MAKOTO NAMBA, DA TUV SUD, escreveu:
"Dessa maneira, a rigor, NÃO podemos assinar a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem, que tem como consequência a paralisação imediata de todas as atividades da mina Córrego do Feijão!"
NOTA RAS: RESULTADO: A VALE ASSUMIU O RISCO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM 1 AO NÃO PARALISAR AS ATIVIDADES DA MINA CÓRREGO DO FEIJÃO.
Ao decretar a prisão temporária de oito funcionários da VALE, o juiz RODRIGO HELENO CHAVES afirmou que
qualquer um deles, "pela posição que ocupavam", deveria ter agido
para evitar o rompimento da barragem de
minérios da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
"Dessa maneira, a rigor, NÃO podemos assinar a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem, que tem como consequência a paralisação imediata de todas as atividades da mina Córrego do Feijão!"
NOTA RAS: RESULTADO: A VALE ASSUMIU O RISCO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM 1 AO NÃO PARALISAR AS ATIVIDADES DA MINA CÓRREGO DO FEIJÃO.
Funcionários
da VALE tinham meios para evitar mortes, diz juiz
[R7; 15fev2019]
[R7; 15fev2019]
Ø Juiz RODRIGO HELENO CHAVES afirmou
que os oito empregados presos nesta sexta-feira possuíam informações
suficientes para acionar plano de evacuação
Fonte: Portal REDE RECORD; R7; MINAS GERAIS;
Fernando Mellis, do R7; 15/02/2019 - 13h23 (Atualizado em 15/02/2019 - 14h20)
https://noticias.r7.com/minas-gerais/funcionarios-da-VALE-tinham-meios-para-evitar-mortes-diz-juiz-15022019?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Acesso RAS 2019-02-15
Funcionários da VALE assumiram risco,
declarou juiz Washington Alves/Reuters
|
"Caso os investigados tivessem optado pelo acionamento do PAEBM
[Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração] é forçoso concluir
que, provavelmente, quase todas as vidas seriam poupadas",
escreveu o magistrado.
O juiz endossa uma série de irregularidades na barragem
apuradas pelo Ministério Público de Minas Gerais, que detalha avisos feitos à
gestores da mineradora em relação ao risco de rompimento.
Uma das evidências mais contundentes é a dos piezômetros (medidores de pressão interna da barragem) que
apresentaram anormalidades sem que fosse feita uma inspeção minuciosa
dos problemas.
O juiz cita o depoimento de um funcionário que trabalha na VALE há 16 anos. Ao Ministério Público,
LUCIANO HENRIQUE BARBOSA COELHO disse
atuar diretamente na área de barragens e que o pai dele, OLAVO HENRIQUE, tem mais de 35 anos de trabalho na mina Córrego do
Feijão, sendo uma das pessoas mais experientes em infraestrutura de
barragens.
COELHO relatou
que o pai fora chamado há cerca de sete ou oito meses antes da tragédia porque
estava brotando lama da barragem. A recomendação foi "para tirar o pessoal todo
do Córrego do Feijão" porque não tinha conserto a barragem".
As investigações também apontam que funcionários da VALE e da CONSULTORIA TÜV SUD trocaram e-mails sobre a
instabilidade da barragem nas vésperas do rompimento.
Para o magistrado, "diante de todas as anomalias
verificadas na barragem B1 desde meados de 2018, aliadas à alteração drástica
dos piezômetros verificada em janeiro de 2019, aparentemente não havia outra
alternativa aos funcionários da VALE senão a de acionar o PAEBM, com imediata
evacuação da área".
"É sim possível que os oito funcionários, mesmo não querendo
diretamente que o resultado ocorrese, tenham assumido o risco de produzi-lo,
pois já o haviam previsto e aceitado suas consequências", pondera
o juiz.
O Ministério Público também teve acesso a e-mails trocado
entre quatro funcionários da TÜV SUD,
incluindo o engenheiro MAKOTO NAMBA,
que assinou o laudo de estabilidade da barragem.
No dia 13 de maio de 2018, NAMBA escreveu aos colegas:
"O Marsílio está terminando os estudos de liquefação da Barragem 1 do Córrego do Feijão, mas tudo indica que não passará, ou seja, fator de segurança para a seção de maior altura será inferior ao mínimo de 1.3. Dessa maneira, a rigor, não podemos assinar a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem, que tem como consequência a paralisação imediata de todas as atividades da mina Córrego do Feijão".
"O Marsílio está terminando os estudos de liquefação da Barragem 1 do Córrego do Feijão, mas tudo indica que não passará, ou seja, fator de segurança para a seção de maior altura será inferior ao mínimo de 1.3. Dessa maneira, a rigor, não podemos assinar a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem, que tem como consequência a paralisação imediata de todas as atividades da mina Córrego do Feijão".
O engenheiro ainda que FELIPE
FIGUEIREDO ROCHA, integrante do setor de gestão de riscos geotécnicos
da VALE, "ligou na sexta-feira
passada para saber como andavam os os estudos, e sabendo da possibilidade da
Barragem 1 não passar, comentou que todos os esforços serão feitos para
aumentar o fator de segurança, como o rebaixamento do lençol freático, a
remineração do rejeito, etc. Mas são todas soluções de longo prazo, que levarão
de 2 a 3 anos para surtir o efeito desejado".
QUEM SÃO OS FUNCIONÁRIOS
DA VALE PRESOS NESTA SEXTA-FEIRA [15fev2019]:
- JOAQUIM PEDRO DE TOLEDO: gerente-executivo de geotecnia
operacional da VALE no complexo Córrego do Feijão;
- RENZO ALBIERI GUIMARÃES CARVALHO: funcionário da gerência de
geotecnia da mina;
- CRISTINA HELOIZA DA SILVA MALHEIROS: funcionária da gerência
de geotecnia da mina e responsável por monitoramento in loco da barragem
que se rompeu;
- ARTUR BASTOS RIBEIRO: funcionário da gerência de geotecnia da
mina e responsável pelo monitoramento e manutenção da barragem;
- ALEXANDRE DE PAULA CAMPANHA: gerente-executivo de geotecnia
corporativa da VALE;
- MARILENE CHRISTINA OLIVEIRA LOPES DE ASSIS ARAÚJO: funcionária
do setor de gestão de riscos geométricos; [sic; geotécnicos]
- HÉLIO MÁRCIO LOPES CERQUEIRA: funcionário do setor de gestão
de riscos geotécnicos;
- FELIPE FIGUEIREDO ROCHA: funcionário do setor de gestão de
riscos geotécnicos.
Por meio de nota, a VALE afirmou que "está colaborando plenamente
com as autoridades e permanecerá contribuindo com as investigações para a
apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias
atingidas".
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São
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Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972 / Registro
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