quinta-feira, 18 de maio de 2017

[436] RODRIGO JANOT, PGR - PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA É QUEM COMANDA AS INVESTIGAÇÕES DA LAVA-JATA PELO MPF. BIOGRAFIA OFICIAL. MENSAGEM AOS COLEGAS DA RGR. 18mai2017.



 FACEBOOK RAS 18mai2017 (nº. 2.155): 
RODRIGO JANOT, PGR - PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA É QUEM COMANDA AS INVESTIGAÇÕES DA LAVA-JATA PELO MPF E INTERAGE COM O STF PARA BUSCAR A APURAÇÃO CONCLUSIVA DOS FATOS E PROPOR A PRISÃO E CONDENAÇÃO DE RÉUS COM FORO PRIVILEGIADO OU NÃO.

QUEM É RODRIGO JANOT? O QUE FAZ A PGR?

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RODRIGO JANOT DIZ QUE PRISÃO DE PROCURADOR TEM 'GOSTO AMARGO' PARA A INSTITUIÇÃO 

[O Globo, 18mai2017]

 

Ø  Procurador-geral enviou mensagem aos integrantes da PGR para explicar motivos da prisão de ÂNGELO GOULART VILLELA.

Ø  Procurador preso é suspeito de tentar atrapalhar delação de dono da JBS.


Fonte> Jornal O GLOBO; 18/05/2017 09h56  
http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/em-nota-a-pgr-janot-diz-que-prisao-de-procurador-nesta-quinta-tem-gosto-amargo-para-a-instituicao.ghtml
Acesso RAS em 18mai2017.



FOTO 1: Na nota enviada aos integrantes da PGR, Janot afirmou que prisão de procurador e advogado foi embasada em 'robusta documentação' (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF) Fonte: Jornal O GLOBO. 18mai2017

O Procurador-Geral da República, RODRIGO JANOT, enviou nesta quinta-feira (18mai2017) uma nota aos integrantes da Procuradoria Geral da República (PGR) na qual afirma que a prisão do procurador da República ÂNGELO GOULART VILLELA, que atua no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem um "gosto amargo" para a instituição.

Goulart Villela foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta, por ordem do ministro LUIZ EDSON FACHIN, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio JANOT pediu à Suprema Corte a prisão preventiva (sem prazo determinado) do integrante do Ministério Público Federal (MPF).
Além da prisão do procurador da República, o chefe do Ministério Público solicitou ao STF a prisão do advogado WILLER TOMAZ, supostamente ligado ao deputado cassado e ex-presidente da Câmara EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ).

Na mensagem aos integrantes da PGR, RODRIGO JANOT afirmou que a prisão do procurador da República e do advogado foi embasada em robusta documentação.

"Foi deflagrada nesta quinta-feira, 18 de maio [2017], mais uma fase do caso Lava Jato, especificamente a partir de investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal. O sucesso desta etapa, contudo, tem um gosto amargo para a nossa Instituição", declarou.

Ainda segundo o procurador-geral, GOULART VILLELA e WILLER Tomaz são investigados "por tentativa de interferir nas investigações da Operação GREENFIELD" – que apura supostas irregularidades nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis – e de atrapalhar o processo de negociação do acordo de colaboração premiada do empresário JOESLEY BATISTA, um dos do sócios da holding J&F, dona do frigorífico JBS.

Janot destacou na nota que as prisões preventivas do procurador e do advogado foram solicitadas por ele com o objetivo de "interromper suas atividades ilícitas".

 

DILIGÊNCIAS NO TSE

Agentes da polícia federal cumpriram mandados na sede do TSE, em Brasília. Em nota, a assessoria do tribunal eleitoral informou que a busca na Corte se limitou à estação de trabalho do procurador Ângelo Goulart Villela.

Ainda de acordo com o tribunal, as diligências da PF não tiveram qualquer relação com a Justiça eleitoral ou com processos em trâmite na Corte.

Conforme a assessoria do TSE, foram apreendidos um HD externo, um celular, documentos e mídias, material pertencente ao Ministério Público Federal. A Polícia Federal chegou à sala da PGE por volta das 6h e deixou o local às 8h, informou a assessoria.

