[125] FUTEBOL: RELATÓRIO KLEIN 2006 -
PAZ NOS
ESTÁDIOS vem com melhora na organização
COMISSÃO PAZ NO ESPORTE [antiga CONSEGUE]
Ministério do
Esporte e Ministério da Justiça Brasília, 2005/2006
Relatório:
“Preservar o Espetáculo, Garantindo a Segurança e
o Direito à Cidadania.”
FASE I
RELATÓRIO FINAL – Relator Coordenador MARCO AURELIO KLEIN
Disponível em:
O MELHOR E MAIS COMPLETO ESTUDO COM SÍNTESE SOBRE A VIOLÊNCIA NO FUTEBOL BRASILEIRO E OS MEIOS PARA PREVENIR, COMBATER E ERRADICAR ESSE CÂNCER DO MAIOR ESPORTE NO PAÍS DO FUTEBOL.
SÓ O TAYLOR REPORT 1998 TEM AMPLITUDE SEMELHANTE.
Ministro do Esporte George Hilton faz gol de placa ao pedir atualização do Relatório Klein para a realidade 2015.
Ministério do Esporte
2015: Entrevista MARCO AURÉLIO KLEIN
http://www.ibdd.com.br/index.php/noticias/paz-nos-estadios-vem-com-melhora-na-organizacao/
Fonte: Ascom – Ministério do
Esporte
Publicado em: 11.02.2015
PAZ NOS
ESTÁDIOS vem com melhora na organização
Encarregado
pelo ministro do Esporte, George Hilton, de atualizar o estudo feito em 2006
sobre violência de torcidas de futebol, o atual presidente da Autoridade Brasileira
de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein, afirma que a solução do
problema engloba uma série de mudanças legais e na organização do esporte. Pelo
menos foi assim que países como a Inglaterra conseguiram acabar definitivamente
com atos de selvageria nas torcidas, o que resultou na liga mais competitiva e
lucrativa do mundo. A atualização do relatório Preservar o Espetáculo
Garantindo a Segurança e o Direito à Cidadania será
o primeiro passo de um plano de ação encomendado pelo ministro para extinguir a
violência entre as torcidas brasileiras.
A seguir, trechos da entrevista
concedida por Klein ao Portal do Ministério do Esporte:
[1]
O senhor foi convocado pelo ministro para apresentar o relatório final da
comissão Paz no Esporte. Qual o resultado da reunião?
Fiquei encarregado de atualizar
o relatório mostrando os pontos que precisam de uma continuidade, apesar dos
oito anos de finalizado. A preocupação do ministro George Hilton é que o
relatório volte à pauta e que tenhamos ações efetivas para melhorar a
experiência e tratar o futebol como um espetáculo, com a torcida participando
de um momento de alegria e de paixão.
[2] Qual
o ponto de partida dessa discussão?
A violência já esteve dentro do
estádio. Hoje não mais. A resolução do problema nas arenas precisa ser
estendida também para fora delas. As melhorias dentro dos estádios, com acessos
mais organizados, instalações mais limpas, cadeiras com lugares marcados e sem
alambrados são grandes legados da Copa do Mundo. A operação do Mundial mostrou
que o Brasil trabalha bem com grandes eventos, com estádios cheios, pois não
tivemos problemas.
[3]
Como foi o trabalho da comissão Paz no Esporte?
A comissão realizou o estudo
para encontrar os caminhos para combater à violência, o hooliganismo e o
vandalismo no futebol. Foi um trabalho técnico, com dois anos de análises, de
visitas por todo o Brasil e conversas com autoridades, clubes e federações. O
estudo buscou também acolher as melhores práticas de diversos países, com
documentos e legislação, sobretudo, na Inglaterra.
[4]
O relatório final aponta caminhos?
É um documento com medidas
práticas de ações que podem ser tomadas nos diversos níveis da organização dos
espetáculos. Em termos de legislação, responsabilidades e inteligência. É um
relatório muito operacional. O documento foi inspirado no relatório que trouxe
as sugestões que colocaram a Inglaterra no caminho de enfrentar e vencer o hooliganismo.
Ele foi inspirado na forma e no conteúdo do famoso Relatório Taylor.
[5]
Em se tratando de futebol, a violência entre torcidas é igual aqui e no resto
do mundo?
A Inglaterra ficou famosa por
conta do hooliganismo. Foi a melhor e a mais profunda experiência que enfrentou
a questão da violência, conhecida como a doença do futebol. Então, eles
resolveram o problema, criaram um campeonato que hoje é um modelo para todos os
torneios no mundo, mais rico e mais transmitido pela televisão. O problema foi
superado com um trabalho técnico que envolveu a participação do governo, dos
clubes, de entidades esportivas e da mídia. Foi um compromisso geral e, acima
de tudo, quando começou a dar resultado, de inteligência. Sempre acreditei que
é possível fazer isso no Brasil.
