NAURO POESIA
MACHADO.
HOMENAGEM DA
ESCOLA DE SAMBA TURMA DO QUINTO- CARNAVAL SLZ 2002 - SAMBA ENREDO:
"Nauritânia, a Poesia de Barbas Brancas".
LEGENDA pra quem não é do Maranhão: [da esquerda pra
direita]:
(1) Poeta ZÉ MARIA
NASCIMENTO; (2) Poeta LAURA AMÉLIA DAMOUS; (3) Poeta, compositor cantor CHICO
SALDANHA; (4) Poeta, compositor cantor CHICO MARANHÃO; (5) NAURO POESIA
MACHADO; (6) Escritor teatrólogo cronista UBIRATAN TEIXEIRA.
No carro da TQ
2002 esse sexteto formava um batalhão pesado:
Somando a produção dos seis autores, temos mais de uma centena de livros,
dezenas de discos, centenas de composições, dezenas de peças de teatro; e
dezenas de milhares de horas de vôo na mais alta boemia ludovicense com consumo
de várias fábricas de cerveja e cachaça.
Aí temos uma parte da nata da cultura maranhense.
Parabéns à Turma do Quinto por essa preciosa homenagem em
vida.
Ronald Almeida Silva, 30nov2015.
TURMA DO QUINTO HOMENAGEIA NAURO MACHADO em 2002
Acordávamos ainda
da ressaca do bi-campeonato de 2001, desvendado da Caixinha de Segredos e já estávamos
discutindo o carnaval de 2002 com a proposta de cantar o poeta
maior Gonçalves Dias e suas obras referenciais. Sem definir a proposta final,
chegamos no segundo semestre ainda nos meados de outubro e surge a definição do
um tema para a Turma do Quinto. A partir daquele momento pensamos
harmoniosamente com os poetas Jeovah França e Luis Bulcão na homenagem à Nauro
Machado, nosso companheiro de “repartição”, que passamos a conviver por alguns
anos na sala da Asplan da Secma, e praticamente todos os dias anunciava o seu
tradicional bordão “velho cabo de guerra”. Poeta Jeovah de sorriso largo
confidenciou à Nauro que o mesmo seria enredo da Turma do Quinto, e recordo que
ele nos disse que não seria merecedor do dito tributo e na semana seguinte lhe
entreguei em mãos um ofício da Escola solicitando permissão para montar a
“Nauritânea: A poesia de barbas brancas”. Enredo definido e agora faltava o
samba que acertamos em reunião de diretoria com a presença de outros
entusiastas como José Pereira Godão, Toinho e outros que ficaria a cargo de
César Teixeira e me foi repassada a tarefa de levar o comunicado ao poeta
César. Assim o fiz!
Em nosso encontro numa prazerosa tarde de sábado no Estudio
da Phocus, no Parque do Bom Menino, tomamos uma breve cerva entremeando o
bate-papo e o nobre compositor aplaudiu a proposta da TQ, mas estava sem tempo
necessário para desenvolver uma composição de um enredo que considerou um tanto
complexo e que perguntávamos também. Como falar de Nauro Machado? Como desvendar
sua obra para transforma-la em carnaval? Muitas dúvidas cercearam todos, mas
alimentaram a veia poética de Luis Bulcão que ainda nos afazeres de secretário
de cultura, achava ainda um tempo para descrever finalmente o poeta Nauro
Machado. Nada mais identitário do que cantar a boêmia necessária do escritor.
Nada mais justo do que deixar o povo cantar a sua poesia irriquieta e plena. E
quebrando protocolos, nascia o samba antes do descritivo do enredo e foi a
partir dele que fora montado o plano de desfile das cabeças de Sebastião
Cardoso, os traços de Darlan Oliveira e a execução do departamento de carnaval
sob o comando de Lilio e também a calibrada no samba de José Pereira. A Turma
do Quinto partia para mais um antológico desfile com um Nauro esfuziante em um
carro alegórico ladeado por sua esposa Arlete, seu filho Frederico, os amigos
Chico Saldanha, Patativa, Chico Maranhão, Zé Maria Nascimento, Ubiratan
Teixeira, César Teixeira e Laura Amélia Damous.
Vimos um tímido Nauro que emocionado ergueu-se para acenar às
arquibancadas, sendo ovacionado calorosamente, o sóbrio Nauro que embriagado da
mais verdadeira homenagem à ele prestada, comandou o arrastão popular voltando por
dentro da passarela, desta vez no chão e nos braços do povo e que três dias
após adentrava o Largo da Madre Deus com sua Arlete para festejar com a cidade
o tricampeonato da Turma do Quinto.
A Nauritânea marcará célebre a história deste poeta que durará
uma eternidade em nossos corações!
Boa jornada “velho cabo de guerra”!
Texto de Gersinho Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário