MOUNT QINGYUAN National Park and the stone statue of LAOZI;
Guangzhou City, Fujian Province. Foto by Ronald Almeida. 06set2017
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
Fonte:
Embaixada China no Brasil
Revisão_00:
01nov2016; revisão_02: RAS 2020-05-19 data hora do site: 2020/5/19 19:13
http://br.china-embassy.org/por/
Embaixada
da República Popular da China no Brasíl
SES-Av.
das Nações, Quadra 813, Lote 51, Brasília-DF, Brasil
CEP:
70443-900
AS
RELIGIÕES NA CHINA
II. Budismo na China
III. Islamismo na China
ADENDOS by RAS:
V.
Confucionismo: O pensamento que mudou a China
VI. A fé que move a China [três doutrinas básicas]
[I]
TAOISMO NA CHINA
2009/08/12
por
Guilherme Korte
O
Taoismo teve início no século II. É uma das religiões indígenas, e sua
ideologia deriva de antigas tradições, incluindo Huang-Lao, uma tradição
cultural batizada depois de Hunag Di, O Imperador Amarelo, e Lao Tzu, e seguida
por seus fiéis durante a dinastia Han do Oeste (206 a.C. - 24 d.C.).
Durante as dinastias Tang (618 - 907) e Song (960-1279), devido ao apoio de seus imperadores, o Taoismo entrou em um período de pleno desenvolvimento e se converteu em uma importante religião na China, somente menor que o Budismo. Lao Tzu, o fundador da escola de Taoismo, no começo da dinastia Qin, é venerado como seu fundador, e a idéia do Caminho (Dao), que se preconiza no livro "O Caminho da Energia", é a base da religião.
Crendo que o Caminho é a origem do universo e criador de todos os seres vivos. Os taoistas adoram toda a vida no universo e todas as coisas criadas pela natureza. Também crêem que o homem pode alcançar a imortalidade e converter-se em um ser celeste mediante a prática da austeridade. No século 12, o Taoismo dividiu-se em duas seitas: O taoismo Chuan-chen e o Taoismo Cheng-I. Os seguidores do Taoismo Chuan-chen abandonam suas famílias e vivem em templos. Tornam-se vegetarianos e praticam a austeridade tendo em vista a imortalidade.
Outros, seguidores do Taoismo Cheng-I, viveram perto de suas famílias e não deixaram de comer carne e como ideal, ajudavam outras pessoas a conseguir fortuna e evitar seus males. De acordo com o Taoismo, os deuses atuam como administradores e controlam cada coisa no Universo. Entre muitos deuses venerados pelos taoistas, o Deus de Origem Primitiva, o Deus da Pedra Sagrada, e o Deus do Caminho da Energia (Lao Tzu) são considerados os deuses supremos. Muitos dos templos taoistas foram construídos em montanhas donde, segundo a tradição, nasceram os seres celestiais ou se transformaram em imortais, os antigos taoistas que haviam praticado a austeridade física, mental e espiritual. Atualmente existem mais de 1600 templos taoistas aonde vivem 25 mil sacerdotes.
A Organização Taoista da China, estabelecida em 1957, em Beijing, é uma organização nacional, com Ming Zhiting como presidente. Para levar adiante e divulgar a cultura taoista, a associação publicou dezenas de obras clássicas taoistas e compilou mais de 30 livros sobre o Taoismo e uma série de livro sobre a cultura taoista. Publica ainda uma revista bimestral, "O Taoismo da China", distribuída no interior e enviada ao exterior.
A Academia Chinesa de Taoismo, fundada em 1990, oferece cursos aos jovens interessados sobre as investigações e estudos taoistas. Milhares de estudantes graduaram na academia desde seu estabelecimento.
Os taoistas chineses sempre mantêm estreitos contatos com os taoistas em todas as partes do mundo. A Associação Taoista da China, também é membro da União de Proteção Religiosa e Ambiental.
Durante as dinastias Tang (618 - 907) e Song (960-1279), devido ao apoio de seus imperadores, o Taoismo entrou em um período de pleno desenvolvimento e se converteu em uma importante religião na China, somente menor que o Budismo. Lao Tzu, o fundador da escola de Taoismo, no começo da dinastia Qin, é venerado como seu fundador, e a idéia do Caminho (Dao), que se preconiza no livro "O Caminho da Energia", é a base da religião.
Crendo que o Caminho é a origem do universo e criador de todos os seres vivos. Os taoistas adoram toda a vida no universo e todas as coisas criadas pela natureza. Também crêem que o homem pode alcançar a imortalidade e converter-se em um ser celeste mediante a prática da austeridade. No século 12, o Taoismo dividiu-se em duas seitas: O taoismo Chuan-chen e o Taoismo Cheng-I. Os seguidores do Taoismo Chuan-chen abandonam suas famílias e vivem em templos. Tornam-se vegetarianos e praticam a austeridade tendo em vista a imortalidade.