[6]
Como será o trabalho daqui para frente?
O ministro George Hilton pediu
para conhecer profundamente o trabalho. Apresentei o resultado para que ele
conheça a origem, os detalhes e como chegamos às sugestões. George Hilton pôde,
com a sua equipe, ter o primeiro contato e gostou muito do que foi apresentado.
O ministro achou o trabalho bom para todos que gostam do futebol como
espetáculo. Vou atualizar o relatório e entregar ao gabinete para que produza
resultado em política pública.
[7]
Como fazer isso?
As principais ações são os
pontos objetivos. É preciso tratar essa questão com a seriedade que merece, com
a importância que ela tem e com a inteligência que ela precisa. Ou seja,
mergulhar no problema, colocar as medidas específicas, colocar a inteligência e
se aprofundar na organização do espetáculo. A organização é a principal
mensagem que há no relatório. O combate à violência no futebol não é sobre
repressão. É sobre organização da forma de fazer o espetáculo, a qualificação
dos recursos humanos envolvidos, trabalho do entendimento dos riscos que
existem. Nem todo jogo é igual, com os mesmos riscos. Tem que entender como é o
risco, como tratá-lo. Existem instrumentos de inteligência de banco de dados
que são muito importantes.
[8]Então
os embates entre torcidas e polícias são evitáveis?
Futebol não é sobre repressão. O
tratamento à violência no futebol é, sim, sobre organização.
[9]
Então o combate à violência precisa envolver várias áreas do governo, em todos
os níveis de governo?
É fundamental uma coordenação.
Não adianta ter boas intenções de forma isolada. Parte do sucesso no combate à
violência na Inglaterra se deu em um trabalho coordenado entre todos os entes
envolvidos no futebol. Outra particularidade, que é preciso aplicar no Brasil,
é a especialização do que é o espetáculo do futebol.
[10]
Qual seria uma boa estratégia?
É impossível trabalhar quando
falamos que o determinado jogo vai ter um sistema de segurança rígido, que foi
criada uma operação de guerra. A mensagem que estamos dando não é a desejável
para o torcedor comum, que pretende ir ao estádio com a família. Temos que ter
a percepção do espetáculo e não de uma praça de guerra. As pessoas querem ir
naquilo que o futebol é: uma festa, uma alegria. A violência não faz parte do
futebol e é preciso trabalhar para que o torcedor possa ter no esporte um
momento de alegria e de paixão.
[11]
E as torcidas organizadas?
A torcida organizada não é a
causa do problema. Ela é muito mais efeito de um espetáculo que não está
organizado adequadamente. Assim, ela fica associada ao comportamento violento,
às brigas e ao vandalismo.
Fonte: Ascom – Ministério do
Esporte
Publicado em: 11.02.2015
CONSEGUE - Comissão Nacional de Prevenção
da Violência para a Segurança dos Espetáculos Esportivos
Comissão Paz no Esporte.
CONSEGUE - Comissão Nacional de Prevenção
da Violência para a Segurança dos Espetáculos Esportivos
Comissão "Paz no
Esporte".
http://portal.esporte.gov.br/futebolDireitosTorcedor/torcidaLegal/consegue.jsp
A Comissão foi criada pelo presidente Lula pelo
Decreto nº 4.960, de 19 de janeiro de 2004. Seu nome original é Comissão
Nacional de Prevenção da Violência para a Segurança dos Espetáculos Esportivos.
Após a instalação por Portaria Interministerial em 2005, a Comissão ficou
conhecida como Comissão Paz no Esporte.
Para elaborar medidas concretas no combate à
violência relacionada ao esporte em geral e ao futebol em particular, a
Comissão Paz no Esporte estudou o tema a fundo. Promoveu diversas reuniões
plenárias com especialistas de todo o país, além de fazer visitas técnicas a
estádios - no Brasil e no exterior. Também realizou ou participou de debates e
analisou as leis e de procedimentos de segurança de países como Inglaterra,
Espanha, Bélgica, Holanda, Portugal e Alemanha.
O trabalho da Comissão Paz no Esporte foi apresentado
com sucesso para 18 países ibero-americanos, em reunião promovida pela Espanha,
em Cartagena, na Colômbia.
[downloads]
Ø
Comissão Paz no Esporte: Relatório Final da Fase 1 - arquivo - PDF - 9Mb
Ø
Carta de Brasília - arquivo - PDF - 80Kb
Ø
NORMAS
·
Decreto n° 4.960, de 19 de Janeiro de 2014- arquivo PDF
- 8,9Kb
·
Portaria Interministerial n°
305, de 7 de Dezembro de 2012- arquivo PDF - 55Kb
Ø Seminário Sul-Americano
de Combate à Violência nos Eventos de Futebol
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