sexta-feira, 28 de agosto de 2015

[97] URBANISMO SLZ (19): CARTA DA METROPOLIZAÇÃO DA ILHA DE UPAON-AÇU NO GOLFÃO MARANHENSE - CARTA DE URBANISMO DA GRANDE SÃO LUÍS 1987

CARTA DE URBANISMO
da Grande São Luís 1987

METROPOLIZAÇÃO DA ILHA DE UPAON-AÇU NO GOLFÃO MARANHENSE

REALIZAÇÃO:
GOVERNO EPITÁCIO CAFETEIRA
STDU - Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Urbano
Secretário de Estado: 
NAN SOUZA
Economista
Relatoria da Carta e Textos Temáticos:
Ronald de Almeida Silva
Arquiteto Urbanista 

EQUIPE DE COORDENAÇÃO GERAL E REDAÇÃO FINAL (STDU)
Gildásio Álvares Mendes Filho – Coordenador Geral
José Ribeiro Lima – Assistente Habitação
José Raimundo de Araújo – Assistente Saneamento
Arlindo José Pinho de Carvalho – Assistente Limpeza Pública
Terezinha Ramos – Assistente Transportes Urbanos
Vanilma de Fátima Lima Palácio – Assistente Meio Ambiente

Miriam de Fátima Gasparinho Teixeira – Assistente Metropolização

Foto Acervo ARS/RAS: fonte original  internet


São Luís, MA, 13 de Novembro de 1987.

Aos habitantes da Grande São Luís – Maranhão – Brasil

Prezados (as) Conterrâneos (as):

                        O Governo do Estado do Maranhão e os prefeitos dos Municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Alcântara e Rosário, unidos pelo ideal comum de melhor atender ao povo maranhense, reconhecem a necessidade inadiável de reflexão e de um esforço conjunto para superação dos graves problemas urbano-rurais, dessa aglomeração conhecida hoje como a Grande São Luís, uma região com 2.838 Km2 e uma população estimada em torno de 1.000.000 de habitantes.
                        
Essa conjunção de esforços e interesses públicos é de vital relevância para a adequação da infra-estrutura sócio-econômica da rede de serviços públicos e de seu aparato técnico-industrial, a fim de que se possa capacitar à administração pública e, mais do que tudo, a iniciativa privada e a população, para participarem produtivamente do excepcional processo de industrialização que se vem implantando no Maranhão, especialmente nessa região.
                        
Esse gigantesco processo de industrialização de capital intensivo deverá aportar investimentos públicos e privados na ordem de um bilhão de dólares anualmente, em média, na Grande São Luís, no período 1980/2000.
                        
Assim, acompanhar esse fluxo de riqueza é uma enorme responsabilidade, que se alarga, na medida em que o Presidente Sarney reafirma o apoio da União aos grandes projetos governamentais e privados – como CARAJÁS e ALUMAR – e estabelece novas metas, onde se destacam a USIMAR – Usina Siderúrgica do Maranhão (com investimentos iniciais de quatro e meio bilhões de dólares), e as perspectivas favoráveis de uma refinaria e várias indústrias privadas.
                        
Desta forma, consciente da importância desse momento histórico, o Governo Epitácio Cafeteira promoveu, através da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Urbano – STDU, a realização do FORUM DE DEBATES SOBRE A GRANDE SÃO LUÍS, objetivando identificar os principais problemas de urbanismo e respectivas soluções alternativas, para reverter o dramático quadro de pobreza e insalubridade ainda predominantes nos cinco municípios dessa região.
                        
Reuniram-se para isso, nos dias 11 e 12 do corrente, cerca de 60 técnicos, entre autoridades municipais e estaduais, representantes de Órgãos federais e entidades de classe e da comunidade, para exame das questões prioritárias decorrentes do uso quase que comum dos principais serviços públicos e do processo de conurbação que se acelera, especialmente na Ilha de São Luís, sendo possível avaliar sete temas emergenciais: Habitação, Saneamento, Transportes Urbanos, Limpeza Pública, Patrimônio Histórico, Meio Ambiente e Metropolização.
                        
Outras questões também essenciais, como Educação, Saúde, Segurança, Desenvolvimento Rural e Turismo, serão debatidas oportunamente, por ocasião da elaboração do Plano Diretor dessa região.
                        