Outros, seguidores do Taoismo Cheng-I, viveram perto de suas famílias e não deixaram de comer carne e como ideal, ajudavam outras pessoas a conseguir fortuna e evitar seus males. De acordo com o Taoismo, os deuses atuam como administradores e controlam cada coisa no Universo. Entre muitos deuses venerados pelos taoistas, o Deus de Origem Primitiva, o Deus da Pedra Sagrada, e o Deus do Caminho da Energia (Lao Tzu) são considerados os deuses supremos. Muitos dos templos taoistas foram construídos em montanhas donde, segundo a tradição, nasceram os seres celestiais ou se transformaram em imortais, os antigos taoistas que haviam praticado a austeridade física, mental e espiritual. Atualmente existem mais de 1600 templos taoistas aonde vivem 25 mil sacerdotes.
A Organização Taoista da China, estabelecida em 1957, em Beijing, é uma organização nacional, com Ming Zhiting como presidente. Para levar adiante e divulgar a cultura taoista, a associação publicou dezenas de obras clássicas taoistas e compilou mais de 30 livros sobre o Taoismo e uma série de livro sobre a cultura taoista. Publica ainda uma revista bimestral, "O Taoismo da China", distribuída no interior e enviada ao exterior.
A Academia Chinesa de Taoismo, fundada em 1990, oferece cursos aos jovens interessados sobre as investigações e estudos taoistas. Milhares de estudantes graduaram na academia desde seu estabelecimento.
Os taoistas chineses sempre mantêm estreitos contatos com os taoistas em todas as partes do mundo. A Associação Taoista da China, também é membro da União de Proteção Religiosa e Ambiental.
[II]
BUDISMO NA CHINA
2009/08/12
por
Guilherme Korte
Uma
comissão de líderes religiosos chineses embarcou dia 21 de para os Estados
Unidos a fim de participar do Encontro Mundial dos Líderes Religiosos para a
Paz no milênio, a ser realizado na sede da ONU, em Nova York, entre os dias 28
e 31 de agosto 2009.
Na China existem 56 grupos étnicos, cada um com sua própria cultura e religião, mas entre todas as religiões, o budismo é a que mais tem adeptos. É muito difícil avaliar o número de praticantes do budismo na China, pois estão espalhados por todo o país, e não existe um ritual de iniciação com contagem de novos adeptos. O budismo chinês tem pelo menos 40 mil monges e monjas e mais de 5 mil templos e monastérios.
O budismo tibetano é praticado pela maioria das 7 milhões de pessoas das etnias Mongol, Tu, Naxi, Pumi e Moinba, e com 120 mil monges em 3 mil templos e monastérios. O budismo Pali é se professa principalmente pelos grupos étnicos Dai, Bulang, Deang, Va e Acheng. Conta com mais de 8 mil monges em mil templos.
A tradição se iniciou durante o reinado do Imperador Ming da dinastia Han do Leste (25-220 d.C.) que encomendou a Cai Yin e mais 17 dirigentes e intelectuais a irem a diversos países a oeste da China em busca de informações sobre o Budismo.
Encontram-se com Kasyapamatanga e Dharmaranya, duas grandes expressões do budismo na Índia, à época, convidando-os para uma visita à capital Luoyang, da época. Os dois líderes espirituais trouxeram em lombo de cavalos brancos, imagens e sutras budistas. O Imperador Ming ordenou a construção de uma residência para eles em Luoyang, transformando-se no primeiro templo budista da China, o monastério Baima (Cavalo Branco em chinês).
Foram os primeiros 42 sutras do budismo hindu traduzidos. Mais tarde, o budismo foi amplamente divulgado na China durante os reinados Han do leste dos Imperadores Huan Di e Ling Di (147 - 189 d.C.). Quando Sakyamuni fundou o budismo na antiga Índia, diferentes formas de pregação se adaptaram aos diferentes públicos.
Depois da morte de Sakyamuni, seus seguidores estabeleceram várias seitas conforme seus próprios entendimentos. Entre estas seitas, as de Mahayana e Theravanda são as maiores.
O budismo Theravanda prega a superação da ilusão e a despreocupação pela morte, de modo que o indivíduo possa converter-se em um Avatara, um santo iluminado. O budismo Mahayana enfatiza a salvação não só de si mesmo mas também de outros seres vivos. Mahayana tem duas formas: tantrismo e a escola aberta, que foi anteriormente dividida nas escolas Madhyamika e Yogacara.
Durante os anos entre as dinastias Han do Leste e Song, 130 estudiosos chineses e estrangeiros traduziram escrituras budistas para o chinês.
De todos os tradutores na história do budismo chinês, o monge Xuan Zang da dinastia Tang foi considerado o melhor. Viajou quase 25 mil quilômetros em 17 anos, trazendo da Índia 520 escrituras budistas em sanscrito e dedicou 20 anos para sua tradução ao chinês de 1335 textos em 75 capítulos das escrituras do budismo Mahayana.
Os monastérios e pagodes budistas encontram-se em todas as regiões da China, e muitos dos quais são mundialmente famosos por sua arte budista, e as construções budistas são consideradas como jóias da antiga arte chinesa.
A Associação Budista da China, estabelecida em 1953, é uma organização nacional, com 14 filiadas, e seu próprio jornal, o Fayin.
Na China existem 56 grupos étnicos, cada um com sua própria cultura e religião, mas entre todas as religiões, o budismo é a que mais tem adeptos. É muito difícil avaliar o número de praticantes do budismo na China, pois estão espalhados por todo o país, e não existe um ritual de iniciação com contagem de novos adeptos. O budismo chinês tem pelo menos 40 mil monges e monjas e mais de 5 mil templos e monastérios.
O budismo tibetano é praticado pela maioria das 7 milhões de pessoas das etnias Mongol, Tu, Naxi, Pumi e Moinba, e com 120 mil monges em 3 mil templos e monastérios. O budismo Pali é se professa principalmente pelos grupos étnicos Dai, Bulang, Deang, Va e Acheng. Conta com mais de 8 mil monges em mil templos.
A tradição se iniciou durante o reinado do Imperador Ming da dinastia Han do Leste (25-220 d.C.) que encomendou a Cai Yin e mais 17 dirigentes e intelectuais a irem a diversos países a oeste da China em busca de informações sobre o Budismo.
Encontram-se com Kasyapamatanga e Dharmaranya, duas grandes expressões do budismo na Índia, à época, convidando-os para uma visita à capital Luoyang, da época. Os dois líderes espirituais trouxeram em lombo de cavalos brancos, imagens e sutras budistas. O Imperador Ming ordenou a construção de uma residência para eles em Luoyang, transformando-se no primeiro templo budista da China, o monastério Baima (Cavalo Branco em chinês).
Foram os primeiros 42 sutras do budismo hindu traduzidos. Mais tarde, o budismo foi amplamente divulgado na China durante os reinados Han do leste dos Imperadores Huan Di e Ling Di (147 - 189 d.C.). Quando Sakyamuni fundou o budismo na antiga Índia, diferentes formas de pregação se adaptaram aos diferentes públicos.
Depois da morte de Sakyamuni, seus seguidores estabeleceram várias seitas conforme seus próprios entendimentos. Entre estas seitas, as de Mahayana e Theravanda são as maiores.
O budismo Theravanda prega a superação da ilusão e a despreocupação pela morte, de modo que o indivíduo possa converter-se em um Avatara, um santo iluminado. O budismo Mahayana enfatiza a salvação não só de si mesmo mas também de outros seres vivos. Mahayana tem duas formas: tantrismo e a escola aberta, que foi anteriormente dividida nas escolas Madhyamika e Yogacara.
Durante os anos entre as dinastias Han do Leste e Song, 130 estudiosos chineses e estrangeiros traduziram escrituras budistas para o chinês.
De todos os tradutores na história do budismo chinês, o monge Xuan Zang da dinastia Tang foi considerado o melhor. Viajou quase 25 mil quilômetros em 17 anos, trazendo da Índia 520 escrituras budistas em sanscrito e dedicou 20 anos para sua tradução ao chinês de 1335 textos em 75 capítulos das escrituras do budismo Mahayana.
Os monastérios e pagodes budistas encontram-se em todas as regiões da China, e muitos dos quais são mundialmente famosos por sua arte budista, e as construções budistas são consideradas como jóias da antiga arte chinesa.
A Associação Budista da China, estabelecida em 1953, é uma organização nacional, com 14 filiadas, e seu próprio jornal, o Fayin.
[III]
ISLAMISMO NA CHINA
2009/08/12
por
Guilherme Korte
A
introdução do Islamismo na China, mostra freqüentes contatos entre a China e os
países árabes. Desde a dinastia Tang, (618 - 907)até a dinastia Song
(960-1279), muitos comerciantes muçulmanos de terras árabes e da Pérsia
chegaram à China por rotas marítimas e pelo caminha da seda.
Muitos
comerciantes se casaram com mulheres chinesas e se estabeleceram no território,
transformando-se nos primeiros muçulmanos chineses. A conquista da Ásia central
e ocidental pelos mongóis no século 13, um grande número de árabes, persas e
turcos vieram e estabeleceram morada no país. A crença religiosa comum, criou
uma nova nacionalidade muçulmana, a nacionalidade Hui da China. Os muçulmanos
Hui têm muito em comum com outras nacionalidades chinesas. Posteriormente, os grupos
étnicos do Noroeste, incluídos as nacionalidades Uygur, Kazak, Ozbek, Tayik,
Tatar, Kirguiz, Salar, Dongxiang e Bonan, se converteram islâmicas. Agora a
China, tem 20 milhões de habitantes muçulmanos, a maioria dos quais vivem nas
regiões de Xinjiang, Ningxia, Gansu e Qinghai. Estão também presentes em outras
regiões do pais. A vida dos muçulmanos na China, melhoraram muito desde 1949,
suas liberdades religiosas são garantidas pela constituição e outras leis. Em
1953, se estabeleceu a Associação Islâmica da China, uma organização nacional
de muçulmanos. Esta organização ajuda o governo a implantar a política de
liberdade religiosa e popularizar a cultura islâmica. A associação publica a
revista "Muçulmanos na China", e dirige 9 institutos teológicos islâmicos.
Hoje a China possui 34.928 monastérios, 45.051 imãs (líderes religiosos) e
23.480 discípulos que estudam em institutos teológicos islâmicos em diversas
regiões do país. Agora, com a política de reforma e abertura, , com maior poder
aquisitivo, viajam em média 5 mil muçulmanos chineses por ano à Mecca, cidade
sagrada islâmica.
[IV]
CATOLICISMO NA CHINA
2009/08/12
por
Guilherme Korte
A
doutrina da igreja católica foi trazida para a China pela primeira vez na
dinastia Yuan (1271 - 1368), mas não foi difundida, até a chegada em 1582, do
missionário italiano Mateo Ricci (1552-1610), no décimo reinado da dinastia
Ming (1368 - 1644) com o Imperador Wanli.
