terça-feira, 19 de novembro de 2013

[8] JUSTIÇA & DIREITO (4): TESE - Advogado Dr. Frederico Normanha Ribeiro de Almeida. [19nov2013]

JUSTIÇA & DIREITO (4): TESE - "A nobreza togada: as elites jurídicas e política da justiça no Brasil". AutorAdvogado Dr. Frederico Normanha Ribeiro de Almeida

Documento acadêmico de grande relevância e alcance como estudo e pesquisa no campo político da Justiça, especialmente neste momento histórico da vida nacional em que o julgamento do Mensalão chega ao fim com a efetiva e concreta privação de liberdade dos condenados. A tese de Doutorado aborda, inclusive, os  caminhos e meios fisiológicos e genealógicos na ascensão e entronização dos operadores da Justiça  pública no "panteão" midiático dos tribunais brasileiros, urbi et orbi.
Ronald Almeida, 19.nov.2013.


FICHA TÉCNICA DA TESE:

Domínio de Conhecimento: Ciências Políticas
Data: 17.set.2010
Tese de Doutorado: [Doutor em Ciências Políticas]
  • A nobreza togada: as elites jurídicas e a política da Justiça no Brasil
Júri / Banca examinadora:
  • Sadek, Maria Tereza Aina (Prresidente)
  • Abreu, Sergio França Adorno de
  • Bonelli, Maria da Gloria
  • Lopes, Jose Reinaldo de Lima
  • Vieira, Oscar Vilhena
Palavras-chaves:
  • Campo jurídico
  • Elites jurídicas
  • Profissões jurídicas
  • Reformas judiciais
  • Sistema de justiça
Resumo:
O objetivo deste trabalho [tese de Doutorado] é a compreensão das relações entre Direito e Política, a partir do estudo da posição dos juristas no Estado e de suas lutas concretas pelo controle da administração do sistema de justiça. A principal hipótese que orientou a pesquisa foi a de que há um campo político da Justiça, representado pelo espaço social de posições, capitais e relações delimitado pela ação de grupos e instituições em disputa pelo controle do direito processual e da burocracia judiciária. No interior desse campo político da Justiça, a pesquisa buscou identificar, ainda, as posições dominantes das elites jurídicas lideranças institucionais e associativas, e intelectuais especializados em determinadas áreas de conhecimento cuja influência sobre a administração da Justiça estatal e as estruturas de seus capitais sociais, políticos e profissionais os diferenciam dos demais agentes do campo jurídico.


[7] JUSTIÇA & DIREITO (3): ADVOCACIA E O "DIREITO" DE MENTIR EM JUÍZO - "A nobreza togada: as elites jurídicas e política da justiça no Brasil".

JUSTIÇA & DIREITO (3): ADVOCACIA E O "DIREITO" DE MENTIR EM JUÍZO


O IMPÉRIO DA LEI

JUSTIÇA, DIREITO e DEMOCRACIA

O Campo Político da Justiça:
Ciência e Praxis; Elite, Sociedade e Povo

ARTIGOS E DEPOIMENTOS RELACIONADOS AOS TEMAS DA TESE DE DOUTORADO /USP :

"A nobreza togada: as elites jurídicas e política da justiça no Brasil".

Autor: Advogado Dr. Frederico Normanha Ribeiro de Almeida

O DIREITO DE MENTIR EM JUÍZO [e fora dele], SEGUNDO OS ADVOGADOS DE RESULTADOS.

Ronald de Almeida Silva
12.nov.2013.

CAROS AMIGOS

Recebi e li a metáfora do Homus Canalhensis, replicada do Blog do Sergio Sayeg* [a seguir transcrita] e aplicada ao mundo dos HDT - HOMENS DE TOGA e suas incestuosas relações com os decanos e semi-deuses donos das Grandes Bancas de ADR - Advocacia de Resultados.

Não se pode generalizar (pois sempre há algo de bom e alguém que preste em todas as searas profissionais), mas essa ácida navalha na carne que Sergio Sayeg aplica nas faces dos mais "puros-sangues" brasileiros, ou seja, dos operadores da (in)Justiça e do "A Torto e a Direito" no BRasil, é uma vingança merecida depois de anos de protelação "legal" na apuração e no julgamento dos Mensalões, Cachoeiras, Lalau-TRE & Estevão, Bancos Marka e Fonte, SP-Alstom e tantos mega-escândalos com sangrias profundas de dinheiro público.

