FACEBOOK RAS 20jun2017 (nº 2.331):
CEARÁ, COPPE/UFRJ E TRACTBEL: PROJETO PILOTO DA USINA DE
ONDAS DO PORTO DO PECÉM
DESPERDÍCIO DE DINHEIRO: USINA DE ONDAS DO PORTO DO PECÉM ESTÁ ABANDONADA [14jan2016]
Fonte: Fonte: Diário do Nordeste
(CE)
Reprodução: Site Portos e Mercados; 14 de janeiro de 2016
Acesso RAS em 20jun2017.
O empreendimento energético
instalado no Pecém tem capacidade de gerar 50 kilowatts (kW)
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Com operações
iniciadas em 2012, a usina de ondas do Pecém, pioneira do tipo na América
Latina, já está abandonada há cerca de dois anos. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de
Engenharia (Coppe), da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que era responsável pelo projeto,
atualmente trabalha com um novo protótipo, só que este está em terras
fluminenses.
Conforme
informações publicadas no jornal O Globo, o projeto do Pecém foi abandonado
pela Coppe pelo fim do contrato de pesquisa com a Tractebel Energia. A empresa privada investiu R$ 15 milhões no
empreendimento. Além disso, o protótipo do Ceará necessitava de melhorias
tecnológicas.
Procurada pelo
Diário do Nordeste, a Coppe, por
meio de sua assessoria de imprensa, confirmou as informações, mas não conseguiu
contactar, para entrevista sobre o assunto, o porta-voz do instituto, o professor SEGEN ESTEFEN, o qual exercia
a função de coordenador da usina.
[2]
RETOMADA EM 2017
Em entrevista ao
periódico carioca, contudo, o professor chegou a afirmar que a Coppe pretende, a partir de 2017,
retomar os experimentos no Ceará – e chegou a considerar a planta “um sucesso”.
As obras de expansão, hoje em execução no Porto do Pecém, também teriam
contribuído para o abandono do projeto.
Desta forma,
caso venha a ser retomado, o projeto de geração de energia usando as ondas do
mar deverá ser instalado em um outro lugar, e não mais no terminal portuário
cearense.
[3]
CAPACIDADE INSTALADA
O empreendimento
energético instalado no Pecém tem
capacidade de gerar 50 kilowatts (kW). Ainda em 2012, o projeto obteve Licença de Operação do Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para funcionar
até o ano de 2020.
O Ceará foi
escolhido para abrigar o mecanismo, principalmente pela constância dos seus
ventos alísios. O movimento desse tipo de ar gera ondas regulares no mar
cearense. Elas não atingem níveis elevados, como no Havaí, por exemplo, mas são
constantes, fator que aumenta a eficiência da usina de ondas.
[4]
O PROJETO FLUMINENSE
Por hora, a Coppe estará focada na nova usina de
ondas em instalação no Rio. Em parceria com Furnas e a empresa Seahorse
Wave Energy, o projeto conta com investimento de R$ 9 milhões (vindo de
Furnas) e está programado para entrar em operação em 2015.
A planta propõe
a instalação de um conversor offshore, a cerca de 14 quilômetros da praia de
Copacabana, com capacidade instalada de 100 kW – o dobro da usina cearense.
A usina ficará a
uma profundidade de 20 metros e, em sua capacidade máxima, a eletricidade
gerada pode abastecer o equivalente a 200 casas residenciais.
Estima-se que,
com oito mil quilômetros de costa, o Brasil possui um potencial para energia
das marés que pode chegar a 114 gigawatts, que chega a ser quase a atual
capacidade instalada de energia elétrica no país.
Fonte: Diário do
Nordeste (CE)
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