GRUPO ODEBRECHT
A MAIOR
DELAÇÃO DA LAVA JATO [77 executivos]
Fonte: Estadão; sem data;
Acesso RAS 2019-09-04
O GRUPO ODEBRECHT é o maior entre as
integrantes do cartel acusado de
corrupção na PETROBRAS. Em 2014, possuía operação em 24 estados da
federação e em mais de 70 países, tendo uma intrincada e complexa movimentação
de recursos financeiros.
Entre 2004 e 2014 movimentou R$
35 bilhões em contratos diretos e em parcerias com a Petrobrás. Em contratos diretos de suas
unidades (sem contar consórcios e sociedades que ela integra) são R$ 17 bilhões
em contratos com a estatal.
Ao GRUPO ODEBRECHT é estimado o pagamento
de R$ 1 bilhão em propinas, entre 2004 e 2014. O prejuízo provocado por
sobrepreço nesses negócios pode chegar a R$ 7 bilhões, estima perícia contábil
da Polícia Federal.
AS COLABORAÇÕES DE 77 EXECUTIVOS COM O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
[a exemplo dos Acordos de Leniência feitos nos EUA como o DoJ]
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[1] GRUPO ODEBRECHT
Liderança dos Esquemas de Fraude de
Licitações e Propinagem
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Alexandrino
Alencar
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Cláudio
Melo Filho
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EMILIO ODEBRECHT
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Felipe
Montoro Jens
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MARCELO BAHIA ODEBRECHT
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Paulo
Lacerda
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Pedro
Novis
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[2] SETOR DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS
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Ângela
Ferreira Palmeira [uma das 5 mulheres no esquema]
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Fernando
Migliaccio Da Silva
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Hilberto
Mascarenhas Alves Da Silva Filho
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Isaias
Ubiraci Chave Santos
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Luiz
Eduardo da Rocha Soares
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[3] CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
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Alexandre
Biselli
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Antônio
Roberto Gavioli
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Benedicto
Barbosa Da Silva Júnior
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Carlos
Armando Paschoal
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Fabio
Andreani Gandolfo
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Jayme
Fonseca
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João
Antonio Pacifico Ferreira
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Leandro
Andrade Azevedo
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Nilton
Coelho De Andrade Junior
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Romildo
José Dos Santos Filho
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Ricardo
Ferraz
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Sérgio
Luiz Neves
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Valter
Luis Arruda Lana
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[4] ODEBRECHT ENGENHARIA INDUSTRIAL*
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César
Ramos
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Marcio
Faria
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Rogério
Araújo
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* ODEBRECHT Engenharia Industrial era chamada de ODEBRECHT Plantas Industriais
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[5] BRASKEM
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Carlos
José Fadigas De Souza
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José
Carlos Grubisch
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[6] ODEBRECHT AMBIENTAL
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Alexandre
Barradas
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Eduardo
José Mortani Barbosa
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Fernando
Luiz Ayres da Cunha Santos Reis
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[7] AMÉRICA LATINA E ANGOLA
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Alessandro
Cesar Dias Gomes
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Andre Luiz
Campos Rabello
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Antônio
Carlos Daiha Blando
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Flávio de
Bento Faria
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Luiz
Antonio Mameri
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Marco
Antonio Vasconcelos Cruz
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[8] ÁFRICA, EMIRADOS ÁRABES E PORTUGAL
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Ernesto Sá
Vieira Baiardi
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[9] ESTADOS UNIDOS
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Euzenando
Azevedo
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Gilberto
Neves
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[10] ODEBRECHT LATINVEST
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Jorge
Henrique Simoes Barata
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[11] ODEBRECHT ÓLEO E GÁS
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Roberto
Prisco Paraíso Ramos
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[12] ODEBRECHT REALIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS
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Antonio
Pessoa De Souza Couto
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João
Alberto Lovera
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Marcio
Pellegrini
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Paul Elie
Altit
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Paulo
Ricardo Baqueiro de Melo
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Rodrigo
Costa Melo
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[13] ODEBRECHT DEFESA E TECNOLOGIA
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André
Amaro
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[14] ODEBRECHT TRANSPORT
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Carlos
José Vieira Machado Da Cunha
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Fernando
José Maltoni
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Paulo
Henrique Quaresma
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Paulo
Henryan Yue Cesena
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[15] OUTROS [setores]
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Alves
Silva Filho
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Camillo
Gornatti
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Marcelo
Rodrigues
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Olívio
Rodrigues Júnior
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Paulo
Sergio Boghossian
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Paulo
Sergio da Rocha Soares
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CONTRATOS DIRETOS DAS UNIDADES DA EMPRESA
COM A PETROBRAS
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COMO FUNCIONAVA O ‘DEPARTAMENTO DA PROPINA’
O Setor de
Operações Estruturadas, chamado de “departamento da propina” por
investigadores, funcionou como órgão para pagamento de propinas e caixa-2 no
grupo desde 2006 e foi dissolvido em julho de 2015, um mês após Marcelo ODEBRECHT
e executivos do grupo serem presos pela Lava Jato.