Um dos mais jovens e célebres operadores da (in)Justiça maranhense me disse em 1997 a seguinte frase que eu nunca esquecerei:
"O direito que tem o advogado de MENTIR em defesa de seu constituinte (cliente pagante) é uma das maiores conquistas da sociedade"!!

Todo esse nojo que exala do texto do Sérgio Sayeg me faz lembrar uma paródia recorrente de popular musiquinha que parece ser o "hino" dessa inefável trupe de super-homens de ternos caros, caras limpas e mãos sujas que vagueiam pelos bastidores da (in)Justiça Brasileira, cabalando votos; mentindo em juízo com oratórias incandescentes; destruindo e/ou escondendo provas; ameaçando e/ou comprando testemunhas; manipulando assistentes de juízes ditos probos; emprenhando sentenças com pareceres espérmicos; e mil outros artifícios ditos legais, mas 100% ilegítimos, só para livrar da cadeia ou abrandar penas ao mínimo, de todos os corruptos, traficantes, pedófilos, assassinos, assaltantes, ladrões, estrupadores, atropeladores bêbados, sequestradores, matadores de aluguel etc., que tenham alguma grana para desembolsar e fazer enriquecer a banca, não importando a origem do dinheiro, seja esta legal, ou frutro explícito de corrupção, sequestro, assassinato ou roubo.

Lembra da musiquinha que Mamãe cantava pra gente dormir???:
"Cai, cai, balão, cai, cai, balão, aqui na minha mão, não vou lá, não vou lá, não vou lá, tenho medo de apanhar...".
Agora, depois da implantação da "República da farra, da farsa, do cinismo e do deboche”, como diz Sayeg, a musiquinha ficou assim:
"KAKAY, milhão, KAKAY, milhão, aqui na minha mão, não vai lá, não vai lá, não vai lá, meu juiz vai te livrar...."
Como diz o título da famosa e universal revista Seleções Do Reader's Digest: RIR É O MELHOR REMÉDIO.

Saudações
Ronald Almeida

EDITORIAL DO POVO[nov.2013, rodando na internet]:
ATÉ QUE ENFIM ALGUÉM – SERGIO SAYEG - EXPRESSOU O NOJO E A INDIGNAÇÃO QUE OS HOMENS DE BEM DESSE PAÍS SENTEM, AO CONTRÁRIO DA FESTA QUE DEVEM ESTAR FAZENDO AQUELES QUE SE PERDERAM DA HONRA, DA MORAL E DA ÉTICA. O AUTOR NÃO NOMEIA O DESTINATÁRIO, MAS PRECISA?
AOS HOMENS DE TOGA E SEUS PARES SEM TOGA QUE NÃO FAZEM JUSTIÇA E SE VENDEM E/OU VENDEM SENTENÇAS
Ou seja: os Operadores e os Locupletadores-mór da

"República da farra, da farsa, do cinismo e do deboche”

[6] JUSTIÇA & DIREITO (2): DIGNÍSSIMO CANALHA

JUSTIÇA & DIREITO (2): DIGNÍSSIMO CANALHA
REPRODUÇÃO DO ARTIGO DE SERGIO SAYEG.

DIGNÍSSIMO CANALHA

Data vênia, vai pro quinto dos infernos.

Sergio Sayeg

www.oquedemimsoueu.blogspot.com.br

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

 

 

DIGNÍSSIMO CANALHA

 

·        Pelo presente instrumento, venho dirigir-me a vossa excelência. Com minúsculas e na segunda pessoa, pessoa de segunda que és, mauricinho de nariz empertigado. Tu, que te ocultas, sorrateiro, por trás dessa impecável e pretíssima toga funesta.

·        Tu que recebes aprumado a reverência do povo de joelhos à espera de tuas soberanas e irretocáveis decisões peremptórias. Tu que estás imbuído da divina prerrogativa, intransferível e vitalícia, de deliberar sobre o destino dos homens que habitam o mundo dos vivos, já que o dos mortos foge à tua jurisprudência, instância suprema à do teu supremo (embora nutras anseios em manter paridade e equiparação divina com Aquele que exerce tal competência). Tu que reclamas indignamente indignado por direitos inalienáveis e vives na intimidade inescrutável de tua vida privada de práticas inconfessáveis. Tu mesmo, nobre calhorda, que de tanto exercer o ofício de julgar os outros, passaste a julgar-te acima dos outros.