 

ASSOCIAÇÃO DO MP

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) afirmou nesta quinta, por meio de nota, que ÂNGELO GOULART VILLELA integra a diretoria da entidade, que é a mais importante organização de membros do Ministério Público.

No comunicado, o presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, disse que a prisão do procuradora da República demonstra que a investigação do MPF “é impessoal e respeitadora do estado de direito”.
“As apurações têm de prosseguir sempre, independentemente dos envolvidos”, escreveu o dirigente da ANPR.


Leia a íntegra da nota encaminhada por RODRIGO JANOT aos integrantes da PGR:

Prezados colegas,
1.               Foi deflagrada nesta quinta-feira, 18 de maio [2017], mais uma fase do caso Lava Jato, especificamente a partir de investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal. O sucesso desta etapa, contudo, tem um gosto amargo para a nossa Instituição.
2.               Há três anos, revelou-se um esquema criminoso que estarrece os brasileiros. As investigações realizadas pelo Ministério Público Federal e outros órgãos públicos atingiram diversos níveis dos Poderes da República em vários Estados da Federação e, aquilo que, até então, estava restrito aos círculos da política e da economia, acabou chegando à nossa Instituição.
3.               Exercer o cargo de Procurador-Geral da República impõe, não poucas vezes, a tomada de decisões difíceis. Nesses momentos, o único caminho seguro a seguir é o cumprimento irrestrito da Constituição, das leis e dos deveres institucionais. Não há outra forma legítima de ser Ministério Público.
4.               A meu pedido, o ministro EDSON FACHIN determinou a prisão preventiva do procurador da República ÂNGELO GOULART VILLELA e do advogado WILLER TOMAZ.
5.               A medida está embasada em robusta documentação, coletada por meio de ação controlada. As prisões preventivas de ambos foram por mim pedidas com o objetivo de interromper suas atividades ilícitas. No que diz respeito ao procurador da República, o mandado de prisão expedido pelo STF foi executado por dois procuradores regionais da República com o auxílio da Polícia Federal.
6.               Também foram realizadas buscas e apreensões em seus endereços residenciais e funcionais. Foi pedido ainda o afastamento do procurador de suas funções no Ministério Público Federal. Determinei também sua exoneração da função de assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral junto ao TSE e revoguei sua designação para atuar na força-tarefa do caso GREENFIELD.
7.               O membro e o citado advogado são investigados por tentativa de interferir nas investigações da referida operação, que envolve o Grupo J&F, e de atrapalhar o processo de negociação de acordo de colaboração premiada de JOESLEY BATISTA.
8.               A responsabilidade criminal do procurador e dos demais suspeitos atingidos pela operação de hoje será demonstrada no curso do processo perante os juízos competentes, asseguradas todas as garantias constitucionais e legais.
9.               Como Procurador-Geral da República, cumpri meu dever institucional e adotei as medidas que a Constituição e as leis me impunham.
10.         Sigamos confiando nas instituições republicanas. RJ
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF)

Sobre a Instituição

http://www.mpf.mp.br/conheca-o-mpf

Acesso RAS em 18mai2017




O Ministério Público Federal (MPF) integra o Ministério Público brasileiro, conquista garantida pela Constituição Federal de 1988. 

O Ministério Público brasileiro é composto pelos Ministérios Públicos nos estados e pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO, que, por sua vez, possui quatro ramos:
        I.            o Ministério Público Federal (MPF),
      II.            o Ministério Público do Trabalho (MPT),
    III.            o Ministério Público Militar (MPM) e o
    IV.            Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República e a sede administrativa do MPF é a PGR - Procuradoria-Geral da República.

De acordo com a Constituição Federal, cabe ao Ministério Público brasileiro:
·         a defesa dos direitos sociais e individuais indisponíveis;
·         a defesa da ordem jurídica e
·         a defesa do regime democrático.

Além disso, o Ministério Público tem autonomia na estrutura do Estado: não pode ser extinto ou ter atribuições repassadas a outra instituição. 