As conclusões desse Fórum estão consolidadas na presente CARTA DE URBANISMO DA GRANDE SÃO LUÍS, a qual deverá servir de balizamento para as ações setoriais dos diferentes Órgãos estaduais e municipais da região, em busca de um processo de intervenções integradas.
                        
A esse processo, certamente, se engajarão o Governo Federal, a iniciativa privada e entidades de classe e a comunidade, no intento de materializar as imensas potencialidades positivas que a Grande São Luís ainda desfruta. O futuro do Maranhão dependerá, em boa parte, do acerto das decisões que ora propomos à sociedade, e desse compromisso político e social que ora reafirmamos, em benefício da desta região, que abriga a capital do Estado e que poderá chegar a ter dois milhões de habitantes no ano 2000.
                        
Na certeza de que estas proposições representem a melhor análise crítica dos principais problemas da Grande São Luís, esperamos que as propostas apresentadas, uma vez colocadas em prática, constituam-se como o primeiro passo para uma ação conjunta, de modo a legar a todas as forças ativas da Comunidade dessa região e as gerações futuras, condições de vida mais salubres, confortáveis e dignas.

Epitácio Cafeteira
Governador do Estado do Maranhão
Nan Souza
Secretário de Trabalho e Desenvolvimento Urbano
Maria Gardênia Santos Ribeiro Gonçalves
Prefeita de São Luís
Joaquim Aroso
Prefeito de Paço do Lumiar
José Câmara Ferreira
Prefeito de São José de Ribamar
 Manoel Silva
Prefeito de Rosário
Malalael Moraes
Prefeito de Alcântara
 
Foto Acervo ARS/RAS: fonte original  internet / copyright GOOGLE EARTH


PROPOSIÇÕES DOS GRUPOS TEMÁTICOS


I. HABITAÇÃO:


1 – Promover a legalização das áreas com ocupações espontâneas de população de baixa renda, já consolidadas, mediante titulação dos lotes para os moradores das habitações, e posterior urbanização;

2 – Fazer a taxação progressiva dos terrenos urbanos ociosos com destinação do imposto arrecadado para urbanização das áreas de ocupação desordenada;

3 – Realizar a implantação de loteamentos habitacionais de interesse social em áreas ociosas do Estado e municípios, antecipando-se às ocupações aleatórias espontâneas;

4 – Atualizar a legislação urbana visando a permitir uma ocupação com a máxima utilização da infraestrutura existente;

5 – Adotar um mecanismo de participação nos investimentos dos grandes projetos industriais, conjuntamente com Estado e União, para permitir aplicações em infraestrutura urbana e habitações;

6 – Concentrar os subsídios diretamente no nível do usuário final, evitando a intermediação na produção e financiamento de habitações;

7 – Caracterizar a doação de subsídios ao incentivo de produção de unidades habitacionais por processos não convencionais como autoconstrução, mutirão e outros, aplicados diretamente com a finalidade de construção;

8 – Canalizar os recursos compulsórios hoje existentes, preferencialmente à habitação de interesse social e baixa renda;

9 – Implantar, vinculado ao Órgão Coordenador da política habitacional, os conselhos representativos das comunidades envolvidas com a problemática habitacional: Conselhos de Habitação Popular;

10 – Estimular e assessorar as Associações de Moradores na participação do processo produtivo não convencional, tais como mutirão, autoconstrução e outros;

11 – Fomentar as atividades voltadas à produção de habitações, fabricação e comercialização de materiais de construção, através da isenção de impostos ou anistia de dívidas das empresas em estado de insolvência considerando-as como empresas de interesse social;

12 – Adotar os métodos construtivos não convencionais que possibilitem a aplicação de materiais subsidiados, padronizar elementos construtivos que visem o barateamento dos materiais, via produção em série;

13 – Concentrar sob uma única coordenação o órgãos e entidades que tenham ações sobre a política habitacional, vinculada a administração supra municipal da área metropolitana;

14 – Estabelecer diretrizes e competência que objetivem oferecer habitação popular através de ações integradas, sem predominância de classe ou grupo político;

15 - Promover o imediato assentamento de população em áreas já desocupadas no interior do Estado, dotando-se de infraestrutura necessária (habitação, saneamento, saúde, educação, assistência agrícola e outras), de forma a dotar a área rural de infraestrutura social e econômica capaz de manter as famílias no seu habitat de origem.


