quinta-feira, 3 de maio de 2018

[640] TRAGÉDIA ANUNCIADA: A VIDA COMO ELA ERA NO ED. WILTON PAES DE ALMEIDA. Anexo: reportagem de FILIPE SOUZA; BBC Brasil 03mai2018.




A VIDA COMO ELA ERA NO ED. WILTON PAES DE ALMEIDA

 

Apresentação: RONALD DE ALMEIDA SILVA

Arquiteto Urbanista CAU-BR A107150-5

 

 


SÃO PAULO E A TRAGÉDIA DAS MORTES ANUNCIADAS:
A DECADÊNCIA DO CENTRO VELHO DA MAIOR CIDADE DA AMÉRICA DO SUL E UMA DAS 10 MAIORES AGLOMERAÇÕES METROPOLITANAS DO MUNDO.
O GRITO DO PAISSANDÚ no feriado de 1º maio 2018.

Incêndio e implosão do Ed. Wilton Paes de Almeida (junto ao Lardo do Paissandu) e mortes de moradores sem-teto ressaltam e agudizam a face cruel da convergência de várias crises longevas: a Crise da Habitação Popular, a Crise da Favelização dos Centros Urbanos; a Crise do Desemprego; a Crise da Má Gestão e da Corrupção nos Poderes Públicos; a Crise da Especulação Imobiliária; a Crise das Drogas e Traficantes; a Crise da Educação e da Ignorância de Direitos e Deveres.

Registros fotográficos e textos do repórter FELIPE SOUZA, em trabalho realizado em outubro 2015 (publicados em 03mai2018 pela BBC Brasil) revelam a face humana e as condições físicas no interior do antigo símbolo de glória empresarial que virou cinzas e instrumento de morte por incúria dos Poderes Públicos, que desde set.2002 detinham a posse do imóvel.

 

Enxurrada de erros, omissões, burocracias obtusas, incompetências e irresponsabilidades da União, do governo estadual e da Prefeitura de São Paulo, respaldadas por ações bisonhas do Poder Judiciário (ao longo dos últimos 20 anos) conduziram ao trágico final do Ed. WPA cujo número de vítimas fatais nunca será efetivamente comprovado.

 

Dois dias após a tragédia, já estão retirando os escombros com grandes máquinas e os restos mortais das vítimas serão despejados juntos com o entulho do desabamento em algum bota-fora qualquer, sem os devidos cuidados e métodos de medicina forense que o caso requer.

 

Poderiam chamar os especialistas de Nova York que fizeram um imenso canteiro mortuário, para filtrar todo o entulho das duas torres gêmeas do WTC e checar, resgatar e identificar os restos humanos e pertences das 2.606 vítimas do maior ataque terrorista nos EUA, em 09set2001. As autoridades públicas gastaram US$ 750 milhões de dólares só para remover todos os entulhos e levar para o aterro sanitário (que depois foi fechado e virou aterro santuário) de Fresh Kills Landfill, na Staten Island. Até hoje há mais de 10.000 ossos humanos sendo estudados e quase 60 % das vítimas foram identificadas por teste de DNA com base nos remanescentes humanos encontrados no aterro santuário.

 

Mas no Brasil isso é impensável. A tragédia continua.

 

Ronald Almeida



ANEXO 1: FICHA TÉCNICA DO IMÓVEL

Veja detalhes sobre o prédio que desabou em SP: [Fonte: GLOBO; G1]

O edifício Wilton Paes de Almeida (ao centro) em imagem de 2010 (Foto: Reprodução/TV Globo)

1.               Nome do edifício: Wilton Paes de Almeida

Nota RAS: EMPREENDEDOR: SEBASTIÃO PAES DE ALMEIDA, (ver Anexo 3), que mandou construir o Ed. WPA para abrigar a sede de suas empresas, entre essas a Cia. Vidros do Brasil - CVB, Oleogazas, Socomin e duas agencias bancarias. o Nacional do Comercio de São Paulo S/A. e o Banco Mineiro do Oeste S/A nos quais era acionista majoritário. Após sua morte em 1975, o grupo foi perdendo força,  se desintegrou e o edifício WPA foi ao final dos anos 90 arrestado e repassado à UNIÃO em set.2002  para pagamento de dívidas tributárias.