Os membros (procuradores e promotores) possuem as chamadas autonomia institucional e independência funcional, ou seja, têm liberdade para atuar segundo suas convicções, com base na lei.

Os Ministérios Públicos nos estados atuam na Justiça estadual, enquanto os diversos ramos do MPU têm a seguinte atuação:

MPF - O Ministério Público Federal atua na Justiça Federal, em causas nas quais a Constituição considera haver interesse federal. A atuação pode ser judicial como fiscal da lei, cível e criminal, mas também pode ser extrajudicial, quando atua por meio de recomendações e promove acordos por meio dos Termos de Ajuste de Conduta (TAC).

MPT - O Ministério Público do Trabalho (MPT) busca dar proteção aos direitos fundamentais e sociais do cidadão diante de ilegalidades praticadas na seara trabalhista.

MPM - O Ministério Público Militar (MPM) atua na apuração dos crimes militares, no controle externo da atividade policial judiciária militar e na instauração do inquérito civil também para a proteção dos direitos constitucionais no âmbito da administração militar.

MPDFT- O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) é o ramo do Ministério Público da União responsável por fiscalizar as leis e defender os interesses da sociedade do Distrito Federal e dos Territórios.

A organização e as atribuições do MPU estão dispostos na Lei Complementar nº 75/1993, conhecida como Lei Orgânica do Ministério Público da União.


Procurador-Geral da República [PGR]

http://www.mpf.mp.br/conheca-o-mpf/sobre/pgr/institucional/procurador-geral-da-republica

O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público Federal e exerce as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo também o procurador-geral Eleitoral. O PGR deve sempre ser ouvido em todos os processos.

No STF, o PGR é legitimado a propor ações diretas de inconstitucionalidade, representação para intervenção federal nos estados e no DF, além de propor ações penais públicas e cíveis. No STJ, o PGR pode propor representação pela federalização de casos de crimes contra os direitos humanos e ação penal.

O PGR é quem designa os subprocuradores-gerais da República para exercer, por delegação, funções junto aos diferentes órgãos jurisdicionais do STF e do STJ.

Vice-PGR – O vice-procurador-geral da República substitui o PGR em impedimentos e é designado pelo procurador-geral da República dentre os integrantes da carreira, maiores de 35 anos. Em caso de vacância, o vice-presidente do Conselho Superior do MPF é quem assume o cargo de PGR até que haja provimento definitivo.

Sobre o atual PGR

RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS

Procurador Geral da República
Mandato: de 17/09/2015 a 17/09/2017

http://www.mpf.mp.br/pgr/institucional/procurador-geral-da-republica/sobre-o-atual-pgr


FOTO 1: Na nota enviada aos integrantes da PGR, Janot afirmou que prisão de procurador e advogado foi embasada em 'robusta documentação' (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF) Fonte: Jornal O GLOBO. 18mai2017

BIOGRAFIA

Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1979), RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS é especialista em Direito Comercial, mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986).

Tem especialização na Scuola Superiore di Studi Universitari e di Perfezionamento S. Anna, Pisa/Itália (de 1987 a 1989), na área de meio ambiente e consumidor.
Ingressou na carreira de Procurador da República em 1984. Foi Procurador-Chefe Substituto da PR/DF de 1984 a 1987. Promovido a Procurador Regional da República em maio de 1993 e a Subprocurador-geral da República em outubro de 2003, com atuação perante o Supremo Tribunal Federal.
Foi:
Ø  Coordenador do Meio Ambiente e dos Direitos do Consumidor da Procuradoria Geral da República de 1991 a março de 1994;
Ø  Secretário Geral do Ministério Público Federal - julho de 2003 a julho de 2005; Coordenador-Geral do Centro de Pesquisa e Segurança Institucional do Ministério Público Federal CPSI/MPF;
Ø  Diretor-Geral da Escola Superior do Ministério Público da União; e
Ø  Membro das 7ª, 3ª e 5ª CCR's.
Também foi Professor Titular de Direito Processual Civil I da Universidade do Distrito Federal (UDF) até 1995 e Secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça de abril a dezembro de 1994.
Janot ainda foi Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), em mandato eletivo, de maio de 1995 a maio de 1997 e foi, por três vezes, conselheiro do Conselho Superior do MPF.

