PETROBRAS : REFINARIAS PREMIUM I e II
Maranhão e Ceará
REFERÊNCIA CRONOLÓGICA: VISÃO DE 11 MESES
ATRÁS - GOOD NEWS.
PETROBRAS
CONFIRMA LICITAÇÃO DA REFINARIA PREMIUM i PARA ABRIL [2014] NO MARANHÃO
A Refinaria Premium I [Bacabeira,
MA] que até então aparecia como projeto em avaliação, mudou de status e
no novo Plano de Negócios e Gestão da Petrobras integra a carteira de processo
em licitação; no anúncio foi feito pela presidente da Petrobras, Graça Foster,
ela também adiantou que a possível parceria com estatal chinesa Petrochemical
Corporation Sinopec para entrar como sócio do projeto de refino no Maranhão
está em elevado nível de maturidade; a refinaria que será instalada em
Bacabeira, a 60 km de São Luís, será a maior refinaria da Petrobras, com
capacidade para processar 600 mil barris/dia de petróleo.
fonte: Portal brasil 247; 27 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 07:32
MARANHÃO 247 - A presidente da Petrobras, Graça Foster durante a
divulgação do Plano Estratégico 2030 e
Plano de Negócios e Gestão (PGN) da companhia para o período 2014-2018 confirmou para abril [2014] o processo
licitatório para implantação da Refinaria Premium I, em Bacabeira (a 60 km de
São Luís).
"Estamos
trabalhando para abril a licitação das refinarias Premium I e II", disse
Graça Foster. Ela adiantou que a possível parceria com estatal chinesa
Petrochemical Corporation Sinopec para entrar como sócio do projeto de refino
no Maranhão está em elevado nível de maturidade.
A
Premium I, que até então aparecia como projeto em avaliação, mudou de status e
no novo Plano de Negócios e Gestão da Petrobras integra a carteira de processo
em licitação, assim como a Premium II, no Ceará, e projetos de exploração e
produção no Brasil que ainda passarão por contratação de suas unidades.
A
Petrobras e a Sinopec assinaram, em junho do ano passado, Carta de Intenções com o objetivo de desenvolver estudo conjunto
para o projeto da Refinaria Premium I e a possível viabilidade de criação de
uma joint venture entre as empresas, para implementação do empreendimento em
Bacabeira.
Ontem,
Graça Foster informou que outros investidores manifestaram interesse na
parceira. "É preciso que se garanta aos sócios a rentabilidade do
negócio", observou, dando a entender que se trata de uma discussão bem
detalhada e complexa.
O
diretor de Abastecimento da Petrobras, José
Carlos Cosenza, lembrou que a Refinaria Premium I passou por um processo de
avaliação do projeto, mas que o empreendimento está no plano de investimentos
da companhia.
Maior - A Premium I, que será instalada
em Bacabeira, a 60 km de São Luís, será a maior refinaria da Petrobras, com
capacidade para processar 600 mil barris/dia de petróleo. A unidade produzirá
óleo diesel, querosene de aviação (QAV), nafta petroquímica, GLP (gás de
cozinha), bunker (combustível para navios) e coque.
Numa primeira fase o empreendimento, as
obras de terraplenagem atingiram 100% da área sul do terreno, atendendo ao
cronograma inicial de implantação do projeto.
Quando
foi lançada pela Petrobras, a Refinaria Premium I estava orçada em R$ 40 bilhões.
Esse valor de investimento, porém, foi reavaliado e submetido a métricas
internacionais. O projeto foi redesenhado no exterior, para reduzir custos e se
tornar mais viável.
Cortes da Petrobras cancelam construção de REFINARIAS no Nordeste [Maranhão e Ceará]
Petrobras já tinha
gastado mais de R$ 2,5 bilhões nos empreendimentos. Prejuízos também para quem
apostou nas oportunidades que seriam criadas.
Fonte: Portal Rede Globo – G1
Edição do dia 30/01/2015; 30/01/2015 21h42 - Atualizado em 30/01/2015 21h42
Durante a divulgação do
balanço do terceiro trimestre, nesta semana, a Petrobras anunciou a redução de
investimentos. Entre os cortes está o cancelamento da construção de duas
refinarias no Nordeste. A Petrobras já tinha gastado mais de R$ 2,5 bilhões
nesses empreendimentos. Prejuízos também para quem apostou nas oportunidades
que as refinarias criariam.