A
data da chegada de Mateo Ricci é considerada a da introdução do catolicismo.
Antes da fundação da República Popular da China, em 1949, o catolicismo era
controlado por missões religiosas de 10 países diferentes, e os sacerdotes chineses
não possuíam espaço dentro da religião.
As
137 paróquias do país, na época com 3 milhões de católicos, somente 29 eram
administradas por bispos chineses.
Nos
princípios da década de 1950, um grande número de católicos chineses
perspicazes, examinaram a história do catolicismo e iniciaram um movimento
patriótico, promovendo a Igreja Católica Chinesa e sua administração por
católicos chineses. Hoje está com 115 paróquias, 70 bispos, 1.100 sacerdotes,
1.200 freiras e mais de 4 milhões de fiéis.
A China estabeleceu duas organizações católicas nacionais: A Associação Patriótica Católica da China, fundada em 1957, em Beijing, com o Bispo Fu Tieshan, atual presidente; e a Conferência dos Bispos Católicos da China, fundada em 1980 em Beijing, com o Bispo Liu Yuanren como presidente.
A China estabeleceu duas organizações católicas nacionais: A Associação Patriótica Católica da China, fundada em 1957, em Beijing, com o Bispo Fu Tieshan, atual presidente; e a Conferência dos Bispos Católicos da China, fundada em 1980 em Beijing, com o Bispo Liu Yuanren como presidente.
Sob
a administração do Bispo Liu, a entidade possui um centro de investigação
teológica e cinco comitês responsáveis pela educação, seminários teológicos,
rituais, departamento de relações com organizações religiosas estrangeiras e
serviços sociais.
Na
China existem cinco mil igrejas católicas e 36 seminários com 1.900 estudantes.
Desde 1981, mais de 900 sacerdotes foram consagrados. Contam também com mais de
mil noviços que já fizeram a primeira comunhão.
A
igreja católica na China, possui uma editora que já imprimiu mais de 3 milhões
de exemplares da Bíblia e outros livros religiosos. A Conferência dos Bispos
Católicos e a Associação Patriótica Católica publicam e distribuem a revista
bimestral "A Igreja Católica na China".
#####################################################
ADENDO 1: TEXTO NÃO INTEGRANTE DO SITE DA EMBAIXADA DA CHINA
[V] Confucionismo: O pensamento que mudou a China
Nascimento:
28 de setembro de 551 a.C., Lu
Falecimento:
11 de abril de 479 a.C., Lu;
aos 72 anos
Fonte: Blog China Link Trading
publicado em 31 de outubro de
2019; por Mariana
Madrigali
Acesso RAS 2020-05-20
|
Templo
de Confúcio em Qufu
|
[1] [CRENÇAS E FILOSOFIAS DE VIDA QUE MOLDAM O CARÁTER DE UMA
NAÇÃO]
1.
O Confucionismo, sem dúvidas, tem sido uma das maiores
forças influenciadoras dentro da civilização
chinesa há milênios. As ideias propagadas pelo seu fundador, Confúcio,
transformaram hábitos culturais e seus valores éticos, com especial ênfase
na importância da educação.
2.
Essas mudanças comportamentais são apontadas por alguns estudiosos
como um dos fatores para o crescimento econômico dos países do Leste Asiático.
3.
Ou seja: os valores fundados pela
filosofia de Confúcio ajudaram esses países a se desenvolverem
economicamente, devido à valorização da educação, da vivência em sociedade e
outros aspectos.
[2] A HISTÓRIA DO FUNDADOR DO CONFUCIONISMO
4.
Seu fundador, como já dito anteriormente, foi Confúcio, conhecido
em mandarim como Kongzi (孔子),
o qual significa “mestre Kong” ou também pode ser chamado de Kong
Fuzi (孔夫子), do qual veio a forma latinizada
e conhecida no ocidente.
5.
Segundo historiadores, Confúcio nasceu no ano de 551
a.C, no distrito de Zou, próximo à atual cidade de Qufu, na província de
Shandong.
6.
Durante grande parte de sua vida, ele foi conselheiro dos
governantes do Estado de Lu, onde nasceu. Após um período de instabilidade
dentro desse reino, Confúcio foi obrigado a se exilar e percorreu várias
cidades chinesas, propagando assim suas ideias.
7.
No fim de sua vida, pôde retornar à sua cidade natal, onde passou
seus últimos anos instruindo seus discípulos. Ele morreu e foi sepultado em
Qufu.
Seu túmulo encontra-se no
Cemitério de Confúcio, ao lado do Templo de Confúcio e da casa da família.
Esses três locais foram considerados em 1994 patrimônios
históricos da humanidade pela UNESCO.
[3] O QUE É O CONFUCIONISMO?
8.
Existe um grande debate entre os estudiosos do Confucionismo quanto
a maneira de classificá-lo. Alguns defendem que é uma religião;
outros argumentam que é um sistema filosófico ético e moral.
9.
Apesar dessa falta de consenso quanto à sua natureza, o que não se
pode negar é a influência que esse conjunto de ideias teve no desenvolvimento
da China.
