VALE, A MÁQUINA MORTÍFERA.
A MÃO DA LEI AVANÇA. JUSTIÇA SEJA FEITA ASSIM NA TERRA COMO NA VALE.
Polícia Federal prende em MG, SP e RJ oito (8) funcionários - 4 gerentes e 4 técnicos - da VALE, a empresa que matou 360 pessoas nas chacinas de BRUMADINHO e MARIANA.
- JOAQUIM PEDRO DE TOLEDO: gerente-executivo de geotecnia
operacional da VALE no complexo Córrego do Feijão;
- RENZO ALBIERI GUIMARÃES
CARVALHO:
funcionário da gerência de geotecnia da mina;
- CRISTINA HELOIZA DA SILVA
MALHEIROS:
funcionária da gerência de geotecnia da mina e responsável por
monitoramento in loco da barragem que se rompeu;
- ARTUR BASTOS RIBEIRO: funcionário da gerência de geotecnia da
mina e responsável pelo monitoramento e manutenção da barragem;
- ALEXANDRE DE PAULA CAMPANHA: gerente-executivo de geotecnia
corporativa da VALE;
- MARILENE CHRISTINA OLIVEIRA
LOPES DE ASSIS ARAÚJO:
funcionária do setor de gestão de riscos geométricos; [sic; geotécnicos]
- HÉLIO MÁRCIO LOPES
CERQUEIRA:
funcionário do setor de gestão de riscos geotécnicos;
- FELIPE FIGUEIREDO ROCHA: funcionário do setor de gestão de
riscos geotécnicos.
Por meio de nota, a VALE afirmou
que "está
colaborando plenamente com as autoridades e permanecerá contribuindo com as
investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional
às famílias atingidas".
APESAR DESSA MEDIDA NECESSÁRIA PARA COLETA DE PROVAS, NÃO PODEMOS ESQUECER OS NOMES dos Presidentes da VALE que foram os mentores intelectuais das chacinas e que ainda estão soltos recebendo bônus milionário todos os anos:
1) TRAGÉDIA DA SAMARCO EM MARIANA, MG; 05nov2015:
MURILO FERREIRA
(Ver nota 1)
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MURILO FERREIRA presidiu a gigante da mineração Vale de 2011 a 2017, ano em que ganhou "pacote de saída" de R$ 60 milhões, mesmo sendo um dos responsáveis pela desastrosa política de redução radical de custos de segurança e manutenção de barragens por alteamento a montante que resultou na TRAGÉDIA DA SAMARCO EM MARIANA.
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2) A MAIOR CATÁSTROFE SOCIOAMBIENTAL DA HISTÓRIA DO BRASIL, BRUMADINHO, MG; 25jan2019:
FÁBIO SCHVARTSMAN.
(ver Nota 2)
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FABIO SCHVARTSMAN, presidente da VALE Foto: Ana Paula Paiva/Valor / Agência O Globo
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REITERANDO:
Não confundimos os 110 mil funcionários trabalhadores da VALE (em 30 países) com os membros das Diretorias de Murilo Ferreira (até maio 2017) e de seu substituto, no cargo até hoje Fábio SCHVARTSMAN.
Os trabalhadores não podem ser responsabilizados pelas decisões macropolíticas da Diretoria criminosa da VALE.
ESSES CRIMES HEDIONDOS - FRUTOS DE GANÂNCIA CORPORATIVA E GESTÃO TEMERÁRIA PRATICADOS PELA DIRETORIA DA VALE - NÃO PODEM FICAR IMPUNES.
Ronald Almeida 15fev2019.
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Nota 1: Perfil MURILO FERREIRA
NO TOPO DA
VALE E DA PETROBRAS: QUEM É MURILO FERREIRA?
[30abr2015]
FONTE: Da BBC Brasil em São Paulo;
Ruth Costas; 30 abril 2015
Acesso RAS 2019-02-15
MURILO FERREIRA acumula desde esta quarta-feira dois dos
cargos de maior peso do mundo corporativo brasileiro. É, ao mesmo tempo,
presidente da gigante de mineração VALE
e presidente do Conselho de Administração da PETROBRAS em um momento particularmente decisivo para a história da
companhia.
O executivo está à frente da Vale desde 2011, e em março o governo havia indicado seu
nome para a presidência do colegiado da estatal petrolífera. Seu nome foi
confirmado em uma assembleia geral de acionistas no final da tarde desta
quarta-feira, sendo recebido com um misto de otimismo e cautela por analistas
do setor.