Foi instalado dentro da
estrutura empresarial para controle, organização e operacionalização de
pagamento ilícitos. Incluía em seus serviços não só a contabilidade e o
controle financeiros desses dispêndios, mas também da “dissimulação da origem
ilícita” dos pagamentos.
ORGANOGRAMA DO SETOR [DE PROPINAGEM]
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PAGAMENTOS
Diretores de
contratos, gerentes e líderes empresariais encaminhavam semanalmente demandas
para o setor, através de planilhas do sistema MyWebDay e troca de e-mails pelo sistema de intranet DROUSYS.
Duas formas de pagamentos eram
efetuadas:
(i) por meio de contas secretas mantidas no exterior (caso da propina
paga aos dirigentes da PETROBRÁS) e
(ii) por entregas de dinheiro em espécie no Brasil, através de operadores do mercado
financeiro e doleiros fixos, chamados de prestadores de serviços.
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A PLANILHA DA PROPINA. Reprodução
de telas do sistema MyWebDay onde,
segundo procuradores, MARCELO BAHIA ODEBRECHT (MBO) autoriza pagamento de R$ 1 milhão para a campanha de DILMA ROUSSEFF (DP)
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ORDENADORES
Três executivos
eram os responsáveis pelas ordens de pagamentos e pela contabilidade do SETOR DE OPERAÇÃO ESTRUTURADAS DA ODEBRECHT:
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HILBERTO MARSCARENHAS ALVES DA
SILVA FILHO (CHARLIE)
Principal executivo do Setor de Operação Estruturadas,
era o supervisor do chamado “departamento da propina” e tinha como
subordinados os demais funcionários do setor. Atuava na coordenação e organização
da atividade de sistemática dos pagamentos, tanto nas movimentações em
território nacional como no exterior. Apareceu como controlador da conta da
offshore Smith & Nash Engineering Company Inc, com sede nas Ilhas Virgens
Britânicas, oficial do grupo, mas não declarada.
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FERNANDO MIGLIACCI DA SILVA
(WATERLOO)
Cuidava da parte operacional das entregas de propina em
espécie no Brasil. Subordinado a Hilberto Silva. Controlava o repasse de
valores de contas secretas no exterior para contas paralelas mantidas com
doleiros fixos, que eram prestadores de serviços. Controlava as contas em
nomes das offshores INNOVATION
ENGINEERING AND RESEARCH, CONSTRUCTORA
DEL SUR e KLIENFELD SERVICES.
Foi preso na Suíça tentando esvaziar as contas mantidas naquele país.