·        Venho oficiar-te, honorável patife, que há mais retidão e honra na palavra espontânea e honesta que brota do coração de um humilde homem iletrado do povo do que no alfarrábio que sustém tuas áridas, infindáveis, mirabolantes e ordinárias sentenças. As mesmas que revestes, vaidoso, em capa dura, fazendo-as constar com letras douradas dos anais que ostentas nas prateleiras intermináveis onde expões tua soberba grandiloquência farisaica e tua rocambolesca sapiência estéril.

·        Amealhas com vileza recursos tomados do povo injustiçado para manter intacto esse intrincado e indecifrável sistema, tão inócuo quanto iníquo, que qualificas cinicamente de Justiça, a fim de cobrir com aura de magnificência e infalibilidade essa espetaculosa e suntuosa pantomima patética e embusteira que deixa boquiabertas as legiões dos sem-justiça desse país, mantidas sob o jugo do teu julgar.

·        Cultivaste esse interminável cipoal de leis, decretos, normas, códigos, tratados, regimentos, resoluções, regulamentações, pareceres, dispositivos, medidas provisórias e embargos infringentes, para reservares a ti próprio o monopólio do conhecimento e das práticas a ti outorgadas (adivinha!) “por lei”, afastando o povaréu ‘abestado’ de teu demarcado território. Para que, na mesma medida em que amplias a doutrina do direito, reduzas o primado da justiça.

·        A chave de tua inoperância chama-se prazo. Consideraste, eminente pulha, que, após décadas de espera, a sentença já foi proferida, independente do transitado em julgado? Abstrais, emérito canalha, a variável tempo sob presunção de que o tempo é uma mera ‘questão de tempo’. Adias, protelas, procrastinas, prorrogas, retardas, demoras, protrais, diferes, pospões, alongas, espichas, espacejas, alastras, esticas, dilatas, intervalas, encompridas, acresces, amplias, expandes, empurras com a barriga.

·        Pois, então, devo informar-te, distinto safardana, que quem aguarda por anos, seja nutrindo a raiva da privação de benesses não fruídas, seja gozando do deleite de penas não cumpridas, já é repositório da sentença, seja esta qual for. Em meio a tantos réus, jurados e testemunhas, apenas um deve ser declarado culpado em todas as instâncias: tu, criatura ignóbil.

·        Sai da tocaia, egrégio velhaco. Desce desse palácio de letras, capítulos, parágrafos, alíneas, incisos, caputs e cláusulas em que te enclausuras. Cumpre salientar, excelentíssimo pústula, que as ruas, caso não observes do palácio que construíste (sem decurso de prazo) para te isolares da realidade de fato e de direito, estão repletas de malfeitores que levianamente livrastes das masmorras.

·        Não por um sentimento benevolente de perdão ou por uma crença abnegada no poder de recuperação humana mas por um incompreensível pragmatismo jurídico. Delinquentes de toda a es­pécie a quem remistes da pena, hoje libertos de punição, em uníssono, zombam, sob tua retumbante indiferença, dos tolos que se pautam em princípios e honradez.

·        Vivem os justos à margem das formalidades legais que queres agrilhoar a cada cidadão, a fim de emparelhares todos pelo mesmo nível de calhordice que imaginas serem, por natureza, dotados. Por certo, espelhando tua maneira de te comportar e de enxergares os homens para necessitarem de tua mediadora e interesseira presença, seu justiceiro de araque.

·        Sob o manto do teu glorificado ‘estado de direito’, canalhas, corruptos, patifes, ladrões de todas as espécies ascenderam aos postos de direção com a tua serena condescendência. Mais: com a tua cruel cumplicidade. São estes que tratas com a mais alta leniência, amparando-os com a força irrefutável da lei, draconiana indulgência e intolerância zero. Cobrindo a impunidade com o manto legalista da imunidade.

·        De quem é a culpa? “Dos legisladores, do governo, da polícia, da falta de juízes, da falta de vagas no sistema prisional, da falta de investimento, da má distribuição da renda, do desemprego, da falta de políticas públicas, dos baixos salários, da alta dos juros, do neoliberalismo, da crise do euro, da colonização portuguesa, da gripe suína, do derretimento das calotas polares”, bradas indignado. Tu, homo vermis, és o único triplamente qualificado como “not guilty” nessa história. Justo tu! “Por falta de provas”, provas.

