[GOVERNO DILMA]
AMADORISMO
E INCOMPETÊNCIA
Carlos
Chagas
27/08/2015
http://www.debatesculturais.com.br/amadorismo-e-incompetencia/
Madame
[Dilma Rousseff] continua conquistando os troféus de amadorismo e de
incompetência política, agora ao mandar anunciar que extinguirá dez
ministérios, mas sem dizer quais, aumentando a temperatura entre os partidos
incrustados no poder sem querer perdê-lo. A briga vai ser de foice entre PT e
PMDB para segurar seus lugares. Acresce que a presidente deixou passar um tempo
precioso desde as primeiras pressões recebidas para enxugar o governo, de
início negando-se e agora voltando atrás.
O
maior erro de Dilma Rousseff, porém, ainda não foi cometido, situando-se na
ante sala de seu gabinete, caso não aproveite para mudar quase todos os 29
ministros que não terão extintos seus ministérios. Porque para recuperar a
credibilidade e retirar o país do buraco em que se encontra, só mandando
passear os fisiológicos e os parvos de sua equipe, compondo um grupo
caracterizado pela eficiência. Será fatal manter o condomínio atual dos
partidos no governo, sem cuidar de selecionar os melhores para cada função, de
preferência escolhidos bem longe do Congresso.
Fácil
não será, tendo em vista a necessidade de impedir o esfacelamento de sua base
parlamentar, mas em tempos bicudos como os atuais, sempre será possível obter
dos partidos um compromisso de colaboração desinteressada, capaz de evitar o
pior.
PT NÃO QUER CONVERSA
A
principal dificuldade para Dilma enfrentar é o PT, hoje detendo o maior número
de ministérios e, em consequência, mais exposto a perder espaço. A presidente
deveria ter costurado a cirurgia e promovido as substituições antes de mandar
anunciá-las genericamente, muito menos estendendo até final de setembro o prazo
para tomar as decisões. Parece óbvio que sofrerá pressões inusitadas, até
ameaças de abandono da base governista. Com o governo enfraquecido, aumentam as
possibilidades de chantagem.
Em
suma, o risco é de amadorismo e incompetência continuarem frequentando os
corredores do palácio do Planalto, ainda mais na ausência do vice-presidente
Michel Temer, engolido pelo festival de mesquinharias encenado pelo comando
petista.
TEMPOS IDOS E VIVIDOS
Houve
tempo em que dava gosto viver no planeta, apesar de suas contradições e
dificuldades. Pelo menos, as nações tinham em quem confiar.
Ø Nos Estados
Unidos, John Kennedy empolgava.
Ø Na União
Soviética, entre o sputnik e Yuri Gagárin, quem pontificava era Nikita Kruschev.
Ø O general De Gaulle recuperava a França,
Ø Winston Churchill voltara a ser primeiro-ministro da Inglaterra e
Ø Konrad Adenauer consolidava a nova Alemanha.
Ø Na China, Mao Tse-tung assustava o mundo,
Ø menos Pandit Nehru, na India, e até
Ø no Vaticano
permanecia a sombra do velhinho mais reformador da Igreja, [o Papa] João XXIII.
Ø Para não esquecer
o Brasil, onde Jânio Quadros assumia
o poder como a grande esperança, depois da confiança deixada por Juscelino Kubitschek.
Pois é. Acabou
tudo. A mediocridade ocupou todos os quadrantes e nunca mais foi embora...
Nenhum comentário:
Postar um comentário