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Rodrigo Janot Monteiro de Barros
Fonte: Site PGR

Naturalidade: Belo Horizonte - MG
Data de Nascimento: 15/09/1956

II - Carreira acadêmica
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Ge-rais - 1979;
Especialista em Direito Comercial, a nível de pós-graduação, pela Universidade Federal de Minas Gerais, 1985;
Mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, 1986;
Especialização na Scuola Superiore di Studi Universitari e di Perfezionamento S. Anna, Pisa/Itália, de 1987 a 1989, na área de Meio Ambiente e Consumidor.

III - Experiência Profissional 
3.1 - Advogado Autônomo- 1980 a 1984;
3.2 - Professor Assistente de Teoria Geral do Processo e de Títulos de Crédito na Faculdade de Direito Milton Campos, Belo Horizonte - 1981 a 1984;
3.3.1 - Procurador da República - posse 01.10.1984.
3.3.2 - Procurador-Chefe Substituto da PR/DF de 1984 a 1987 
3.3.3 - Procurador Regional da República - maio de 1993 a outubro de 2003;
3.3.4 – Subprocurador-Geral da República – outubro de 2003, com atuação perante o Supremo Tribunal Federal;
3.3.5 - Coordenador do Meio Ambiente e dos Direitos do Consumidor da Procuradoria Geral da República - 1991 a março de 1994.
3.3.6 – Secretário Geral do Ministério Público Federal - julho de 2003 a julho de 2005.
3.3.7 – Coordenador-Geral do Centro de Pesquisa e Segurança Institucional do Ministério Público Federal CPSI/MPF de a 09/08/2006.
3.3.8 – Diretor-Geral da Escola Superior do Ministério Público da União – 14/06/2006
3.3.9 – Membro da 7ª, 3ª e 5ª CCR's.
3.4 - Professor Titular de Direito Processual Civil I da Universidade do Distrito Federal UDF até 1995.
3.5 - Secretário de Direito Econômico - Ministério da Justiça - abril a dezembro de 1994.

IV - Outras Funções 
Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República - ANPR - mandato eletivo de maio de 1995 a maio de 1997.
Por três vezes conselheiro do CSMPF.

V - Publicações
BARROS, R. J. M. Le point de vue du Ministère Public: ler particularités du Ministère Public brésilien. Petites Affiches, v. 395, p. 34 - 36, 2006.
BARROS, R. J. M. O Caso EMBRAER In: Atualidades Jurídicas. 1 ed. Belo Horizonte: Livraria Del Rey, 1993, v.3, p. 295-322. Referências adicionais Brasil/Português. Meio de divulgação: Impresso



Rodrigo Janot

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Acesso RAS em 18mai2017.

RODRIGO JANOT

Rodrigo Janot em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal
Período
17 de setembro de 2013 até a atualidade
Antecessor(a)
Vida
Nome completo
Rodrigo Janot Monteiro de Barros
Nascimento
Dados pessoais
Profissão
Assinatura
Assinatura de Rodrigo Janot

Rodrigo Janot Monteiro de Barros ORB (Belo Horizonte, 15 de setembro de 1956)[2] é um jurista brasileiro. É membro do Ministério Público Federal desde 1984, e atualmente é o Procurador-geral da República do Brasil.


Carreira

Rodrigo Janot formou-se em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1979, e pela mesma universidade concluiu especialização em 1985 e mestrado em 1986. Realizou, também, especialização na Scuola Superiore di Studi Universitari e di Perfezionamento S. Anna (Pisa, Itália) de 1987 a 1989.

Atuou como advogado de 1980 até 1984, quando ingressou na carreira do Ministério Público Federal como procurador da República. Foi promovido a procurador regional da República em 1993 e a subprocurador-geral da República em 2003. Foi secretário geral do MPF de 2003 a 2005.[2]

 

Procurador-geral da República

Em agosto 2013, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Roberto Gurgel no cargo máximo da Procuradoria-Geral da República, tendo tomado posse em 17 de setembro de 2013.