10.O Confucionismo estabelece
um CÓDIGO DE ÉTICA fundamentado nos chamados “cinco constantes”,
a saber:
I.
Benevolência;
II.
Justiça;
III.
Costumes ou ritos próprios;
IV.
Conhecimento e
V.
Integridade.
11.Esses princípios foram
incorporados à cultura chinesa e fazem parte do seu jeito de pensar e conduzir
a própria vida. Os fundamentos das condutas defendidas por Confúcio ditam
o modo de se estudar, o modo de se temperar uma comida e também de se relacionar
com parentes e amigos.
|
Escultura de Confúcio em Qufu.
|
12.Dentre os cinco constantes, o
principal é a Benevolência, conhecida em mandarim como rén (仁),
significa a boa sensação que uma pessoa virtuosa experimenta quando é
altruísta.
13.Poderia, nas palavras de Confúcio,
ser exemplificado como os sentimentos protetivos dos pais em relação aos
filhos. Diz a tradição que um estudante perguntara a Confúcio quais
seriam as regras para ser uma pessoa benevolente, e este teria respondido com
uma de suas máximas mais conhecidas:
“Não veja
nada impróprio, não ouça nada impróprio, não diga nada impróprio, não faça nada
impróprio”
[4] MESTRE CONFÚCIO [O RESPEITO À FAMÍLIA E AOS PAIS E A CRIAÇÃO
DE UMA SOCIEDADE HARMÔNICA]
14.Além desses princípios
norteadores, Confúcio também defendia a importância dos conceitos de lealdade
ao governante e respeito filial aos pais. Sobre a lealdade, Confúcio
estabeleceu princípios que serviriam tanto para o governante quanto para o
governado.
15.Segundo o mesmo, o governado
deveria obedecer ao seu superior por este possuir qualidades e retidão moral.
16.Já o governante deveria garantir
aos que lhe obedeciam um respeito de modo apropriado e se caso o governante não
fosse competente, poderia ser destituído pelo povo.
17.O outro conceito muito importante
para Confúcio era a piedade filial, isto é, o respeito que
os filhos deveriam dar aos pais. Essa prática engloba também o respeito aos
antepassados e significa, sobretudo, que o filho deveria ser obediente, cuidar
e ajudar no sustento dos pais e não fazer nada que traga desonra para a
família. Esse tipo de comportamento ainda é muito presente na vida das
famílias.
18.Resumidamente, a proposta do Confucionismo seria,
através da vivência desses princípios e conceitos, criar uma sociedade
harmônica.
19.Na concepção de Confúcio,
para haver essa harmonia, cada pessoa teria um papel a ser desempenhado,
de acordo com as relações de subordinação, cinco no total, a saber:
i.
do governante sobre o governado,
ii.
do pai sobre o filho,
iii.
do marido sobre a esposa,
iv.
do irmão mais velho sobre o mais
novo, e
v.
de um amigo sobre um amigo.
20.Note-se que apenas nesse último
caso não há uma relação de subordinação, preponderando uma relação de respeito
mútuo. Essas ideias de relacionamento tiveram, todavia, uma repercussão
negativa sobre as mulheres, as quais se viam sujeitadas à autoridade e tutela
do marido.
[5] [MESTRE CONFÚCIO E A EDUCAÇÃO]
21.Uma das principais influências de
Confúcio foi sobre a educação. No Confucionismo, ser uma pessoa
sábia é um ideal a ser buscado, como uma forma de enobrecimento do próprio
homem. Dessa forma, ele defendia que todos deveriam ser educados, não obstante
sua classe social, retirando da nobreza o privilégio da educação.
22.Confúcio
também está ligado com a ideia de meritocracia, pois a verdadeira nobreza e
honra de uma pessoa não estava ligada à linhagem desta, e sim às suas virtudes.
23.Esse pensamento influenciou na
adoção, séculos depois, de um sistema de exames oficial, sistema que inspirou
os modernos concursos públicos, para que os cargos burocráticos do governo
fossem ocupados por pessoas que tivessem conhecimento, e não porque eram de uma
certa família nobre.
|
Estátua de Confúcio, em Qufu
|
[6] O CONFUCIONISMO HOJE
24.O Confucionismo foi
muito perseguido durante o regime de Mao Tse Tung,
especialmente durante a Revolução Cultural. De acordo com o governo da época, o
Confucionismo seria um dos responsáveis pelo atraso da China, por
ser muito ligado ao autoritarismo dos imperadores chineses e ao
conservadorismo, sendo que muitos sacerdotes confucionistas foram presos
pelo governo comunista.
25.Atualmente, o governo concedeu a
liberdade religiosa e as ideias de Confúcio estão sendo reavivadas
na sociedade chinesa.
26.A influência
confucionista não se restringiu à China. No decorrer dos séculos, seus ideais,
especialmente o respeito aos pais e antepassados e a valorização da educação,
foram passados também para a Coreia, Japão e Vietnã, além de regiões com
grandes populações chinesas, como Cingapura e Malásia.
27.Segundo
alguns economistas, a ênfase na educação propagada pelos confucionistas foi um
dos fatores que levaram ao extraordinário crescimento econômico desses países
nas últimas décadas.