[CEARÁ]
Da refinaria do Ceará
sobrou apenas o terreno localizado perto do Porto do Pecém, a 60 quilômetros de
Fortaleza e ás margens de uma rodovia. Dentro dele, ruinas de uma comunidade
que teve as casas desapropriadas e demolidas para dar lugar ao empreendimento.
Os moradores foram
deslocados para assentamentos em lugares distantes como uma área, sem nada por
perto, a 30 quilômetros de distância. No local, tiveram de refazer a vida, mas
isso não tem sido fácil para as famílias que estavam acostumadas a outro
cenário, bem diferente deste.
"A vida nossa era
ali", diz um morador.
"Tinha coqueiro,
tinha de tudo. A propriedade boa.", diz agricultor Teofânio Lima de
Moraes.
Pior é pensar que toda
esta mudança foi à toa.
"Eu sei que foi ruim,
né? Que não vão fazer mais nada lá, para a gente é ruim demais”, destaca o
comerciante José Duarte.
[MARANHÃO]
Adriano também enfrentou
uma grande mudança, com a família toda, de Manaus para Bacabeira, a 60
quilômetros de São Luís do Maranhão. Veio para trabalhar na outra refinaria
cancelada pela Petrobras e está desempregado.
“Agora tá todo mundo
procurando emprego na cidade, muitos estão indo embora. Aí tá desse jeito”,
conta o eletricista Adriano Ribeiro.
Vinte e cinco mil empregos
diretos e indiretos seriam criados no Maranhão. De olho nisso, uma grande rede
de hotéis começou a construir um resort com 150 quartos. A obra foi abandonada.
No Ceará a expectativa de
90 mil novos empregos também incentivou empreendedores como a Dona Raimunda,
que construiu uma pousada e um restaurante ao lado de onde a refinaria seria
instalada.
“Imaginei, vou jogar tudo
aqui, mas depois vou recuperar tudo e vou ser feliz. E agora eu estou aqui sem
saber o que fazer, que direção tomar", desabafa a comerciante Raimunda
Andrade.
O governo do Ceará também
investiu e disse que está calculando quanto gastou em infraestrutura e
desapropriações.
"O maior prejuízo
para o estado é a refinaria não vir, por isso nós vamos continuando tentando
encontrar alternativas para ela vir", destaca o governador Camilo Santana.
A Petrobras chegou a investir R$ 2,7 bilhões
nas obras das refinarias que produziriam juntas 900 mil barris por dia e
mexeram com os sonhos de quem se preparou para trabalhar na área.
"Com essa notícia que
a refinaria não vai ser mais instalada aqui, com certeza teremos que sair para
outros estados, principalmente Rio e São Paulo, para conseguir emprego na nossa
área", diz o estudante de Engenharia de Petróleo da UFC João Vitor de
Oliveira.
A Petrobras declarou que
os projetos foram cancelados porque os resultados econômicos não demonstraram
atratividade, e que vai reavaliar os compromissos assumidos com os governos
estaduais e municipais. O ministério de Minas e Energia declarou que o
cancelamento dos projetos está associado ao que chamou de momento delicado.
Petrobras interrompe construção de refinarias [MA e
CE] após gastar R$ 2,7 bilhões
Refinarias seriam construídas
no Ceará e no Maranhão, perto das capitais. Juntas, elas deveriam produzir 900 mil barris por dia.
Fonte: Portal Rede Globo – G1
Edição do dia 30/01/2015; 30/01/2015
08h58 - Atualizado em 30/01/2015
08h58
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/01/petrobras-interrompe-construcao-de-refinarias-apos-gastar-r-27-bilhoes.html
O Bom Dia Brasil foi para a
estrada para mostrar por que a Petrobras decidiu interromper a construção de
duas refinarias no Nordeste que estavam previstas no PAC, o Programa de Aceleração
do Crescimento. A empresa gastou bilhões de reais para não chegar a lugar
nenhum.
A
equipe do Bom Dia Brasil percorreu nos dois estados 120 quilômetros. Juntas,
elas deveriam produzir 900 mil barris por dia. Um investimento seria no total
de R$ 40 bilhões em cada uma. A Petrobras chegou a gastar R$ 2,7 bilhões nas
obras que já foram feitas até agora.
As refinarias foram anunciadas
como projetos estratégicos e defendidas pelo então presidente Lula. Mas,
segundo especialistas ouvidos pelo Bom Dia Brasil, o negócio era tão ruim, que
a estatal preferiu perder o dinheiro que já tinha sido gasto. O motivo? Era
preciso investir muito em infraestrutura e a localização dos projetos não era
estratégica.
