Unidades da Federação e
municípios com mais de 100 mil habitantes.
4.
Apenas 2% dos municípios brasileiros (111) respondiam,
em 2015, por metade dos casos de homicídio no país, e 10% dos municípios (557)
concentraram 76,5% do total de mortes.
[2] [ESTADOS MAIS PACÍFICOS E MAIS VIOLENTOS]
5.
Os estados que apresentaram
crescimento superior a 100% nas taxas de homicídio no período analisado estão
localizados nas regiões Norte e Nordeste.
6.
O destaque é o RIO
GRANDE DO NORTE, com um crescimento de 232%. Em 2005, a taxa de homicídios
no estado era de 13,5 para cada 100 mil habitantes. Em 2015, esse número passou
para 44,9. Em seguida estão SERGIPE (134,7%)
e MARANHÃO (130,5).
7.
PERNAMBUCO
e ESPÍRITO SANTO, por sua vez, reduziram a taxa de homicídios em 20% e
21,5%, respectivamente. Porém, as reduções mais significativas ficaram em estados
do Sudeste: em São Paulo, a taxa caiu 44,3% (de 21,9 para 12,2), e, no Rio de
Janeiro, 36,4% (de 48,2 para 30,6).
8.
Houve um aumento no número de Unidades da Federação que
diminuíram a taxa de
homicídios depois de 2010. Especificamente nesse período, as maiores quedas [das
taxas de homicídios] ocorreram no ESPÍRITO
SANTO (27,6%), PARANÁ (23,4%) e ALAGOAS (21,8%).
9.
No
sentido contrário, houve crescimento intenso das taxas [de homicídios] entre
2010 e 2015 nos estados de SERGIPE (77,7%), RIO GRANDE DO NORTE (75,5%), PIAUÍ
(54,0%) e MARANHÃO (52,8%).
10.
A pesquisa também aponta uma difusão dos homicídios
para municípios do interior do país.
[3] MUNICÍPIOS MAIS PACÍFICOS E MAIS VIOLENTOS
11.
O Atlas da Violência 2017 analisou dados do Sistema de
Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, referentes ao
intervalo de 2005 a 2015, e utilizou também informações dos registros policiais
publicadas no 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do FBSP. Para listar
os 30 municípios potencialmente mais violentos e menos violentos do Brasil em
2015, o estudo considerou as mortes por agressão (homicídio) e as mortes
violentas por causa indeterminada (MVCI).
12. ALTAMIRA, no PARÁ, lidera a relação dos municípios mais violentos, com uma taxa de homicídio somada a MVCI de 107. Em seguida, aparecem (ii) LAURO DE FREITAS, na BAHIA (97,7); (iii) NOSSA SENHORA DO SOCORRO, em SERGIPE (96,4); (iv) SÃO JOSÉ DE RIBAMAR, no MARANHÃO (96,4); e (v) SIMÕES FILHO, também na BAHIA (92,3).
13. As regiões Norte e Nordeste somam 22 municípios no
ranking dos 30 mais violentos em 2015.
14.
Entre os 30 mais pacíficos, 24 são municípios da região
Sudeste. No entanto, os dois primeiros da lista ficam em Santa Catarina:
Jaraguá do Sul (3,7) e Brusque (4,1). Em seguida, aparecem Americana (4,8) e
Jaú (6,3), ambos em São Paulo, Araxá, em Minas Gerais (6,8), e Botucatu (7,2),
também em São Paulo. A lista completa dos 30 municípios mais e menos violentos
está nas tabelas 2.1 e 2.2 da pesquisa.
15.
A análise isolada das taxas de homicídio pode ocultar o
verdadeiro nível de agressão letal por terceiros em um município. Exemplo disso
é Barreiras (BA), onde foi registrado apenas um homicídio em 2015. Isso
colocaria a cidade entre as mais pacíficas do país. No entanto, ocorreram em
Barreiras, naquele ano, 119 MVCI, uma taxa de 77,3 por 100 mil habitantes, o
que eleva o município para a relação dos municípios mais violentos.
[4] PERFIL DAS VÍTIMAS
16.
Mais de 318 mil jovens foram assassinados no Brasil
entre 2005 e 2015. Apenas em 2015, foram 31.264 homicídios de pessoas com idade
entre 15 e 29 anos, uma redução de 3,3% na taxa em relação a 2014. No que diz
respeito às Unidades da Federação, é possível notar uma grande disparidade:
enquanto em São Paulo houve uma redução de 49,4%, nesses onze anos, no Rio
Grande do Norte o aumento da taxa de homicídios de jovens foi de 292,3%.
17.
Os homens jovens continuam sendo as principais vítimas:
mais de 92% dos homicídios acometem essa parcela da população. Em Alagoas e
Sergipe a taxa de homicídios de homens jovens atingiu, respectivamente, 233 e
230,4 mortes por 100 mil homens jovens em 2015.
18.
A
cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras.
De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de
serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças, já descontado o
efeito da idade, escolaridade, do sexo, estado civil e bairro de residência.
19.
Os dados sobre mortes decorrentes de intervenção
policial apresentam duas variações: as analisadas por números do SIM na
categoria “intervenções legais e operações de guerra” (942) e os números
reunidos pelo FBSP (3.320) em todo o país.
20.
Os estados que mais registraram homicídios desse tipo
pelo SIM em 2015 foram Rio de Janeiro (281), São Paulo (277) e Bahia (225).
Pelos dados do FBSP, foram registrados em São Paulo 848 mortes decorrentes de
intervenção policial, 645 no Rio de Janeiro 645 e 299 na Bahia.
P.S.1: NOVO PORTAL ELETRÔNICO SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA.
Junto
com esta publicação estamos inaugurando o portal eletrônico (*) que nasceu de uma parceria entre o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Trata-se de um site para prover indicadores e conteúdo sobre segurança pública,
em que o interessado pode obter de forma rápida e fácil não apenas séries de
dados, mapas e gráficos sobre incidentes violentos, crimes e características do
sistema de segurança pública brasileiro, mas ainda conteúdo com inúmeras
análises, artigos e vídeos sobre vários temas correlacionados à violência e
criminalidade. (*) http://ipea.gov.br/atlasviolencia/
Fonte:
Texto do Atlas 2017, pág.5.
P.S.2: O QUE É O IPEA?
O Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é uma fundação
pública federal vinculada ao Ministério
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão [MPDG]. Suas atividades de
pesquisa fornecem suporte técnico e institucional às ações governamentais para
a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento
brasileiros. Os trabalhos do Ipea são
disponibilizados para a sociedade por meio de inúmeras e regulares publicações
eletrônicas, impressas, e eventos.
Fonte: IPEA MPDG
http://www.mestradoprofissional.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1226&Itemid=68