Por um lado, há certo consenso de
que a experiência que FERREIRA acumulou
na Vale pode contribuir para tirar a Petrobras da crise desatada pelas
repercussões da Operação Lava Jato e aprofundada pela queda do preço do
petróleo no mercado internacional.
Por outro - como ressaltam FÁBIO GALLO, professor da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e ADRIANO PIRES,
do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) - há incertezas sobre se o tempo
que o executivo terá para analisar os negócios da petrolífera estatal será suficiente,
dado suas responsabilidades na VALE e
o fato de que a mineradora também passa por uma situação complicada.
Graduado em Administração de
Empresas pela FGV e com MBA da IMD Business School em Lausanne, na Suíça, FERREIRA tem mais de 30 anos de experiência
no setor de mineração. Já foi presidente das empresas Alunorte, Albras e da Mineração Vera Cruz e esteve nos conselhos da
Mineração Rio do Norte, Valesul
Alumínio, Usiminas, PT Inco (na Indonésia) e Vale New Caledonia.
Antes de presidir a VALE, chegou a trabalhar por uma década
na empresa - de 1998 a 2008, sendo diretor da Vale do Rio Doce Alumínio e presidente da Vale Inco, no Canadá.
"Ferreira é um profissional
bem respeitado no mercado, com uma capacidade já testada de lidar com situações
difíceis", opina RICARDO KIM, analista da XP
Investimentos.
GALLO, da FGV, diz que
quando o preço das commodities começou a cair, ele "agiu rápido"
fazendo os ajustes necessários no direcionamento estratégico da Vale.
"FERREIRA revisou as
prioridades da empresa e anunciou uma série de desinvestimentos (venda de
ativos). Foi rápido e relativamente eficiente - o que poderia ser útil na
Petrobras em um momento em que a empresa precisa de um choque de gestão", opina.
"Além disso, tem muita
experiência internacional e na negociação de commodities, o que também é
interessante para a estatal."
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NOTA 2:
Novo presidente terá salário milionário para fazer travessia da
VALE
[02abr2017]
Ø FÁBIO
CHVARTSMAN tem como tarefa levá-la ao nível mais alto de governança da Bolsa
FONTE: GRUPO GLOBO. Jornal O
GLOBO; Danielle Nogueira; 02/04/2017 - 04:30h.
Acesso RAS 2019-02-15
RIO - O novo presidente da VALE vai herdar
uma empresa com endividamento elevado, desafios ambientais — devido ao acidente
da SAMARCO ainda não solucionado — e uma cadeira [de CEO] estimada em R$ 20
milhões.
Na visão de analistas de mercado
e ex-executivos da empresa, terá ainda de rever o portfólio e se equilibrar
entre as demandas políticas e a implementação do novo acordo de acionistas. A
seu favor, estão os bons ventos que vêm da China, que devem impulsionar o preço
do minério de ferro este ano, assegurando um cenário mais favorável para a
commodity que o enfrentado por seu antecessor.
FABIO SCHVARTSMAN, de 63 anos, e atual diretor geral da Klabin, assumirá a presidência da VALE no próximo mês. Ele foi escolhido
para o cargo semana passada, após forte pressão política pela troca de comando
na mineradora. Há seis anos à frente da companhia, MURILO FERREIRA, que é próximo da ex-presidente DILMA ROUSSEFF, tornou-se alvo
recorrente de críticas desde o ano passado, quando o fim do mandato de DILMA se anunciava com o processo de
impeachment.
DESASTRE DA
SAMARCO É DESAFIO
A artilharia contra o executivo
vinha, principalmente, da bancada mineira do PMDB e do PSDB, insatisfeita com a
menor atenção dada a Minas Gerais, berço da VALE, na gestão de MURILO
FERREIRA — boa parte do investimento
da empresa foi canalizado para a expansão do Complexo de Carajás,
no Pará, batizado de S11D. Por trás da movimentação política está
ainda a posição estratégica da VALE na economia.
Em 2015, foram US$ 16 bilhões em contratos com fornecedores, considerando
apenas Brasil, Canadá e Moçambique,
onde estão os principais projetos da empresa. O Brasil respondeu por 71% desse
total. E, no ano passado, a empresa manteve o posto de maior exportadora do
país, com embarques de US$ 12,7 bilhões, que representaram quase 7% do total
exportado pelo país.