Não foi só a Petrobras que saiu
perdendo. O prejuízo também foi grande para quem mora nas regiões do Maranhão e
do Ceará onde
as refinarias seriam construídas.
[Bacabeira,
Maranhão]
O anúncio da instalação da
refinaria da Petrobras em 2010 movimentou a tranquila Bacabeira, a 60
quilômetros de São Luís. “Os empresários que fizeram grandes investimentos
contando com uma coisa e a coisa foi outra”, diz o técnico administrativo
Henrique Calver.
A promessa era a criação de 25
mil empregos diretos e indiretos. E quando as obras pararam, muita gente que
veio de longe atrás de uma vaga ficou de braços cruzados, sem saber o que
fazer.
O eletricista Adriano Ribeiro se
mudou com a família inteira de Manaus para trabalhar na refinaria. Hoje, todos
estão desempregados, vivendo de bicos. “Agora está todo mundo procurando
emprego na cidade, muitos estão indo embora e está desse jeito”, conta.
Alguns empresários pretendiam
investir alto na região, com a chegada da refinaria. Uma grande rede de hotéis
projetou um resort, moderno, com 150 apartamentos, mas, com a paralisação das
obras da refinaria, o hotel de seis andares se transformou em uma obra
abandonada no meio do mato. Um retrato da decepção de quem esperava lucrar com
o crescimento da economia local.
Outros empreendimentos também
foram construídos, com a previsão de um comércio mais aquecido. Mas dona
Iracilda segue, como antes, na cadeira de balanço, à espera de clientes. “Muita
expectativa e na hora não aconteceu nada”, diz.
A maioria dos desiludidos com a
promessa de emprego já foi embora, mas os forasteiros ainda são muitos em
Bacabeira. Alguns até arrumaram emprego provisório, enquanto alimentavam a
esperança de trabalhar na refinaria. “Muita gente veio para tentar realizar a
vida aqui. É um sonho e esse sonho nunca vai ser realizado”, diz um morador.
Os portões agora cercam um
grande terreno sem qualquer utilidade. Localizada estrategicamente no Complexo
Portuário do Pecem, a refinaria era uma das maiores promessas de
desenvolvimento para o Ceará.
A comerciante Raimunda Andrade
construiu uma pousada e ampliou um restaurante, pensando nos milhares de
trabalhadores que viriam para a região. “Imaginei, vou jogar tudo aqui, mas
depois vou recuperar tudo e vou ser feliz. E agora eu estou aqui sem saber o
que fazer, que direção tomar”, conta.
Algumas perdas são impossíveis
de calcular. Por volta de 80 famílias que moravam no terreno da refinaria
tiveram as casas desapropriadas e foram distribuídas para assentamentos e
vilas. Hoje estão ainda mais inconformadas por terem de ceder espaço para uma
refinaria que nem vai sair do papel.
As indústrias do estado também
não escondem a frustração. “Eu acho que essa situação que nós estamos vivendo
no Ceará, com a desistência da Petrobras em construir esse grande monumento
industrial é uma grande decepção”, afirma O presidente da Federação das
Indústrias do Ceará, Beto Studart.
O governo do Ceará já disse que
vai pedir indenização e que não desistiu da refinaria. “É claro que a própria
resolução do balanço da Petrobras diz isso que todos os prejuízos do estado
serão ressarcidos, mas não é isso que nós queremos, queremos é que a refinaria
venha para o estado do Ceará”, diz o governador do Ceará, Camilo Santana.
A Petrobras informou que os
projetos foram encerrados porque os resultados econômicos não demonstraram
atratividade. A estatal também declarou que adotará todas as providências
necessárias para reavaliar os compromissos assumidos com os governos estaduais
e municipais.
No entendimento do Ministério de
Minas e Energia, o cancelamento dos projetos está associado ao momento delicado
por que passa a Petrobras.
PARA A PETROBRAS
Desistência do projeto
[da Refinaria Premium 2, no Ceará] gera perda de R$ 596 mi
Ø O cancelamento do projeto da refinaria cearense gerou prejuízos não
somente para o Ceará, mas também para a própria Petrobras.
Ø Ao todo, o prejuízo da estatal soma R$2,7 bi, sendo R$
2,11 bi resultado do que seria investido no Maranhão.