Janot venceu eleição interna da Procuradoria para ser reconduzido à função em agosto de 2015. Com mais de 300 votos de vantagem sobre o segundo colocado, Janot teve 799 votos, 288 votos a mais do que na eleição de 2013. 

Dentre os principais trabalhos de Rodrigo Janot frente a Procuradoria Geral da República está a Operação Lava Jato, tendo recuperado até o momento mais de 4 bilhões de reais.

Em junho de 2016, entrou com pedido de prisão, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP) e do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado por muitos um dos movimentos mais fortes já executados pelo Ministério Público.

O pedido foi negado pelo ministro do STF, Teori Zavascki, na mesma semana, por não considerar as gravações de Sérgio Machado, motivo para prisão.

Entretanto, o pedido acaba por gerar crise nas relações entre o Ministério Público e o Senado Federal, especialmente com o senador Renan Calheiros, presidente do Senado, que chega a atacar diretamente Janot, declarando que o MPF teria perdido o "limite do ridículo" e que a decisão de Janot era "exdrúxula".

Na sequência, novos pedidos pelo afastamento de Janot foram realizados. Sendo de incumbência do próprio presidente do Senado a análise para acolhimento dos mesmos, bem como de outros já feitos, intensifica-se a crise entre o MPF e o presidente do Senado.

Em 19 de dezembro de 2016, Rodrigo Janot entregou ao STF os acordos de delação premiada de 77 executivos da empreiteira Odebrecht, firmados com a força-tarefa de investigadores do Ministério Público Federal (MPF) na operação Lava Jato. Os documentos chegaram ao Supremo na parte da manhã foram trancados em uma sala-cofre.

Em 8 de maio de 2017, Janot enviou um pedido ao STF, para que o ministro do Supremo Gilmar Mendes seja declarado impedido de atuar no processo do empresário Eike Batista

A arguição de impedimento foi encaminhada à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, e será julgada pelo plenário. Janot pede a declaração de incompatibilidade de Gilmar para atuar no processo e a nulidade dos atos praticados por ele, como a concessão da prisão domiciliar do empresário. 

O PGR sustenta que seja declarada a suspeição do ministro porque a esposa de Gilmar, Guiomar Mendes, integra o escritório de advocacia de Sérgio Bermudes, representante de Eike em vários processos.


Cooperação internacional

Em março de 2016, Rodrigo Janot, e o procurador geral da Suíça, Michael Lauber, se reuniram em Berna para discutir cooperação entre os dois gabinetes relacionadas aos desvios na Petrobras

De acordo com comunicado da Suíça emitido no mesmo dia, os US$ 70 milhões que foram congelados em relação às investigações deverão retornar ao Brasil.

Até março de 2016, a Procuradoria Geral da Suíça recebeu 340 relatos de lavagem de dinheiro associados à investigação de contas ligadas à Petrobras. O MP suíço solicitou documentos em relação a mil contas em quarenta bancos no contexto das investigações relacionadas à Petrobras.

Na Suiça, há sessenta investigações que geraram o congelamento de 800 milhões de dólares.