**************
Confúcio,
foi um pensador e filósofo chinês do Período das Primaveras e Outonos. A
filosofia de Confúcio sublinhava uma moralidade pessoal e governamental, os
procedimentos corretos nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Wikipédia
Nascimento: 28
de setembro de 551 a.C., Lu
Falecimento: 11
de abril de 479 a.C., Lu
Nome
completo: Kong Qiu
Nacionalidade: Chinês
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ADENDO 2: TEXTO NÃO INTEGRANTE DO SITE DA EMBAIXADA DA CHINA
[VI]A
fé que move a China [três doutrinas básicas]
No
país mais populoso do mundo, 3 doutrinas se influenciam para formar uma religião
que só existe lá - e explica o jeito chinês de ser
Fonte:
Revista Super Interessante; Grupo Abril; Por: Da Redação31 out 2016,
18h34 - Publicado em 30 jun 2008, 22h00
Texto
José Francisco Botelho
Acesso
RAS 2020-05-19
[1]
[DOUTRINA COMO RELIGIÃO]
“Todo
chinês é taoista em casa, confucionista na rua e budista na hora da morte”.
- Para muitos estudiosos, esse ditado chinês resume a
complexa espiritualidade da nação mais antiga do mundo. Em seus 5 mil
anos de história, a China teve a alma moldada pelos livros dessas 3 doutrinas,
surgidas há mais de 20 séculos. Por isso, apesar do vertiginoso
crescimento econômico que moderniza o país a toque de caixa, quem quiser
entender a China de hoje precisa voltar o olhar para o passado distante.
- Enquanto arranha-céus e canteiros de obras mudam a
face das milenares metrópoles chinesas, Confúcio, Tao e Buda ainda
explicam muito sobre os chineses e sua relação com o mundo.
- Em vez de se excluírem, essas doutrinas se misturam
como ingredientes de uma poderosa salada espiritual – a chamada “religião
tradicional chinesa”, que inclui de filosofia e regras de etiqueta a
magias, talismãs e reencarnação.
- Nas próximas páginas, você vai entender como se
formou essa tríade sagrada, cujas origens se perdem na lenda e cujos
ensinamentos regem a vida de mais de 1 bilhão de pessoas.
- Num país em que sabedoria conta mais que santidade,
nenhum sábio desfruta de tanto prestígio quanto Kung-Fu-Tzu – o
“Venerável Mestre Kung”, também conhecido por seu nome latinizado, Confúcio.
Nascido no século 5 a.C. – uma época de guerras, fome e miséria –, Confúcio
estava mais interessado em reformar o mundo dos homens do que em desvendar
os mistérios do Universo. E buscou o antídoto para os problemas sociais em
clássicos da civilização chinesa: ao longo da vida, ele compilou, editou e
comentou um conjunto de obras hoje conhecidas como Clássicos
Confucianos (leia mais na página 24).
- Nos séculos seguintes, discípulos e seguidores
reuniram os ensinamentos do mestre nos Analectos e transformaram o
confucionismo na ideologia oficial do império.
- A filosofia de Confúcio se baseia no conceito
de ren, termo que pode ser traduzido por “benevolência” ou
“humanismo”. Para ele, um sábio deve medir suas ações tendo em vista o
bem da humanidade – tanto as gerações presentes quanto as futuras. Esse
apelo ao altruísmo universal se resume na máxima cunhada pelo mestre 400
anos antes de Jesus Cristo: “Não faças aos outros o que não desejes
que te façam”.
- Outro conceito essencial do confucionismo é o li,
que pode ser traduzido como “ordenamento social”. Confúcio
acreditava que só poderia haver harmonia entre os homens se cada indivíduo
seguisse à risca as normas de sua sociedade – incluindo respeito à
hierarquia e etiqueta.
- “Socialmente – ou seja, ‘na rua’
– o chinês moderno ainda é profundamente confuciano”, diz o sinólogo André Bueno, do
Departamento de História e Filosofia da Faculdade Estadual de União de
Vitória, Paraná.
- O apreço pelas regras de etiqueta pode parecer
estranho aos olhos de outros povos – um tipo de choque cultural que ocorre
com freqüência entre empresários ocidentais que vão fazer negócios na
China.
- Um exemplo bem atual da obsessão confuciana por
esses protocolos: entre os chineses, cartões comerciais devem ser
apresentados com os braços estendidos, uma suave reverência com a cabeça e
a palma das mãos voltadas para o interlocutor. Quem entrega seu cartão com
displicência se arrisca a arruinar transações milionárias. Exagero? Não,
confucionismo.
- Apesar de sua influência sobre a espiritualidade
chinesa, o confucionismo está mais para filosofia ética do que religião. Confúcio
nada disse sobre vida após a morte, e há quem diga que era ateu. Para Kung-Fu-Tzu,
o sábio deveria fazer o bem pelo bem, sem esperar recompensas divinas. O
que soou muito estranho para os missionários cristãos que chegaram à China
a partir do século 15 e passaram a descrever o confucionismo como
“religião oficial” do país.
- É verdade que o cético e pragmático mestre Kung
pregava o respeito aos cultos tradicionais como forma de coesão social.
Mas foi nas outras duas faces da tríade, o taoísmo e o budismo, que a alma
chinesa saciou seu apetite pela transcendência.