2.               Endereço completo: Rua Antônio Godoy, 23, 27 e 33, e Avenida Rio Branco, 10, Santa Efigênia, Centro, junto ao Largo da Paissandú. São Paulo, SP, Brasil.
3.               CEP: 01034-001 [pesquisa Ronald Almeida]
Logradouro/Nome:
Bairro/Distrito:
Localidade/UF:
CEP:
Rua Antônio de Godói - lado ímpar
Centro 
São Paulo/SP
01034-001
4.               Ano do projeto: 1961
5.               Construção: entre 1961 e 1968
6.               Arquiteto responsável: Roger Zmekhol (1928-1976), que era filho de imigrantes sírios e nasceu em Paris, vindo ainda criança ao Brasil. Ele foi professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP).
7.               Característica do edifício: modernista (estrutura livre, com aço, vidro e concreto); o presidente do IAB-SP, Fernando Túlio Salva Rocha Franco, descreve o edifício como "marcante e arrojado", um dos primeiros da cidade a ter uma "pele de vidro" na fachada por adotar uma estratégia arquitetônica de deslocar para o miolo do prédio o espaço servidor, isto é, banheiros, elevadores, escadas e infraestrutura hidráulica e elétrica etc.
8.               Número de andares: 24 [andares-tipo; havendo ainda dois psisos de subsolo; um piso térreo (nível da rua) e um piso de mezanino];
9.               Área do terreno: 660 metros quadrados
10.      Área construída: 11.083 metros quadrados
11.      Detalhes do prédio: Publicada pela FAU-USP, a revista "Acrópole" nº 323, de dezembro de 1965, descrevia: "Os halls de circulação geral são tratados com mármore e aço inoxidável e os pisos de Ipê, por onde passam canaletas com fios telefônicos e elétricos, permitindo total flexibilidade na arquitetura interna".
12.      Tipo do imóvel: edifício comercial com 24 pavimentos; o terreno tinha 29,17 metros de frente para a rua Antônio de Godoy; 22,72 metros na linha que limita com a Avenida Rio Branco; 30,86 metros nos fundos em divisa com a Igreja Luterana (que também foi atingida pelo desabamento); e 21 metros do lado oposto com a Avenida Rio Branco.
13.      Tombamento: em 1992, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) tombou diversos edifícios e imóveis na região do Anhangabaú, inclusive o Wilton Paes de Almeida (pela resolução 37/92). Ele foi classificado em nível de proteção 3, que "corresponde a bens de interesse histórico, arquitetônico, paisagístico ou ambiental, determinando a preservação de suas características externas". A resolução do tombamento cita "o valor histórico, social e urbanístico", "o significado paisagístico e ambiental" e "o valor histórico-arquitetônico, ambiental e afetivo de diversos imóveis localizados na área do Vale do Anhangabaú e vizinhanças".
14.      O que já funcionou no edifício: foi construído para ser sede da Cia. Comercial Vidros do Brasil (CVB). Diversas outras empresas funcionaram ali, até que o Estado tomou posse em razão de dívidas.
15.      Órgãos públicos que funcionaram ali: entre o começo da década de 1980 e 2003, foi sede da Polícia Federal (pela carceragem, passaram presos como o mafioso italiano Tomaso Buschetta e o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto; a ossada do oficial nazista alemão Josef Mengele ficou abrigada no prédio). No Ed. Wilton Paes de Almeida, também funcionou o INSS.
16.      Desde quando estava desocupado: desde que a PF se mudou para a sede da Lapa, em 2003; depois disso, passou ser ocupado irregularmente.
17.      Quando passou a pertencer à União: em 17 de setembro de 2002.
18.      Quando foi colocado à venda: em fevereiro de 2015, foi lançado um edital para a venda do Wilton Paes de Almeida; poderiam participar pessoas físicas e jurídicas.
19.      Valor estimado para venda em 2015: de acordo com o edital, R$ 21.595.779,08.
20.      Quantas pessoas pessoas viviam ali: em nota, a prefeitura de São Paulo informou que foram cadastradas 248 pessoas de 92 famílias no local. Imagens mostram que, ao menos entre 2015 e 2017, havia ali uma faixa do Movimento Social de Luta por Moradia (MSLM). O Ministério Público confirmou que o grupo, de fato, ocupava o edifício.
21.      O que diz a prefeitura: o prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que não podia obrigar as famílias a deixar o local nem pedir reintegração, porque o prédio é da União.
22.      O que diz a União: em nota, o Ministério do Planejamento informou que o edifício Wilton Paes de Almeida não estava na programação de vendas de imóveis da União e que ele foi cedido provisoriamente à prefeitura em 2017 – a previsão é de que seria utilizado para acomodar novas instalações da Secretaria de Educação e Cultura de São Paulo. O comunicado cita que tanto a prefeitura quanto a União atuavam para tentar "a reintegração amigável do edifício".

ANEXO 2: REPORTAGEM BBC BRASIL


 

Energia de semáforo, briga por banheiro e esconde-esconde em cofre: a vida em prédio que desabou em SP 

[BBC; 03mai2018]


Fonte: Texto e fotos de FELIPE SOUZA; Da BBC Brasil em São Paulo; 03 maio 2018
Acesso RAS 2018-05-03

FOTO 01: Área interna de um dos quartos da ocupação; em 2015, moradores relataram que pagavam entre R$ 150 a R$ 200 para viver em prédio no Largo do Paissandu.

