[96] URBANISMO SLZ (18): CÓDIGO DE POSTURAS DE SÃO LUÍS, MA, 1968 – CARTA AO JORNALISTA RADIALISTA DA RÁDIO MIRANTE AM, ROBERTO FERNANDES. 2011

COLETÂNEA SÃO LUÍS 500 ANOS - 2112

MEMÓRIA DOS ESCRITOS E DAS IDÉIAS [XXVII]

 

[96] URBANISMO SLZ (18): CÓDIGO DE POSTURAS DE SÃO LUÍS, MA, 1968 – CARTA AO JORNALISTA  RADIALISTA DA RÁDIO MIRANTE AM, ROBERTO FERNANDES. 2011

Carta do arquiteto Ronald Almeida ao radialista Roberto Fernandes.

 

São Luís, 16/05/2011.

 

Caro Roberto Fernandes

Prezado cidadão pernambucano e ludovimaranhense, radialista, jornalista, comentarista desportivo, em futuro próximo bacharel em Direito [e Justiça] e, sobretudo, Emérito Botafoguense,

 

Agradeço-lhe pela especial atenção que foi dada pelo nobre amigo ao meu artigo intitulado “CÓDIGO DE POSTURAS DE 1968 E AS IMPOSTURAS DE HOJE”, durante seu programa - PONTO FINAL - de hoje [16/05/2011; segunda-feira], lido por você entre 10:45 e 10:55 h na Rádio Mirante AM.

 

Sei que a leitura integral de um artigo técnico de três laudas em um dos programas radiofônicos de maior audiência no Maranhão (e alhures) é um fato muito raro. Como carioca da safra de 1947 [02/06] e arquiteto urbanista radicado em São Luís desde 08/Nov/1976, sinto-me bastante gratificado com sua atenção e, em especial, com a grande repercussão gerada entre as pessoas que amam São Luís de forma conseqüente.

 

Como nunca tive e não tenho filiação partidária, não pertenço a grupo político de qualquer natureza [meu partido é o Partido Alto do Samba], esse artigo - como todos os demais que tenho escrito nestes 35 anos em que resido e trabalho em e por São Luís - não tem motivação política alguma, não é contra os atuais gestores públicos, não é contra qualquer autoridade específica. 

É apenas contra a falta de transparência, contra a incompetência, contra a ganância e contra a generalizada e crescente omissão de muitos para com o patrimônio cultural em especial e o patrimônio público em geral.

 

Esses bens de uso comum do povo são nossos, dos cidadãos de todas as classes, pois foram construídos com os elevadíssimos e numerosíssimos impostos, tributos, taxas, emolumentos, "contribuições" etc., que os governantes arrancam impiedosamente das famílias e dos trabalhadores brasileiros.

 

O seu programa diário é uma grande trincheira democrática, um grande farol de informações em defesa de São Luís, do Maranhão, do Nordeste e de todas as boas práticas – inclusive no esporte – e das coisas e idéias fecundas e fabulosas que este Brasil tem e que nem todos enxergam como tal, como é o caso do nosso abandonado Centro Histórico e da nossa maltratadíssima Ilha de São Luís.

 

O meu próximo artigo, atendendo sua sugestão, será sobre o Código de Construção [= Código de Obras] do Município de São Luís, Lei-delegada 033, de 11 de maio de 1976, o qual acabou de completar 35 anos, em franco esquecimento e alta inacessibilidade. Quem tem uma cópia deste instrumento legal imprescindível? Quem o cumpre? Basta. Estamos ou não no Século XXI? Precisamos colocar um PONTO FINAL nessa longeva história de omissão e desrespeito à cidadania.

 

Muito obrigado e longa vida ao seu trabalho de difusão das idéias, das verdades, das versões e do contraditório, o que fortalece a democracia e nos educa para as lides civilizatórias.

 

FORA DA LEI NÃO HÁ JUSTIÇA E SEM JUSTIÇA LEGÍTIMA NÃO HÁ CIVILIZAÇÃO.

 

Um abraço alvinegro

 

Ronald de Almeida Silva