II. SANEAMENTO



1 – Viabilizar a política financeira e administrativa dos órgãos públicos no setor de saneamento para a melhoria e ampliação dos serviços prestados à comunidade;

2 – Captar recursos financeiros para conclusão do sistema Italuís, do projeto de interceptação e tratamento de esgotos, das obras de micro e macro-drenagem e urbanização das áreas baixas da Ilha de São Luís;

3 – Criar um Conselho metropolitano de saneamento e drenagem, integrando os vários órgãos do setor e representantes da comunidade, pare definir e priorizar os programas estaduais e municipais de saneamento e drenagem;

 

4 – Divulgar e promover as ações educativas e campanhas de conscientização e mobilização popular na preservação dos mananciais e ação corretiva dos órgãos responsáveis, através do disciplinamento e proteção do uso das bacias;

5 – Cumprir e fazer cumprir as normas e posturas para aprovação de projetos, execução e recebimento das obras dos sistemas de água, esgoto e drenagem urbana;

6 – Aplicar soluções alternativas de baixo custo, de forma a ampliar o atendimento das populações periféricas;

 

7 – Exigir rigor no cumprimento das leis de zoneamento uma vez que a falta de saneamento básico para as moradias construídas em áreas insalubres, promove o aumento das taxas de mortalidade infantil;

8 – Elaborar Planos Diretores de Abastecimento de Água, Esgoto e Drenagem, objetivando um planejamento global, e inter-relacionado dos segmentos do setor;

 

9 – Promover junto ao Centro Tecnológico da UEMA, um Laboratório de Pesquisa Hidrográfica e Meteorológica, para a elaboração de projetos e acompanhamento das obras e sistemas existentes;

10 – Implantar um programa de disciplinamento para o controle dos lançamentos de esgotos industriais, tendo em vista a implantação atual e futura de complexos industriais na Grande São Luís.


III – TRANSPORTES URBANOS


1 – Executar as melhorias das vias existentes, com alargamentos, recapeamento e sistemas de drenagem, bem como, novas implantações de vias pavimentadas, dentro dos requisitos técnicos com prioridade para as que estejam ou venham a ser utilizadas pelos transportes urbanos;

2 – Definir formas adequadas de circulação, de acordo com o fluxo de passageiros e veículos, priorizando o transporte urbano;

3 – Informar adequadamente os usuários sobre os itinerários, horários e freqüência dos transportes urbanos;

4 – Promover campanhas de esclarecimento sobre a importância do transporte urbano;

5 – Melhorar os equipamentos de sinalização;

6 – Estabelecer os pontos de paradas seletivas;

7 – Organizar uma equipe de coordenação para definir diretrizes e meios para a elaboração do Plano Diretor de Transportes Urbanos da Grande São Luís, bem com, as Prefeituras, com o apoio de todos os segmentos envolvidos e interessados, captarem recursos junto ao governo federal para financiamento do referido Plano;

8 – Através dos Órgãos responsáveis (em convênio com os sindicatos das empresas e dos motoristas, Federação da União de Moradores, Escola Técnica Federal do Maranhão, CETREM e outras entidades), promover cursos de atualização, preparação de mão-de-obra qualificada (policias de trânsito, motoristas, cobradores e fiscais), selecionar e treinar pessoal segundo critérios adequados para o tipo de trabalho;

9 – Isentar de impostos e contribuições as empresas operadoras, visando a redução de tarifas;

10 – Melhorar a circulação das vias, priorizando aquelas de transportes urbanos e dimensionar os pontos de paradas, possibilitando reduzir-se os tempos de viagens e otimizando-se a frota existente;

11- Criar os Conselhos Municipais de Transporte e Trânsito com participação de todos os segmentos envolvidos.


