REALITY SHOW
“MISSÃO IMPOSSÍVEL” 2018.
By MICHEL
TEMER Produções Ilimitadas.
UMA INTERVENÇÃO
FEDERAL MILITAR
DE ALTO RISCO NA SEGURANÇA DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO.
Ronald de Almeida Silva
Arquiteto Urbanista, carioca da
safra de 1947.
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Mapa da Violência no Brasil
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AVISO AOS NAVEGANTES:
Há uma enorme e trágica probabilidade
de desmoralização das Forças Armadas perante as facções do Crime Organizado (e
do Crime Desorganizado) no Rio de Janeiro e, de tabela, por efeito dominó político,
em todos os demais estados da federação.
A Intervenção Federal Militar by TEMER (presidente
acusado pelo Ministério Público Federal de participar de várias ações
criminosas simultâneas) parece ter nascido sob o efeito da talidomida, um medicamento
sedativo, anti-inflamatório e hipnótico, que se tomado por mulheres grávidas,
pode capaz causar a má formação de fetos e gerar crianças com deficiências físicas
monstruosas, como ocorreu na década de 60 no Brasil.
Sob a égide de Operação Militar
milagrosa, mitigada e de curtíssimo prazo, por limitações e restrições de toda
ordem (orçamentárias, políticas, estratégicas, territoriais, tecnológicas, intelectuais,
logísticas, de tempo e até do ponto vista humanitário) a Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro corre seríssimo risco de se
tornar o maior fiasco das Forças Armadas e do Governo Federal (e de qualquer outro
tipo de governo ou comando) desde a descoberta do Brasil em 1500.
Destacamos aqui algumas das principais
razões e evidências nacionais para a Morte Anunciada da Intervenção Federal
Militar by TEMER, deflagrada em 16fev2018:
1)
As Organizações
(Facções) Criminosas – O.C. - só dominam e mantêm ciosamente essa dominação sociopolítica
e territorial há várias décadas no Rio de Janeiro e alhures devidos aos
seguinte fatores:
i. A existência
de fortes e superlucrativas relações incestuosas com representantes dos Poderes
Públicos (policiais civis e militares e membros dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário), condição esta sine
que non para a longevidade das O.C., processo que influencia decisivamente (funding) nas eleições de vereadores,
deputados e senadores e nas nomeações de delegados da polícia Civil,
comandantes de batalhões da PM, diretores de penitenciárias e IMLs e até na escolha
de desembargadores nos TJs;
ii. A participação
direta e indireta de bicheiros - operadores do jogo do bicho e de cassinos
clandestinos em todo o Brasil -, tendo como principal base financeira o Rio de
Janeiro; São esses contraventores que bancam (com recursos do crime) o maior Carnaval
do Mundo, ao custo de centenas de milhões de reais todos os anos;
iii. O apoio de financistas
privados (capitais nacionais e internacionais), os chamados “banqueiros” que financiam o plantio, o comércio
e o tráfico de drogas, de armamentos e de roubos de caixas eletrônicos, cargas e
veículos e de sequestros, que faturam bilhões de dólares por ano e repartem
lucros com autoridades públicas coniventes;
iv. A garantia de manutenção
permanente e diuturna do “mercado”: uma imensa e sempre crescente legião de
consumidores de drogas (viciados e recreativos) nos 5.570 municípios do país; Enquanto houver a figura do consumidor / usuário / viciado / dependente químico, vai haver a figura do fornecedor / traficante de drogas ilícitas. Se não se erradicar o primeiro personagem - o usuário - , o segundo personagem - o traficante - nunca desaparecerá, por mais que seja preso ou morto. Sempre há um substituto imediato nesse negócio mais lucrativo do mundo: o tráfico de drogas, a base de quase todos os demais crimes violentos.