[2] MANANCIAL DE SUPERSTIÇÕES
- Para alguns estudiosos, o taoismo é a viga mais
forte do templo espiritual chinês, e sua influência sobre práticas típicas
da cultura chinesa, como o feng shui e o tai chi chuan, são provas disso.
- A palavra Tao – “caminho” ou “curso” em mandarim –
indica a força primordial que mantém o Universo em equilíbrio. Não é uma
divindade antropomorfa, à maneira judaico-cristã, mas uma espécie de
energia impessoal que se move por trás de tudo que existe.
- Segundo o taoismo, o fluxo do Tao é regido pela
transição entre yin e yang, os pares de opostos que formam o cosmos: macho
e fêmea, luz e sombra, quente e frio etc. Essas idéias são antigas como a
China e remetem aos xamãs da Pré-História – mas o primeiro a elaborá-las
em forma de filosofia foi Lao-tsé.
- Embora não se saiba ao certo se ele viveu uma
geração antes ou 100 anos depois de Confúcio, todas as referências
concordam que ele foi o autor do primeiro cânone do taoismo, o Tao Te
Ching ou “Clássico do Caminho e da Virtude”.
- Se o ideal de Confúcio era reformar a sociedade, o
de Lao-tsé era harmonizar o ser humano com o Cosmos. “O homem segue a
Terra, a Terra segue o Céu, o Céu segue o Tao, e o Tao segue a si mesmo” –
é um dos versos mais famosos de sua fascinante e obscura obra.
- Mais individualista que Confúcio, Lao-tsé
pregava uma vida simples, em comunhão com as energias da natureza e longe
das turbulências da política. Essa busca de equilíbrio entre o indivíduo e
o Universo é o que rege, ainda hoje, a disposição das mobílias segundo o feng
shui, os movimentos do tai chi chuan e os exercícios de
disciplina das artes marciais chinesas.
- “Até o século 4, o taoismo era uma filosofia de vida, principalmente. Depois, tomou ares de religião”, explica o sinólogo Bueno. Em sua vertente mística, o taoismo se aproxima do animismo – a ideia de que todas as coisas, incluindo pedras e plantas, são dotadas de “espírito” e “poder”. Daí a multidão de feitiços, encantamentos e simpatias que o taoismo assimilou com o tempo.
- Na Idade Média, os sacerdotes taoistas
não se limitavam a meditar: praticavam a alquimia, buscavam a imortalidade
em elixires mágicos e diziam ter superpoderes, como o de voar pelos céus à
noite.
- Ao lado da vertente filosófica, muitas superstições
do panteão taoista continuam vivas até hoje. Um exemplo: quando um chinês
tem problemas domésticos, costuma pôr a culpa na presença de gênios
mal-humorados em sua casa. O jeito é contratar os serviços de algum
sacerdote taoista especializado em exorcismos – cujos rituais se parecem
com os da umbanda brasileira, com direito a banhos de sal grosso e golpes
de folha de arruda nos exorcizados. “Mesmo para quem vem de um país como o
Brasil, a quantidade de crenças e superstições populares que existem na
China é enorme”, diz a antropóloga especialista em China Rosana Pinheiro
Machado, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
[3] A SALVAÇÃO DA ALMA
- Mas com todos seus feitiços e meditações o taoísmo
nada diz sobre a vida após a morte. E é aí que entra o budismo,
fundado também por volta do século 5 a.C., na Índia. Siddharta Gautama
(o Buda) viveu na época de Confúcio e Lao-tsé – mas foi só por
volta do século 1 a.C. que obras budistas chegaram à China, com viajantes
que cruzavam o Himalaia.
- Entre os conceitos budistas que “colaram” na China
está o “nirvana”, estado de elevação espiritual em que todo
sofrimento desaparece, e o “samsara”, que pode ser entendido como
reencarnação. Durante séculos, monges chineses traduziram obras em línguas
indianas e compuseram seus próprios tratados em mandarim – o resultado
disso tudo é a coleção conhecida como Grande Tesouro das Escrituras,
compilado no século 10.
- O budismo original se dividia em duas
escolas:
Ø
o
Theravada, mais cético e filosófico, e
Ø
o
Mahayana, uma espécie de caldeirão de crenças que aceita a existência de
deuses, espíritos e criaturas fantásticas, como demônios e serpentes falantes.
- Foi esta versão que fez sucesso no país de Confúcio,
dando origem a duas formas de budismo típicas da China. Uma é o chan,
ou zen, que misturou crenças budistas a práticas de meditação do
taoísmo. A outra é o “terra pura”, ramo mais popular, que venera
diversos espíritos iluminados em vez de um único Buda.
- E assim deciframos a última parte do enigmático
provérbio citado lá no início. Pois é na hora da morte que o pragmático
chinês renuncia às preocupações desse mundo e chama monges budistas para
recitarem os sutras – textos sagrados que garantem sorte na próxima
encarnação.
- “O raciocínio é simples: se
corremos o risco de reencarnar, então é melhor chamar um especialista”, resume o sinólogo Bueno. Mais
chinês, impossível.
- A tríade espiritual passaria por maus bocados a partir de 1949, quando o país foi dominado pela ditadura comunista de Mao Tsé-tung. Por sua ênfase na reflexão individual, o confucionismo virou ideologia “burguesa”. Enquanto isso, as práticas budistas e taoistas eram descartadas como “superstições abomináveis”.