— Quem não quer indicar a pessoa
que tem poder sobre tamanho volume de compras? Dirigir a VALE é algo complexo.
É uma empresa de mineiros, com sede no Rio de Janeiro, centro de decisão em Brasília
e presente em vários países do mundo — afirma um ex-executivo da VALE.
Segundo executivos do setor, as
pressões políticas sobre a empresa vão continuar, mas fazem parte do jogo.
Caberá a SCHVARTSMAN se equilibrar
entre essas demandas e a implementação do novo acordo de acionistas, que prevê
eliminar o bloco de controle da VALE daqui a três anos.
Hoje, a companhia é controlada
pela holding VALEPAR, composta por Bradesco, a japonesa Mitsui, o BNDES e a Litel, que
reúne fundos de pensão como Petros (Petrobras)
e Previ (Banco do Brasil). Por meio de fundos de pensão e BNDES, o
governo tem 60,5% da VALEPAR.
O objetivo do novo acordo de
acionistas é levar a VALE para o Novo Mercado, o mais alto nível de
governança da Bovespa. Para analistas, a experiência de SCHVARTSMAN no mercado de ações, ao liderar, em 1999, o plano de
abertura de capital da Ultrapar, e,
anos mais tarde, conduzir a migração da Klabin
para o nível 2 de governança da Bovespa, o credencia para o desafio. Mas este
não será o único: a revisão do portfólio e a redução da dívida da VALE — de US$ 25 bilhões no fim de 2016 — também são
apontadas como prioridades.
— SCHVARTSMAN vai ter de guardar
foco no novo acordo de acionistas. Do ponto de vista financeiro, é preciso ter
certeza de que a queda da dívida vai continuar — avalia RODOLFO ANGELE, analista de mineração do banco de investimento J.P.Morgan.
— A semente está plantada. Ele
vai receber uma empresa com custos menores, investimentos decrescentes (já que
os grandes projetos estão sendo concluídos) e preços do minério de ferro mais
favoráveis.
PLANO DE
DESINVESTIMENTO
O J.P.Morgan estima que a cotação da commodity fique, em
média, em US$ 82 a tonelada em 2017, ante média de US$ 58 em 2016. Mas a
melhora no preço do minério a partir do segundo semestre do ano passado não
deve ser encarada como incentivo para o fim do programa de venda de ativos da
mineradora, na opinião de um ex-executivo da companhia.
Na sua avaliação,
Schvartsman deve seguir com o plano de desinvestimento e incluir nele operações
de níquel:
— A dívida da VALE tem, entre
suas origens, uma diversificação malsucedida no passado. Investiu-se muito em
projetos que não deram o retorno esperado. Até hoje, os de níquel estão muito
aquém do imaginado (a VALE comprou a canadense INCO em 2006, agregando ao posto de
maior produtora de minério de ferro do mundo o status de maior produtora global
de níquel).
EQUACIONAR A QUESTÃO DA SAMARCO — após o acidente com a barragem em Mariana
(MG), em novembro de 2015, matando 19 pessoas e lançando uma enxurrada de lama
no Rio Doce — também é unanimidade apontada por analistas e ex-executivos, o
que deve demandar mais investimentos em inovação tecnológica para reduzir os
impactos ambientais dos projetos.
Ao
assumir o comando da VALE e tocar esses desafios, SCHVARTSMAN receberá
remuneração milionária. Segundo a proposta que será apresentada na assembleia
de acionistas da mineradora este mês, a remuneração média de um diretor da
companhia ficará em R$ 13 milhões, incluindo salário, benefícios, bônus, entre
outros.
Levantamento
da FGV com 163 empresas listadas na Bovespa mostra que, em média, o presidente
ganha 60% acima da remuneração média da diretoria. No caso da VALE, isso
elevaria o ganho do principal executivo da companhia a mais de R$ 20 milhões.
Em 2016, SCHVARTSMAN recebeu R$ 11 milhões, segundo dados disponíveis no
site da Klabin. A VALE não divulga
remunerações individuais, amparada por decisão judicial. Procuradas, as duas
empresas não comentaram os valores.
— É remuneração compatível com o
cargo. O ano de 2016 foi atípico para a empresa. Não houve bônus, pois a VALE
teve prejuízo em 2015. Este ano, deve ser melhor — diz JOAQUIM
RUBENS, autor do levantamento da FGV.
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
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