Dezenas de recados colados pelas paredes, um entra e sai constante de pessoas observadas por um segurança na porta. Em outubro de 2015, era assim a recepção do edifício Wilton Paes de Almeida, antigo prédio do INSS e da Polícia Federal no Largo do Paissandú, centro de São Paulo, que desabou em um incêndio na madrugada de terça-feira.

Na época, eu era repórter da Folha de S.Paulo e subi os 24 andares do prédio sem me identificar, como se tivesse interessado em morar no local. A visita fazia parte da produção de uma reportagem para o jornal sobre ocupações que cobravam aluguel dos sem-teto. Na época, os moradores relataram que pagavam entre R$ 150 e R$ 200.

Um cartaz colado na portaria de uma das maiores ocupações verticais da cidade deixava claro que atrasos não seriam perdoados: "Senhores moradores, precisamos acertar a contribuição até o dia 25/08/2015. Caso contrário, iremos pedir para deixar o espaço";

Moradores diziam que, em caso de atraso do aluguel, eles sofriam sanções, como corte de água e luz. Caso o pagamento não fosse feito por dois meses consecutivos, a família era expulsa.


FOTO 02: Cartazes do MLSM definiam normas do prédio, como a proibição de bebidas alcoólicas e drogas e indicações de vestimenta

Ao lado, regras de convivência escritas à mão em pedaços de papel diziam ser proibido usar drogas dentro do edifício, "ficar embriagado na recepção" e "espancar ou bater em crianças e mulheres". Também era não era permitido que homens circulassem sem camisa no prédio e que mulheres usassem roupas curtas.

O entra e sai de ambulantes era constante - muitos deles, com carrinhos para vender milho cozido e frutas no centro histórico da capital paulista.

No térreo, ficavam estacionados os carros dos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM), que administrava a ocupação. No mesmo pavimento, havia ainda um cofre com mais de um metro de altura, usado frequentemente por crianças como esconderijo para brincadeiras.


FOTO 03: Ocupação tinha várias regras de convivência

Os líderes do movimento social disseram que o aluguel pago mensalmente era usado integralmente para fazer a manutenção e limpeza do prédio. 

Em duas visitas, presenciei apenas uma faxineira e um porteiro no local. Em uma delas, a portaria era controlada pela própria coordenadora do movimento social.

FOTO 04: Quarto visitado por repórter tinha forte cheiro de urina e fezes, além de um sofá sujo e roupas abandonadas

No entanto, ao subir todos os andares do edifício, era possível observar que alguns deles estavam tomados por LIXO produzido pelos moradores e entulho deixado durante a desocupação dos escritórios que funcionavam no local.

Havia roupas, preservativos, seringas, embalagens plásticas e muitos móveis amontoados. O forro do teto estava destruído, e havia vazamentos nas tubulações de água. Boa parte das paredes e janelas do imóvel tinha pichações.

FOTO 05: Vista interna de um dos quartos da ocupação; entra e sai de ambulantes no prédio era constante

Uma das responsáveis pela ocupação mostrou cinco quartos disponíveis para locação. O primeiro tinha um forte cheiro de urina e fezes, além de um sofá sujo e roupas abandonados. Fotos eram proibidas no local. Argumentei que precisava fazer as imagens para mostrar o ambiente à pessoa com quem dividiria o cômodo.

A coordenadora disse que mostraria um quarto mais arrumado após perceber que eu tinha "demonstrado educação e disciplina". A melhor opção tinha cerca de 20 metros quadrados, estava limpa e não tinha nenhum móvel. 

O quarto não era muito disputada porque ficava no 20º andar, e poucos estavam dispostos a subir tantos andares de escada, principalmente para fazer a mudança.


FOTO 06: Uma das portas no 8º andar tinha uma pichação com o número 1533 - uma das principais referências à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)

Nos corredores da ocupação, os varais se multiplicavam. Também havia caixas d'água em alguns pavimentos - motivo de preocupação de uma idosa que vivia no 8º andar. Para ela, era muito arriscado ter tanta água perto de fiações precárias.

A grande maioria dos apartamentos não tinha pia, armário ou fogão. Eles consistiam em apenas um quadrado com paredes de madeirite.
  

FOTO 07: Em outubro de 2015, o repórter FILIPE SOUZA visitou ocupação no edifício Wilton Paes de Almeida

A água para as necessidades dos moradores era, em geral, retirada da caixa d'água instalada no corredor de cada andar. Alguns cozinhavam usando fogões de acampamento, abastecidos por um pequeno botijão.