v. O apoio de
grande parte das famílias das favelas e outras comunidades de baixa renda que
se “favorecem” de “benefícios” de toda natureza (ex: alimentos, gás, material
de construção, roupas, transportes, bolsas de estudo, proteção, lazer funk, empregos
etc.) oferecidos por traficantes e outros criminosos;
vi. A corrupção sepsêmica
(septicemia congênita) do sistema penitenciário nacional, que se tornou a vista
de todos no home office dos líderes das
mais perigosas e atuantes facções criminosas, como reconhecem TEMER e o novo
Ministro Extraordinário da Segurança Pública, RAUL JUNGMAN;
vii. As habilidosas
e destemidas bancas de advocacia, contabilidade e engenharia financeira que elaboram
as estratégias, as logísticas e operam milhares de redes de lavagem das imensas
e inesgotáveis somas de dinheiro sujo que as organizações criminosas apuram
diariamente;
2)
A esses 7 fatores primordiais,
que por sua histórica complexidade não tem solução estrutural em curto e médio
prazos, somam-se a ausência completa de planejamento consistente de longo prazo
e o perfil do Interventor e sua equipe, moldado pela ortodoxa escola das forças
armadas, onde a ferrenha e obstinada disciplina da tropa permite que bons resultados
intramuros aparecerem.
3)
Já no REALITY SHOW DA VIDA REAL, no
mundo caótico, desintegrado e desorientado dos serviços estaduais de segurança pública
e seus dos campos de ação minados em territórios conflituosos e densamente
habitados, um Interventor General e sua tropa são um enorme cardume de peixes
fora d’água, ou um “cachorro acuado”, como compara sabiamente o General da
reserva ANTÔNIO HUMBERTO MOURÃO.
4)
Esse mesmo general MOURÃO, buscando
desbastar o gigantesco biombo da HIPOCRISIA NACIONAL e do OPORTUNISMO POLÍTICO de
governantes – TEMER e PEZÃO – e suas bases de apoio, ambos sem credibilidade
alguma, declarou de modo objetivo e franco (em 28fev2018):
Ø “O atual modelo de intervenção,
que prevê total poder do general WALTER SOUZA BRAGA NETTO para comandar a
Segurança Pública e o sistema prisional do Estado, é incapaz de resolver o problema”.
Ø “A intervenção no Rio é uma intervenção meia-sola.”
Ø “O BRAGA
NETTO não tem poder político, ele é um cachorro acuado no final das contas, não vai
conseguir resolver o problema dessa forma e nós (o Exército) só vamos apanhar”.
5)
Além do Rio
de Janeiro, a sepse generalizada e a falência múltipla de órgãos dos sistemas de
Segurança Pública no Brasil atinge todos os estados e foi resumida pela Secretária
de Justiça e Cidadania do Ceará, SOCORRO FRANÇA, em entrevista ao programa Fantástico,
TV Globo, em 04fev2018:
"Eu me sinto, na idade que
eu estou, 74 anos tomando conta desses 28 mil presos. Sabe como eu me sinto? TENDO
ENXUGADO GELO A VIDA INTEIRA", relata. A matéria da TV Globo mostrou
crimes filmados por grupos criminosos e divulgou os números de 5.134 mortes no
Ceará em 2017. Além dos casos do primeiro mês de 2018, que já chegam a 453
pessoas assassinadas, o pior janeiro em cinco anos. Fonte: O Povo; 05/02/2018.
6)
O general MOURÃO,
ao falar com a imprensa, foi além e defendeu que o governador do Estado, LUIZ
FERNANDO PEZÃO, também deveria ser afastado, para assegurar ao Interventor General
também o poder político-administrativo em toda a máquina de governo fluminense.
Sem isso a intervenção nada mais é do que uma reles “meia-sola”!!!
7)
Essa tese defendida
pelo general MOURÃO é óbvia e claríssima já que PEZÃO nada mais foi e ainda é do
que um coadjuvante, um nefasto Sancho Pança do ex-Governador SÉRGIO CABRAL, o
mais criminoso dos ex-governadores de estado no Brasil, hoje preso com 4 condenações
penais que somam 87 anos de reclusão em regime fechado, além de várias outras que
estão por vir.
Rememorando o fracasso precoce e recorrente
das incontáveis medidas e planos anteriores que se diziam ser soluções para o
combate à violência e ao crime organizado e olhando o panorama atual da República,
o perfil padrão dos parlamentares do Congresso Nacional e de um STF com vários magistrados
atuando como bonecos de ventríloquos boquirrotos, pode-se afirmar, como nos
filmes de ação mundo afora: “NO BRASIL, O CRIME COMPENSA!”