Fonte: Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
29.01.2015
29/01/2015 - O empreendimento esperado para o Ceará deveria produzir
cerca de 150 mil barris de petróleo por dia, metade do previsto para a Premium
I [do Maranhão]
O cancelamento do projeto da refinaria cearense gerou prejuízos não
somente para o Ceará, mas também para a própria Petrobras. A
"descontinuidade" do empreendimento, como assim caracteriza a
estatal, foi responsável pela perda de R$ 596 milhões em seu caixa. A empresa,
em seu balanço divulgado ontem, não detalhou como se deu esse prejuízo.
Ao todo, a Petrobras calcula uma perda de R$ 2,70 bilhões, contando com
outros R$ 2,11 bilhões de prejuízo com a desistência da Premium I, no Maranhão.
Maior projeto de refino do Brasil, a Premium I, que previa dois trens de refino
com capacidade para processamento de 300 mil barris de petróleo por dia - o
dobro da Premium II -, estava em estágio mais avançado que a unidade cearense.
No município de Bacabeira, no Maranhão, o terreno que abrigaria a unidade
já se encontrava com 80% da etapa de terraplanagem finalizada. Os demais seriam
executados após a otimização do projeto básico da refinaria. A estatal pagou R$ 583 milhões pelos
serviços de terraplenagem, drenagem, acessos e obras especiais, efetivamente
realizados. Já na Premium I, esta etapa sequer havia sido iniciada.
A única obra civil que chegou a ser realizada foi o cercamento do
terreno que receberia a unidade de refino. A Petrobras informou em seu balanço
que as baixas no ativo referente aos projetos de implantação das refinarias foi
o principal responsável, entre as despesas operacionais, pela queda de 38% no
seu lucro líquido no terceiro trimestre do ano passado, em relação ao segundo
trimestre.
O lucro reduziu de R$ 5 bilhões para R$ 3,1 bilhões entre os dois
períodos.
BALANÇO DA COMPANHIA
Entre os outros motivos apontados pela empresa para essa redução, estão
os gastos com o Acordo Coletivo de Trabalho (R$ 1,0 bilhão) e pelo pagamento do
acordo com a Bolívia para importação do gás natural (R$ 0,9 bilhão). "Por
outro lado, a maior produção de petróleo e consequente exportação agregaram R$
2,4 bilhões ao resultado operacional deste 3º trimestre em relação ao trimestre
anterior", ponderou.
O balanço da estatal foi divulgado com 70 dias de atraso em relação à
data antes prevista e não traz as baixas contábeis relacionadas a atos
ilícitos, investigados pela Operação Lava-Jato.
"Concluímos ser impraticável a exata quantificação destes valores
indevidamente reconhecidos, dado que os pagamentos foram efetuados por
fornecedores externos e não podem ser rastreados nos registros contábeis da
Companhia", justificou a presidente da estatal, Graça Foster, em nota
enviada à imprensa ontem, na qual comenta os resultados financeiros da empresa.
Diante deste "momento único em sua história", como caracteriza
Foster, referindo-se à operação da Polícia Federal, ela informa que a empresa
está reduzindo o ritmo de investimentos em alguns projetos.
"Principalmente aqueles com baixa contribuição ao caixa nos próximos
dois anos, de forma que nosso orçamento fique no patamar de US$ 31 bilhões a
US$ 33 bilhões neste ano de 2015". (SS)
BUSCAR A INICIATIVA PRIVADA É A ALTERNATIVA DO
ESTADO
Com a desistência da Petrobras de implantar a refinaria de petróleo
Premium II, - jogando uma "pá de areia" em um sonho acalentado pelos
cearenses e anunciado pela classe política há mais de 40 anos - a alternativa
que resta para o Estado voltar a vislumbrar a implantação de polo petroquímico
no Ceará, seria, agora, o governo Estadual buscar um investidor puramente
privado, para viabilizar o empreendimento. A sugestão é de Cláudio Pinho,
prefeito de São Gonçalo do Amarante, um dos municípios mais prejudicados social
e economicamente, juntamente com Caucaia, com a decisão da Petrobras.
"Acho lamentável essa atitude da Petrobras, mas o Brasil continua
precisando refinar petróleo, porque continua importando derivados - gasolina,
diesel, nafta etc. Portanto, acho que o governador Camilo Santana deve buscar
outros investidores, da iniciativa privada, para construir a refinaria",
apontou Pinho. Para ele, esse é o caminho a ser perseguido agora, pelo
governador, juntamente com toda a sociedade cearense.