·        Todo teu empenho é de não punir. Inocentes ou culpados, pouco importa. ‘In dubio pro reo’, desde que teus honorários sejam quitados ‘in specie’ com correção, exatidão, integridade e... justiça.

·        E assim, pelos mais variados pretextos, vais libertando das grades todos os poderosos tubarões, reservando os horrores dos calabouços aos despossuídos que não participam do pecúlio que sustenta a devassidão moral que apadrinhas, consagrando esse país como o paraíso da impunidade.

·        Deixa de hipocrisia. A quem pretendes enganar dizendo que és a fonte da Justiça? Teu ofício é apenas advogar em prol de vermes, devolvendo­-lhes em serviços pérfidos o peso do ouro que repassam a teus confrades. A justiça é o contrário de ti. É tornar o mundo humano, decente, com as pessoas podendo se olhar de frente, confiando umas nas outras. Prescindindo de teus sórdidos préstimos.

·        Justiça seja feita: quem te sustenta, respeitável biltre, são apenas os safados. Os fora-da-lei que, por fora da lei, julgas. Crápulas que, dispensando nobres considerações éticas, estudam teus intrincados preceitos e se formam doutores para assimilar os meios legais, penais, constitucionais e amorais de permanecer impunes e qualificarem-se a ingressar em tuas rodinhas infames. Partilharem do papo do cafezinho do fórum. Onde, restritas às indevassáveis paredes que os protegem, rolam torpezas inimagináveis. Tornam-se teus amigos e cupinchas. Uma corporação fechada de rábulas parasitas. Justamente!

·        Os princípios de retidão e civilidade estão dentro de nós (e fora de ti). Num mundo de justos, tua justiça não se ajusta. Gente honrada entende-se entre si, sem necessitar da tua protocolar intermediação. Bastam os princípios. Quem carece de lei são os que dela vivem à margem. Se para os honrados, é desnecessária e para os bandidos, ineficaz, para os da escória que integras, é verba no bolso.

Data vênia, [digníssimo canalha] vai pro quinto dos infernos.

 

Sérgio Sayeg h.


[5] JUSTIÇA & DIREITO (1): LULA E A CAIXA PRETA DO PODER JUDICIÁRIO - out.2011

JUSTIÇA & DIREITO (1) : REPRODUÇÃO DE ARTIGO DO BLOG DO PAULINHO

Presidente LULA tinha razão quando criticou a CAIXA PRETA do PODER JUDICIÁRIO.

Fonte Blog do Paulinho (01 de Outubro de 2011; 14:25h)

“É preciso um controle externo do Judiciário; é preciso saber como funciona a caixa-preta desse Poder que se considera intocável" (...)
“Este país precisa voltar a recuperar o sentido da Justiça para todos e a auto-estima. As instituições foram feitas para servir às pessoas, não se servir das pessoas”,...
"Queremos que a Justiça seja igual para todos e não uma Justiça que cuida com mais carinho dos que têm alguns contos de réis, como dizia Lampião em 1927."...
“Nós, homens livres, temos menos privilégios do que aqueles que estão condenados.

Frases do Presidente Lula, 22/04/2003, em solenidade no Espírito Santo.

Desde então, se passaram cinco anos e Lula nunca mais tocou neste assunto, engolindo. inclusive, um sapo chamado Gilmar Mendes, que declarou no episódio do "grampo sem áudio" - factóide da revista Veja e JN, ocorrido em 2008 que "chamaria o Presidente Lula às falas" - numa clara ingerência do Judiciário no Executivo. Fato gravíssimo, em se tratando de regime democrático e Republicano. Leia aqui comentários sobre o 'grampo'.

De fato, desde a ditadura militar até hoje, o único poder que NUNCA foi questionado, e continua uma verdadeira caixa preta é o Judiciário.

Encontrei na internet um BLOG, chamado Política e Justiça - mantido pelo advogado Frederico Normanha Ribeiro de Almeida - que trata deste assunto, com muito propriedade onde ele apresenta sua tese de doutorado na USP, sob o título: "A nobreza togada: as elites jurídicas e política da justiça no Brasil". clique aqui para ler a tese. [ver ficha técnica ao final].