IV. LIMPEZA PÚBLICA

1 – Estabelecer com as escolas públicas e privadas, os instrumentos necessários, objetivando a inclusão nos programas curriculares, disciplina que tenha no seu conteúdo programático, a disposição correta e o tratamento do lixo como ações preventivas de saúde pública;

2 – Procurar o apoio das entidades comunitárias, sindicatos e clubes de serviços, no engajamento da população, nos programas de limpeza pública, através da sua participação nas ações educativas;
3 – Divulgar junto a população urbana informações sobre normas e procedimentos de coleta de lixo, para controle e avaliação sistemática do desempenho do serviço de limpeza pública;

 

4 – Promover uma política de integração com as universidades e instituições de pesquisa, visando ao desenvolvimento tecnológico de formas alternativas de processamento de resíduos sólidos;

5 – Estabelecer mecanismos de utilização adequada da receita oriunda da remuneração dos serviços de limpeza pública, visando ao beneficiamento do setor, através da revisão da legislação em vigor;

6 – Estabelecer os instrumentos e mecanismos jurídicos e técnicos, entre os municípios da Grande São Luís, visando a participação conjunta, na resolução de problemas de limpeza pública;

7 – Desenvolver um programa de substituição progressiva dos veículos e equipamentos adquiridos e em operação, sob especificações inadequadas aos serviços de limpeza pública;

8 – Instituir comissão conjunta dos Órgãos municipais de limpeza pública, com a participação da Secretaria do Meio Ambiente e da STDU, com vista ao planejamento dos locais para lançamento dos resíduos sólidos da região, inclusive o lixo industrial;

9 – Elaborar projetos de leis, que visem ao estabelecimento de normas coercitivas ás ações de responsabilidade individual, causadoras de prejuízos aos serviços públicos de limpeza;

10 – Utilizando tecnologia disponível para o reaproveitamento do lixo coletado, visando aos aspectos econômico-sanitários, além da promoção da humanização do trabalho da população que tem como fonte de renda o lixo diretamente manuseado;

11 – Desenvolver sistemas alternativos não convencionais, para a coleta de lixo em áreas periféricas de difícil acesso aos equipamentos convencionais de limpeza pública;


V. PATRIMÔNIO HISTÓRICO



1 – Priorizar politicamente os programas de Preservação e Revitalização dos Centros Históricos de São Luís e Alcântara;

2 – Criar o fundo de Preservação e Revitalização do Patrimônio Cultural e Ambiental do Maranhão, através da prévia captação de 5% (cinco por cento) dos investimentos que forem realizados no Estado para implantação dos grandes projetos industriais;

3 – Desenvolver ação decisiva por parte dos Órgãos governamentais na implementação do “Programa de Promoção Social e Habitação do Centro Histórico de São Luís”;

4 – Estimular a formação de Associações de Moradores dos Centros Históricos de São Luís e Alcântara;

5 – Apoiar financeiramente a permanência das microempresas tradicionais nos Centros Históricos;

6 – Proibir, nas leis municipais de Zoneamento e Uso de Solo Urbano, a ocupação de grandes áreas continuas para fins comerciais, por uma única empresa nos Centros Históricos;

7 – Restaurar a volumetria dos imóveis públicos descaracterizados pelo uso inadequado e pela omissão fiscal;

 

8 – Adequar de infra-estrutura urbana, a atual demanda dos Centros Históricos de São Luís e Alcântara, através de programas específicos;

9 – Atualizar o “Plano de Circulação do Centro Histórico de São Luís”, para veículos e pedestres através da adequação do transporte coletivo às peculiaridades do Centro Histórico, incluindo controle de carga/descarga, disciplinamento de trânsito de veículos e estacionamento; e criação de sinalização compatível com aspecto ambiental;

10 – Produzir e criar campanhas institucionais destacando a importância do Patrimônio Histórico; inclusive, editando uma cartilha sobre a importância do tombamento e da preservação do Patrimônio Histórico-Cultural;

11 – Otimizar o sistema de atendimento ao público, sobre as questões referentes à preservação do Patrimônio Histórico;

 

12 - Fomentar uma política de turismo cultural na Grande São Luís;

13 – Realizar programas de treinamento de mão-de-obra, para restauração dos bens históricos, artísticos e arquitetônicos;

14 – Orientar tecnicamente as empresas de construção civil, visando a prática de obras e restauração, em conformidade com as diretrizes dos Órgãos de Patrimônio Histórico e Cultural;

15 – Criar os Conselhos Municipais de Cultura e Patrimônio Histórico, nos municípios da Grande São Luís, e instituir os fundos Municipais de Preservação dos Bens Culturais e Patrimônio Histórico;


