BLOG RONALD.ARQUITETO [882] REVISTA AEDEM 01 (JUL.2016): SEM
ENERGIA NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO. José
Jorge Soares Leite. Junho 2015.
SEM ENERGIA NÃO HÁ
DESENVOLVIMENTO
[texto redigido em junho
2015]
Autor: José Jorge Leite
Soares
Foto: Arquivo do autor
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REVISTA AEDEM: POLÍTICA & CIDADANIA (Binômio do
Desenvolvimento Sustentável) no. 01; julho 2016.
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Editada
pela:
AEDEM – ASSOCIAÇÃO DOS EX-DEPUTADOS ESTADUAIS DO MARANHÃO
Lema: “Continuamos servindo nosso Estado”
Fundada em
17mar2007
CNPJ nº: 08.784.436/0001-20
Supervisão Geral: NAN SOUZA
Coordenação
Editorial:
RONALD
DE ALMEIDA SILVA
Arquiteto Urbanista; Natural do Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947;
reside em São Luís, MA desde 1976.
Graduação: FAU-UFRJ 1968-1972; Pós-graduação: Universidade de Edimburgo,
Escócia 1981-83
Registro Prof. CAU-BR nº A.107-150-5.
e-mail:
ronald.arquiteto@gmail.com
Assessoria de Comunicação, Design Gráfico e Marketing; VYTRINE,
Responsável: Jaqueline Mouchereck
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SITE: http://www.aedem.org.br/
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SEM ENERGIA NÃO HÁ
DESENVOLVIMENTO
[texto redigido em junho
2015]
Autor: José Jorge Leite
Soares
1. Nos tempos remotos, a conquista e a hegemonia dos
povos eram exercidas pela força. Impérios sustentados por exércitos poderosos
mantiveram-se no apogeu por longos períodos. Atualmente, as grandes potências
econômicas estão alicerçadas na autossuficiência de energia e no domínio do
conhecimento. Destacam-se no cenário Mundial as economias que geram riquezas
através da pesquisa, do desenvolvimento de tecnologias inovadoras e da educação
de seu povo.
2. O Brasil tem sido apresentado como uma Nação
emergente, um País do futuro, com uma fronteira agrícola sem igual, protegido
das grandes intempéries, despontando como a sexta maior economia do Mundo e,
durante muitos, vangloriou-se de sua matriz energética limpa, baseado na hidroeletricidade.
3. A época de oferta de energia farta e barata já se foi
e o atrativo aos grandes empreendimentos eletro intensivos já é coisa do
passado. O novo momento, causado pela adoção de políticas e modelos
equivocados, agravado pelo longínquo período de escassez de chuvas, vem
provocando uma elevação dos custos da eletricidade que afetam todas as classes
consumidoras e comprometem o crescimento do País.
4. Em 1970, a Usina de Boa Esperança, com suas duas
primeiras turbinas de 54 MW cada, tinha capacidade suficiente para atender todo
o mercado dos estados do Maranhão e do Piaui. Naquela época, apenas 8 MW eram
suficientes para atender os 21 mil consumidores da Cemar em todo o Maranhão.
Atualmente, apenas para atender aos mais de 2.200.000 consumidores atendidos
pela Cemar são necessários 1.000 MW dos 1.800 MW necessários para suprir toda a
demanda do estado.
5. Nestes últimos 10 anos, a concessionária local, para
propiciar o desenvolvimento do estado, investiu cerca de R$ 4 bilhões na
modernização e expansão do sistema elétrico, garantindo maior qualidade e
confiabilidade da energia aos seus consumidores.
6. Nos tempos mais recentes, com a descoberta das
reservas de gás natural e a implantação de usinas térmicas, o Maranhão vem se
tornando um dos maiores geradores de energia do País, ocupando o 9º. lugar no
ranking nacional. No entanto, devido a interligação nacional do sistema de
transmissão, estamos submetidos ao comportamento do sistema elétrico como um
todo e, como consequência, ficamos à mercê da política de preços e ameaças de
racionamento iguais a qualquer consumidor brasileiro.
7. Com a expectativa de crescimento contínuo das tarifas
e com base na matriz energética do país, onde 70% da nossa eletricidade advém
de fontes hidráulicas (cada vez mais escassas e com impactos relevantes no meio
ambiente das bacias dos grandes mananciais da Amazônia) e 28% oriundas de
fontes térmicas, o modelo brasileiro necessita de correção de rumo.
8. Na Europa (Inglaterra e Espanha, por exemplo), onde os
invernos são extremamente rigorosos, mais de 60% da eletricidade é oriunda do
aproveitamento dos ventos e da luz solar, enquanto que aqui no Brasil ainda
rastejamos no patamar dos 2%.
9. A história registra que são as adversidades que
motivam a busca de soluções e, no mundo empresarial são as ameaças a grande
fonte das oportunidades. Temos que pensar no futuro e trabalhar para viabilizar
o futuro que queremos.
10. O primeiro passo, enquanto consumidor, é fazer a nossa
parte. Racionalizar o uso da eletricidade, modificando hábitos de consumo e
substituindo equipamentos obsoletos por outros de maior eficiência energética e
partindo para a autoprodução de energia fazendo uso das fontes naturais dos
ventos e da luz solar. A Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, através
da Resolução Normativa No. 482 já regulamenta essa prática e a Cemar já se
encontra preparada para atender aqueles consumidores que desejam instalar seus
próprios sistemas.
11. Por outro lado, vivemos em um Estado que possui o
segundo maior litoral do País propício a implantação de parques geradores
eólicos e nas proximidades da linha do Equador, com um elevado índice de
insolação, onde a alternativa das usinas fotovoltaicas também se apresenta como
uma grande solução.
12. Políticas públicas devem ser implementadas, gerando
atrativos via redução da carga tributária para empreendimentos dessa natureza,
além da criação de créditos específicos capazes de atrair investidores e
melhoria das condições de logística portuária para a garantia da entrada e
saída e de equipamentos.
13. Dentro deste contexto, a AEDEM manifesta o seu
compromisso com o desenvolvimento do Estado do Maranhão propondo a Casa
legislativa a discussão deste tema em busca de um Maranhão mais desenvolvido e
mais justo.
Autor:
José Jorge Leite Soares
[engenheiro]
Ex-deputado estadual,
Cônsul da França em São Luís,
Membro da Academia
Pinheirense de Letras Artes e Ciências
Membro do Instituto Histórico
e Geográfico do Maranhão.
AVISOS AOS NAVEGANTES.1
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correto às referências, fotografias, ilustrações e citações utilizadas nesta
Revista, bem como para evitar erros de digitação e revisão. No entanto,
eventuais falhas podem ter ocorrido e contamos com a colaboração de nossos
leitores para corrigi-las no próximo número. Contato:
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2.
Os textos, ilustrações e artigos
desta Revista podem ser reproduzidos de modo parcial ou integral, desde que
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3.
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obedece ao disposto na Lei federal nº 12.257, de 18nov2015, conhecida como
LEI-LAI, Lei de Acesso à Informação. A direção da AEDEM considera ser dever de
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público em geral da forma mais correta, compreensível, justa e democrática.
4.
Os associados da AEDEM têm
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veiculados, bem como sobre eventual redução de textos em função da
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pedagógico de facilitar a leitura, a compreensão e a captação mnemônica dos
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, Brasil
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