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LUIZ EDUARDO DA ROCHA SOARES
(TOSHIO)
Cuidava dos pagamentos no exterior, via contas offshores
e ex-funcionários. Subordinado a Hilberto Silva. Irmão de PAULO SOARES, que desenvolveu o SISTEMA DROUSYS, na empresa DRAFT SYSTEMS do Brasil, criada para
atuar no mercado, mas que tinha a ODEBRECHT
como principal cliente. A DRAFT funciona
no mesmo endereço da JR GRACO SERVIÇOS
CADASTRAIS, dos réus OLÍVIO
RODRIGUES e seu irmão MARCELO,
que eram operadores financeiros de propinas
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SECRETÁRIAS
Quatro secretárias cuidavam do funcionamento do "departamento da propina" [= DOE
– Departamento de Operações Estruturadas] . Elas atuavam subordinadas aos
três executivos recebendo os pedidos de pagamentos, controlando o fluxo de caixa,
os balanços, planilhas e ordenamentos a prestadores, como doleiros e agentes do
mercado financeiro, para entregas de valores e transferências, dentro e fora do
Brasil:
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MARIA LÚCIA TAVARES
(TULIA)
Era secretária-executiva em Salvador. Responsável pela
operacionalização dos pagamentos e controle da contabilidade do departamento,
subordinada a Hilberto Silva, Fernando Silva e Luiz Soares
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ÂNGELA FERREIRA PALMEIRA
(TSARINA)
Era secretária-executiva em Salvador. Responsável pela
operacionalização dos pagamentos e controle da contabilidade do departamento,
subordinada a Hilberto Silva, Fernando Silva e Luiz Soares
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ALYNE NASCIMENTO BORAZO
Era secretária em São Paulo. Assessorava Hilberto Silva,
Fernando Silva e Luiz Soares
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AUDENIRA JESUS BEZERRA
Era secretária em Salvador. Assessorava Hilberto Silva,
Fernando Silva e Luiz Soares
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[MODUS OPERANDI]
O pagamento de propinas do GRUPO ODEBRECHT seguia a mesma normatização e o sistema de gestão
implementado no conglomerado empresarial.
O Diretor de Contrato fazia um pedido
para seu Diretor Superintendente. Este comunicava a seu Líder Empresarial, que
comunicava o Diretor-Presidente.
Com o OK, o diretor de contrato enviava o pedido
para as secretárias executivas do Setor de Propinas, identificando origem do
pedido, fonte do recurso, autorizador e beneficiário:
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DOAÇÕES ELEITORAIS REGISTRADAS EM 2014
A Lava Jato reuniu os registros de doações do GRUPO ODEBRECHT do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e cruzou com os dados encontrados nos balanços contábeis das
empresas e elaborou uma tabela repasses a candidaturas em 2014. Constatou-se
que o partido político que foi beneficiado com maior volume de recursos foi o
PT, seguido do PMDB e do PSDB.
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FONTE: TRIBUNAL
SUPERIOR ELEITORAL
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OBRAS
NA MIRA DOS PROCURADORES
A
ODEBRECHT é alvo de investigações em 27 obras no Brasil:
[1] RJ – Aeroporto Santos Dumont,
[2] RJ - Presídios
[3] RJ - Metrô LINHA 4 – Barra – Ipanema
[4] RJ – Metrô LINHA 5 – Gávea - Carioca
[5] RJ – Oeste [?]
[6] RJ – Arena Maracanã
[7] RJ - Reabilitação da praia de Sepetiba
[8] RJ - Túnel da Grota,
[9] RJ - Habitações no Complexo do Alemão,
[10] RJ - Arco Metropolitano
[11] SP - Usina Hidrelétrica de Simplicio
[12] SP - Empresa Saneamento Mairinque,
[13] SP - Linhas 2 e 4 do metrô
[14] SP - Esgotamento Sanitário Mauá,
[15] SP - Corredor Metropolitano de Campinas;
[16] RS - Barragem Taquarembo,
[17] RS - Trensurb
[18] RS - Porto Rio Grande
[19] PE - Complexo Suape
[20] PE - Arena Pernambuco
[21] BA
Arena Fonte Nova
[22] PI - Tabuleiros Litorâneos
[23] RN - ETE Natal
[24] PR - Conpar
[25] CE - Sistema Adutor Castanhão
[26] RO - Hidrelétrica Santo Antônio
[27] ES - Esgotamento Sanitário.
Fora
do Brasil, a ODEBRECHT é investigada em obras nas vias de Luanda e no Aeroporto
Catumbbla, em Angola.
NOTA DO EDITOR RAS: A ODEBRECHT foi investigada também nos EUA pelo FBI / DoJ em 2014-2015 e fez Acordo de Leniência em 2016 se comprometendo a pagar multa de US$ 2,8 bilhões dólares [algo hoje da ordem de R$ 11,2 bilhões de reais]
[MAPA DAS MINAS] ONDE FICAM AS OBRAS INVESTIGADAS PELO MPF NO BRASIL.
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio
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Arquiteto
Urbanista FAU-UFRJ 1969-1972.
Especialização
em Desenho Urbano e Planejamento Regional (Universidade de Edimburgo, Escócia,
1981-83).
Registro
profissional (1972-2012 = 40 anos) CREA-RJ 21.900-D
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