SBQC - SÍNDROME DA BELEZA A QUALQUER CUSTO FAZ MAIS UMA
VÍTIMA.
TRAGÉDIA ESTÉTICA DA HARMONIZAÇÃO FACIAL (E OUTRAS PARTES DO
CORPO) QUE PODEM CAUSAR MUTILAÇÃO RADICAL.
OS PERIGOS DO USO INDEVIDO E DAS REAÇÕES IMPREVISÍVEIS DO ÁCIDO HIALURÔNICO, PMMA E OUTROS PROCEDIMENTOS “MÁGICOS” QUE PODEM ATÉ MATAR.
FOTO DO SITE METROPOLES
MAIS UMA MULHER ANSIOSA E DESORIENTADA SE TORNA VÍTIMA DA SBQC - SÍNDROME DA BELEZA A QUALQUER CUSTO.
MUNICÍPIO DE MATÃO, SP..
Compartilhando e editando
Blog Ronald Almeida.
SLZ-MA 05FEV2024.
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REPORTAGEM SITE METRÓPOLES
A balconista de farmácia Mariana Michelini, 35 anos, perdeu
parte da boca e do queixo após fazer um preenchimento labial em dezembro de
2020, em Matão, município de São Paulo.
Mariana conta que não pagou pelo procedimento, ele foi uma
permuta para um trabalho dela como modelo e influenciadora digital. Ela também
relatou que havia sido informada que o procedimento seria com injeções de ácido hialurônico nos lábios, no queixo e nas maçãs do
rosto.
Seis meses depois da aplicação, veio uma reação alérgica
grave. Mariana acordou com os lábios e o queixo inchados, vermelhos e doendo.
Alguns meses depois, quando investigava as causas da alergia, descobriu que a
“harmonização” foi feita com injeções de polimetilmetacrilato (PMMA).
“A HARMONIZAÇÃO ficou linda, recebi mais trabalhos ainda,
mas após seis meses, tive uma grave reação. Acordei toda inchada e com dor.
Voltei na mesma profissional e senti que ela estava muito nervosa”, lembrou
Mariana, em entrevista ao Metrópoles.
O PMMA é uma substância plástica normalmente indicada para
corrigir pequenas deformidades ou a perda da gordura facial em pessoas com HIV,
conhecida como LIPODISTROFIA. Ao
contrário do ácido hialurônico ou do colágeno, o PMMA não é reabsorvido pelo
organismo ou seja, é um preenchedor definitivo.
O uso do produto para fins estéticos não é recomendado pela
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e caiu em desuso justamente por ser
permanente e quase sem possibilidade de remoção.
TRATAMENTO
Após sofrer a reação, Mariana procurou atendimento médico
contando ter feito um preenchimento com ácido hialurônico, mas o tratamento
padrão para a reversão da substância não funcionou.
“O médico injetou uma ampola de hialuronidase cheia e nada
aconteceu. Foi feita uma biópsia e encaminhada para São Paulo. Foi só aí que
descobri que era PMMA, uma coisa que eu nem conhecia. Fui pesquisar na internet
e só vi mulheres que tinham morrido”, afirma.
Ela começou um tratamento com antibióticos e corticóides em
2021 para tentar remover o PMMA. A jovem também teve de se submeter a uma
cirurgia para retirar parte do lábio superior e do buço. “Passei um ano
com muita dor, era terrível. Em 2022, foi necessário a remoção do produto e meu
lábio, já que esse produto gruda na pele e não sai. Agora luto para poder
reconstruir minha boca”, diz Mariana.
As intervenções para remover a substância afetaram a
capacidade de Mariana se comunicar e se alimentar. Hoje ela só consegue beber
líquidos com a ajuda de um canudo.
A mulher conta que todo esse processo afetou profundamente
sua vida. Ela não consegue sair de casa sem máscara para esconder as cicatrizes
deixadas pelo procedimento. “Não fui nem no casamento de uma grande amiga. É um
mix de sentimentos: tenho tristeza, desespero, raiva”.
Há dois meses ela passou pela primeira cirurgia para a
reconstrução do lábio em etapas. “Ainda não vai ser a solução definitiva, mas
já vou ter uma nova vida”, diz.
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AVISO ÀS NAVEGANTES: RISCOS DO USO DO INDEVIDO ACIDO HIALURÔNICO
QUAIS OS EFEITOS COLATERAIS? (FONTE: site mundo boa forma)
No mercado de preenchedores cutâneos, o ácido hialurônico é
considerado um dos mais estáveis e seguros, podendo, porém, causar alguns
efeitos colaterais.
Muitos deles podem estar, inclusive, associados à falta de
experiência do/da profissional que realiza o procedimento, que pode usar a
técnica de aplicação incorretamente.
Alguns dos possíveis efeitos colaterais são:
a) Eritema
e edema: vermelhidão e inchaço, que podem surgir logo após a aplicação.
b) Hematoma.
c) Necrose.
d) Infecção:
apesar de rara, pode ocorrer devido à contaminação do produto ou dos
instrumentos utilizados para aplicação.
e) Formação
de nódulos.
f) Reação
alérgica: pode ocorrer de 3 a 7 dias após a aplicação.