TRAGÉDIA DO CT
NINHO DO URUBU DO FLAMENGO, RIO, RJ. 05:10h de 08fev2019.
VÍDEO GLOBO NEWS reconstitui com imagens virtuais os
momentos cruciais de de escape de 13 meninos ilesos, o salvamento de 3 feridos
e as causas da morte de 10 outros. Veja no link:
OS
CONTÊINERES DA MORTE!
O que se pode deduzir até agora, à luz das notícias e
depoimentos dos sobreviventes e do vídeo GNEWS.
Ronald Almeida, arquiteto urbanista
São Luís, 11fev2019.
Os 6 contêineres do dormitório provisório dos atletas menores de idade das divisões de base no CT NINHO DO URUBU DO FLAMENGO não tinham saídas de emergência e nem extintores de incêndio e as janelas eram reforçadas com grades externas, o que impedia seu
uso como saída de emergência alternativa.
Essa impossibilidade de fuga pelas
janelas foi fatal para os 10 meninos que não conseguiram acessar o único
corredor de saída.
Além disso as portas de saída dos 6 (seis) contêineres davam
para um único corredor com uma única porta estreita, que já no exterior tinha uma
coluna metálica bem em frente.
Essa porta única dá acesso a um pátio coberto
atulhado de vários tipos de caixas e objetos, e até um carrinho elétrico tipo
de golfe, o que torna o ambiente uma improvável rota de fuga e de eventual acesso doso Bombeiros.
O monitor Ferreira ajudou os 3 sobreviventes a escapar,
ainda que com queimaduras, quebrando as grades das janelas por fora.
Ainda
tentou salvar os outros nos quartos 1, 2 e 3 mas a fumaça tóxica e tórrida e o
fogo violento se espalharam muito rapidamente, em poucos minutos, impedindo o salvamento dos
outros 10 meninos.
Quando os militares do CORPO DE BOMBEIROS chegaram no CT DO FLAMENGO cerca de 15 a 20 minutos depois da chamada, era muito tarde: só restava apagar o incêndio brutal e resgatar 10 corpos carbonizados, irreconhecíveis.
Os contêineres - ótimos quando bem usados - se tornaram armadilhas mortais em função de:
projetos mal dimensionados, revestimentos comburentes; instalação e manutenção precária de aparelhos de AC; falta de extintores de incêndio em cada unidade; falta de treinamento; falta de brigadistas; falta certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros etc.
Deve ser destacada, também, a gestão temerária das Diretorias atuais e anteriores que gastaram R$ 23 milhões na modernização das áreas profissionais e negligenciaram a segurança dos 26 meninos que estavam alojados nos 6 contêineres CT!
projetos mal dimensionados, revestimentos comburentes; instalação e manutenção precária de aparelhos de AC; falta de extintores de incêndio em cada unidade; falta de treinamento; falta de brigadistas; falta certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros etc.
Deve ser destacada, também, a gestão temerária das Diretorias atuais e anteriores que gastaram R$ 23 milhões na modernização das áreas profissionais e negligenciaram a segurança dos 26 meninos que estavam alojados nos 6 contêineres CT!
Os alojados nos contêineres 3 a 6 conseguiram se salvar.
Sobretudo, ressalta a OMISSÃO e a negligência dos órgãos fiscalizadores dos poderes públicos nos 3 níveis de governo, ao longo do tempo, que nunca fizeram fiscalizações diligentes e aplicaram 31 multas sem cobrança de respostas efetivas para supressão das muitas não conformidades.
Os alojados no contêiner 1 não conseguiram se salvar; idem 2 e 3.
Tudo, portanto, conspirando pelas mentes humanas contra as vidas e sonhos de 10 meninos e 10 famílias, agora desesperadas com as perdas irreversíveis de seus filhos.
Como diria Gabriel Garcia Márquez:
CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA.
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, Brasil desde
1976.
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972 / Registro profissional CAU-BR
A.107.150-5
e-mail: ronald.arquiteto@gmail.com
Blog Ronald.Arquiteto (ronalddealmeidasilva.blogspot.com)
Facebook ronaldealmeida.silva.1
Como disse Boechat, os meninos eram considerados “mercadorias” pelo Flamengo guardadas em containers. Lá eram guardados a espera da valorização.
ResponderExcluirDeu vergonha ver aquelas imagens aéreas da “gambiarra” do Flamengo circulando nos principais noticiários internacionais. Que covardia, Flamengo!
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