'2º Calote'
Em entrevista ao Diário do Nordeste, na tarde de ontem, pinho destacou
que a desistência da Premium II não é o primeiro, mas "o segundo
calote" que a Petrobras aplica no Ceará. Ele relembrou que, no passado
recente, a Estatal petrolífera, após termo de compromisso celebrado com o
governo do Estado e parceiros privados, também desistiu de participar da
sociedade para implantação da CSP
(Companhia Siderúrgica do Pecém), negando-se a fornecer o gás natural para
o beneficiamento do minério de ferro.
O recuo da Petrobras levou o então governador Cid Gomes, a buscar uma
parceira privada, ação que resultou na formação de uma joint ventury entre as
Coreanas Dong Kuk, Posco e a brasileira,
Vale, viabilizando o empreendimento.
"Camilo Santana tem que fazer o mesmo", defende Pinho. Claudio
Pinho não aponta nomes de empresas, mas garante que há investidores
estrangeiros interessados em implantar uma refinaria, aplicando 100% de capital
próprio. A reportagem tentou ouvir o prefeito de Caucaia, Washington Luiz Góis,
mas ele não se posicionou sobre o tema.
Diário do Nordeste
Nota Oficial da
Prefeitura Municipal de Bacabeira sobre a descontinuidade da Refinaria Premium
I
A Prefeitura Municipal de Bacabeira lamenta profundamente a decisão
da Petrobras de descontinuidade do projeto da Refinaria Premium I, pois desde o início, não mediu esforços para
oferecer à estatal todas as condições necessárias para a implantação do
empreendimento, visando o desenvolvimento socioeconômico do município de
Bacabeira, da região do Munim, do próprio estado e do país.
A notícia de suspensão da instalação
da refinaria pôs fim ao sonho de muitos, e aumentou a expectativa de
desenvolvimento tão almejado pela população.
Portanto, é importante salientar que
a Prefeitura, independente do sucesso ou não da refinaria, vinha planejando e
aprimorando estratégias que possibilitassem ao município continuar gerando
renda, emprego e melhorias de qualidade de vida aos cidadãos.
Nesse sentido, já deu passos
importantes para a instalação de projetos estruturantes formatados dentro de
diretrizes de curto, médio e longo prazo e dentro de um cenário projetado até o
ano de 2030.
Para a concretização dessas
estratégias já buscou parcerias com o Governo do Estado, com a Federação das
Indústrias do Estado do Maranhão – Fiema, universidades e empreendedores, para
juntos desenvolverem ações visando a atração de investidores para esses
projetos que vão desde a instalação de sites portuários, aeroporto de cargas,
distrito industrial, centro logístico, estação rodoferroviária e uma Zona Primária de Exportação.
Assim, Bacabeira continua com o seu Plano de Desenvolvimento Econômico,
propondo ser um Centro Regional
Educacional e Profissionalizante, Polo Industrial Portuário e Minerador, Centro
Logístico e Polo de Apicultura e Aquicultura, favorecida pela seu excelente
posição geográfica e vantagens competitivas de estar na região metropolitana da
grande São Luís e na baía de São Marcos, onde está inserido um dos maiores Complexos Portuários do mundo.
Sem refinaria no Maranhão, José Sarney
condena ingratidão de Dilma
fevereiro 1, 2015
Diferente de muitos políticos do Ceará, o já
ex-senador e ex-presidente da República, José Sarney, foi cáustico, neste
domingo, com o Governo da presidente Dilma Rousseff ao falar sobre a decisão da
Petrobras em suspender a implantação da Refinaria Premium I no Maranhão.
Nessa decisão, o Ceará perdeu a Refinaria Premium II,
programada para ser instalada no Pecém. Sarney classificou a decisão da
Petrobras de desprezo e ingratidão com o Maranhão.
As críticas foram feitas no artigo que o ex-senador
pelo Estado do Amapá – Sarney é filho do Maranhão, mas após deixar a
Presidência da República, conquistou três mandatos pelo Amapá- publica semanalmente no jornal “O Estado do
Maranhão”, de propriedade de sua família.
O alvo principal da crítica neste domingo (1ºfev2015)
foi o cancelamento, anunciado na quarta-feira (28jan2015) pela Petrobras, da
construção da refinaria Premium I, cuja obras estavam em andamento em Bacabeira
(53 km de São Luís).