O que traz de interessante a tese do Dr. Frederico, é como acontecem as promoções no judiciário, aquele poder que cobra probidade do restante da nação, porém, promove seus pares, não por competência e sim, por "mérito" - sendo um modo subjetivo de ascensão na carreira.

Frederico, com muita propriedade, deixa claro de onde vêm as elites do judiciário, como são compostos os grupos que comandam esse poder. Segundo ele, as "elites institucionais" são compostas por juristas que ocupam cargos chave das instituições da administração da Justiça estatal, como: Supremo Tribunal Federal (STJ), Superior Tribunal de Justiça (STJ), tribunais estaduais, Ministério Público, Ordem dos Advogados (OAB) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Já as elites profissionais são caracterizadas por lideranças corporativas dos grupos profissionais do direito que atuam na administração da justiça estatal, como Associação dos Magistrados Brasileiros, OAB e a Confederação Nacional do Ministério Público.

Conversando com um amigo advogado outro dia, eu, reles blogueiro, especialista em nada, fiquei boquiaberto, ao descobrir que juízes se aposentam, e voltam a advogar!!! Leia aqui - "Eros Grau, volta a advogar. Por que não para Daniel Dantas?"

Então me perguntei, dentro da maneira mais óbvia que alguém poderia perguntar: "Como se comporta um juiz, que recebe um processo defendido por um ex-colega seu?" Com certeza, as "excelências" desfrutam de um tratamento, cuja "excelência" - sem dúvida é outra, que não a dispensada aos simples mortais, num claro ato de tráfico de influências.

Como uma legislação que prega "igualdade entre poderes" permite uma aberração dessas? Se há uma distorção com relação à pratica da advocacia, o que não deve ocorrer em outros segmentos do judiciário? Entidades cuja sociedade espera que estejam ali para "fiscalizar" esse tipo de ato, participa da esbórnia, de modo silencioso, pois ali está o seu quinhão, como, por exemplo, a OAB.

Estamos todos perdidos, uma vez que todas as mazelas são imputadas praticamente a um único poder, que é o Legislativo.

Que papel cumpre a imprensa em relação ao judiciário?

Sem dúvidas, se comporta como aqueles macaquinhos, conhecidos como os Três Macacos Sábios, ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século 17 localizado na cidade de Nikko, Japão. É traduzido como 'não ouça o mal', 'não fale o mal' e 'não veja o mal'.

É sabido que Lula, com a base aliada que tinha, não podia muito, porém essa questão do judiciário é um nódoa no currículo do Presidente. Não restam dúvidas que a sociedade, espera muito de Dilma, com relação à essa "pseudo-harmonia" entre poderes, coloque o dedo na ferida.

Se for feito um levantamento sério sobre as mazelas do judiciário, talvez consigamos deixar o poder legislativo envergonhado, tal o descalabro praticado ali, sob as bênçãos de uma imprensa vendida, que nada ouve, nada fala e nada vê.

FICHA TÉCNICA DA TESE:

Domínio de Conhecimento: Ciências Políticas
Data: 17.set.2010
Tese de Doutorado: [Doutor em Ciências Políticas]
  • A nobreza togada: as elites jurídicas e a política da Justiça no Brasil
Júri / Banca examinadora:
  • Sadek, Maria Tereza Aina (Prresidente)
  • Abreu, Sergio França Adorno de
  • Bonelli, Maria da Gloria
  • Lopes, Jose Reinaldo de Lima
  • Vieira, Oscar Vilhena
Palavras-chaves:
  • Campo jurídico
  • Elites jurídicas
  • Profissões jurídicas
  • Reformas judiciais
  • Sistema de justiça
Resumo:

O objetivo deste trabalho [tese de Doutorado] é a compreensão das relações entre Direito e Política, a partir do estudo da posição dos juristas no Estado e de suas lutas concretas pelo controle da administração do sistema de justiça. A principal hipótese que orientou a pesquisa foi a de que há um campo político da Justiça, representado pelo espaço social de posições, capitais e relações delimitado pela ação de grupos e instituições em disputa pelo controle do direito processual e da burocracia judiciária. No interior desse campo político da Justiça, a pesquisa buscou identificar, ainda, as posições dominantes das elites jurídicas lideranças institucionais e associativas, e intelectuais especializados em determinadas áreas de conhecimento cuja influência sobre a administração da Justiça estatal e as estruturas de seus capitais sociais, políticos e profissionais os diferenciam dos demais agentes do campo jurídico.