Só não ficava um forte cheiro de comida nos corredores porque o prédio tinha janelões que garantiam a circulação do ar.

Uma das portas no mesmo andar tinha uma pichação com o número 1533 - uma das principais referências à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).



FOTO 08: Salas de escritório foram divididas com tapumes de madeirite e transformadas em quartos

Cada piso era habitado por mais de dez famílias e tinha uma rotatividade alta. "As pessoas não pagam ou fazem muita bagunça, e a gente pede para que elas saiam", disse na época uma das administradoras do local.

Na época, me foram oferecidos cômodos em cinco andares diferentes. Cada pavimento tinha um banheiro, limpo pelos próprios moradores em forma de rodízio - um dos principais motivos de briga entre eles, segundo uma das coordenadoras do MLSM.

FOTO 09: Cada piso era habitado por mais de dez famílias e tinha rotatividade alta

Ainda assim, quase todos os banheiros da ocupação estavam alagados, com o vaso sanitário entupido e com as paredes mofadas. Os moradores relataram que ratos, baratas e aranhas eram vistos com frequência.

A fiação de todo o prédio ficava exposta e tinha diversas emendas, devido às ligações clandestinas feitas pelos moradores. Eles disseram que a energia que abastecia o edifício era desviada de semáforos da região.

Havia tantos moradores no prédio que alguns aproveitavam para oferecer serviços, como cabeleireiro, manicure e venda de alimentos, como geladinho e marmitex.
Entre os moradores, havia taxistas, vendedores, garotas de programa e motoboys. 

Entre os motivos para viver no local, eles citavam a proximidade com o centro, já que grande parte morava na periferia e demorava até duas horas para chegar ao trabalho.
Mas todos tinham o mesmo sonho de conseguir uma moradia popular. 

Por isso, participavam mensalmente de reuniões internas e com representantes da prefeitura - alguns, durante anos.

Ninguém sabia quando nem se realmente conseguiriam uma casa, mas insistiam naquela que era tida como a única forma de conseguir um teto.

FOTO 10: Um dos quartos oferecidos para o repórter; entre moradores, havia taxistas, vendedores, garotas de programa e motoboys


ANEXO 3:

SEBASTIÃO PAES DE ALMEIDA, EX-MINISTRO DA FAZENDA DE JUSCELINO KUBITSCHEK E EX-DEPUTADO FEDERAL.

Fonte: by ON 12 de janeiro de 2012
http://www.oexplorador.com.br/sebastiao-paes-de-almeida-ex-ministro-da-fazenda-de-juscelino-kubitschek-e-ex-deputado-federal/
Acesso RAS 2018-05-03

SEBASTIÃO PAES DE ALMEIDA (Nasceu no município de Estrela do Sul (MG), em 22 de novembro de 1912 – Faleceu no Município do Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 1975, aos 63 anos).

Foi empresário, ministro da Fazenda do governo Juscelino Kubitschek e deputado federal.

Fundador e diretor da primeira indústria de vidro plano do país – Cia. De Vidros do Brasil - CVB, foi também diretor de inúmeras empresas particulares. 

Iniciou sua vida pública como presidente do Banco do Estado de São Paulo, durante o governo de LUCAS NOGUEIRA GARCEZ, em 1953. Posteriormente foi secretário estadual da Fazenda e respondeu interinamente pela pasta da Agricultura e do governo. Em 1962 elegeu-se deputado federal pelo PSD mineiro. Quatro anos mais tarde, teve cassado seu mandato, retirando-se da vida pública.

Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo. Iniciou a carreira bancária adquirindo experiência em todos os departamentos do Banco Nacional do Comércio de São Paulo estabelecimento de propriedade da família Paes de Almeida. 

Fundou indústria de vidro e empresas de aviação. Foi Presidente do Banco do Estado e Secretário da Fazenda de São Paulo; Presidente do Banco do Brasil e Ministro da Fazenda em caráter interino por duas vezes na gestão do Ministro JOSÉ MARIA ALKÍMIM e Ministro LUCAS LOPES.

No período em que exerceu o cargo como efetivo foram instituídas:
Ø  a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE e
Ø  a Comissão Nacional para os Assuntos da Associação Latino-Americana de Livre Comércio – ALALC.
Sebastião Paes de Almeida faleceu dia 19 de novembro de 1975, aos 62 anos, de um edema pulmonar, no Rio de Janeiro.



(Fonte: www.fazenda.gov.br/portugues/institucional/ministros)

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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, Brasil desde 1976.
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972 / Registro profissional CAU-BR A.107.150-5
Blog Ronald.Arquiteto (ronalddealmeidasilva.blogspot.com)
Facebook ronaldealmeida.silva.1



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