Referências

2.      PGR. «Rodrigo Janot Monteiro de Barros». Consultado em 18 de setembro de 2013
4.      Ir para cima G1. «Rodrigo Janot toma posse nesta terça-feira como novo PGR». Consultado em 18 de setembro de 2013
6.      Ir para cima BBC (16 de março de 2016). «Lava Jato já recuperou mais de R$ 4 bi, diz Janot». Terra. Consultado em 18 de março de 2016
7.      Ir para cima «Janot pede a prisão de Renan, Cunha, Sarney e Jucá, do PMDB». Folha de S.Paulo. 7 de junho de 2016. Consultado em 16 de junho de 2016
8.      Ir para cima «Teori nega prisão de Renan, Jucá e Sarney, pedida por Janot». Folha de S.Paulo. uol. 14 de junho de 2016. Consultado em 16 de junho de 2016
9.       Ir para:a b «Renan diz que PGR perdeu o 'limite do ridículo' e chama decisão de Janot de 'esdrúxula'». Folha de S.Paulo. 15 de junho de 2016. Consultado em 16 de junho de 2016
10.  Ir para cima «Advogadas anti-Dilma pedem impeachment de Janot no Senado». Folha de S.Paulo. 14 de junho de 2016. Consultado em 16 de junho de 2016
12.  Ir para cima Agência Brasil. «Janot envia ao STF acordos de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht». Congresso em Foco. Uol. Consultado em 19 de dezembro de 2016
13.  Ir para cima André de Souza e Maria Lima (19 de dezembro de 2016). «Pressionado, Janot entrega ao STF conteúdo de delações da Odebrecht». O Globo. Globo.com. Consultado em 19 de dezembro de 2016
14.  Ir para cima «Janot pede impedimento de Gilmar Mendes em caso de Eike Batista». O Globo. Globo. 8 de maio de 2017. Consultado em 8 de maio de 2017
15.   Ir para:a b c BBC (17 de março de 2016). «Na Suíça, Janot recupera US$ 70 milhões da Lava Jato e diz que MP tem de ter 'couro grosso'». Consultado em 18 de março de 2016
16.  Ir para cima «Lava Jato: Suíça desbloqueia US$ 70 milhões para serem repatriados ao Brasil». Olhar Direto. 17 de março de 2016. Consultado em 18 de março de 2016

Precedido por
Roberto Gurgel
Sucedido por

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RODRIGO JANOT [15set1956, BH, MG]


Ø Procurador-geral da República, ele é responsável pela acusação da Operação Lava Jato no STF [desde agosto2013]


Fonte: Revista Época; Grupo Abril; Redação Época
31/01/2017 - 16h02 - Atualizado 31/01/2017 16h25
Acesso RAS em 18mai2017

Rodrigo Janot, procurador-geral da República (Foto: Sergio Lima/ÉPOCA)


1.       RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS, mais conhecido como RODRIGO JANOT, nasceu no dia 15 de setembro de 1956, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1979, mesma instituição na qual finalizou sua especialização em Direito Comercial (1985) e seu mestrado em Direito (1986).
2.       Nos três anos seguintes (1987-1989), estudou na Scuola Superiore di Studi Universitari e di Perfezionamento Sant’Anna, em Pisa, na Itália, universidade em que concluiu a especialização na área de Meio Ambiente e Consumidor.
3.       RODRIGO JANOT ingressou no Ministério Público Federal (MPF) como procurador da República em 1984. Foi procurador-chefe substituto da República no Distrito Federal entre os anos de 1984 e 1987.
4.       Em maio de 1993, assumiu como procurador regional da República, cargo em que permaneceu até outubro de 2003, quando foi promovido como subprocurador-geral da República, com atuação diante do Supremo Tribunal Federal (STF). De 2003 a 2005, Janot também foi secretário-geral do MPF.
5.       Em agosto de 2013, foi nomeado pela ex-presidente DILMA ROUSSEFF para assumir a Procuradoria-Geral da República, após o fim do mandato de seu antecessor, ROBERTO GURGEL.
6.       Como procurador-geral, JANOT assumiu a Operação Lava Jato, a maior investigação de corrupção em estatais e governos já feita pela Polícia Federal. Em junho do mesmo ano, o procurador-geral da República solicitou ao STF a prisão de RENAN CALHEIROS (PMDB-AL), do ex-presidente da República JOSÉ SARNEY (PMDB-AP), do senador ROMERO JUCÁ (PMDB-RR) e do ex-presidente da Câmara EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), todos sob suspeita de tentativa de obstrução das investigações da Lava Jato. O pedido foi negado por falta de provas.

7.       Em dezembro de 2016, JANOT entregou ao STF os acordos de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, que ficariam sob a relatoria do ministro TEORI ZAVASCKI. As delações foram homologadas pela presidente do Supremo, ministra CÁRMEN LÚCIA


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