“O Maranhão recebeu apático uma decisão que é uma
manifestação de discriminação, desprezo, ingratidão e injustiça. Que culpa tem
o Maranhão pela corrupção e pela bagunça da Petrobras? Pagamos nós pela Lava
Jato!”, questionou Sarney, seguindo: “O Maranhão esperou 30 anos por um grande
projeto de estrutura de base, para mostrar que o Brasil não pode continuar a
ser dois Brasis, um rico e um pobre.”
Ainda segundo o senador, é hora do Estado se unir para
que as obras sejam retomadas. Ele defende uma “luta” dos nomes maranhenses pela
retorno das obras. “Eu não aceito essa decisão de acabar com a refinaria em
nossa terra. Falta de dinheiro na Petrobras! Por que não abrir a empresas
estrangeiras a construção? Aí estão capitais chineses, americanos, ingleses,
holandeses, sauditas, árabes e tantos outros. Posso não estar mais vivo, mas
sei que, se mantivermos a luta, classes empresariais, povo, governo, todos
unidos, essa decisão será revertida e um dia vamos ver a refinaria do
Maranhão”, escreveu.
Segundo dados de balanços da Petrobras, a refinaria
Premium 1 já teve investimentos federais, desde 2007, de R$ 1,8 bilhão –em
valores não-atualizados monetariamente.
Além da obra no Maranhão, a Petrobras também anunciou
que desistiu da refinaria Premium 2, no Ceará, que já teve mais de R$ 1 bilhão
em investimentos.
Em nota, o governo do Maranhão –comandado por Flávio
Dino (PCdoB), opositor histórico dos Sarney– também criticou o governo federal
e disse está “pronto a dialogar com a Petrobras para a retomada de
investimentos no Maranhão, sendo sanados os erros técnicos do projeto original,
que não são de responsabilidade do povo maranhense.”
Política econômica “hostil”
As críticas do ex-senador e aliado da presidente não
se restringiram à refinaria e chegaram à política econômica de Dilma.
“Os fundos de participação dos Estados são contidos em
limites precários, incapazes de fazer a diferença. Não há incentivos efetivos
aos empréstimos dos bancos de desenvolvimento, como taxas de juro diferenciadas
das dos estados ricos. A área econômica do governo é indiferente, ou mesmo
hostil, a medidas que possam fazer os estados pobres competitivos, capazes de
atrair investimentos que normalmente vão para os estados ricos”, alegou Sarney.
Durante a campanha eleitoral de 2014, Sarney e sua
família fizeram campanha para a reeleição de Dilma. Apesar disso, imagens
feitas pela “TV Amapá” no dia da votação mostraram que o ex-senador apertou o
45, votando em Aécio Neves(PSDB).
SARNEY [pergunta]:
O MA TEM CULPA PELA "BAGUNÇA" NA PETROBRAS?
Diante do suposto envolvimento da ex-governadora do Maranhão Roseana
Sarney (PMDB) com o doleiro Alberto Youssef, o ex-presidente da República José
Sarney tenta livrar a sua filha ao questionar "que culpa tem o Maranhão
pela corrupção e pela bagunça da Petrobras";
Após a estatal descartar a execução da refinaria de Bacabeira (MA),
Sarney disse que se trata de uma "manifestação de discriminação, desprezo,
ingratidão e injustiça"; "(O Maranhão) deixou de ter ministros,
perdemos o Ministério de Minas e Energia e o do Turismo e não temos mais uma
voz forte para fazer a defesa de nossa gente", afirmou o peemedebista.
http://www.brasil247.com/pt/247/maranhao247/168551/Sarney-o-MA-tem-culpa-pela-bagun%C3%A7a-na-Petrobras.htm
Maranhão 247– Diante do suposto envolvimento da
ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) com o doleiro Alberto Youssef,
o ex-presidente da República José Sarney tenta livrar a sua filha ao questionar
"que culpa tem o Maranhão pela corrupção e pela bagunça da
Petrobras".
A ligação entre o Youseff e o
governo do Maranhão veio à tona no ano passado, quando a contadora do doleiro, Meire Poza, afirmou que o governo
Roseana Sarney recebeu R$ 6 milhões para "furar a fila" de pagamento
de precatórios. O doleiro queria viabilizar o pagamento de um precatório de R$
113 milhões de uma empreiteira.