- Os livros foram proibidos e muitos queimados. Mas a repressão mal afrouxou, na década de 1980, e a borbulhante religiosidade chinesa voltou à tona, com resultados muitas vezes irônicos. É o caso do destino póstumo de Mao Tsé-tung. Alguns anos após sua morte, o ditador ateu passou a ser venerado como espírito do panteão taoista.
- Hoje, quase todos os táxis de Pequim têm um amuleto no
retrovisor, onde se vê a fotografia de Mao cercada de franjas e sininhos –
uma simpatia contra acidente de trânsito.
- Assim como sua efígie, a ideologia de Mao também foi virada pelo avesso por seus sucessores. Quando abriu a economia chinesa, por volta de 1988, o reformista DENG XIAOPING justificou sua traição ao marxismo com uma tirada tipicamente chinesa: “Não importa se o gato é preto ou branco. Importa que cace ratos”. Nos anos seguintes, o onívoro dragão chinês, que já tinha digerido a doutrina de Marx, fez o mesmo com o capitalismo – transformando essas duas ideologias ocidentais em algo, digamos, bem chinês.
- O que não é de estranhar no país
de Confúcio, que também cunhou outra máxima famosa: “Devemos
copiar o que admiramos, para depois superá-lo”.
[4] GENEALOGIA DAS ESCRITURAS CHINESAS
As religiões
chinesas têm vários cânones religiosos, os ching, em mandarim. Mas seu conteúdo
não é considerado a palavra de Deus, e sim o repositório de milênios de
sabedoria humana. Confira a história dos principais livros que deram forma e
sentido à espiritualidade chinesa.
I CHING
(CERCA DE 3000 A.C.)
Considerado o
livro mais antigo da China, foi escrito por Fu Hsi, imperador legendário que
viu um dragão emergir das águas com símbolos geométricos gravados nas costas:
os 64 hexagramas do I Ching. Mais tarde, sábios escreveram interpretações para
os sinais, formando o livro I Ching. Nessa obra, surgiu o conceito de yin-yang,
base de todo o pensamento chinês. Os hexagramas são usados até hoje para
adivinhações na China e na Coréia.
TAO TECHING
(CERCA DE 500 A.C.)
Muitas lendas
envolvem Lao-tsé – suposto autor do maior clássico do taoismo. Segundo a mais
famosa, o sábio teria abandonado a China para viver como eremita em terras
ocidentais. Lao teria escrito o Tao Te Ching a pedido de um guarda da
fronteira, quando deixava sua província. A obra fala da relação entre o ser
humano e o Tao – força primordial que move o Cosmos. Para historiadores, o Tao
Te Ching foi escrito por diversas pessoas entre os séculos 4 e 3 a.C..
[5] CLÁSSICOS CONFUCIANOS (500 A.C.)
Confúcio
passou boa parte da vida comentando as obras mais importantes da tradição
chinesa. O I Ching é o primeiro dos Clássicos Confucianos como ficou conhecido
o conjunto da obra, que serviu de base à educação chinesa durante milênios. A
obra tem no total 13 livros. Os 5 principais, incluem, além do I Ching, o Chu
Ching (“Clássico da História”), o Chi Ching (“Clássico da Poesia”) e o Shi
Ching (“Clássico da Música”).
ANALECTOS
(500 a 200 a.c.)
Após a morte
de Confúcio, seus seguidores acrescentaram ao cânone os Analectos – coleção de
diálogos e ditos do mestre, compilados por seus discípulos em 22 capítulos.
O
TRIPITAKA (100 a.C.)
Siddharta
Gautama, o Buda, elaborou
sua doutrina entre os séculos 6 e 5 a.C. – mas não deixou nenhuma palavra por
escrito. Seus ensinamentos foram memorizados por um assistente e em seguida
preservados pela tradição oral entre monges budistas. No século 1 a.C., monges
do Sri Lanka os transcreveram, dando origem ao Tripitaka (“Os Três Cestos”, em
páli). A obra trata de questões teológicas, sermões do Buda sobre a moral e o
destino e regras de disciplina para os monges. O texto é o cânone do Teravada,
versão mais tradicional e filosófica do budismo.
SUTRAS
MAHAYANAS (100 A.C. a 100)
Outra
vertente budista, o Mahayana, surgiu por volta do século 1 a.C. Mais
mística que o Teravada, e fonte principal do budismo chinês, ela inclui a
crença em seres fantásticos como demônios, fantasmas e serpentes gigantes. Seus
textos sagrados são os “Sutras Mahayanas”, escritos no início da era cristã, no
idioma sânscrito.
GRANDE TESOURO
DAS ESCRITURAS (983)
No século 1
a.C. os textos budistas começaram a ser levados à China por viajantes que
cruzavam o Himalaia, cadeia de montanhas que separa o país da Índia. Nos
séculos seguintes, os eles foram traduzidos para o mandarim, dando origem a
formas de budismo típicas da China, como o chan (ou zen) e a vertente conhecida
como “terra pura”. Em 983, as escrituras em chinês foram reunidas no Grande
Tesouro das Escrituras, que integra mais de 2 mil textos individuais e
também influenciou o budismo no Japão e no Tibete.
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DE ALMEIDA SILVA
Rio
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