VI. MEIO AMBIENTE



1 – Conferir prioridade política à questão e indicar dirigentes capacitados e comprometidos com a problemática ambiental, nos cargos decisórios dos Órgãos municipais e estaduais, criando estrutura técnico-administrativa adequada;

2 – Institucionalizar no âmbito das escolas de 1º e 2º graus, nas escolas técnicas e nas universidades, disciplinas dirigidas à educação ambiental;

3 – Gerar o envolvimento da comunidade através de campanhas de arborização, manutenção de praças, parques, bosques e jardins, visando criar áreas de preservação ambiental representativas do ecossistema da região;

 

4 – Aprimorar e expandir o sistema de fiscalização e uso do solo, mediante ação conjunta das Prefeituras, Polícias Militar e Civil, Secretaria de Meio Ambiente, Procuradorias-Gerais e SDTU;

5 – Instituir Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente nos municípios da Grande São Luís;

6 – Capacitar financeiramente, material e tecnologicamente, os Órgãos responsáveis pelo controle e monitoramento ambiental, inclusive, mediante intercâmbio com a iniciativa privada;

 

7 – Criar um instituto de Tecnologia e Pesquisa Ambiental, no âmbito da UEMA/UFMA;

8 – Obter dos chefes dos Executivos municipais e estaduais o compromisso de promover, de forma concreta, a necessária integração e cooperação técnico-administrativa dos Órgãos Públicos responsáveis pela definição, implementação e fiscalização das políticas ambientais;

9 – Tornar obrigatório aos Órgãos governamentais o debate púbico concernente aos planos, programas e projetos oficiais e privados já implantados e em vias de implantação na Grande São Luís.


VII. METROPOLIZAÇÃO



Torna-se imperiosa a criação de uma Região Metropolitana, centralizada na capital do Estado do Maranhão, em razão da acelerada conurbação que se verifica, de forma direta, com São José de Ribamar e Paço do Lumiar, de forma gradual, com Alcântara e Rosário, esse processo vertiginoso exige decisões que, às vezes, extrapolam o nível de competência de cada município isoladamente, e também, em decorrência dos maciços investimentos em implantação nos municípios de Rosário, Alcântara e na Ilha de São Luís, além da perspectiva de uma população de quase 2 (dois) milhões de habitantes no começo do próximo século. Para tanto torna-se imprescindível,

1 – Criar e institucionalizar a Região Metropolitana de São Luís (RMSL) após definição de seus limites de influência, buscando sua consolidação através da elaboração e execução de Planos Setoriais de Revitalização em Áreas Especiais;

2 – Criar um órgão supramunicipal, de natureza autárquica ou fundação, com funções de coordenação e planejamento das ações governamentais na área da RMSL, ressaltando-se a necessidade da presença de representantes da comunidade nesse Órgão;

3 – Atualizar toda a base de informações que orientarão a ação governamental, particularmente, através dos planos e diretrizes: situação fundiária, demográfica, cartográfica, cartorial, de equipamentos e todas as demais informações pertinentes;

4 – Definir e executar uma política de incentivos produtivos e sociais, para consolidação da RMSL, mediante:
a) incentivo as micro, pequenas, médias unidades de produção e comercialização, bem como todas as unidades industriais intensivas em trabalho e/ou processadoras de matéria-prima;

b) aproveitamento das economias externas geradas especialmente pelos grandes projetos implantados ou em implantação na área;

5 – Definir e executar programas de apoio e incentivo à produção primária da RMSL, especialmente de hortifrutigranjeiros, pecuária de pequeno porte e pesca, como forma de garantir a ocupação da mão-de-obra, retendo fluxos migratórios e assegurando o abastecimento alimentar;


6 – Ordenar o crescimento demográfico nos municípios da RMSL, visando tanto a sua adequação à oferta de serviços urbanos quanto ao disciplinamento do processo de industrialização da ocupação do solo e utilização dos equipamentos comunitários.


RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO
“FÓRUM DE DEBATES DA GRANDE SÃO LUÍS 1987”

I – HABITAÇÃO:
  • Carlos Augusto Dias Vieira – Engenheiro, Presidente da COHAB/MA (Coordenador)
  • José Ribamar G. da Silva – Associação dos Mutuários do Maranhão
  • Hedel Jorge Azar – Associação Comercial do Maranhão
  • Francisco Rogério do Nascimento Sardinha – CEF
  • Evandro Bessa de Lima filho – Auditoria Geral do Maranhão
  • Heraldo Marinelli – COHAB/MA

II – SANEAMENTO:
  • Lúcio Antonio Alves de Macedo – Engenheiro ambientalista, SEPLAN (Coordenador)
  • Sergio Raymundo Ribeiro Correa – ESESP
  • Álvaro Luís Reis Soares – CAEMA
  • José Murilo da Silva Torres – CODERMA
  • Joaldir Almeida Sousa – STDU
  • Albatênio Antunes de Macedo – UEMA
  • Selísio Santiago Freire – DNOS
  • José Ribamar Rodrigues Fernandes – CAEMA
  • Leopoldo Moraes Rego – DMER

III – TRANSPORTES URBANOS
  • José Joaquim Guimarães Ramos – Engenheiro, Secretário da SEMOT/PMSL (Coordenador)
  • Manuel Raimundo Silva Machado – DMT/PMSL
  • Otávio Vieira da Cunha Filho – Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de São Luís e Bacabal
  • Ana Rita Braga Botão – Câmara Municipal de São Luís
  • Reginaldo C. Telles de S. Filho – DCE/UEMA
  • Vanderley Ramos da Silva – Sindicato dos Trabalhadores em Transportes do Estado do Maranhão
  • Osmar Dias de Souza – Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de São Luís e Bacabal.

IV – LIMPEZA PÚBLICA
  • Artur Ribeiro Bastos – Engenheiro, UEMA (Coordenador)
  • José Pereira dos Santos – COLISEU
  • Eurico Santos Filho – DER/MA
  • Pedro Aurélio da S. Carneiro – SUDENE
  • Valmore Herbert B. Belo – CODAGRO
  • Sylvino de Oliveira Goulart – Construtora Star Ltda.
  • Antonio Carlos Vaz dos Santos – COLISEU

V – PATRIMÔNIO HISTÓRICO
  • Carlos Frederico Lago Burnett – SECMA (Coordenador)
  • Luís Phelipe de Carvalho C. Andrés – Engenheiro Coordenador Geral do Projeto Praia Grande, SEPLAN
  • Márcia da Glória Correa de Lacerda – Arquiteta, SEMUR/PMSL
  • Vandi Rodrigues Falcão – Arquiteta, SPHAN
  • Maria Hélio Cruz de Lima – Moradora Representante do Centro Histórico de São Luís

VI – MEIO AMBIENTE
  • Ronald de Almeida Silva – Secretario de Urbanismo de São Luís - SEMUR (Coordenador)
  • Hamilton Jesus S. Almeida – UEMA
  • Francisca Trindade Jerônimo – SMEMA 4
  • Tereza Barros da Silva – UFMA
  • Paulo Roberto S. Cavalcante – UFMA
  • José Ribamar C. Veloso – NEOPEMA
  • José Maurício Macedo – ALUMAR
  • Cosme Eurico Dias Carneiro – UEMA
  • Luiz Fernandes Braga Neto – CVRD, Superintendência do Porto da Ponta da Madeira, no Maranhão

VII – METROPOLIZAÇÃO
  • José Henrique Braga Polary – Economista, Gabinete Civil do Governador (Coordenador)
  • Nan Souza – Secretário de Estado da STDU
  • Maria de Lourdes Oliveira da Silva Clóvis – IDRH
  • Ricardo Barbiere – UFMA
  • Ricardo Laender Perez – Arquiteto; Presidente da CDI/MA
  • Telma Pinheiro Ribeiro – Engenheira Civil, SEPLAN
  • João Rabelo Vieira – Engenheiro Agrônomo, Assessor da PMSL

EQUIPE DE COORDENAÇÃO GERAL E REDAÇÃO FINAL (STDU)
  • Gildásio Álvares Mendes Filho – Coordenador Geral
  • José Ribeiro Lima – Assistente Habitação
  • José Raimundo de Araújo – Assistente Saneamento
  • Arlindo José Pinho de Carvalho – Assistente Limpeza Pública
  • Terezinha Ramos – Assistente Transportes Urbanos
  • Vanilma de Fátima Lima Palácio – Assistente Meio Ambiente
  • Miriam de Fátima Gasparinho Teixeira – Assistente Metropolização

REALIZAÇÃO:
STDU - Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Urbano
Secretário: Nan Souza

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