O advogado de Roseana, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay,
nega irregularidades e criticou a delação premiada de Youssef - quando o réu se
propõe a colaborar com as investigações em troca de redução de sua pena (leia mais aqui).
A estatal, alvo da Operação Lava
Jato, que apura um esquema de corrupção que também envolve políticos e
empreiteiras, informou, na quarta-feira (28jan2015), que as perdas das
refinarias Bacabeira (MA) e em Pecém (CE) são consequência da
"descontinuidade" dos projetos. Ou seja, ambos foram descartados do
plano de investimento.
Os dois projetos foram orçados em
US$ 30 bilhões, em 2008. A refinaria do Maranhão estava prevista para entrar em
funcionamento em 2016 e a do Ceará, em 2017.
Em sua coluna
dominical, intitulada "Esperança e Protesto", publicada neste
domingo (1fev2015), no jornal O Estado de Maranhão, cuja propriedade é da
família Sarney, o peemedebista criticou a Petrobras pelo cancelamento da
execução da obra. Para ele, "é uma manifestação de discriminação,
desprezo, ingratidão e injustiça". E criticou o governo federal:
"(O Maranhão) deixou de ter
ministros, perdemos o Ministério de Minas e Energia e o do Turismo e não temos
mais uma voz forte para fazer a defesa de nossa gente, em cargo nenhum da
República. E agora destroem o sonho em realização da Refinaria do Maranhão e
mandam colocar os dois bilhões que já gastaram em perdas. Investir no Maranhão
é perda", ironizou.
Vale ressaltar que, apesar de o PMDB
ser o principal partido aliado do governo Dilma Rousseff (PT), peritos do Amapá
confirmaram, a pedido do portal IG, que Sarney votou no senador Aécio Neves
(PSDB-MG) na eleição presidencial. O ex-presidente da República negou. Veja
aqui as imagens.
Leia o artigo de José Sarney na íntegra: Esperança e Protesto
http://www.brasil247.com/pt/247/maranhao247/168551/Sarney-o-MA-tem-culpa-pela-bagun%C3%A7a-na-Petrobras.htm
1.
O Maranhão recebeu apático uma decisão
que é uma manifestação de discriminação,
desprezo, ingratidão e injustiça: cancelaram a construção da grande Refinaria Premium da Petrobras em
Bacabeira.
2.
Já tornei público meu protesto, minha
revolta e minha incompreensão. O Maranhão esperou 30 anos por um grande projeto
de estrutura de base, para mostrar que o Brasil não pode continuar a ser dois
Brasís, um rico e um pobre.
3.
Grita-se, censura-se, responsabilizam
pessoas pelo IDH, um índice de país rico que não expressa nada, a não ser o beau
geste do primeiro mundo para dizer que se preocupa com questões
sociais. Mas na hora de fazer ações concretas para acabar com as desigualdades
regionais – matéria que é um dos “objetivos fundamentais da República”, segundo
a Constituição, não se tem é colocado nas prioridades nacionais.
4.
Os fundos de participação dos estados
são contidos em limites precários, incapazes de fazer a diferença. Não há
incentivos efetivos aos empréstimos dos bancos de desenvolvimento, como taxas
de juro diferenciadas das dos estados ricos.
5.
A área econômica do governo é
indiferente, ou mesmo hostil, a medidas que possam fazer os estados pobres
competitivos, capazes de atrair investimentos que normalmente vão para os
estados ricos. E se fala em guerra fiscal! Como se isso pudesse alterar
realmente o imenso desequilíbrio entre as regiões.
6.
O Maranhão já fez muito. Conseguiu
grandes investimentos privados, não por ter o apoio federal, mas por ter
condições de competitividade, como o Porto do Itaqui, velho sonho que tornamos
realidade e que nos aproxima dos mais importantes mercados do mundo, como a
descoberta do gás em terra, responsável pela produção, até 2015, de dois mil
megawatts, sem os quais o racionamento rondaria o país.
7.
Mas neste mês fatídico [jan2015]o Maranhão desceu ladeira
abaixo. Deixou de ter ministros, perdemos o Ministério de Minas e Energia e o
do Turismo e não temos mais uma voz forte para fazer a defesa de nossa gente,
em cargo nenhum da República.
8.
E agora destroem o sonho em realização
da Refinaria do Maranhão e mandam colocar os dois bilhões que já gastaram em
perdas. Investir no Maranhão é perda.
9.
Que culpa tem o Maranhão pela corrupção e pela bagunça da
Petrobras? Pagamos nós pela Lava Jato!
