PROJETO G1/NEV-USP MONITOR DA VIOLÊNCIA:
RIO tem quase 10 vezes mais homicídios que LONDRES, mas metade dos policiais para investigar!
[09nov
2017]
Dados coletados
pelo G1 de 21 a 27 de agosto mostram o impacto do número de homicídios sobre o
trabalho de investigação policial. Levantamento exclusivo é parte do projeto MONITOR
DA VIOLÊNCIA, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e
com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Fonte: Portal Grupo
GLOBO; G1; Por Felipe Grandin, Henrique Coelho e Patricia Teixeira, G1 Rio; 09/11/2017 05h01
Acesso RAS 2019-01-07
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RJ tem quase 10 vezes mais homicídios que Londres, mas metade
dos policiais pra investigar; Fonte: G1
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O
Rio tem quase 10 vezes mais homicídios do que Londres, mas apenas metade do
número de policiais especializados para investigar os casos.
Ao longo de uma
semana, o G1 registrou 27 mortes
violentas na capital fluminense, quase todas com investigação em andamento. No
mesmo período, a cidade de Londres, por exemplo, teve apenas três casos de
homicídio.
O G1 registrou,
no período de 21 a 27 de agosto, todas as mortes violentas ocorridas no Brasil.
Agora, acompanha todos esses casos.
O trabalho é resultado de uma parceria do G1 com o
Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública [FBSP]. Com uma série de iniciativas que envolvem reportagem e
análise de dados, o projeto se chama Monitor da Violência.
Enquanto a polícia londrina tem
um efetivo de mais de 500 policiais dedicados a investigar homicídios, a
Delegacia de Homicídios da Capital tem uma equipe de 208 profissionais,
incluindo delegados, agentes e peritos.
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Os números do crime no RJ — Foto: Editoria de Artes / G1
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“Em um ano,
na capital do Rio de Janeiro, nós temos 1.300 homicídios para serem apurados
por 200 policiais. Eles têm 100 casos para 500 policiais”, afirma o delegado
Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios do RJ. “Nós temos a
capacitação, temos pessoas especializadas. A gente precisava de mais pessoas
dentro da Polícia Civil para poder dar uma resposta.”
Os policiais cariocas foram até a capital do Reino Unido e trouxeram
representantes para conhecer a realidade do Rio.
Segundo o delegado, a
disparidade dos números tem efeito direto sobre o trabalho de investigação
policial. Enquanto o índice de resolução de casos fica em torno de 90% no Reino
Unido, na DH do RJ é de cerca de 30%. Já a média brasileira de resolução no
Brasil é estimada em apenas 5%.
Londres tem população de 8,7
milhões de habitantes, maior que a carioca, de 6,3 milhões de pessoas. Mas não
tem territórios dominados pelo crime organizado e nem uso de fuzis e armamentos
pesados pelos criminosos. Os próprio policiais não andam armados - o porte só é
autorizado para equipes especializadas.
Estudos internos feitos pela DH
mostram que, quanto menor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e menor
expectativa de vida, maior é a taxa de homicídios. Isso porque o crime
organizado acaba ocupando o espaço do estado e provocando disputas territoriais.
"Não é que as pessoas
nesses lugares sejam violentas. Pelo contrário. Essas pessoas sofrem duas
vezes. Pela falta de serviços públicos e pela violência", afirma Barbosa.
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Os dados revelam a falta de investigadores no estado — Foto:
Editoria de Arte/G1
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Mortes
no estado RJ
Em todo o estado do
RJ, 83 pessoas morreram de forma violenta na semana entre 21 e 27 de agosto, de
acordo com levantamento do G1.
Nem todos
os casos são investigados pela Divisão de Homicídios, que é responsável pela
apuração dos crimes da Região Metropolitana, por meio de três delegacias:
Capital, Baixada Fluminense e Niterói/São Gonçalo.
As ocorrências fora da DH são
apuradas pelos próprios policiais das delegacias, que não têm a mesma
especialização e dividem o tempo com o trabalho diário, como o registro e
investigação de outros crimes.
Das mortes ocorridas no
período, 66 têm inquéritos em andamento, parte deles em sigilo. Outros 10 casos
já tiveram as investigações concluídas. Em três ocorrências, não foi instaurado
inquérito. Não foi possível conseguir informações sobre quatro casos.
Em pelos menos 25 casos os
autores foram identificados. Não foi possível obter informações sobre 24 casos.
Em quase metade, ainda não houve confirmação de autoria.
Foram realizadas ao menos 27
prisões. Em 24 casos, não foi possível obter informações.
Treinamento
e padronização
Para superar a
falta de efetivo e aumentar as taxas de resolução, a DH está adotando dois
programas. Um é de treinamento contínuo de técnicas de investigação, que
envolve a troca de experiências entre os policiais.
O primeiro encontro foi
realizado no dia 30 de outubro e envolveu a apresentação de “casos frios”,
crimes antigos que ainda não tiveram solução e também de casos de sucesso, como
a Operação Calabar, primeira
a usar delação premiada no Rio de Janeiro, que resultou na prisão de 60 PMs
acusados de receber propina de traficantes de drogas.
Outra iniciativa é a
padronização dos processos adotados nas delegacias, que deve entrar em vigor
nos próximos meses.
O objetivo é fazer com que todos os integrantes das
delegacias de homicídios sigam sempre o mesmo roteiro em todos os casos
investigados, para reduzir erros e o tempo gasto em cada inquérito, a exemplo
do que é feito em programas de gestão adotados em empresas privadas.
PÁGINA ESPECIAL: quem são as vítimas e o andamento dos casos
CARTÓRIO DA IMPUNIDADE: diretores
do FBSP analisam
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pesquisador do NEV
MONITOR DA VIOLÊNCIA - INQUÉRITOS
PELO BRASIL [nov.2017]
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RONALD DE ALMEIDA SILVA
Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, Brasil desde
1976.
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972 / Registro profissional CAU-BR
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