Portanto, Presidente TEMER, o seu
REALITY SHOW da Intervenção Federal Militar (gestada para fazer esquecer a
famigerada e pré-derrotada Reforma da Previdência), nada mais é do que que uma “MISSÃO
IMPOSSÍVEL”, triste e trágica, sem possibilidade de sequer mostrar os efeitos especiais
que a dinâmica série de filmes homônimos nos mostrou desde a primeira cena.
Ao carioca e aos brasileiros em
geral, desprotegidos e à mercê de todos os tipos de violência, inclusive econômica
e tributária, só resta perceber a farsa e votar com mais consciência e
discernimento em outrubro 2018. Senão, vamos repetir o Mito de Sísifo e passar
mais algumas décadas nas mãos dos bandidos de rua e dos bandidos de gabinete. Alea
jacta est.
RAS; SLZ, MA, 01mar2018.
POSFÁCIO:
A um bom amigo jornalista de grande talento, cultura e
perspicácia que ama a cidade e mora no Rio e comentou o meu artigo sobre a
farsa da intervenção federal militar no Rio de Janeiro, enviei os seguintes
comentários adicionais:
PREZADO AMIGO.
Muito obrigado por sua apreciação ao meu texto sobre a
MORTE ANUNCIADA DA INTERVENÇÃO FEDERAL MILITAR (IFM) factoide na (in) SEGURANÇA
PÚBLICA no Estado do Rio de Janeiro.
O texto é público pois está disponível no meu Blog Ronald.Arquiteto
e no meu Facebook
Ronald de Almeida Silva. Portanto, pode ser acessado em todo mundo
onde houver internet e enviado a quem tiver interesse em entender o porquê da
aparente superioridade do Crime contra a LEI e a Justiça no Brasil.
Sem planejamento prévio, sem efetivos suficientes e sem
métodos definidos de combate às raízes dos crônicos problemas a IFM ainda não
apresentou resultado algum, não tem metas a cumprir e só se fez presente, até
agora, na desvalida capital do estado. Talvez em mais um ou dois municípios da
RM-Grande Rio, mas nada = presença zero nos demais 91 municípios também
assolados pela epidemia de violência indomável.
Esses comentários são fruto de longa reflexão, de muitas
experiências, pesquisas e leituras acumuladas. Meu último trabalho na faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (1972) foi uma avaliação sobre os processos
de EXPANSÃO URBANA NO RIO e os modos de ocupação do solo. Isso – de modo sumário
- se dava através de 3 vetores principais.
Ø O primeiro
vetor, mais corriqueiro e típico do capitalismo financista, o da construção
civil e da especulação imobiliária, incluindo os programas e conjuntos
habitacionais do BNH e Cohabs;
Ø O segundo
vetor, muito raro, um espasmo de planejamento microrregional, para ocupação da vasta
planície litorânea compreendida
entre a Barra da Tijuca, o Pontal de Sernambetiba e Jacarepaguá conhecida
como Baixada de Jacarepaguá, que resultou no Plano Lucio Costa, de 1969;
Ø E o terceiro
vetor de expansão, tal como uma hanseníase (lepra) urbanística, incontrolável, fruto
de desgoverno e omissão dos poderes públicos e da sociedade, caracterizado pela
vertiginosa favelização de morros, florestas e mangues e pela invasão de
terrenos ociosos nas periferias de todos os municípios da Região Metropolitana
do GRANDE RIO.
Passados 45 anos, quase meio século depois, a Cidade
Maravilhosa se transformou em Cidade Mais Criminosa, espantando o mundo inteiro
com suas impressionantes cenas dramáticas de violências e degenerescências
físicas, políticas e administrativas.
Um exemplo notório: A famosíssima av. Nossa Senhora de
Copacabana, nos anos 50/60 a mais refinada rua comercial do Brasil, virou nos
anos 2000 uma cloaca social em processo acelerado de decadência econômica e
urbanística.