10.
Eu não aceito essa decisão de acabar
com a refinaria em nossa terra.
11.
Falta de dinheiro na Petrobras! Por que
não abrir a empresas estrangeiras a construção? Aí estão capitais chineses,
americanos, ingleses, holandeses, sauditas, árabes e tantos outros.
12.
Posso não estar mais vivo, mas sei que,
se mantivermos a luta, classes empresariais, povo, governo, todos unidos, essa
decisão será revertida e um dia vamos ver a refinaria do Maranhão.
13.
Vamos repetir Barroso: “Sustentem o fogo
que a vitória será nossa”.
14.
No nosso caso, a esperança e a luta.
Publicado
no jornal O Estado do Maranhão em 01.fev.2015.
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GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ.
Nota [Oficial]
sobre a Refinaria Premium II
Qua, 28 de Janeiro de 2015 21:30
http://www.ceara.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/11823-nota-refinaria-premium-ii
O Governo do Estado repudia totalmente a decisão da Petrobras de
suspender os investimentos da refinaria
Premium II, um sonho do povo cearense e importante vetor de desenvolvimento
local e regional. Essa atitude representa uma quebra unilateral do compromisso
firmado com o estado e configura um desrespeito da empresa com o povo cearense.
O governador Camilo Santana recebeu a notícia com surpresa e indignação,
cobrou explicações da Petrobras, conversou com o ministro-chefe da Casa Civil
da Presidência da República, Aloizio Mercadante, e solicitou uma audiência com
a presidenta Dilma Rousseff.
Uma vez que o Ceará cumpriu todos requisitos para a implantação da
refinaria, o Governo afirma que continuará lutando e empreendendo todos os
esforços para viabilizar este importante projeto.
28.01.2015
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil (comunicacao@casacivil.ce.gov.br)
(85 3466.4898)
Governo do Estado [do Maranhão] emite nota lamentando o caso da
Refinaria Premium I
30/01 às 18h15
http://www.maranhaodagente.com.br/governo-estado-emite-nota-lamentando-sobre-o-caso-da-refinaria-premium/
I. O Governo do Estado
lamenta profundamente que os esforços feitos pela iniciativa privada e pelo
povo maranhense para garantir a instalação da Refinaria Premium I, como fator de desenvolvimento e geração de
oportunidades para nossa gente, tenha apenas se transformado em um rol de
notícias negativas, que envolvem antigos gestores do Governo do Estado.
II. Estamos prontos a
dialogar com a Petrobras para a retomada de investimentos no Maranhão, sendo
sanados os erros técnicos do projeto original, que não são de responsabilidade
do povo maranhense;
III. Seguiremos trabalhando
em sintonia com o Governo Federal para que nosso Estado receba projetos que
efetivamente tragam desenvolvimento para todos.
Flávio Dino
Governador do Estado do Maranhão
Rubens Jr cobra explicações da Petrobras sobre refinaria
DEP. FEDERAL RUBEM JR [PCdB]
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
http://www.rubenspereirajr.com.br/2015/02/rubens-jr-cobra-explicacoes-da.html
Em seu primeiro dia de trabalho como deputado
federal, Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA) apresentou um requerimento para que o Ministério
de Minas e Energia solicite informações à Petrobras.
O deputado quer ter acesso ao estudo técnico de
viabilidade econômica e à ata da reunião do Conselho da Petrobras que definiram
que não será mais construída a Refinaria Premium em Bacabeira.
O parlamentar também pediu acesso aos mesmos
materiais que embasaram a decisão da empresa de construir a refinaria.
“A perspectiva de construção de uma refinaria
da Petrobras no Maranhão mexeu com as expectativas de milhões de trabalhadores
e de milhares de empresários”, afirmou Rubens Jr. “A população maranhense merece
esclarecimentos sobre a decisão de interromper esse projeto”.
O parlamentar ainda pediu informações à estatal
sobre o destino do terreno da empresa, que recebeu obras de terraplanagem e de
adaptação em valor superior a R$ 1,5 bilhão. Rubens Jr também questiona a
estatal sobre o valor repassado ao estado a título de compensação ambiental
pela obra.
O deputado federal afirma esperar que todos os
elementos que envolvem a obra sejam esclarecidos, inclusive suspeitas de
corrupção que estariam sendo investigados na Operação Lava Jato, como
recentemente foi noticiado pela imprensa.
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