Como há um processo de paralisia cerebral em progressão
constante na mente da Silent Majority e da patuléia brasileiras, promovido pela
incompetência e oportunismo das Grandes Mídias e imprensa de modo geral, é
preciso haver pelo menos duas pessoas isentas da doença da ENCEFALOPATIA
ESPONGIFORME para que um nanodialogo se estabeleça.
É nesse átomo de discernimento histórico e político que
se deve tratar de modo holístico e permanente a questão da VIOLÊNCIA ENDÊMICA e
as possíveis soluções de segurança pública em longo, muito longo prazo (30 a 50
anos).
A sociedade criminogênica que se estabeleceu no Brasil
desde sua fundação / descoberta é o maior empecilho à Ordem e Progresso e
qualquer avanço intelectual significativo no País de MACUNAÍMA.
O espelho mágico dessa sociedade são o nosso Congresso,
a nossa Presidência da República e o nosso mais imprudente e caviloso STF de
todos os tempos.
Resumindo. O Crime Organizado no Rio de Janeiro, em
particular, e no Brasil, de modo geral, só prospera e domina não porque é mais
poderoso é forte do que todas as autoridades e entes públicos do país. O Crime
Organizado está vencendo a tudo e todos porque funciona como uma espécie de “CONCESSÃO”
dos Poderes públicos em todo o país.
O onipresente, submerso e imenso poder paralelo das O.C. para traficar
drogas, contrabandear, sequestrar, roubar, intimidar pessoas e comunidades
inteiras, violentar e matar – no varejo e no atacado – em todo o Rio de Janeiro,
somente é possível com a conivência e envolvimento direto de milhares de agentes
de diversos segmentos dos poderes públicos.
No Rio de Janeiro há investigações policiais e ações judiciais que
comprovam, inequivocamente, o envolvimento criminoso de agentes públicos de
todos os escalões: policiais civis e militares; auditores fiscais;
procuradores; parlamentares; secretários municipais; desembargadores; membros
do Tribunal de Contas (Presidente e 4 conselheiros presos em 29mar2017); chegando
até Governadores e vice-governadores, como no caso da mafiosa dupla SÉRGIO
CABRAL FILHO e seu fiel escudeiro LUIZ
FERNANDO DE SOUZA PEZÃO;
O Rio de Janeiro é apenas a vitrine mais espetaculosa
por sua mística de Cidade Maravilhosa - com os mais belos cenários urbanos e
Carnaval carioca, o mais fantástico espetáculo da Terra - e também por ser a
sede da TV GLOBO.
A intervenção federal militar no Rio de Janeiro é
apenas uma grande farsa proposta por um governo improvisado, comandado por uma
OPC - Organização Política Criminosa, que é o MDB, tradicional PMDB, liderado há
anos por MICHEL TEMER, a qual nada mais é do que um Comando Vermelho ou um PCC de
paletó e gravata e imunidade parlamentar. Mais perigoso e mais longevo e
pernicioso do que a facção criminosa do PT.
Até onde iremos com tamanha farsa?
RONALD ALMEIDA.
RAS; SLZ, MA, 03mar2018.
NOTA DO EDITOR
do Blog Ronald.Arquiteto e do Facebook Ronald Almeida Silva:
O Blog Ronald
Arquiteto e o Facebook RAS são
mídias independentes e 100% sem fins lucrativos pecuniários. Não tem
anunciantes ou apoiadores e nem patrocinadores. Todas as publicações de texto e
imagem são feitas de boa-fé, respeitando-se as respectivas autorias e direitos
autorais, sempre com base no espírito e nexo inerentes à legislação brasileira,
em especial à LEI-LAI – Lei de Acesso à
Informação nº 12.257, de 18nov2011.
O
gestor do Blog e da página RAS no Facebook nunca teve e não tem filiação
partidária e nem exerce qualquer tipo de militância político-partidária ou
político-ideológica.
RONALD
DE ALMEIDA SILVA
[Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, desde 1976]
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972
Registro profissional CAU-BR
A.107.150-5
e-mail: ronald.arquiteto@gmail.com
Blog Ronald.Arquiteto (ronalddealmeidasilva.blogspot.com)
Facebook ronaldealmeida.silva.1
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